New York City escrita por Raiane C Soares


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Mais um hoje como prometido.



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   A enfermeira já havia a examinado, em seguida nos deixando sozinhas, ficamos em silêncio, eu queria pedir desculpas, milhares e milhares de vezes, mas a coragem não vinha.

   - Santana. – ouvi ela chamar, cortando todo o silêncio. – Olhe para mim.

   Levantei meu rosto lentamente, eu estava sentada na poltrona, Rachel tinha a expressão preocupada.

   - Ainda está com raiva?

   - Raiva? – eu me levantei rapidamente. – Claro que não, Rachel. Na verdade eu achava que você estava com raiva.

   - Eu estava, antes de pensar o quanto eu fui idiota em te chamar de infantil.

   Olhei para ela, prestava atenção em cada feição de seu rosto, Rachel deu um pequeno sorriso envergonhado, abaixou a cabeça e segurou minha mão.

   - Me abraça, Santana.

   Assim o fiz, a abracei o mais forte que eu podia, meus olhos se encheram de lágrimas novamente e senti minha camiseta molhar, com certeza Rachel estava chorando.

   - Rachel, fiquei tão preocupada... ainda mais por ter descoberto sobre o acidente através do jornal e por Phillip.

   - Eu estava com tanto medo. – ela se afastou, desfazendo o abraço. – Assim que o carro terminou de capotar, consegui acordar, vi a gasolina derramar, eu estava presa no cinto de segurança, de repente vi um caminhão se aproximar rapidamente. Depois disso não me lembro de mais nada.

   Acariciei seu rosto e limpei suas lágrimas.

   - O importante é que você está aqui agora, e viva.

   Me aproximei para beijá-la, mas me afastei, deixando-a confusa.

   - Rachel, você ainda quer casar comigo?

   - Mas que pergunta boba, Santana. É claro que ainda quero me casar com você!

   Eu a beijei rapidamente, nossas lágrimas voltaram a cair, mas não nos importamos com isso. Tirei o anel do meu bolso da calça e coloquei em seu dedo. Nos abraçamos novamente e Rachel deu uma pequena risada.

   - Você canta muito bem.

   - Você...

   - Ouvi sim. Acho que sua voz me chamou de volta.

   Ficamos em silêncio novamente, olhei para seus olhos que brilhavam e suspirei, ela percebeu.

   - O que houve?

   - É que... – abaixei minha cabeça, ela a levantou lentamente com sua mão e fez sinal para que eu continuasse. – Seus pais estão aqui, em NY.

   - Que bom! Ligue para eles.

   - Eu vou, mas... eles não são os únicos.

   - Como assim? Quem mais veio me ver.

   - Kurt e... Finn. – essa última palavra saiu como um sussurro, mas Rachel conseguiu ouvir.

   - Finn está aqui? E... o que você disse à ele?

   - Nada ainda. Antes que eu dissesse algo, Kurt o arrastou para fora daqui.

   - Então, acha que Kurt disse?

   - Não sei.

   Rachel ficou pensativa, peguei meu celular e liguei para seus pais. Quando fui ligar para o Kurt, Rachel segurou minha mão e negou com a cabeça.

   - Ainda não. Se ele não estiver sabendo, terei que contar...

   - Rachel, é só dizer que estamos noivas.

   - Mas e se Finn...

   - Você ainda o ama? Tem dúvidas? Tem vergonha de nós duas juntas?

   - Claro que não Santana, mas é que...

   - Vamos contar juntas. É a coisa mais normal, ele não é mais nada seu.

   - Finn ainda é meu amigo.

   - Então se ele for mesmo seu amigo, ele vai aceitar isso e nos apoiar, está bem?

   - Sim.

   Nos beijamos novamente, não queríamos nos separar nem mais um segundo.

                                                                             ***

   Depois que os pais da Rachel chegaram, eu fiquei distante, sabia que eles precisavam ficar juntos. Minutos depois Kurt chegou com Finn, Rachel começou a ficar nervosa, olhou para mim e deu um pequeno sorriso.

   Assim que os pais dela saíram, Kurt olhou para mim e acenou com a cabeça, me levantei, fiquei ao lado de Rachel e segurei sua mão. Rachel olhou para mim, mas aquela tarefa era dela, ela devia contar.

   - Finn... – Rachel começou. – Eu preciso te dizer uma coisa.

   - O que? Que você está de agarramento com a Santana? – ele perguntou em um tom brincalhão.

   Rachel e eu nos entreolhamos, Finn ficou sério e se aproximou de nós duas.

   - Isso é verdade?

   - Bem, não estamos exatamente nos pegando... – ela tentou explicar.

   - Na verdade estamos sim. – respondi sorrindo.

   - Santana! – Rachel me repreendeu. – Escute, Finn. Santana e eu nos apaixonamos, começamos a namorar à seis anos atrás e agora, estamos noivas. – ela explicou, como se estivesse falando com uma criança de cinco anos.

   - E você me escondeu isso por seis anos?

   - Eu queria contar, mas...

   - Rachel, eu fico feliz por vocês.

   - Mesmo?

   - Claro! Eu te amo, ainda somos amigos, então eu te apoio em tudo o que você decidir.

   Ele a abraçou, me afastei e olhei para Kurt, que já chorava.

   - Qual é, Lady Hummel! Ela não pediu ele em casamento! – eu disse. Kurt limpou suas lágrimas com as mãos, Finn sorriu e Rachel olhou seriamente para mim.

   - Kurt é emotivo, Santana. Não é como você. – Rachel disse.

   - Eu não sou emotiva?

   - Não.

   - Quantas lágrimas deixei cair de meus olhos quando você estava com câncer? Quando você me pediu em namoro? Quando você me pediu em casamento?

   - Espera ai! – Finn gritou. – Santana é a passiva? Isso é novidade para mim! – ele começou a rir.

   - Está satisfeita, Rachel?

   - Na verdade estou sim.

   - Que cínica! – eu gritei.

   - HEY! – Kurt gritou, entrando no meio. – Vocês lembram como esse acidente começou? Não quero que aconteça outro!

   Finn, Rachel e eu começamos a rir, Kurt ficou confuso, eu o abracei e beijei sua bochecha.

   - Obrigada por se preocupar com nós duas, Lady Hummel.

   Ele sorriu, me abraçou e olhou para Rachel.

   - Tome cuidado, estrela da Broadway. Porque enquanto você estiver atuando, posso ir até sua casa e roubar sua latina.

   - Você não faria isso! – ela gritou.

   - Faria sim.

   - Então eu correria atrás do Finn. – ela disse, abraçando Finn.

   Fiquei séria, soltei Kurt e empurrei Finn.

   - Chega de brincar, e largue a minha noiva!

   Rachel riu e me beijou. Era bom vê-la rir novamente.


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Notas finais do capítulo

E? Gostaram?



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