Love before it's the end. escrita por Vitória F


Capítulo 39
Capítulo 39: prometo ficar com você.


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu vou postar uns capítulos maiores. A fic ta terminando e eu tenho mil ideias. Espero que gostem e ótima leitura :3
OBS: SOU CONTRA A QUALQUER TIPO DE ABORTO.



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Eu estava na beira de um precipício, um enorme precipício, um precipício que eu criei. Eu caminhava na beira desse precipício sem ninguém me ajudar, nem Lauren, Daryl, Andrew, meu pai ou Beth, ninguém estava lá, eu estava lá, sozinha. Eu pensei naquela criança durante dois dias, ficamos lá na casa de Anthony durante dois dias e foram meus piores dois dias. Eu não sabia o que fazer com ela, não sabia o que dar a ela, não sabia como ela cresceria naquele mundo ou se talvez ela cresceria. Os monstros que nos perseguiam poderiam pegar ele e eu não aguentaria, não aguentaria nada. Aquela criança não cresceria nesse mundo, eu estava confusa porém meio certa, eu estava confusa e nada certa, eu estava perdida.

Acordei mais cedo que Anthony, um dia, descobri que a irmã de Anthony guardava certas pílulas de aborto entre suas roupas, como eu era pequena, achava que nada aquilo prestava, mas... agora, percebo que não devemos desconfiar de nada. Preparei água quente já que a instrução pedia isso e coloquei em um copo, será que era isso que eu queria ?, será mesmo ?. Respirei fundo e aproximei o copo da boca, meu coração que pulava, agora já dá para se ouvir ele. Joguei. Joguei o copo no chão com força e senti os estilhaços baterem contra minha perna. Rapidamente coloquei minhas mãos sobre minha barriga.

– Eu prometo... - eu chorava. - Eu prometo cuidar de você. Você é meu bebê.

Anthony entrou na sala e perguntou o que eu estava sentindo, por que quebrei um copo, eu não sabia responder nada, só chorar. Chorar porque agora era meu bebê, meu bebê, bebê de Glenn... Oh, Glenn!. Ele nem imagina nada, talvez nem a coisa do bebê. Agora ele cresceria sozinho, sem pai ou talvez sem mãe, mas ele cresceria.

– Thony. - consegui falar entre o choro. - Eu tô gravida, gravida!.

Anthony me confortou em seus braços e insistia em repetir que tudo ficaria bem, que o bebê cresceria bem. Eu espero isso, eu realmente espero.

[...]

Já tinha passado dois meses deis de que descobri o bebê. Eu e Anthony nós mudamos para uma barraca improvisada na frente de um enorme lago, entre alguns pedregulhos, poucos zumbis apareciam, Anthony dava conta de todos e dava conta de mim. Eu não fazia nada, absolutamente nada, só cuidar da comida e do bebê, era a única preocupação, o bebê. Contei para Anthony a real história, a história de Glenn e de todos, no começo ele ficou bravo, mas logo depois voltou a falar comigo, Thony por Thony. A saudades da prisão e de todos aumentavam, eu não conseguia imaginar como todos iam por lá ou como Glenn ia por lá. Eu estava ficando meio louca com isso, já que eu conseguia ver Glenn em qualquer lugar de perigo, floresta, no lago em algum pesadelo, eu conseguia ver a imagem dele, era uma loucura que me deixava viva.

– Olha o que eu achei... - Anthony acabava de chegar da sua busca por alimentos. - Roupas para o nosso bebê nada grande.

– Obrigada. - As roupas eram roupas de bebês masculino. - Como você sabe que vai ser menino ?.

– Porque vai ser um menino. - Thony sorriu.

Abracei Thony em agradecimento, ele vinha ajudando muito, eu agradecia-o a todo instante, ele ate chamava o bebê de filho, mesmo me deixando incomodada, já que o bebê é de Glenn. Anthony encarava meus olhos, nossos rostos estavam tão próximos, desviei meu olhar e vi a imagem de Glenn, eu estava ficando louca desta vez. Cada vez que eu aproximava meu rosto ao de Glenn a imagem ficava mais viva, mais forte. Glenn ficava parado lá, me olhando, sem falar nada, apenas me olhando. Selei meus lábios com os de Anthony e iniciamos um beijo. Eu nem quis fechar meu olho, na verdade aquele beijo só acontecia para eu encarar a imagem de Glenn.

