Please, Back Home. escrita por Ana Salvatore Blake


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey meu leitores amados!! Vamos fazer um trato, posto capitulos toda terça, quinta e domingo e vocês me deixam reviews?? Lets to amando suas opiniões sobre a história e me deu mais idéias ainda, obrigada.
Vou parar de falar aqui!!

Boa leitura, meus Sweets!!

Anna Morgenstern



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Som de pele rasgada e gritos de agonia era a trilha principal do meu sonho.

Eu estava em um porão da nossa casa, mas parecia diferente de como eu me lembrava.

Pelo que eu me lembro de um arsenal de laminas de serafim e uma única parte, tinha um símbolo desenhado em vermelho no chão e um anjo estava preso ali, essa foi a minha primeira visita proibida ao porão, e suas asas haviam sido tiradas violentamente e ele repetia as mesmas frases “Tiraram minhas asas, agora não posso voltar pra casa, quero morrer.”.

E agora no sonho, era um lugar empoeirado e as paredes cheias de sangue, eu estava no momento em que meu pai acabara de capturar o anjo, e prende-lo no símbolo, uma das piores lembranças que me mostraram.

O anjo tinha asas brancas feito as nuvens do céu, cabelos negros como a noite e olhos como o verde dos olhos de um leão, em especial Aslan o leão das Crônicas de Narnia, e seu corpo era de um guerreiro, todos os músculos definidos e tensos e também era alto, do mesmo tamanho de meu pai, provavelmente tinha 1,80.

Ele estava de joelhos, as mãos atadas por uma corrente de ferro muito grossa e estava se encharcando com o seu sangue.

Meu pai estava atrás dele, com um pé no meio de suas costas e as cada  mão segurava uma asa que era brutalmente puxada e arrancada da pele, e o anjo gritava de dor.

Comecei a chorar por causa do sofrimento que meu pai dava ao anjo, e depois de muita agonia, meu pai conseguiu arrancar as asas do anjo, que praguejava em uma língua celeste.

Sebastian colocou as asas cuidadosamente em uma mesa de madeira que estava ali perto, e se voltou para o anjo.

O seu sangue dourado havia virado rios pelas suas costas, enquanto ele chorava pela perda das asas, de não poder voltar mais pra casa.

Meu pai se agachou na sua frente e falou num tom calmo e divertido demais.

“Qual o seu nome, Anjo Caído?”

O anjo não respondeu, e isso deixou a expressão de meu ai mais dura do que pedra e ele se levantou e chutou o rosto do anjo, que mesmo com o chute continuava com a mesma perfeição, até mais bonito.

“Chute o quanto quiser demônio. Sua prole esta rebaixada até o talo. Eu sou Imortal e você é um inseto que irá ser removido por mim, palavra divina do Arcanjo Baruch.”

Meu pai soltou uma risada maligna e disse, se virando para pegar as asas e ir embora.

“Minha prole pode ser rebaixada, mas você esta junto comigo, Anjo Caído.” Ele saiu do porão rindo e o sonho foi se desmanchando feito areia.

Acordei com lagrimas nos olhos e com dificuldade de respirar, aquela era a lembrança mais cruel que existia e eu odiava reviver isso.

Uma dor bateu no meu peito, eu estava com muita saudade dele, do Aslan, que era o Baruch, mas quando eu o conheci, eu tinha nove anos e achava que seus olhos eram idênticos aos do Aslan, o Leão de Narnia, então esse nome ficou com ele, e me lembrar disso fez minha garganta se fechar.

“Cadê você, Aslan?” sussurrei triste, me lembrando dele.

Depois que eu cuidei dele, eu o tirei do pentagrama, mas ele queria se matar e para quebrar esse pentagrama, que o aprisionava, eu tinha que fazer um por cima do trabalho do meu pai, então eu interliguei nossas vidas, se ele se matasse eu iria junto.

Eu tinha nove anos, e eu cuidei dele com todo carinho, mesmo eu não o conhecendo, quando eu entrei no porão pela primeira vez, ele estava magro, deitado dentro do pentagrama e crostas de sujeira estavam nele e as hastes da sua asa estavam infeccionadas até o talo,  essa parte eu tive que cortar o resto do toco de asa que tinha ali, deixando ele com uma cicatriz grande, parecia um v de cabeça pra baixo.

Ele estava muito mal tratado, levei uma semana para cuidar dele, só para limpar os ferimentos, e deixei-o no meu quarto, mas a parte mais difícil era enganar meu pai, e eu conseguia.

Depois, ele se tornou a pessoa mais legal, ficava comigo todos os dias de noite e eu dormia aninhada em seus braços. Com ele eu sentia proteção e também o vazio que tinha dentro de mim por não ter uma família de verdade também era preenchido.

