Love before it's the end. escrita por Vitória F


Capítulo 40
Capítulo 40: Tudo culpa do Glenn.


Notas iniciais do capítulo

tô aqui de novo!, pra mais um capítulo, espero que gostem :3



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Daryl me abrigou à sentar na frente. Durante o caminho, meu coração insistia em pular no meu peito, eu estava ansiosa, preocupada, nervosa, arrumando mil resposta sobre minha barriga, sobre o real motivo de ter fugido de lá. Ao mesmo tempo eu encarava a pequena estradinha que vinha de lá, contei para Andrew tudo sobre gravidez, sobre sintomas e outras curiosidades dele. Daryl só perguntou se doía, doí ?. Não, não, só incomoda. Ah, legal. Meu deus, como eu sou idiota ao lado deles. Meu coração insistiu em pular ainda mais quando percebi que já estava perto da prisão. Já dava para ver o portão improvisado e os vários zumbis que se enrolavam por lá. Foi ai que eu percebi, é preciso ficar longe pra perceber que era preciso ficar perto.

– Vocês não tem tempo de arrumar uma mera grade ?. - perguntei em tom de brincadeira para Daryl.

– Você teria essa tarefa, ninguém mandou ir embora. - Daryl respondeu.

– Eu ?, é claro que se eu tivesse ficado aqui, com minha barriga grande vocês não iam deixar de maneira nenhuma. - retruquei entre risos.

Daryl passou com o carro pelo portão e pude ver Rick correndo, mesma camiseta suja, barba sempre mal feita. Minha vontade era de me encolher ao máximo no banco do carro, mas com minha barriga e a falta de coragem eu só ficaria ali, vendo a reação de Rick ao me encontrar, com uma barriga de 7 meses, indo já pra 8, no carro.

– Daryl você... Grenne. - ele sorria feliz.

– É... voltei. - sorri tão feliz quanto ele.

Sai do carro e Rick se espantou com minha barriga, sussurrei em seu ouvido, tudo culpa do Glenn e vi ele ficar feliz, tão feliz que me abraçou novamente.

Você faz saudades, menina Greene. Você é saudades menina Greene. - Rick sorria mais animado que antes.

Quando me levaram para o encontro de todos, meu coração se aliviou, parecia que aquilo ali tinha ido embora pra bem longe. Meu pai, Beth, Lauren, Lize, Alice, Carl, Michonne, todos, todos vierem me abraçar. Não ligaram para o bebê, o aceitaram naturalmente, talvez a minha falta foi tão sentida que qualquer surpresa que eu trouxesse. Meu pai ficou animado, animado por Anthony estar lá. Anthony também estava animado, agora ele não teria tantra preocupação quanto à mim, lá teriam mais pessoas para se preocuparem com minhas travessuras.

– Eu sabia... no fundo, no fundo do fundo, mesmo não parecendo, você é adorável, garota. – Anthony sussurrou no meu ouvido. Mesmo sem entender o motivo, eu sorri, sorri para socializar.

– E então, você quer levar uma bronca pela fuga ou um sermão pelo bebê ?. - Meu pai sentou ao meu lado, acariciando minha barriga.

– Eu... Bom, eu acho que nenhum dos dois. - respondi.

– Como assim nenhum dos dois ?. - Beth parou ao nosso lado. - Quando você descobriu sobre eu e Dilan você quase me matou, agora, ela tá com um bebê pai, um bebê.

– Ai, coitada da pobre e inocente Beth. - sorri irônica para ela. Ela me abraçou, abraçou apertado, abraçou com gosto de saudades, foi bom, muito bom.

– E o nome ?. - Dilan perguntava. - O nome do bebê ?.

– Bom, eu não sei... talvez Noah ou Nathalie. Não sei. - respondi acariciando meu bebê sem nome.

Conversei com todos, expliquei minha saída, contei que a culpa do bebê era toda de Glenn. Sobre Glenn, eu já não sentia raiva dele, só saudades, uma puta saudades, saudades violenta, saudades que machuca mesmo. Depois de uma volta pela prisão com Lauren me contando as novidades de tudo, eu decidi enfrentar o bloco C e me reencontrar com Glenn. Entrei no bloco e senti meu coração aperta, minha garganta mantinha um nó horrível e eu só queria sair correndo de lá, a cada passo eu perdia a coragem de enfrentar Glenn.

Parei em frente à nossa cela, bom, ele estava lá, esta tão perfeito. Ele ficou ali, me encarando surpreso, encarnado o seu filho. Eu também o encarava, por saudades, coloquei minhas mãos nos bolsos de trás da calça e sorri. Ficamos ambos ali, parados e quietos, pensando em tudo. E ao meio de idas e vindas, era para Glenn que eu estava novamente voltando. Fazia muito tempo que a gente não se via, depois que tudo deu errado, depois que eu fiz tudo dar errado. Nossos sorrisos se encontraram e eu percebi, por maior que seja a sua tristeza, você vai rir de novo. O riso é uma fatalidade. Glenn se levantou e se aproximou de mim.

