Mudança de Hábito escrita por annamartin-hale


Capítulo 5
Cap. O4 - Não Existem Palavras Para Isso /PARTE O1


Notas iniciais do capítulo

Qualquer semelhança do nome deste capítulo com o nome do capítulo do livro de Jake , em BD , é mera conhecidência :P

o capítulo está mil ( e bem grande :P ) (H)'
— boa leitura , e desculpem a demora :D'



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Música do p.d.v de Edward: SIMPLE PLAN : WHEN I'M GONE[ http://www.ijigg.com/songs/V2AFA07EPA0 ]

 

Edward's PDV

 

PQP, POR QUE JASPER? PORQUE????

Depois que eu e meu pai fomos para Washington, ele me deixou lá e voltou para Forks. Emmett, então, no sábado a tarde, seguiu até Washington e ficou me supervisionando e me ensinando o que eu deveria fazer quando começasse minha vida nova. Já era domingo de manhã e eu fiquei contando as horas, os minutos, segundos e centésimos como se a Segunda-Feira fosse o dia da minha execução. Eu já podia até ver a cena ...

# Imaginando mode on #

Uma voz ao fundo descrevia todos os meus crimes. Eu estava sentado numa cadeira com amarras em formato de tiras de couro. Eu via meu pai, sentado a frente da grande plataforma de metal onde ficava a minha cadeira. Ele ria de mim com um sorriso belo e extenso; ele mais parecia que estava vendo um filme de comédia do que um condenado na cadeira elétrica. A voz ao fundo ficou histérica, fina e enjoada, e logo reconheci de quem era. A pintora de rodapé, vencedora dos 500 metros rasos no aquário, minha irmã que mais parece o capeta anão, Alice saiu de detrás da parede blindada e disse a frase final que me fez saltar da cadeira, implorando por absolvição.

- Edward Masen Cullen é declarado ... CULPADO … HAHAHAHAHAHAHA! – Aquela risadinha me matava… Ou melhor, eu ia matar aquele toco de amarrar jumento...

Pude ver um magrelo delgado ao fundo, segurando uma grande alavanca enferrujada. Ele estava completamente descontrolado, pulando de felicidade ao me ver em estado de pânico. Seus cabelos meio loiros,meio queimados pelo sol escaldante do Brasil [N/A: AÊ! É NOIS! (H)] , estavam completamente esvoaçados e esfarinhados. O carrasco de crianças inocentes, o ajudante de emos não descobertos estava num alegria inesperadamente louca. Pude ler seus lábios ao fundo, quando ele disse:

- Goodbye, Masen... Seu destino é a MORTE! AHAHAHAHAHAHAHAHA!

#Imaginando mode off#

Quando o desgraçado son-of-a-bitch, ia puxar a alavanca, ME alavancando para o inferno - pra onde ele queria que eu fosse - fui desperto por duas mãos enormes que me sacudiram até meus rins trocarem de lugar com o meu pulmão.

- ACOOOOOOOOOOOOORDA! ACOOOOOOOORDA? VOCÊ MORREU, EDWARD?

Estava com o olhar perdido, enquanto Emmett me sacudia. Sacudi a cabeça em um rápido movimento e olhei para ele, que estava mais desesperado que patricinha em dia de liquidação.

- OI? DISSE O QUE? – Perguntei, pressionando o ouvido esquerdo, o qual tinha perdido um tímpano.

- Eu perguntei se você tinha morrido! – Ele se expressou, gesticulando e movimentando a boca, para que eu pudesse ler seus lábios.

- MENINO ENXERIDO? – Fiz uma cara de interrogação.

- CACETE EDWARD! – Ele berrou. – VOCÊ TINHA MORRIDO!!! TÁ SURDO?

- AAAAU! – Gritei, com a pontada que deu no meu ouvido depois do berro de Emmett. – Tô quase lá... - Meu ouvido zuniu. - O QUE É DESSA VEZ ? - Gritei, pensando ter falado baixo.

