[P.O.V. Emily]

Confesso que quase não consegui dormir essa noite. 1- Meu gato desaparecido. 2- Eu fiquei quase a noite toda lendo os poemas de Lysandre. Porém, consegui acordar. Me visto, como está armado para chuva, portanto um pouco frio, coloco uma calça jeans, uma blusa vermelha escrita em letras pretas "morte a Barbie" e uma boneca Barbie sangrando, como minha mãe nunca deixaria eu usar uma blusa dessas coloco um casaco cinza, meu preferido, na verdade. Faço minha higiene pessoal e desso para o café. Como minhas torradas, pego a mochila, o guarda-chuva e saio, junto com Castiel. No caminho encontramos nossos amigos, Armin, Alexy, Lola, Yume e agora, Lysandre também. Chegamos bem adiantados no colégio e cada um vai para o seu lado, eu vou dar uma volta junto com Lysandre.

–Lysandre, esse bloco é seu?

– Ah! É sim, obrigado. Você leu?

– Algumas, você tem talento.

– Obrigado. A propósito, seu gato estava dentro da minha mochila. Posso te levar hoje a tarde se quiser.

–Seria ótimo. As três?

– As três!

– Lysandre, olha só!

–Dakota? - eu e Lysandre dizemos em uníssomo.

– Por que a surpresa? Eu também estudo aqui.

– Idiota. - eu digo.

– Então Lysandre, finalmente fez amigos! Já contou à ela?

– Me contou o que?

– Você não contou? Lysandre, Lysandre, que feio. Escondendo a realidade das pessoas, dos seus amigos. Não acredito, que você não disse a ela sobre o orfanato, sobre os 16 anos...

– O que? Dake, será que dá pra parar de implicar?

– Ui, o orfãozinho tem uma protetora agora? - Lysandre abaixa a cabeça, como se estivesse envergonhado por algo.

– Dakota Willians! Saia do nosso caminho e nos deixe passar!

– Tudo bem, tudo bem, gatinha ruiva, eu deixo vocês passarem com uma condição.

– Ah meu Deus! Diz logo, encosto.

– Se você me der um beijo...

– Ai, que nojo, cara. Acho que vou vomitar minhas torradas.

–É pegar ou largar, Gatinha Ruiva.

Eu e Lysandre tentamos dar meia volta, mas os capangas idiotas do babaca estão ali, por todos os lados, é minha única alternativa.

– Tudo bem, mas vamos logo com isso. - nunca imaginei que seria assim.

Fecho os olhos e fico nas pontas dos pés, esse otário é mais alto que eu. Eunjá posso sentir a respiração dele e ouvir um "finalmente", quando um som estridente corta o ar. O sinal para entrar para salas de aula. Abro os olhos e ponho meus pés totalmente no chão.

– Salva pelo gongo. Parece que passou da meia noite e o encanto acabou. Fica pra nunca mais, Dake. Tchau.

Eu e Lysandre saímos dali.

– O que ele disse sobre o orfanato. O que quer dizer? É verdade? E... Ah meu Deus! O que aconteceu com seu olho? - a mecha de cabelo por cima do olho verde de Lysandre, foi afastada com o vento e pude ver que o olho estava roxo.

– E se eu te responder tudo isso as três?

– Ok. As três.