Pra Sonhar escrita por KatherineKissMe


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que geral não liga muito pra esse negócio de classificação indicativa, mas relembrando: a fanfic é para maiores de 16 anos. No geral os capítulos são mais tranquilos, mas nesse eu falei um pouco mais sobre temas adultos. Não quero constranger ninguém, ok?!



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Bia – 2 meses

O que parecia ser quase impossível, aos poucos foi se ajeitando.

Bruno voltou ao trabalho, e Fatinha precisou fazer malabarismo nos primeiros dias. O serviço que antes era dividido para dois, agora recaia sobre os ombros dela. Felizmente ela tinha uma cunhada e uma sogra disponíveis para ajudá-la.

O moreno ligava frequentemente para saber como tudo estava, e aproveitava as duas horas de almoço para curtir a namorada e a filha.

Beatriz crescia cada vez mais fofa. Ela quase matou os pais de tanta alegria quando ela fez uma careta que pareceu um sorriso. A cada dia ela estava mais esperta, o que deixava todos encantados.

Depois das seis semanas de resguardo, Fatinha teve uma consulta com a doutora Renata, sua ginecologista. Tanto pela falta de tempo, quanto pela insegurança pós-parto, ela e Bruno estavam evitando o sexo até o aval médico. A doutora fez algumas perguntas sobre o parto, e o pós, além de alguns exames preventivos. De acordo com a médica, a loira já estava recuperada, e fisicamente pronta para a volta à vida sexual. Assim, foi receitado um novo anticoncepcional, pois Fatinha não pretendia encarar outra gravidez tão cedo. Naquele dia, a loira deixou o consultório feliz da vida por finalmente poder curtir o seu moreno.

Mera ilusão. Toda vez que as coisas começavam a esquentar, Beatriz surgia como um extintor de incêndio preparado para controlar qualquer aumento de temperatura. Duas semanas depois, eles mal haviam conseguido tirar a roupa do outro. Os únicos momentos em que a menina dava sossego eram durante parte da madrugada, justamente no horário em que os pais estavam exaustos e sem qualquer disposição para um namoro.

–A situação está critica. –Fatinha desabafou para Ju e Lia, que brincavam com Bia no chão da sala.

–Há quanto tempo você está na seca? –A roqueira perguntou, desviando a atenção da pequena.

–Pouco mais de dois meses. –A loira contou suspirando.

–Uou! Não é de se espantar que você esteja tão frustrada. –Ju comentou rindo. –Eu que não sou ninfomaníaca como você, não consigo ficar todo esse tempo longe do meu Gil.

–O pior é que eu estou me sentindo uma ninfomaníaca mesmo. –A mamãe desabafou. –Estou com tanta saudade do meu moreno, que é quase uma tortura.

–Nós percebemos que algo estava errado quando entramos por essa porta semana passada e te vimos brigando com o rodo. –A it-girl contou. –O seu nervosismo estava visível.

–É verdade. –Lia concordou. –Eu disse a Ju que ou era falta de sexo, ou sexo ruim.

–E eu disse que imaginava ser só cansaço, mas a outra pervertida do recinto estava certa. –A morena contou.

–Ei, eu não sou pervertida! Eu só pensei como a Fatinha pensa, e solucionei o mistério. –Lia se defendeu.

–Ok Sherlock, agora conte para a Fat o que você disse sobre o sexo ruim. –Ju incentivou a amiga com um sorriso maldoso no rosto.

–Não há necessidade de nos aprofundarmos nesse assunto, meu caro Watson. –A marrenta cortou a amiga.

–Será que dá pras duas deixarem a Baker Street e voltarem para o Botafogo? Estamos no Rio de Janeiro, caso vocês não se lembrem. Mais especificamente no século XXI. –Fatinha interrompeu irritada.

–Ok, paramos de conversar como pessoas cultas. –Lia se rendeu levantando os braços.

–O que você disse sobre sexo ruim, Lia? –A loira perguntou curiosa.

A sua curiosidade só aumentou quando a cunhada começou a rir escandalosamente.

