[P.O.V. EMILY]

A aula acabou e vou em direção aos armários, pegar os livros que preciso para o tema de casa, junto com meu livro do Harry Potter e a Ordem da Fênix que, por um erro TERRÍVEL e LAMENTÁVEL, esqueci na escola. Estou vendo minhas coisas quando ouço alguém falar ao meu lado.

– Hey, Gatinha Ruiva! - É Dake encostado no armário, encostado no armário ao meu lado.

– O que foi, encosto? - eu respondi, ríspida.

–Se quiser, ainda estou disposto para aquele beijo.

– Só quando Zeus parar de trair Hera! - dou as costas para ele e saio em direção ao portão principal.

– Hey, Gatinha Ruiva! - ele me chama... de novo. Que cara chato! Giro nos calcanhares, com as mãos dentro do bolso do casaco. - Você ainda vai IMPLORAR por um beijo meu.

–Pffff - seguro um pouco o riso, mas logo o solto - não se iluda, Dakezinho. "O mundo não é fábrica de realização de desejos". - saio, deixando-o com cara de bobo no meio do corredor.

MINUTOS DEPOIS:

Já almocei, e parece que vou ficar sozinha em casa. Castiel pegou detenção, pra variar, e minha mãe, bem, ela trabalha á tarde.

Subo para o meu quarto, a fim de escolher uma roupa. Escolho, finalmente, uma blusa preta com manga pelo cotovelo e as orelhas, os olhos e o focinho de um panda. Uma calça jeans que uso para ficar em casa quando minha calça de malha de "ficar em casa" está lavando. Por fim, coloco minhas pantufas, afinal, vou ficar em casa, não é?

–Hey, Emy, será que você pode afinar minha guitarra para a aula de amanhã, por favor? -Castiel pergunta.

– Claro, - amanhã temos aula de música, e temos que levar um instrumento para tocar para a turma toda. Castiel vai tocar guitarra e eu, violino.

AS TRÊS HORAS:

Estou terminando de afinar a guitarra, quando ouço a campainha. Desso as escadas correndo, quase caido e tropeçando sem parar.

Abro a porta e Lysandre está lá:

– Lysandre! Livro!

– Ah, oi Emy! Posso chamá-la assim?

– Claro. Vem, entra, pode largar o Livro no chão.

Vamos até omsótão.

– Antes de me contar a "história", preciso te mostrar uma coisa.

– Ok.

– Pode sentar aí no chão - eu digo, enquanto arrumo o amplificador. - Ok, lá vamos nós. - tiro um pedaço um pedaço de papel do bolso, mais precisamente, uma folha do bloco de Lysandre, commuma música, respiro fundo e começo a cantar:

Quando tudo parecer sem solução

e a única maneira for entregar seu coração. (tente)

Quando uma barreira bloquear o seu caminho,

você não pode ficar no ninho.

Refrão:

Tente, alcançar o céu

Tente, colocar isso no papel

Seu sonho é tão longo quanto um véu.

Tente, você vai conseguir

Tente, não tenho medo de cair

Ninguém pode te impedir.

Se você sonha alto

e sabe aojde quer chegar

não tenha medo de tentar.

Quando um sonho você tiver

não tenha medo de deixar acontecer

Quando tudo der certo

não tenha medo de espalhar à todo mundo.

[REFRÃO]

– Emily, ficou incrível! As mudanças, o ritmo, a sua voz! Eu não faria melhor.

– Obrigada. - digo, largando a guitarra e me sentando no chão em sua frente. - pode me contar a história agora, sou toda ouvidos.

– Ok. Eu tinha um mês quando me deixaram no orfanato, junto com um bilhete.Quando completei 13 anos que fui, finalmente, ler o bilhete. Nele dizia os motifos de terem me colocado lá.

– E quais foram?

– Quando eu nasci, eu já tinha um irmão mais velho, Leigh. Meu pai e minha mãe não tinham muito dinheiro e koravam em uma fazenda, não tinham como cuidar de mim. Essa foi a unica solução que acharam.Na carta, diziam que me amavam e me pediram desculpas por terem feito isso. No fim, tinha os nomes de todos, Logan, meu pai, Christine, minha mãe, e Leigh, meu irmão mais velho. No dia que completei 13 anos, Leigh veio me visitar, imagine minha felicidade. Nós passamos o dia inteiro juntos! Foi divertido. Quando compeltou 18 já estava abrindo um processo para ter minha guarda. Hoje em dia, ele trabalha em uma loja de roupas nomcentro da cidade.

– Legal. Mas, e seu olho roxo?

– Ah, sim. O olho. Um mês depois de eu completar 13 anos, uma nova criança chegou. Bibiana, o nome dela. Uma aparência frágil. Decidi que a protegeria. Ela aceitou bem, desde então somos amigos. A questão do olho são uns moleques que me odeiam e me zoam. Eles pegaram Bibiana e eu meio que fui salvá-la e me dei mal...

– Coitado. Mas porque te zoam?