O local era bem agradável, havia um jardim na frente do museu, um labirinto para quem não conhecia, dona Marta nos guiou entre as paredes cobertas de plantas trepadeiras... Havia várias borboletas em volta, e isso me encantava.

O hall de entrada do museu/casa era condecorado pelas obras da artista, obras interessantes e simples, prendiam sua atenção... Ti faziam imaginar mil coisas com pouca coisa... Era algo simplório... E no centro do salão havia uma grande e majestosa imagem da artista, em baixo estava escrito “Anita Malfatti (2 de dezembro de 1889 - 6 de novembro de 1964)”, uma coisa me chamou bastante atenção no retrato, foi que o olhar de Anita parecia vivo.

Nos foi apresentado quase todos os locais do lugar, porem, havia uma ala proibida.. Uma sala cuja porta só era aberta para quem tinha permissão de entrar, nem os funcionários do local entravam ali, somente dona Marta e o senhor Eli, um homem que me dava arrepios na espinha e calafrios. De qualquer forma, a curiosidade por aquele lugar proibido não deixou de nascer dentro de mim.

Quando chegaram aos quartos que iriamos passar as noites não me surpreendi muito, eram dois quarto disponíveis para nós, isso significa que tive que dividir um quarto com uma de minhas amigas, não que eu me importe com isso, até gostei de ideia de não dormi sozinha em um lugar desconhecido, essa é a primeira vez que durmo fora de casa. Duas camas, uma cômoda de madeira, uma janela entre as camas e um banheiro... Eu dividi o quarto com a Natalie, porque tenho mais intimidade com ela e porque ela ronca menos que as outras.