A marrenta deu os ombros cedendo.

–Bem, eu disse que provavelmente não era sexo ruim, porque venhamos e convenhamos, o Bruno não parece ser do tipo que deixa a desejar nesse quesito. –Ela disse.

A primeira reação de Fatinha foi jogar uma almofada na cara da amiga.

–Meu Deus! O Vitor não está dando conta do recado e você vem cobiçar o meu moreno? –A loira fez um drama. –Grande amiga você, hein?!

–Ei, eu não estou cobiçando o seu moreno, e nem estou tendo problemas na minha vida sexual com o meu amor. –A garota se defendeu. –Eu só estou fazendo um comentário.

–Que seja, eu sou a única que pode fazer esse tipo de comentário sobre o meu moreno. –Fatinha disse. –Agora, só pra matar a sua curiosidade: o meu namorado sabe muito bem o que faz.

–Por favor, Fatinha! Não é nada legal você falar assim do meu irmão quando eu estou por perto. –Ju disse escandalizada.

–Juliana bancando a pudica. Não pra cima de mim que já ouvi vários relatos sobre o quanto o Gil é perfeito e blá blá blá. –Fatinha cortou a cunhada.

–Eu também já ouvi a mesma ladainha, Fat. E na hora de contar a dona Juliana não poupa detalhes. –Lia entrou na brincadeira com a loira.

–Parou vocês duas. Esse não é um assunto apropriado para que a minha afilhada, que por um acaso só tem dois meses, escutar. –A it-girl disse apontando para Bia que observava tudo com a mão direita na boca.

–Desculpa boa, hein?! –A roqueira provocou a amiga. –E tira a mão da Beatriz de dentro da boca dela, até parece que essa menina não tem mãe!

–Epa, epa, dona Lia! A Bia tem mãe sim, ok?! –A loira deu um grito. –E só para a sua informação, a minha filha pode ficar com a mão na boca o quanto ela quiser.

–Fatinha, você não pode mimar a menina desse jeito! –Lia censurou a nova mamãe.

–Eu não estou mimando a minha filha. Para a sua informação, a pediatra que me disse para não repreender a Bia por levar a mão ou o pé à boca. É a maneira como ela tem de descobrir o próprio corpo, ok?! Contanto que ela esteja bem higienizada, não há problema algum. –Fatinha informou a amiga.

–Aí que a Bia está fudida! Tendo uma mãe porca como você... –Lia provocou, já se levantando para fugir da fúria da amiga.

A loira correu atrás da marrenta, dando voltas pela sala.

–É Bia, sua mãe e sua tia são duas crianças. Só a sua dindinha que salva no meu desse bando de loucas. –Ju disse para Bia.

A essa altura Fatinha já havia montado nas costas de Lia, que desabou no sofá, jogando a loira no chão. As duas trocaram olhares, para logo começarem a rir histericamente.

–São duas loucas mesmo. –A it-girl murmurou, ainda conversado com a afilhada.

Depois que elas acalmaram os ânimos, Fatinha foi preparar um lanche da tarde com a ajuda da cunhada. Lia ficou na sala assistindo Bob Esponja com a pequena.

–Hum, Fat eu acho que posso te ajudar. –Ju começou a falar, tímida, olhando para a vasilha com pão de queijo no forno.

–Você já está me ajudando, Ju. –A loira riu, concentrada no suco que fazia.

–Não, eu acho que eu posso te ajudar no outro assunto. –A it-girl disse com as bochechas vermelhas.

–Outro assunto? –Fat estava perdida.

–Meu Deus, mas a loira está loira hoje, hein?! –Ju suspirou irritada. –Eu posso te ajudar com essa falta de sexo.

–Hn, desculpa Ju. Você é muito gata, mas essa não é a minha praia. –A loira havia entendido tudo errado.

–Por Deus, Maria de Fátima! Essa falta de sexo tem afetado os seus poucos neurônios. –A it-girl disse exasperada. –A Bia pode passar uma noite lá em casa para que você possa curtir um pouco com o Bruno.