Ao decorrer dos anos, ele não vinha às vezes, mas eu sabia que ele estava de pé, na arvore a mais próxima da janela do meu quarto, até que teve uma vez que perguntei para ele, ai ele me alertou sobre meu pai já ter sentido ele em casa, e se ele visse Aslan, acho que arrancaria a cabeça dele.

Depois ele parou de vim de noite ao meu quarto, e foi neste ano, quando completei quinze anos, na noite do dia 19 de Janeiro, ele veio de noite e me deu um colar que continha um anel de cobre pendurado nele, e ele me dizia que enquanto eu estivesse com o anel, ele estaria presente na minha vida.

Agora era a hora que eu mais precisava dele, mesmo com Henry do meu lado, eu precisava dele, por que minha confiança que eu tinha com Henry se dissolveram quando ele me trouxe pra cá, e Aslan era o único em quem eu confiava.

Levantei-me da cama decidida em esquecer esse assunto, fazia quase um ano que eu estava esperando por ele, mas ele também tem sua vida e eu não podia ficar segurando ele, isso seria puro egoísmo.

Eu estava tão absorta em pensamentos que quase pisei em Henry, que estava dormindo sentado perto da minha cama, sem camisa e com uma bermuda, e sua lamina de serafim estada do seu lado.

Fui até o banheiro em silencio e tomei um banho, se eu não podia sair, pelo menos tomaria um banho, não iria ficar podre só por que não estou em casa.

Tomei um banho rápido e coloquei a minha roupa de combate e fui para a janela que tinha no quarto.

Não sei por quantas horas eu estivera dormindo, mas parecia que eu tinha hibernado, por que era manhã quando eu havia acordado e agora um crepúsculo estava no céu.

Sentei-me no peitoril da janela e fiquei observando o sol se por, indo de laranja para vermelho e escurecendo devagar, a sensação de frio da noite me reconfortou enquanto chegava, eu não aguentava esse calor de rachar.

A porta do meu quarto se abriu e um garotinho de cabelos loiros e olhos verdes entrou, era meio magricela e um pouco alto e também tinha uma cara de Nerd, mas carregava consigo um ar divertido.

Era William Lightwood, não sei por que, mas uma raiva me invadiu, eu não conseguia olhar para o garoto.

“O que você quer?” falei na maneira mais hostil que existia.

William encolheu os ombros e continuou perto da porta.

Eu me levantei e encostei-me à parede da janela, com p olhar gelado, cruzei os braços e esperei a resposta dele.

“Tem um cara lá em baixo procurando por você!” ele falou morrendo de medo e praticamente gritou quando falou, e isso despertou Henry, que estava grogue de sono.

Eu revirei os olhos para o menino e andei pisando fundo e passei trombando nele, e desci as escadas, nem prestei atenção na arquitetura da casa de tanta raiva que eu estava, quando cheguei ao final da escada, não tinha ninguém me esperando.

Na verdade, foi uma cilada que caí direitinho.

Eu não percebi que Henry estava atrás de mim até Jace o mandar tirar William da casa, e eu lancei um olhar borbulhando de raiva para Will, que saiu correndo de casa.

Eu fiquei parada na ponta da escada e vi que a sala era imensamente ampla, e tinha umas arquiteturas medievais, e deixava a casa extremamente linda, com longos sofás de couro e uma TV de tela plana na parede com um PS4 branco em baixo.

Sentei-me sem paciência na ponta da escada e minha mãe adentrou na sala, ficando ao lado de Jace que estava na minha frente.

“Não trate seu irmão deste jeito. Foi ideia minha o mandar ir te chamar.” Ele falou e continuou. “Eu não quero ver você andando com Baruch. Ele é um anjo caído!”

Ele exclamou, e eu soltei uma risada fria e falei.

“Eu sei o que ele é, por que fui eu quem cuidou dele, e só para te constar, oxigenado, ele foi a única pessoa que eu tinha para me proteger e me amar. Ele não me abandonou.” Eu lancei uma indireta fria para Clary, que me olhou mais triste ainda e falou.

“Jace é o seu pai biológico. Então o trate com mais respeito.” Ela disse firme e continuou. “Vamos conversar Annabeth. Sebastian nunca fora seu pai.”

Ela começou e isso me confundiu. Como ele não era meu pai? Ele não era carinhoso, mas também não deixava me faltar nada. Eu ri sarcasticamente e falei.

“Anda logo, por que tenho que ir embora daqui e não suporto olhar pra cara de nenhum dos dois.” Não sei o quanto fui fria, mas isso tirou lagrimas dos dois e eu soltei um sorriso maligno.


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Notas finais do capítulo

Um reviewzinho por favooooor??? A caixinha está brilhando, pedindo um review!!!
Eu sou uma negação em convencer pessoas. kkkk'