- PARE DE GRITAR! PARECE QUE TÁ... - Emmett bateu no ar. - Deixa pra lá... Bom, você sabe que umas duas da tarde nós vamos... Bem... Vamos... - Ele coçou a cabeça. - Vamos buscar o Jas...

Fiz um sinal de "pare" com as mãos e imediatamente ele calou a boca. Eu estava desesperado por que simplesmente não sabia o que fazer. AQUELE DESMIOLADO ESTAVA VINDO! PRA SER MEU CHEFE? Aaah, eu precisava urgentemente de um aparelho auditivo, meu ouvido estalava.

- Brother?

- Qual foi Ed? - Emmett estava destraído, sentado na poltrona mais a frente, ficando de costas pra mim.

- Tô morrendo de dor no ouvido, bro. Vou no médico, ver o que é isso. Cara, tomei milhares de analgésicos e essa porra de zunido não passa!

- Cara! Como você conseguiu isso?

- O seu pai... - Cuspi as últimas palavras como se fossem palavrões da pior espécie. - Berrou no meu ouvido como se ele estivesse falando com aquelas PU...

Estava pronto pra berrar, e Emmett já ria antecipadamente, quando o Iphone tocou Ayo Technology.

- Fala!

Ele deu um pulo da poltrona e se manteve andando de um lado a outro da sala, empatando a minha visão da tv. Só pude escutar suas respostas, muitas delas eram monossilábicas. Só num instante, Emmett bradou:

- QUAL É BRO? NEM DÁ CUMPÁDI! TU QUER O QUE? .... - Ele arregalou os olhos e exclamou. Fez-se um silêncio e o rosto dele se abriu numa máscara de raiva. - AH! MAS VAI PRA PUTA QUE TE PARIU, SEU CORNO! TU TÁ MALUCO? VEM CÁ, TU TRABALHA PRA QUEM, HEIN? PRESTENÇÃO CUMPÁDI, TU VAI SE FUDER NA MINHA MÃO, TU TÁ LIGADO NISSO NÉ? OLHA BROTHER, SE EU DESCOBRIR QUEM VOCÊ É, MERMÃO TU TÁ MORTO!!! MOOOOOOOOOOOOORTOOOOOOOOOO!

E a ligação carinhosíssima terminou.

- Caralho! Quem era brother? - Arregalei os olhos.

- Um filha da puta invejoso... Dizendo que ia matar nosso pai, dizendo que o "SEXY'N'HOT" ia voltar pra mão de quem nunca deveria ter saído... Blá blá blá... Isso deve ter sido mandado pelo M.M, aquele corno filha da puta invejoso... - Emmett sacudiu os ombros e se jogou no sofá onde eu estava. Olhou pra TV, e olhou diretamente pra mim, e seu semblante se abriu, como se ele tivesse se lembrado de algo que era importante. - Falando em Sexy'n'Hot... Acho que alguém aqui precisa de umas aulinhas... - Ele gargalhou, dando um tapa imenso nos meus ombros.

- VOCÊ QUE VAI SER MEU PROFESSOR? MAS NEM FUDEN...

- OLHA LÁ HEIN, SEU MOLEQUE! - Ele deu um tapa em minha cabeça e começamos a brigar. De mentira.

É, ser irmão do Emmett era bem legal, ele era um irmão nota dez... Embora as vezes fosse difícil de admitir, eu gostava do meu irmão. Ele era o tipo de irmão que todos queriam ter, e até pra me dar broncas ele era diferente... Exceto pelo dia da confusão, até hoje eu sinto dor de cabeça no local onde ele bateu. Fora a sua força extraordinária, que, se concentrada em outro lugar: tipo a mente - seria bem mais interessante. Mas ele é o meu irmão preferido, não nego.

Depois de nossa briguinha casual, Emmett me ajudou com algumas coisas em relação ao meu novo "trabalho". Como se portar, como tratar as clientes, e o principal: Como fazê-las querer mais. Quando eu já estava me empolgando com a vida do "Sexy Eddy", Emmett se levantou e foi tomar banho. Afinal o relógio já apitava...

