Pra Sonhar escrita por KatherineKissMe


Capítulo 6
Capítulo 6




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Beatriz – 1 ano e 2 meses

–Ligue todos os dias, mesmo que você não tenha o que dizer. Por favor, nada de ficar na rua até tarde. –Marta dizia.

–Não se esqueçam de que em Nova Iorque nenhum dos dois tem idade legal para beber. –Olavo disse.

–Eu só peço uma coisa, se cuidem. Vocês estarão em um país com idioma diferente, sem nenhum parente para socorrer em caso de emergência. –Marcela tentava parecer tranquila.

Ju e Gil apenas concordavam. O discurso já havia sido repetido milhares de vezes, e não seria agora – que eles estavam no aeroporto – que eles conseguiriam se concentrar nas orientações dos pais.

–Eu vou morrer de saudades. –A professora de educação física não resistiu às lagrimas, puxando o filho único para um abraço. –Seu pai estaria tão orgulhoso de você.

–Eu também vou sentir a sua falta. –O grafiteiro retribuiu o abraço, tentando mascarar a emoção.

Olavo e Marta puxaram a filha para o que seria o último abraço por um longo período de tempo. Ju chorava com a mãe, mas no seu caso era uma mistura de sentimentos. Ansiedade e medo principalmente.

–Quantas lágrimas em um lugar só. –Bruno disse ao ver a cena.

Ele e Fatinha tinham levado Bia até a lanchonete, e foram acompanhados por Lia.

–É galera, muita calma nessa hora. –Lia disse.

–Você fala como se não fosse morrer de saudades desses dois. –Marcela provocou.

–Claro que vou. Mas se eu, que vou ficar 365 dias sem vê-los não estou chorando, vocês que provavelmente vão vê-los a cada três meses, deveriam estar menos chorosos e mais sorridentes. –A roqueira se justificou.

–Quisera eu poder visitar minha filha a cada três meses. –Marta lamentou.

–A cada três meses foi um pouco de exagero da minha parte, mas no mínimo uma visita vocês vão fazer. –Lia se corrigiu.

–É, uma visita nós faremos. Possivelmente no aniversário da Juliana. –Olavo concordou.

–Olavo e Marta, nós não temos que justificar nossas lágrimas. –Marcela disse. –Você ainda não tem filhos Lia, então fica difícil compreender.

–E nem vou ter tão cedo. Talvez quando eu estiver com uns 38 anos.

Última chamada para o voo 356, com destino à Nova Iorque.

–Precisamos embarcar. –Gil disse.

Ju se soltou do abraço dos pais e foi em direção ao irmão.

–Cuida bem da minha cunhada e da minha afilhada enquanto eu estiver fora. –Ela disse ameaçadora.

–Pode deixar maninha. E você, se cuida, ok?! –Ele disse abraçando a irmã.

–Eu vou me cuidar. –Ela garantiu.

–Cunhadinha, eu tenho uma recomendação única. –Fatinha disse chamando a atenção da amiga. –Não faça nada do que eu não faria.

Todos riram do comentário da loira.

–E tem alguma coisa que Maria de Fátima dos Prazeres não faria? –Ju perguntou limpando as lágrimas que teimavam em escapar.

–Na dúvida, me manda uma mensagem no WhatsApp. –Ela sugeriu abraçando a amiga.

–Pode deixar. –A it-girl disse. –E você minha princesa? Me diz como a dindinha vai conseguir ficar um ano sem te dar uma mordida?

Bia apenas ria da madrinha. A menina estava no colo de Lia, alheia a todo o drama de despedida.

Juliana a carregou, enchendo-a de beijos e abraços apertados.

–Eu vou voltar com muitos presentes para você. –A madrinha prometeu.

–Ei, eu quero presentes também. Você bem que podia trazer uma guitarra nova pra mim. De preferência autografada pelo Keith Richards. –Lia sugeriu.

–Nossa, mas aí você já está querendo demais. –Ju reclamou. –Vou trazer uma caneta pra você, que tal?

–Se você trouxer uma caneta pra mim, pode até esquecer a nossa amizade. –A roqueira ameaçou.

–Vou sentir falta do seu mau humor. –A it-girl disse fazendo um biquinho.

–E eu vou sentir falta dos seus chiliques. –A garota respondeu abraçando a amiga. –Mas é só por um ano.

–É, é só por um ano. –Ela concordou.

–Ju, nós precisamos embarcar ou vamos perder o voo. –Gil disse.

A despedida do grafiteiro tinha sido mais curta e menos emotiva.

–Então é isso. –Ju disse devolvendo a afilhada para o colo da amiga. –Tentem não morrer de saudades ok?! BeiJU!