–Ah! Ah! –Fatinha finalmente estava entendendo o rumo da conversa. –É uma ótima ideia, mas não sei se estou preparada para passar uma noite sem a minha filha.

–Para de ser mãe grudenta. –Ju cortou a cunhada. –Logo você vai voltar a trabalhar, e vai precisar desgrudar da Bia. Aprenda a lidar com o fato de que você não vai poder ficar o dia inteiro com a pequena. E é só uma noite.

–Me intrometendo, eu acho que a Ju está certa. –Lia disse, entrando na cozinha com Bia no colo. –Você e o Bruno, além de namorar, estão precisando de um descanso. Um pouquinho de privacidade para variar.

–Nisso eu tenho que concordar com você. –Fatinha concordou suspirando. –Dormir uma noite inteira parece um sonho.

–Um sonho que pode ser realizado. –A it-girl disse decidida. –Pelos meus cálculos, nesse domingo vocês completam cinco meses de namoro. Que tal uma comemoração antecipada?

–Fale mais sobre o assunto. –A loira pediu tentada.

–Bom, na sexta ninguém lá em casa vai sair. Eu posso chamar o Gil pra lá, nós ficamos de olho na Bia e assistimos um filme. O papai e a mamãe também estarão lá, então não precisa se preocupar.

–Ela provavelmente vai acordar umas duas vezes na noite para mamar. Você sabe disso, né?! –Fat perguntou ainda indecisa.

–Eu sei, mas aí é só você deixar o leite conosco que nós nos viramos. A Bia já passou a tarde lá em casa umas duas vezes, não é tão diferente assim ela passar a noite. –A it-girl argumentou.

–Verdade Fat. Olha só, vocês deixam a Bia na tia Marta às nove da noite na sexta, e a pegam às nove da manhã no sábado. Doze horas de folga da paternidade. Doze horas para curtir o seu moreno. É uma oportunidade única. –Lia concordou.

Fatinha respirou fundo, olhando para a filha que estava alheia a situação, para a cunhada que estava com os olhos pidões do gato do Shrek, e para Lia que comia o pão de queijo que tinha acabado de sair do forno. A insegurança por ficar tanto tempo longe da filha lhe parecia insuportável. Ao mesmo tempo, a loira pensava que era uma ótima oportunidade. Ela precisava confiar em alguém para deixar cuidando da filha no caso de algum imprevisto acontecer, e Marta era extremamente confiável, e dona de uma experiência enorme.

–Tudo bem. –Fat concordou, mas cortou Ju antes que ela pudesse comemorar. –Mas, primeiro eu preciso conversar com o Bruno e com os meus sogros. Não vou tomar uma decisão como essa sozinha.

–Ótimo. –Juliana comemorou mesmo assim.

–Tá tudo muito bem, tudo muito bom, mas eu estou tendo que fazer malabarismo para que a Bia não me veja comer esse pão de queijo maravilhoso. –Lia interrompeu as duas. –Help?

Fatinha foi até a amiga e pegou a filha no colo.

–A sua tia Lia é uma esfomeada. –A loira disse para a filha.

–Sou mesmo! Juliana me passa esse suco. Adoro maracujá. –A roqueira falou de boca cheia.

(...)

–Marta, se qualquer coisa acontecer, qualquer coisa mesmo, me liga. –Fatinha disse pela décima vez.

Era sexta-feira e os dois estavam prontos para sair. Só faltava deixar a filha com na casa dos pais do moreno.

Fatinha havia pensado muito, e conversado bastante com Bruno. Os dois estavam inseguros, mas sabiam que era necessário. O que pesou mais foi a necessidade de no futuro precisarem deixar a filha dormir com outras pessoas que não eles. Eles precisavam ter mais confiança, principalmente nos pais.

Marta e Olavo apoiaram totalmente a ideia. Além de adorarem a oportunidade de passar mais tempo com a neta, eles – com toda a experiência de vida – sabiam que o relacionamento entre os pais ficava em segundo plano depois dos filhos. O casal se beneficiaria com uma pausa na correria da paternidade.

