Um Novo Level escrita por Alexia Dankan


Capítulo 1
Primeiro sinal


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente acho que o capitulo não ficou tão bom como eu esperava, mas enfim.... espero que gostem. Qualquer sugestão, favor deixar nos comentários :33



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-Luna POVs-

Fazia exatamente uma hora desde que eu havia chego da escola. Fiquei sentada em frente ao espelho do quarto dos meus pais, me analisando. 

Senti um vento forte batendo em minhas costas. Me levantei e fui até a janela. Ela estava totalmente fechada. Credo pensei.

Voltei a me sentar em frente ao espelho. Meu pai havia ido para algum lugar, e minha mãe para o mercado. 

As luzes começaram a piscar levemente. Comecei a sussurrar para mim mesma.

Luna: Por favor não apague a luz, por favor não apague a luz.

A luz parou de piscar. Suspirei de alivio. 

Me levantei para preparar meu banho. Me espreguicei e comecei a rir sozinha. A luz apagou e a unica coisa que eu pude ver no espelho foi meu rosto com uma expressão de medo.

Sempre tive muito medo de escuro. O fato de estar sozinha em casa só piorava a situação.

Caminhei com cuidado até a sala, onde provavelmente estaria mais claro. Andava sem fazer barulho, como se me escondesse de alguém. Estava nervosa, confesso.

Na sala havia três espelhos, e acabei me assustando com meu reflexo.

Ri baixo, calma pensei.

Me virei para encarar o espelho atrás de mim. Pude ver uma figura escura no canto da sala. Novamente, virei-me rapidamente. Procurei com os olhos a figura, mas não achei. 

Vi minha jaqueta jogada no sofá, então a peguei e amarrei-a na cintura. Pretendia descer até a portaria. Toquei os bolsos da minha calça, procurando por meu celular. Estava lá. Fui até a janela da sala para ver se era apenas o prédio ou o meu apartamento que estava sem luz. Aparentemente pelo menos metade da cidade estava sem energia. Fiquei observando por um tempo, até que me assustei com a campainha. Devia ser minha mãe. Fui até a porta e a abri. Era a zeladora. Ela e meus pais sempre conversavam amigavelmente, fazendo com que eu também me tornasse amiga dela.

Zeladora: O Luna, o síndico está mandando todo mundo descer. 

Luna: O que? Porque?

Zeladora: Parece que deu algum problema la na churrasqueira e ninguém está conseguindo apagar o fogo.

Fiquei com um pouco de medo, mas aquilo parecia estar ficando divertido, afinal, o que é a vida sem um pouco de emoção? Ri em pensamento.

Concordei em descer. Avisei que iria pegar uma lanterna e ela disse que iria continuar a avisar os moradores. Quando me virei, vi um vulto passar por mim. Me assustei. Peguei a lanterna, arranquei a chave da porta, e sai correndo pelas escadas. Estava com medo agora.

Quando desci, parecia que só faltava um ou dois moradores. Outros moradores que estavam chegando aos poucos, não conseguiram entrar no prédio, então foi preciso abrir o portão da garagem a força. Fiquei sentada em cima do balcão da portaria, apenas ouvindo os vizinhos reclamarem para o sindico.

Uma vizinha: Como você pode deixar isso acontecer?

Síndico: Eu não estava lá no momento, como queria que eu fizesse algo para impedir?

Um para o síndico, zero para os vizinhos. Pensei.

Outro vizinho: E precisava causar todo esse alvoroço? 

Enquanto eles discutiam, acessei o jornal local pelo celular. O nosso prédio não era o único pegando fogo na cidade.

Resolvi chamar a atenção de todos. Fiquei em pé, em cima do balcão e gritei.

Luna: YA!

Todos os olhos vieram em direção a mim. Comecei a ler a reportagem.

Luna: Algumas cidades de Santa Catarina, como Itajaí, Florianópolis  Joinville, Blumenau e Brusque estão enfrentando por uma terrível queda de energia, seguida de incêndios  Até agora foi registrado um total de CEM incêndios iniciados nesse fim de tarde de quinta-feira em prédios e hotéis, e DOZE em praças e outros locais públicos  Os números estão aumentando a cada minuto, e equipes de bombeiros de cidades vizinhas estão sendo encaminhados para os locais dos acontecimentos.