–Tchau galera. Até o ano que vem! –Gil se despediu.

Os dois caminharam de mãos dadas em direção ao portão de embarque. As malas já haviam sido despachadas.

–Nova Iorque, aqui vamos nós. –Ju disse apertando a mão do namorado com força.

(...)

Let’s dance! Vamos dançar. –Fatinha ordenou depois de já ter passado os passinhos para as garotas.

A música que começou a tocar era o mais novo hit da Anitta. A loira rebolava sendo acompanhada pelo grupo de japonesas no ritmo de “Não Para”.

Desde que as aulas de funk começaram oficialmente, o grupo de alunos só aumentava. Inicialmente as garotas ficaram receosas, enquanto os rapazes lotavam as aulas – que eram ministradas na pracinha em frente ao Hostel. Mas aos poucos, a curiosidade venceu a timidez, e Fatinha colocou de canadenses a vietnamitas para descerem até o chão.

Como resultado do sucesso as aulas foram separadas em grupos. Alguns somente com mulheres – que era o caso do que estava dançando no momento –, outros só com homens e alguns mistos.

Pilha acompanhava tudo extasiado. A sua função variava entre ser MC, ser dançarino, ou ser apenas mais um observador embasbacado diante de tantas beldades.

I need a break. Eu preciso de uma pausa. –Uma das garotas disse assim que a música acabou, e as outras concordaram.

Five minutes, ok? Cinco minutos, ok? –Fatinha cedeu.

As garotas se dissiparam. Algumas se sentaram no chão e outras foram ao Misturama em busca de água. Fatinha continuou por ali dando uma olhada nas próximas músicas e recebendo vários elogios de observadores.

–Minha musa, você está arrasando como sempre. Do jeito que as coisas estão caminhando, o Michel vai ter que te dispensar do cargo de recepcionista, para atender a todos os alunos de dança. –Pilha elogiou a amiga.

–Eu vou amar ser paga só pra dançar funk. –Fatinha brincou.

Michel chamou a loira na recepção.

–Diga Michelito. –Ela falou se sentando ao lado dele no sofá.

–Fatinha, a Raquel me ligou e disse que os holandeses que financiaram as obras do ambulatório e da creche estão vindo para o Brasil, trazendo alguns amigos. –O rapaz contou.

–Sério? –A loira ficou empolgada com a notícia. –Você sabe se eles vão financiar mais projetos?

–Foi justamente por isso que a Raquel ligou. Eles pretendem ajudar a Balaiada novamente, só que ainda não sabem como. –Michel explicou. –Como você tem contato com várias pessoas de lá, a Raquel espera que você descubra o que a comunidade está precisando agora. Além de guiar os turistas pelo morro.

–Vou ligar pra dona Filó agora! Já tenho algumas ideias aqui, mas preciso discutir com moradores. –Fatinha disse se levantando rapidamente do sofá para fazer a ligação.

Antes que a garota pudesse dar um passo, a sua visão ficou turva.

–Fatinha! –Michel a segurou antes que ela atingisse o chão.

A loira não tinha chegado a desmaiar, mas a fraqueza súbita a deixou atordoada.

–Fatinha, você está bem? –O chefe perguntou preocupado.

–Eu... –Ela tentou articular algumas palavras, mas ainda sentia a cabeça girar.

–Eu vou pegar um copo d’água pra você. Continue sentada. –Michel ordenou.

Fatinha – que sequer cogitava a hipótese de levantar – recostou a cabeça no sofá, fechando os olhos.

–Aqui sua água. –O chefe disse voltando mais rápido do que o esperado.

A loira pegou o copo que lhe era entregue e bebeu toda a água.

–Mais?

–Por favor. –Ela pediu.

Michel novamente encheu o copo, e dessa vez ela bebeu a água aos poucos.

–Está se sentindo melhor? –Ele perguntou.

–Estou. Não sei o que aconteceu, acho que foi uma queda de pressão.

–O sol está quente demais para que você e os hóspedes fiquem dançando lá fora. Vamos ter que reagendar esse horário.

–É, eu tenho que concordar que o sol está matando lá fora. –A loira disse.

A essa altura, Fatinha já se sentia melhor.

–Pois é. Eu vou pedir o Pilha para terminar essa aula e depois eu converso com as garotas para marcarmos um novo horário. –Michel decidiu.

–Não precisa chefinho, eu já estou me sentindo melhor, posso muito bem terminar a aula. –Fatinha disse se levantando.

Dessa vez nada rodou.

–Fatinha, você quase desmaiou. Mesmo que tenha sido apenas uma queda de pressão, não devemos correr riscos quando o assunto é a saúde.