–É mãe, pode ser duas horas da manhã. Se a senhora achar que o leite vai acabar, ou qualquer coisa assim. –Bruno insistiu.

–Nossa, com o tanto de leite que a Fatinha trouxe, dá pra amamentar três bezerros, mais a Bia. –Ju brincou.

–Eu sou precavida, Juliana. –A loira disse para a cunhada.

A it-girl deu os ombros, e abraçou o namorado pelas costas. Gil e Olavo apenas observavam a cena tentando controlar o riso. Os pais de primeira viagem estavam preocupadíssimos em deixar a filha sobre a responsabilidade de outros por tanto tempo.

–Bruno, Fatinha. –Marta interrompeu as recomendações dos dois. –Nós já criamos dois filhos, muito bem criados por sinal. Sabemos como lidar com um bebê. Vocês dois podem comemorar o aniversário de namoro tranquilos, que eu prometo ligar caso ocorra algo fora do normal. Confiem em mim, ok?!

As palavras da mulher transmitiram um pouco de calma para o casal. Eles se despediram da filha, que já estava dormindo, e a entregaram para a avó.

–Finalmente eles foram embora! –Ju disse quando viu a porta sendo fechada. –Achei que iam desistir.

Dentro do carro os dois estavam calados. Eles haviam feito uma reserva em uma cantina italiana que a loira amava, mas infelizmente já a haviam perdido.

–Bom, para onde nós iremos? –Fatinha perguntou ao namorado.

–Eu tinha preparado uma coisinha para nós. –Bruno disse com um sorriso torto.

A loira concordou.

–Ai moreno, será que a Bia está bem? –Fatinha perguntou depois de uns minutos em silêncio.

–Minha loira, eu estou tão preocupado quanto você, mas vamos ter que confiar nos meus pais. –Ele disse olhando para ela.

–Ok, eu confio. –Ela concordou respirando fundo.

Foi só então que ela percebeu que eles estavam em uma rua de pedras. Bruno havia estacionado em frente a um casarão.

–Bruno, onde nós estamos? –Ela perguntou curiosa.

–A nossa comemoração merece um lugar especial. –Ele disse misterioso.

O portão de grade foi aberto, e o moreno entrou com o carro. Ele parou o carro, e logo um carregador veio buscar a pouca bagagem deles.

Bruno abriu a porta para a namorada, e a levou pela mão à recepção. O casarão era na verdade um hotel, pequeno e charmoso.

O moreno conversava com a recepcionista, enquanto Fatinha observava o espaço encantada. Pela janela da sala era possível ver a piscina e o jardim nos fundos.

–Vamos, minha loira? –Bruno chamou a namorada.

O carregador os levou pela escadaria, e abriu a porta de um dos poucos quartos para eles. O moreno agradeceu ao rapaz, e deu a sua gorjeta.

–Nossa! –Fatinha disse ao entrar no cômodo.

O quarto possuía uma cama de casal, duas poltronas ao canto, varanda, TV, frigobar, e outros. O que tirou o fôlego da loira não foi o espaço em si, mas sim a decoração nele presente. O espaço era iluminado por várias velas, e enfeitado com pétalas de rosas. Em cima da mesa para dois que havia no canto do quarto havia um buquê de tulipas brancas, uma garrafa de champanhe dentro de um recipiente com gelo, e duas taças. Em cima da cama, além das pétalas de rosas havia um casal de cisnes feito com tecidos.

–Bruno, isso é... –Fat tentava encontrar a palavra exata. –Perfeito!

Ela caminhou pelo quarto, prestando atenção em cada detalhe. Ao lado dos cisnes havia um bilhete com o escrito: “Aos noivos, desejamos a vocês uma vida repleta de paz, amor e harmonia.”

–Noivos? –A loira comentou em voz alta.

–Eu queria que a nossa noite fosse especial, e reservei a suíte de lua de mel. –Bruno explicou. –Mas eu me esqueci de falar que a comemoração não era um casamento em si.

