Mudança de Hábito escrita por annamartin-hale


Capítulo 3
Cap. O2 - Nova(s) Vida(s)


Notas iniciais do capítulo

Tou compensando a demora com um capítulo beeeeeeeeem grande :D
quero reviews hein ?

boa leitura :*



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Bella's PDV

 

Senti que aquele era o meu momento. O dia da minha glória. O dia em que finalmente seria Madre Isabella Swan. Respirei fundo o ar de minha nova vida que entrou fundo nos meus pulmões, revigorando todas as minhas esperanças de uma nova história. A grande porta de madeira se abriu me mostrando o meu novo mundo.

Acho que o céu desceu, pois eu estou vendo ele aqui, na minha frente! Era um imenso jardim, com uma fonte que jorravam águas cristalinas até a pequena piscina suporte debaixo do chafariz. Olhei para os lados e vi enormes castelos que se coexistiam em uma enorme ponte que ligava os corredores. Era uma construção exorbitantemente ousada e cheia de vida, apesar de se parecer com qualquer construção do Século XX.

- U...AAAAAAAAAAAAAAAAAAU... - Suspirei, vencida pela beleza daquele convento.

- Pois bem, Bella, siga-me! -Ela fez um sinal com as mãos convidando-me a conhecer mais da minha nova casa.

Fomos andando por todos os lugares daquele local, que até cinco minutos antes era desconhecido pra mim. Seguimos conversando sobre cores, músicas, roupas e locais. Passamos por um pavilhão que mais parecia um requinto teatro de ópera, onde treinavam as freiras em treinamento e lhes ensinavam música, teatro, dança e qualquer outro movimento artístico.

Fomos por outro caminho que nos mostrava a beleza imperial daquele lugar; outro belíssimo jardim, repleto de orquídeas cor-de-rosa, tulipas e copos-de-leite, que se estendia por um longo caminho aberto, onde tinha uma passagem que nos levava ao Pavilhão das Recém-Chegadas.

Já tinha perdido a conta de quantas vezes eu já tinha tropeçado, mas aquela foi a pior. Passávamos perto de uma parede com uma bonita e verde trepadeira, que se estendia por toda a parede lateral da escada. Alguns fios de cipó estavam presos, e uma das minhas malas havia se prendido. Tentei liberá-la, mas ela estava muito enroscada. Quando consegui desprender a roda da mala, meu pé direito havia ficado enroscado, e eu não tinha percebido. Dei o primeiro passo e tomei um enorme tombo, com direito a um galo enorme e bem vermelho na testa. O rosto angelical de Esme se abriu em uma máscara de terror.

- OH, MINHA NOSSA SENHORA DOS TOMBOS E DESEQUILÍBRIOS! - Ela elevou as mãos ao queixo e depois riu descontraidamente. - Você está bem Bella?

- UH, OH! - Em meio as minhas amigas onomatopéias continuei, tentando me levantar e pegar as malas. Já estava praticamente com vontade de pegar todas elas e enfiar bem no... Esgoto...? (Não posso mais xingar? :@) - Já estou melhor... Obrigada! - Falei, agarrando as malas e limpando os joelhos sujos de poeira do chão. 

- Normal... Normalíssimo Bella! - Ela gargalhou. - Com a minha Renie foi beeeeeeeeeeem pior, te garanto... !

Subimos as escadas falando do principal motivo de estarmos ali: Renúncia. Ela me perguntou por que raios uma menina tão nova como eu estava tentando ser freira.

- AH! Decisão antiga... - Rimos juntas num clima descontraído, subindo as imensas escadas que levavam ao Pavilhão das Recém-Chegadas. E ai, foi a minha vez de melar a situação com uma pergunta discreta, que tomaria proporções enormes, que eu mal sabia.

- E por que a senhor... Você veio pra cá, Esme? - Arqueei uma das sobrancelhas e olhei para baixo, tentando organizar minha bagunça, agarrei minha nécessaire por debaixo do braço.

Fez-se um silêncio cruel. Quando desviei o olhar da nécessaire e olhei para ela, Esme estava olhando o belo horizonte, com um olhar perdido e lacrimejado.

- Às vezes, minha cara Bella, a gente tem de renunciar o que não nos faz mais bem, mesmo que isso acarrete na decisão mais difícil de nossas vidas: Abandonar quem se ama. - Ela disse calmamente.

Foi a minha vez de retrucar.

- Não entendo Esme... O que você fez...?

Num instante, ela cobriu o rosto com as mãos em forma de concha. De repente ela tirou as mãos, e revelou lágrimas abundantes que escorriam sem pena de seu rosto angelical.

- BELLA, VOCÊ NÃO ENTENDE? - Ela subiu duas oitavas no seu tom de voz e gritou subindo correndo as escadas que nos levavam ao corredor. - BELLA EU TINHA DE FAZER AQUILO! NINGUÉM ME ENTENDE!!! EU AINDA ... - Ela parou de gritar, e continuou mansamente. - Eu ainda os amo demais, Bella! - Esme sorriu e chorou pra mim ao mesmo tempo.

"Nooooooooooooooooooooofãm Bella! Você nem é uma freira formada e já quer que a outra cometa um homicídio! Você é o FIM DO MILÊNIO, BELLA!", pensei.

- Tudo bem... Um dia eu vou te entender, se você estiver disposta a me contar, tá? - Parei na beira da escada, olhando Esme com um olhar sincero. Ela retribuiu com um sorriso amarelo, e pegou minhas outras malas que sobravam para me ajudar. Me levou até o fim do corredor, onde estaria o meu quarto. (Ah para! LÓOOOOOOOOOOOOOOOOGICO QUE EU VOU QUERER SABER DEPOIS! A VIDA DELA MAIS PARECE UMA NOVELA MEXICANA! Cala a mente, Bella; X).