- DUAS HORAS??????? - Gritei de pânico e Emmett voltou correndo da escada em direção ao banheiro.

- Que foi porra? Quer me matar de susto? - Ele me olhou com raiva e me tratou com desdém. - O que é agora?

Tratei de me justificar, afinal de contas não ia mostrar pra ele que eu odiava o nosso "irmãozinho".

- N-n-nada... Nada não, o tempo passou rápido não é? - Dei uma risadinha amarela, bolando algum plano, foi quando minha mente clareou. Pigarreei, e prossegui. - Nós não vamos buscar o Jasper? - Fingi espanto. - JÁ SÃO DUAS HORAS! - Pretendi estar interessado no horário de ir buscar meu queridinho irmão.

Emmett desistiu do banho, desceu o resto das escadas que faltavam, pegou a chave do carro na mesinha de centro e gritou, já abrindo a porta.

- VOCÊ CONHECE SEU IRMÃO, EDWARD! VOCÊ CONHECE A PEÇA! ELE ODEIA ATRASOS! VAMBORA RÁPIDO!!! - Emmett saiu preocupado, e eu fui em seguida, batendo e trancando a porta de nossa enorme mansão.

É pelo simples fato de conhecê-lo, que sei o território onde estou pisando. Ele odeia atrasos? Odeia imperfeições? Pois imperfeições e atrasos ele terá. Jasper Cullen não perde por esperar....

 

Música do p.d.v de Bella : Vanessa Carlton - A Thousand Miles [ http://www.ijigg.com/songs/V2D07EP0 ]

 

Bella's PDV

 

Depois daquele fim de tarde com as meninas, e em especial uma, Reneesme, a Renie, que me chamou mais atenção pelo simples fato de despertar em mim um instinto materno, algo que nunca havia sentido. O que seria isso? Fomos dormir, minha primeira noite naquela nova casa, num novo lugar... e eu já estava morrendo de vontade de voltar pra casa... Será que... Foi uma decisão precipitada?

- Não, não, não, claro que não, Isabella Marie Swan, lógico que não... - Eu repetia pra mim profundamente, insistentemente, me provando que eu estava errada por pensar aquelas asneiras.

Aquele dia se passou, dando espaço ao sábado, com direito a uma festinha interna das Recém-Chegadas, e algo não me soava bem do jeito que Ashley Silver , a loirinha espevitada, e Julie Mean, a ruiva oferecida agiam com a Reneesme. Era estranho... No dia da festinha, eu e a Reneesme ficamos de canto, olhando a presepada daquelas duas, que, lógico, estavam na organização da festa. Típico...

Ficamos conversando, e quanto mais eu a conhecia, mais sentia vontade de protegê-la, como se ela tivesse saído de mim, fosse a minha filha. Perguntei pra Renie como ela havia chegado aqui, no Convento. Foi uma breve e triste história.

- Nem eu sei, sabe Bella? - Ela balançou as pernas em vai-e-vem, penduradas no ar, onde ela estava sentada, num alto murinho. - A Esme disse pra mim, que eu cheguei aqui num cestinho, com um bilhete. - Seus olhos marejaram. Eu a abracei e choramos juntas. Eu realmente nunca fui de me doar tanto em uma amizade, normalmente eu só era a amiga da garota que falava tudo, e só me pedia opiniões específicas, do tipo: " Tô feia? Tô gorda?". Obviamente sempre a resposta tinha que ser não. As vezes um sim, quando a pergunta pedisse uma resposta afirmativa.

Mas com a Reneesme era diferente. Ele era... Sei lá... Eu acho que em vidas passadas, fomos mãe e filha. Eu lhe entendia completamente, e ela também me entendia. Naqueles dois dias mais juntas, parecia que eu já a conhecia há anos atrás. Ela tinha mais ou menos 13 ou 14 anos, e se eu pudesse, ou tivesse uma vida estável, eu a adotaria...