Fatinha foi até o namorado e o beijou. A resposta dele foi imediata, abraçando a loira pela cintura enquanto sentia as mãos dela puxando o seu cabelo. A garota interrompeu o beijo com selinhos, e descansou a cabeça no ombro do rapaz.

–Eu te amo de um jeito que eu nunca imaginei ser possível. –Ela sussurrou.

A sinceridade evidente na voz dela, o deixou sem palavras. Bruno simplesmente voltou a beijá-la, tentando exprimir todo o amor que sentia.

–Moreno. –Ela disse interrompendo o beijo. –Eu também tenho uma surpresa.

–Surpresa? De que tipo? –Ele perguntou curioso.

–Do tipo que você vai amar. –Ela respondeu com um sorriso malicioso.

Antes que Bruno pudesse começar com o interrogatório, Fatinha pegou a sua maletinha e correu para o banheiro.

Assim que ela fechou a porta, deu de cara com o seu reflexo no espelho do banheiro. Os olhos brilhavam, as bochechas estavam coradas, e um sorriso bobo permanecia na boca. Ela respirou fundo para normalizar os batimentos cardíacos.

–É Fatinha, agora é hora de mostrar pro Brunito o resultado das caminhadas diárias com a Bia. –Ela disse em voz alta.

A mulher se despiu, e pegou na maleta a sua última aquisição. Depois de vestida, analisou por todos os ângulos o próprio corpo. Felizmente, ela havia se recuperado bem da gravidez. A barriga ainda não estava dura, mas já tinha voltado à forma que estava no inicio do ano anterior. O único grande resquício da gestação eram os seios inchados, o que para ela não era nenhum problema.

–Engravidar antes dos vinte tem os seus benefícios. –Ela comentou, feliz com o que o espelho refletia.

Fatinha respirou fundo e saiu do banheiro rindo do próprio nervosismo.

O moreno estava de costas para ela, apreciando a vista da varanda.

–Se eu soubesse que o tema da noite era lua de mel, eu traria um lingerie mais virginal. –Ela disse chamando a atenção do rapaz.

–Nossa. –Foi a única coisa que Bruno conseguiu dizer.

O conjunto preto que ela usava era a sua última compra na Victoria Secrets. A parte de cima era frente única, rendada nos seios e na demarcação logo abaixo. O pano que cobria a barriga era transparente, além de ter uma fenda na parte da frente. Já a calcinha era também rendada, e com a lateral de tiras.

–Então, sirvo para ser uma Angel? –Ela perguntou dando uma voltinha.

Ele se aproximou, entregando para ela uma das duas taças de champanhe que segurava.

–Você seria a mais perfeita de todas elas. –Bruno respondeu com a voz rouca.

Fatinha não soube o que responder, ela apenas pegou uma das taças, sem desviar o olhar do rapaz que estava na sua frente.

–Vamos brindar? –Ele sugeriu.

Ela apenas assentiu.

–Que os nossos cinco meses de namoro sejam apenas o inicio, pois eu pretendo passar a minha vida inteira com você. –Ele disse com a sua taça levantada.

Fatinha encostou a sua taça na dele, desejando profundamente que o desejo se realizasse.

Os dois beberam um pouco do champanhe, com o olhar fixo um no outro. Bruno pegou a taça na mão dela, e a colocou na mesa.

–E assim será. –Ela disse pouco antes de ser puxada para um beijo de tirar o fôlego.

Os dois foram caminhando até a cama sem se separarem. Eles caíram em cima das pétalas e dos cisnes, sem se importarem.

As roupas foram se perdendo junto com a saudade que eles sentiam de estarem juntos, e logo nada mais os separavam. E de repente, não se sabia onde terminava um e começava o outro, eles eram um só, consumidos pela febre do amor e do desejo.

–Eu já disse que eu te amo? –Bruno perguntou brincando com a mão entrelaçada a dela.

Os dois estavam sentados no chão, observando a vista da varanda. Fatinha havia vestido a camiseta do namorado, e ele estava apenas de cueca. Ela estava de lado, com o corpo apoiado em Bruno.