–Ok papai. –A loira brincou. –Posso ligar pra Dona Filó?

–Você não toma jeito mesmo, hein?! –Ele riu da garota.

Enquanto Michel explicava o ocorrido para Pilha e as alunas, Fatinha entrou em contato com a moradora da Balaiada. A senhora explicitou as maiores necessidades da comunidade, dando algumas ideias.

Logo após a conversa com Dona Filó, Fatinha ligou para Raquel, a quem contou as sugestões da senhora. A médica disse que passaria todas as informações para a ONG onde era voluntária, e que eles analisariam o que era mais viável no momento.

–Michelito lindo. –A loira cantarolou assim que viu o chefe. –Sabe me dizer quando os holandeses virão?

–Ainda não sei Fatinha. A Raquel me disse que eles entrariam em contato comigo para fazer a reserva.

–E será que esses amigos são gatos? Ainda estou na esperança de conhecer um Seedorf.

–Deixa o seu marido ouvir isso. –Michel disse entrando na brincadeira.

–Ei, o Bruno ainda não é meu marido. Quando eu arrastar aquele moreno para o altar, tenha certeza de que você será o padrinho. –Ela respondeu.

O resto da tarde passou tranquilamente.

Fatinha conversou com Ju pelo Skype. A morena – que já estava com o namorado há uma semana em Nova Iorque – ficou muito satisfeita com as recomendações que a loira havia conseguido. Fatinha sempre que encontrava um hóspede que mora em Nova Iorque, ou que conhece a cidade, pedia sugestões de lugares que o casal deveria conhecer. Se dependesse dela, Gil e Ju não deixariam a cidade que nunca dorme sem antes ter conhecido todos os melhores lugares – de bares a pontos turísticos.

–Oi Sevê. –Fatinha cumprimentou o porteiro assim que entrou no prédio.

–Oi Fatinha. Parabéns! –Severino abraçou a loira.

–Parabéns por quê? Hoje nem é o meu aniversário. –A loira estava confusa.

–Parabéns pelo bebê que está vindo, é claro. –Ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Oi? Bebê? Que bebê?

–O que você está esperando. Nem adianta tentar me enganar, porque eu fiquei sabendo do que aconteceu depois da sua aula, somei dois mais dois, e descobri o motivo. –Ele disse com uma cara convencida. –Ah! Mas se for segredo, pode contar com o meu sigilo. Você deve estar preparando uma surpresa pro Bruno, né?!

A cabeça de Fatinha voltou a rodar, mas dessa vez de confusão.

–Calma Severino, vamos com calma. –Ela pediu.

–Certo.

–Primeiramente, eu não estou grávida. –Ela disse. –O meu quase desmaio foi resultado de uma simples queda da pressão. Não existe bebê, não existe surpresa, nada disso.

–Tem certeza? –Severino não conseguiu conter a sua decepção.

–Tenho Sevs. Eu e o Brunito não pretendemos ter mais um filho tão cedo. –Ela garantiu, rindo do porteiro.

–Ah, que pena. Tem poucas crianças nesse prédio. –Ele lamentou.

–É verdade, e no que depender de mim vai continuar assim por um bom tempo. –Ela riu. –Agora eu preciso subir para pegar a Bia. Estou morrendo de saudades da minha gorducha.

–Vai lá Fatinha.

A loira se despediu e foi até a casa dos sogros, onde pegou a filha. Bia estava cochilando e Fatinha se aproveitou disso para tomar um banho.

Quando o relógio marcou seis horas, ela acordou a pequena para que o sono da noite não fosse prejudicado. Beatriz não gostou muito de ser acordada e ficou toda manhosa no colo da mãe. Fatinha tentou incentivá-la a colorir, mas a menina não estava animada. O jeito foi colocar o filme “A Dama e o Vagabundo” – o seu mais novo vicio – para que a pequena assistisse.

Bruno chegou por volta das seis e meia, encontrando esparramada no sofá e a namorada na cozinha.

–Nossa, quem é essa preguiçosa esparramada no sofá? –Ele brincou deixando as suas coisas em cima da mesa.

Depois ele foi até a filha e a encheu de beijos e cócegas. Bia dava várias gargalhadas, enquanto Fatinha observava a cena.

–E eu? Não vou ganhar beijo? –A namorada perguntou quando viu que o seu moreno estava bem acomodado no sofá.

–Todos os beijos do mundo pra você, minha loira. –Ele disse se levantando e indo até ela.

Bruno a puxou para um beijo de tirar o fôlego, que ela correspondeu com a mesma intensidade.

–Hn. Desse jeito. –O moreno interrompia o que ela dizia com selinhos. –O jantar. Vai queimar.

–A gente pede uma pizza. –O rapaz disse voltando a beijá-la.