Fez-se um silêncio perturbador, e Renie completou. - Eu não sei de onde eu vim... Eu não sei quem sou, Bella! Eu só.... - Ela pausou, e enxugou as lágrimas que teimavam em cair. - Eu nem sei explicar por que eu tenho esse nome! Parece mais uma mistura... - Ela balançou as pernas mais uma vez, e olhou para o horizonte. - Bella, posso te dizer uma coisa?

- Pode, claro que pode, Renie! - Sorri pra ela.

Reneesme corou, e em seguida afundou seu rosto em meus ombros, e disse sufocadamente. - Eu te amo, Bella... Você é muito importante pra mim... Você é minha única amiga aqui...

Chorei, emocionada. E realmente percebi por que Reneesme agia daquele jeito, procurando em mim um consolo. Primeiro: por que ela realmente gostava de mim, e Segundo: por que as pentelhas do Convento a tratavam como se ela fosse nada. Principalmente Ashley e Julie. E elas escondiam algo... Eu iria descobrir o que era... Ah se iria!

O domingo chegou, revelando-me algo que há muito tempo desconhecia. O Sol! Um lindo sol de domingo, que nos acordou sem muito esforço, simplesmente levantamos e fomos tomar o nosso café, que já nos esperava. Reneesme me acompanhou, e pude ouvir Ashley e Julie rindo. Não entendia o que elas estavam fazendo naquele lugar. Ashley era uma loira bonita, que aparentava o tipo de garota popular de algum colégio tradicional. Julie era bonita também, uma ruiva cheia de sardas, e um cabelo enrolado de dar inveja. Mas simplesmente, não eram os tipos de garotas que frequentam (ou moram!) em um Convento, tentando ser freira... HAHA! Faz-me rir...

As duas estavam muito estranhas, juntas demais, com um pequeno grupinho feito de duas garotas morenas, e outra loira. Andavam pra cima e pra baixo, e no domingo estavam numa expectativa maior ainda. Reneesme percebeu o que estava acontecendo e resolveu me seguir. Fui atrás das garotas e desviei o caminho do café da manhã. Julie saiu, à francesa da sala de jantar, e eu nem entrei nela, temendo que ela me visse. Ashley nem se deu ao trabalho de esconder-se. Saiu correndo, e Esme já acostumada com as loucuras de Ashley, nem ligou.

Eu e Renie fomos atras delas, nos escondendo por todo o perímetro. Saímos do Pavilhão das Recém-Chegadas, indo de encontro ao Salão de Festas super glamouroso, onde as duas entraram, e esqueceram de bater a porta, deixando-a encostada, dando-nos espaço para espiar. Julie e Ashley se esconderam atrás de uma cortina e a loira tirou de dento do pijama-farda um celular. De repente discaram um número e houve um silêncio. De repente, depois de mais ou menos uns 10 toques, Julie começou a falar.

- Não queremos mais ficar aqui, e você tem de nos ajudar!

.....

- Não importa! - Julie cantarolou. - Quero sair daqui, esse castigo já acabou! Se eu não sair daqui por bem, sairei e você nunca mais me verá!!!

Ela finalizou a ligação sem ao menos dar espaço à pessoa do outro lado da linha terminar de falar. Ligou para outro número e dessa vez Ashley pegou o telefone.

- Bom, não conseguimos do jeito fácil, avisamos, mas ninguém quer saber... Idiotas... Bom, então recorremos a você. A saída já está esquematizada, HOJE NÓS VAMOS EMBORA DAQUI!

As duas riram e eu e Renie nos afastamos da porta.

- Quer dizer que elas vão embora daqui hoje? - Renie sussurrou.

- Iam embora... Eu vou melar a saída delas... Já sei até o que fazer... - Ri baixo. - Vem comigo....

Arrastei Reneesme escada abaixo. Meu plano já estava feito, nada poderia me deter.


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Notas finais do capítulo

e ai curtiram?
depois posto mais! :D'

beijos, meus delicinhas :D'



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