Quando cheguei na porta, era mais ou menos igualzinho a porta de entrada do Convento. Só tinha proporções menores e duas argolas, ao invés de uma. Chegamos bem perto da porta, e Esme largou as minhas malas no chão, fez pra mim um sinal para ficar quieta e encostou o ouvido bem rente a porta. Ouvimos uma barulhada de muitas meninas juntas, um auê.

Esme bateu com uma das argolas na porta e o barulho cessou imediatamente. Olhei admirada pra ela, e ela abriu a porta. Logo entendi o motivo do murmúrio, pois naquele quarto havia mais ou menos vinte meninas, todas aparentavam ser bem novinhas e espevitadas. Esme fez uma tosse fingida e todas olharam pra mim, e pra ela, e em seguida ela se pronunciou:

- Boa Tarde Meninas!

- B-ou-a Ta-rrrrr-dêê! - Um lindo coro feminino cantou para nós.

- Essa aqui é Isabella Swan, e ela vai ser a nova colega de vocês! - Corei. - Qual é a nossa saudação?

Em seguida as meninas cantaram harmoniosamente uma música que não consgui gravar. Algumas estrofes me chamaram a atenção, pois foram as mais repetidas: "Aqui teremos união...". Depois do bonito canto para a novata, Esme se despediu, e, como num enxame de abelhas, todas as meninas correram pra mim, exceto uma, que ficou lá embaixo, na última cama do beliche.

Todas falaram muito de uma vez só, e eu quase não entendi.

- Oi! Meu nome é Julie Mean, Bella! - A ruiva que estava num beliche a nossa frente, saltou e falou comigo.

Extremamente vermelha, falei rapidamente com todas as meninas e corri para a última cama vazia que me restava, junto com a garota que continuou imóvel, indiferente a minha chegada. Me aproximei dela, e peguei a última cama do beliche, por sinal na parte de cima (Ai, altura :S). Depositei todas as minhas coisas na parte de cima, e, tímida, resolvi cumprimentar a garota.

Ela era extremamente e assustantemente bonita! Com cabelos cacheados castanhos que pendiam até a cintura, olhos cor de chocolate bem vivos e cheios de esperança, que brilharam ao me ver. Sua pele era limpa e mais morena que a minha, e se não fosse por isso, ela seria bem parecida comigo.

A garota abriu um enorme sorriso, e falou comigo primeiro.

- Hey, você é a Isabella não é?

- Bella. - Sorri. - Me chame de Bella.

- Ah... - Ela olhou pra baixo. - Então, você vai ser minha colega não é?

- Espero que sim...

- Aham... - Ela pausou, e continuou rapidamente. - Ah! VOCÊ NÃO SE ASSUSTOU?

- Com o que?

- As meninas... Elas são assim mesmo ... - Ela sorriu. - Comigo foi bem pior... Esme não disse nada sobre isso?

Parei, coçei a cabeça e continuei, tentando me lembrar.

- Não... não que eu saiba...

- Ela não disse nada sobre Renie? - A garota pareceu assustada e ofendida.

- Ah! Disse, disse sim... Seu nome é Renie?

- Não não! - Ela balançou as mãos como se tentasse se justificar. - Renie é meu apelido! - Sorriu e jogou os cabelos. - Meu nome de verdade é Reneesme! Prazer, Bella!

Não sei por que, mas naquele momento senti um enorme instinto materno por aquela garota tão linda, pequena e frágil. Percebi que havia encontrado o meu lugar. E também havia achado uma amiga no contexto de minha nova vida.

 

Edward’s PDV

 

Aquilo ficou ecoando em minha mente. "Onde estaria minha mãe agora?". A ferida do abandono que foi esquecida, havia sido descascada e agora doía muito. Tá bom, isso foi gay. Mas... A minha mãe havia NOS deixado, e eu nunca consegui viver bem com aquilo...

Distraído com a rodovia, e morrendo de medo da decisão de Carlisle, tomei a rodovia sul em direção ao aeroporto. Só fui despertar de meus devaneios dentro do carro, quando quase bati a traseira da minha máquina no estacionamento do aeroporto.

- Puta merda...

Refiz meu caminho e me mandei de volta para a norte, em direção a Seattle. A viagem que deveria durar quatro horas, durou mais, com direito a pit stops em lojas de conveniências, lanchinhos no meio da rua e paradas urgentes para ir ao banheiro.

Cheguei em Seattle às 22:00 da noite, e sabia que ia encontrar problemas gravíssimos. Fui rapidamente em direção a nossa casa, que Emmett morava lá com Rose, nossa irmã, sua mulher (É difícil, procure entender...).

Quando cheguei no início da rua de nosso condomínio luxuoso, vi uma figura na porta de nossa casa, de braços cruzados batendo o pé no chão, com um celular que brilhava em mãos, e no seu rosto uma expressão de raiva e vontade de cometer um homicídio.

Tá bom, eu admito. Fiquei com medo, por que sabia que aquele seria o último dia de minha vida. De longe, vi meu irmão grandalhão me esperando na porta de casa. Era o fim de minha história.


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Notas finais do capítulo

E AI COISAS LINDAS DE MY LIFE? MEREÇO REVIEWS?
ESTRELINHAS?
OBRIGADA A QUEM ME DEU POPULARIDADE! AMO VOCÊS!

acompanhem , vai ficar quente (66
mil beijos :*