– Saudades pô. - ele exclamou.

Você é um idiota. É um bacaca cretino e você sabe muito bem disso. Você frusta todas as minhas expectativas de ficar em paz, na maior paz. E mesmo assim é em você que eu penso, é de você que eu gosto, é pra você que eu volto... sempre. – Eu sorri, sorri diferente como todos sorriram, sorri feliz realmente feliz.

Ele sorriu feliz também. Senti os braços deles pelo meu corpo e selei nossos lábios. Nosso beijo tinha gosto de saudades, com 'eu te amo', com 'eu preciso de você', com tudo e misturado. Ele tomava cuidado com o bebê, por isso mal conseguia me abraçar. Eu queria ter ele nos braços, realmente nos braços deles. Minha saudade foi arrancada à cada momento que fiquei ali, com Glenn. Sabe, ah, mas caí entre nós, qual seria minha graça sem Glenn, e onde fica nosso brilho ?, afinal ?, quem somos nós sem nós ?.

– E então... - Glenn olhava para minha barriga. - O que tem aqui ?.

– Um pequeno jogador de futebol. - respondi sorrindo. - Asiático!. Será que combina ?.

– Bom... nenhum asiático gosta assim, tanto de futebol. Mas os tempos mudaram, os ventos agora sopram do oeste. Tudo pode mudar. – ele sorria.

Fiquei ali, conversando com Glenn, explicando tudo, tudo mesmo. Eu queria passar um tempo nos braços dele, nem que fosse para falar bobagem ou asneira, ele gostava, gostava das minhas bobagens e eu... eu gostava do cheiro que ele tinha, era de cheiro de tudo, tudo que eu gostava, tudo que eu precisava. Glenn veio explicar como ficou sem mim, e eu só queria ouvir a voz dele, mata a saudades que me matou por muito tempo.

– Você me fez ficar tão louco quanto Brian. Você me fez ficar louco. - Glenn beijava minhas bochechas.

– Como assim Brian ?. - perguntei curiosa.

– Depois que ele percebeu que Kath tinha morrido, ele se matou. Louco completamente. - ele respondeu. Era um destino injusto para aquilo tudo, mas foi o destino que ele escolheu.

– Vamos ?, vai ter um jantar. - Glenn me ajudava a levantar. Segurei firme na mão dele e fui caminhando, sobre o olhares curiosos de todos. Pareciam loucos com uma nova louca na casa. Ate aquilo me fez falta. Quando cheguei, todos ficaram surpresos. Me sentei na mesma mesa que Andrew, Lauren, Daryl e Glenn. Lá, aconteceu o que era de sempre, as mesmas piadas idiotas, as mesma trocadas de olhares entre eu e Lauren, foi tudo tão saudades que eu deixei levar. Andrew brincou várias vezes sobre o meu bebê, que estava feliz, pois estava chutando, Daryl já encontrou milhares de outros nomes, ele odiava Noah.

Depois do jantar, me sentei lá fora com os outros, Rick estava com Lize nas torres, só eles estavam por fora, Carl estava lá, tinha crescido ate um pouco, Alice estava perfeita, Lauren como sempre radiante, Dilan com Beth, Daryl e Andrew sempre zoando, era tudo perfeito ao meu ponto de vista, afinal... eu sentia tanta falta deles.

– Como foi passar esses meses todos lá fora ?. - Beth perguntava.

– Foi sei lá, estranho. Não foi difícil, foi saudades. - respondi.

– E como foi com o bebê ?. - era Lauren que perguntava.

– Fácil também. Ele não é assim, terrível, só chuta demais. - respondi sorrindo.

– Porque você voltou ?. - Daryl bebia um pouco de vinho.

– Um dia, eu li em algum lugar, 'Não abandone quem nunca abandonaria você'. Bom, vocês não me abandonariam, só se eu pedisse... então... - Mesmo sem termina a frase, todos vieram me abraçar, todos. Me senti tonta e sufocada e com isso, todos pararam.

– Vai ficar aqui ate o final, agora ?. - Andrew gritou.

– Sim. - respondi feliz. - Sim.

Todos já tinham ido dormi, ate mesmo eu e Glenn. Como pouco falei com Anthony, amanhã eu lhe contaria sobre todos na prisão, eu me sentia feliz, muito feliz, feliz porque estava de volta, de volta para Glenn, no final ? feliz. Agora ?, agora é outra coisa.

– Dorme bem amor, eu te amo. - Glenn sussurrou no me ouvido e logo em seguida me lançou um beijo na testa.

– Eu também te amo. Não deveria, mas amo. - respondi sorrindo.


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Notas finais do capítulo

t-chau ♥



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