– Grenne. - Anthony exclamou me soltando. - Não podemos fazer isso.

– Calma. - falei triste, a imagem de Glenn havia sumido.

[....]

Minha barriga estava grande. Eu já tinha lá uns 7 meses de gravidez e nesses meses, não encontrei nenhum motivo para sorrir, eu só estava lá pelo meu bebê. Anthony agora realmente não me deixará fazer nada, eu só podia acorda, sorrir e fingir que estava bem. Meus motivos para sorrir eu acabei deixando para trás por uma briguinha boba, tão estúpida, idiota.

– Como está esse meninão ?. - Anthony entrará n barraca.

– Chutando. - respondi já me levantando.

– Ótimo, eu vou na cidade, já já esse meninão vai nascer e você precisa de muitas coisas. Só fique aqui tá, só fique cuidando de tudo. - ele beijou minha testa.

Assenti para Anthony e o vi parti. Sai da barraca e fui dar uma pequena caminhada na floresta. Eu sempre respirava fundo, carregar alguém na barriga dava uma dor nas costas horríveis. Caminhei por um bom tempo, o cheiro de mato era agradável. Na minha gravidez, eu tinha vontade de coisa estranha, vontade de damasco, de comer frango, cacau, Anthony ficava louco mas ia procurar, o bom era que ele sempre encontrava. Cheguei na barraca e fui dormi, virei pro lado e... puta!., deu saudades, uma baita saudades, saudades de como era antes, de como era na prisão.

Acordei incomodada com Anthony me chamando, sua voz não estava tão normal, estava preocupada, assustada ou alguma coisa. Levantei com cuidado e sai. Meu coração disparou, disparou como se fosse alguém conhecido, e era. Andrew e Daryl. Corri para abraços e vi o quanto eles estavam espantados com minha barriga.

– Tudo culpa de Glenn. - exclamei sorrindo.

– Você sabe, você sempre soube, CAMISINHA SERVE PARA CERTAS COISAS. - Andrew ironizou.

– Bom, esse daqui é Anthony, ele me ajuda com tudo isso. - eu apontava para minha barriga. Andrew passou a mão pela minha barriga e depois Daryl, em segundos, todos alisavam minha barriga. - Cara, vocês são muito gays.

– Eu não, mas o Andrew é. - Daryl sorria feliz, talvez todos ali estavam feliz. - Dá próxima vez não suma mais.

– Eu voltei ?. - perguntei irônica e vi Daryl abaixar a cabeça. - Como estão todos lá ?.

– Todos estão bem. - Andrew respondeu.

Eu fiquei um pouco mais aliviada.

– E agora ? você tem que voltar, o pequeno ou a pequena precisa de medicamentos, você sabe... vem ?. - Daryl sorria esperançoso.

Segurei firme na mão de Anthony e olhei nos olhos dele. Ele assentia com a cabeça, o que me fez pensar no que eu encontraria naquela prisão, Glenn, milhares de perguntas, Glenn, milhares de respostas, Glenn, Glenn. Eu encontraria Glenn.

– Vamos, nós vamos. - respondi.

Anthony e Daryl arrumaram todas nossas coisas, eu fiquei conversando com Andrew sobre tudo que aconteceu na prisão depois da minha saída. Ele contou que Glenn tinha ficado tão triste que só resolvia as coisas do conselho, uma parte ele ficava na torre, na outra em sua cela, na nossa antiga cela. Eu o deixei tão triste que aquilo me deixou triste.

Eu estava a caminho do meu passado e não seria nada, talvez, nada agradável reencontra todos, mas meu coração quis aquilo, talvez você precise conviver com seu passado.


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Notas finais do capítulo

curtiram ?, esse não foi grande, porque estão me apressando aqui em casa :3. Até...



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