Um murmúrio percorreu o local, e então pude ouvir um dos vizinhos lendo algo em voz alta também. Todos ficaram em silêncio para ouvi-lo.

Vizinho: Ninguém sabe de onde está vindo as chamas, e alguns bombeiros já relataram não conseguir apaga-lo de forma alguma.

Logo após o fim da leitura, um raio atingiu a rua e as luzes voltaram. Parecia que tudo havia voltado ao normal. Pelas câmeras do prédio, vimos que o fogo havia se apagado sozinho. Ficamos conversando por alguns minutos e então, aos poucos, cada um foi voltando para o seu apartamento.

Luna: Foi estranho, mas foi legal.

Comecei a puxar assunto com a filha de um dos moradores do mesmo andar que eu. Ela devia ter a minha idade. 

Entrei no apartamento. Peguei um pijama e resolvi ir tomar banho. Ao passar pelo espelho, vi uma marca em meu braço, que sumiu logo em seguida. Deve ser algo da minha imaginação, apenas. Pensei.

-Mahoma POVs-

Estava conversando com Luna pela webcam. Começamos conversando sobre o que havia acontecido algumas horas atrás em seu prédio, e de alguma forma mudamos os assuntos para significados de nomes.

Luna: Luna é um nome feminino.

Mahoma: Ah, não me diga?

Ela começou a rir. Luna ficava nervosa sempre que conversávamos por voz.

Luna: A origem do nome Luna é latim. Deusa romana da lua.

Mahoma: Como uma deusaaaaaaa...

Luna: Ok Rosana, agora me diga, o que significa o seu?

Já sabia que não encontraria o significado, mas procurei mesmo assim.

Mahoma: Só tem Mahina...

Ela começou a rir.

Luna: Parece nome de elefante.

Mahoma: O que? Enfim, Mahina é um nome havaiano, e também significa deusa.

Luna: HA! Quem é a deusa agora?

Mahoma: Nunca vi alguém não gostar de ser um deus ou deusa...

Ela ficou pensativa, aparentemente.

Luna: Ah, você me entendeu.

Comecei a rir.

Olhei pela janela, parecia estar tendo inicio uma tempestade de raios. Resolvi desligar o computador, para garantir que ele não queimasse.

Fui até o jardim e fiquei sentado, esperando começar de verdade. Era realmente lindo. Os trovões pareciam estar cada vez mais altos.

Um raio caiu na minha frente. Obviamente me assustei. Percebi que era hora de voltar para dentro de casa, antes que um estrago maior acontecesse.

Fiquei estudando um pouco e depois fui dormir.

Horas depois:

Deviam ser umas três horas da manhã quando acordei. Sentia algo estranho. Olhei para as minhas mãos, e vi meu dedo indicador direito com uma marca brilhando na ponta. A marca sumiu segundos após eu vê-la. Fiquei procurando outras marcas pelos dedos, mas não achei nada. Cheguei a conclusão que era apenas algo da minha cabeça, e voltei a dormir.

-Sarah POVs-

Estava indo dormir. Era tarde, mas eu não estava com sono. Coloquei meu roupão por cima do pijama, e fui até a sacada. Raios caiam o tempo todo, e a chuva estava forte também. Vi um raio cair no meu jardim. QUE LEGAL!, pensei. 

Fui ajeitar o cabelo, e meu roupão deixou um pouco do braço a mostra. Vi uma mancha, como se formasse algum tipo de pulseira cintilante no meu pulso. Ela sumiu pouquíssimo tempo depois. Fiquei procurando-a pelo braço, tentando ver se ela deixou alguma marca, mas não vi nada. É claro que eu vi algo,pensei novamente.

Resolvi ir dormir e esquecer isso. Teria prova no dia seguinte e devia ficar atenta.

-Scarlet POVs-

Acordei cedo, como todos os dias. Eu estava adiantada, então resolvi ir para a escola andando, para variar um pouco. 

O sol estava forte, talvez mais do que todos os outros dias. Quando o olhei diretamente, algo me acertou e eu rolei para longe.

Scarlet: Que droga foi essa?

Me levantei. Olhei para meu corpo, checando se eu estava bem, e vi algo como uma tornozeleira brilhando, que logo sumiu. Passei a mão no local, mas não senti nada. Ela não deixou rastros. 