Fatinha riu, e se separou do namorado com alguns selinhos.

–Eu estou fazendo a sua lasanha favorita. Nada de pizza hoje. –Ela disse.

–Lasanha?! Fatinha, eu te amo! –Ele disse a rodando no ar. –Se nós já não morássemos juntos, eu me sentiria na obrigação de te pedir em casamento.

–Eu facilitei demais as coisas pra você. –Ela brincou. –Agora vai tomar banho que a lasanha já deve estar quase pronta.

–Eu vou, mas eu volto. –Bruno disse roubando um último selinho.

Quando o moreno voltou, todo cheiroso, encontrou as duas mulheres da sua vida sentadas à mesa. Fatinha dava papinha para a filha, que frequentemente colocava a mão na comida.

–Alguém vai ter que tomar outro banho antes de dormir. –Bruno comentou.

–Com certeza. –Fatinha concordou. –Moreno, pega a lasanha no forno, por favor? Nós já terminamos aqui.

Bruno obedeceu a namorada e logo estava de volta com a lasanha em mãos. Bia já havia terminado o seu jantar e estava razoavelmente limpa, brincando de colorir no tapete.

–Você deu um banho nela enquanto eu fui à cozinha? –Ele perguntou espantado.

–Claro que não, seu bobo. Só usei alguns lenços umedecidos para que ela não sujasse tudo. –Ela contou o seu segredo.

Os dois conversaram sobre vários assuntos durante o jantar. Fatinha contou com empolgação sobre os novos projetos para a Balaiada, e como ela pretendia ajudar. Bruno também comentou sobre o projeto da horta urbana que ele estava pensando em desenvolver com o C.R.A.U.

Depois de terem jantado, Bruno foi dar um banho na filha enquanto Fatinha fazia alguns trabalhos da faculdade. Em seguida ele preparou a mamadeira e deu para Bia, que logo ficou sonolenta. O moreno então pegou um dos livros e começou a contar uma historinha para ela.

Algum tempo depois, a loira se cansou dos trabalhos e decidiu continuá-los no dia seguinte. Ela se levantou, lavou a louça do jantar e depois foi ao encontro do namorado e da filha.

Ela ficou parada observando Bruno focado na história da Pequena Sereia, enquanto Beatriz já estava no décimo sono.

–Moreno. –Fatinha chamou a atenção do namorado, que parou a leitura e olhou para ela. –A Bia já dormiu.

–Eu sei, mas não me lembro do final dessa história. –Ele disse, para logo depois continuar a leitura, em voz alta mesmo.

Fatinha tentou controlar o riso. Ver o namorado todo entretido com a Pequena Sereia era uma cena e tanto.

Em silêncio ela agradeceu a Deus por ele ser um pai tão maravilhoso. Ela não fazia ideia de como mães solteiras se viravam, pois para ela o apoio de Bruno era essencial.

A loira deixou o quarto de Bia e foi até o banheiro escovar os dentes. De lá ela ainda podia ouvir a voz do moreno chegando ao final da história.

–Imagina se tivesse mais um a caminho. –Ela pensou em voz alta, se lembrando da suposição de Severino.

Fatinha enxaguou a boca ainda rindo, quando deixou a tampinha do creme dental cair. Ao se abaixar para pegá-la, a loira foi encarada pela última gaveta – cheia de absorventes não usados – aberta.

–Meu Deus. –Ela murmurou assustada.

A garota fechou a gaveta, deixou a tampinha do creme dental em cima da pia, e foi correndo até a sua bolsa para checar a cartela do seu anticoncepcional.

A cartela estava vazia.

Fatinha se concentrou para fazer as contas mentalmente, fazendo um esforço para se lembrar do último dia que tinha tomado. Depois de refazer o cálculo três vezes, ela se deu por vencida.

Sua menstruação estava um dia atrasada.

Bruno a encontrou ali, na mesa da sala, cercada por todos os itens da sua bolsa que ocupavam a mesa.

–Fatinha? Aconteceu alguma coisa? –Ele perguntou preocupado.

A loira precisou de alguns segundos para tomar coragem de olhar para ele.

–Bruno. –Ela fez uma pausa e respirou fundo. –Eu acho que estou grávida.

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Boa tarde leitoras lindas!
Fiquei temporariamente sem internet por causa da chuva (que fudeu com tudo).
Enfim, essa semana foi o meu aniversário o/
E neste final de semana vai ser aquela prova que eu tenho falado com vocês. O próximo capítulo pode demorar um pouco mais que uma semana, já que eu vou ficar alguns dias fora da cidade.
Torçam por mim, por favor?
E não esqueçam de comentar.
Beijos!



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