Peguei minha mochila e voltei a andar, mas agora desconfiada e pensativa. O que diabos me acertou?

Durante o resto do dia, senti como se estivesse sendo observada.

   -Mahoma POVs-    

Acordei pensando no meu dedo. Obviamente, não contaria para ninguém, mas tentaria descobrir o que aconteceu.

Fui até a cozinha para tomar meu café da manhã. Havia cartas sob a mesa. Fazia um bom tempo que eu não via cartas, então as peguei e comecei a ver para quem era.

Conta... conta... uma carta entregue errado... UMA CARTA PARA MIM?

Mahoma: O QUE?

Abri rapidamente.

Senhores responsáveis de Mahoma, nós da Universidade Federal de São Paulo, ficamos contentes em dizer que seu filho foi convocado a fazer pesquisas de campo em Santa Catarina conosco, junto de mais quatorze jovens de idades iguais ou semelhantes, e professores e biólogos altamente qualificados para esta atividade. Por favor, preencham o formulário anexado a esta carta e enviem para nós novamente no máximo em sete dias, autorizando seu filho a viajar para Florianópolis no dia  sete de outubro, às seis e meia da manhã. Se não recebermos a carta em cinco dias, ligaremos para garantir que a criança não tem autorização. Uma lista do que deverá ser levado sera enviada por e-mail assim que for confirmada a participação. No caso de duvidas, ligue ou envie um e-mail. Informações para contato estarão no fim desta folha.

Eu não conseguia acreditar no que estava lendo.

-Scarlet POVs-

Alguém: Scarlet!

Me virei. Era nosso professor de história, regente da turma. Fui até ele.

Professor: Poderia entregar isso para a sua turma hoje?

Ele me entregou alguns papéis.

Scarlet: Claro.

O professor se virou, provavelmente foi até a sala dos professores. Fui em direção a sala, e quando bateu o sino, pedi permissão para a professora para entregar os bilhetes.

Enquanto entregava, li mentalmente.

Senhores pais ou responsáveis,

O Colégio Paraíba propõe uma atividade exclusiva para os alunos do terceiro ano do ensino médio: uma experiencia de vida.

Cada turma irá viajar para um estado diferente. No mês de outubro, a turma 3.0A irá viajar para São Paulo, 3.0B para o Rio de Janeiro, e 3.0C para Santa Catarina. Cada turma será acompanhada pelos seus regentes e alguns seguranças contratados pela escola. 

O objetivo desse projeto é mostrar que a vida adulta não é tão fácil como parece. Ao chegar nos seus respectivos destinos, os alunos deverão construir pequenos negócios, baseados na carreira que querem seguir após terminar os estudos.

A viajem será no dia primeiro de outubro para a turma 3.0A, dois de outubro para a turma 3.0B, e três de outubro para a turma 3.0C.

Os alunos deverão levar, além de suas roupas e objetos do dia a dia, pelo menos um traje social, e o uniforme.

Os alunos que participarão deverão estar no aeroporto às seis e meia da manhã em seus respectivos dias.

Os responsáveis deverão preencher a autorização, a qual deverá ser entregue para a tesoureira da escola, junto de R$100,00 (cem reais), até o dia trinta de setembro. Qualquer duvida deverá ser resolvida com a diretora.

Atenciosamente, equipe de ensino do Colégio Paraíba.

Ao terminar de entregar, entreguei os bilhetes que sobraram para a professora.

A Luna não era de Santa Catarina?

Voltei minha atenção a aula.

-Sarah POVs-

Mãe: E que tal Santa Catarina?

Fiquei animada. Eu estava ouvindo a conversa de meus pais, escondida. Eles estavam decidindo para onde iriamos viajar dessa vez. Eles queriam ampliar seu negócio, e estavam viajando com frequência para outros lugares, vendo qual era o melhor.

Pai: A Sarah não tinha uma amiga lá?

Mãe: Acho que sim.

Pai: Quando acabam as provas dela?

Mãe: Dela quem?

Pai: Como assim de quem? Da Sarah!

Mãe: Ah sim, acabam no fim do mês, por que?

Ele deu um sorriso. 

Não acredito! Luna me espere!

Desci as escadas normalmente, como se nada tivesse acontecido.


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