–Hoje? Umas cem vezes eu acho. –Ela respondeu rindo. –Mas eu estou sempre pronta para ouvir mais uma vez.

–Eu te amo. Minha loira. Minha vida. Minha gostosa. Minha, só minha. –Ele disse distribuindo selinhos pelo pescoço da garota.

–Eu também te amo. –Fatinha respondeu sorrindo. –E vou te amar mais ainda se você me deixar terminar o jantar.

Bruno jogou a cabeça para trás dando uma gargalhada.

–Eu já terminei o meu jantar, você é que é mais lerda que o normal.

–Ei, eu não sou lerda! Estou apreciando a comida, ok? –Ela reclamou batendo na coxa do rapaz.

O moreno parou de provocar e deixou Fatinha terminar de se alimentar, coisa que ela conseguiu depois de alguns minutos.

–Então, é agora que você me pede em casamento? –Ela brincou e o rapaz engasgou.

A loira começou a rir vendo o desespero do namorado, só para depois ajudá-lo a voltar a respirar.

–Você... Eu... –Bruno tentou falar, mas nada saía.

–Calma moreno, é só uma brincadeira. –Ela disse ainda rindo.

–Ainda bem. –Ele disse e depois percebeu o que tinha dito. –Não, ainda bem não. O que eu quero dizer é que eu não tenho nada preparado para te pedir em casamento hoje, mas se você quiser eu saio agora para comprar nosso anel de noivado. Se você quiser a gente se casa agora, porque você sabe que eu te amo, né?! E eu quero passar o resto da minha vida com você.

–Bruno, respira. –A loira pediu, achando engraçada a situação. –O que eu disse foi realmente só uma brincadeira. Eu te amo moreno, mas há tempo pra tudo. Nós já nos apressamos tendo uma filha antes mesmo de namorarmos, vamos fazer o resto com calma. Olha só, eu logo vou começar com a faculdade, você mal foi efetivado e a Bia completou dois meses recentemente, vamos deixar o casamento para quando as coisas estiverem mais tranquilas.

–Meu Deus, eu encontrei a mulher perfeita. –Ele disse abismado.

–Encontrou mesmo, baby. –Ela disse dando um beijo no próprio ombro.

–E a modéstia, cadê?

–Acho que ela se perdeu entre a minha beleza e o meu poder de sedução.

O moreno riu da namorada.

–Eu te amo, sua maluca. –Ele disse a carregando de volta para a cama.

–Essa foi a centésima segunda ou centésima terceira vez que você disse isso? –Ela provocou, mas foi calada pelos lábios de Bruno.

(...)

–Moreno. –Fatinha começou a falar.

Os dois estavam sentados na mesa que tinha na varanda tomando café da manhã. O relógio marcava oito horas da manhã.

–Então, a nossa noite foi maravilhosa, mas... –Ela parou. –Será que nós podemos ir buscar a Bia?

Bruno parou de comer, e logo soltou um suspiro aliviado.

–Nossa, eu estava morrendo de medo de você querer usar a piscina ou o serviço de massagem do hotel. –Ele disse.

–Serviço de massagem? Hn, se eu não estivesse com tanta saudade da minha pequena, isso seria tentador. –Ela brincou.

–Outro dia nós voltaremos aqui. Agora vamos, porque eu não aguento mais todo esse silêncio. –Ele disse se levantando, e ela o acompanhou.

–É verdade. O hotel é maravilhoso, mas falta o choro e as fraldas sujas.

Os dois pegaram os seus pertences e deixaram o quarto antes mesmo de terminarem o café da manhã.

Bruno foi fechar a conta na recepção, enquanto Fatinha esperava impacientemente no quarto.

–Preparada para voltar para a realidade? –Ele perguntou ligando o carro.

–Tendo uma realidade tão perfeita quanto a minha, não tenho do que reclamar. –Ela respondeu sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Inspirações do capítulo:
Hotel - Mama Ruisa (mamaruisa.com)
Lingerie - Lacie Halter Babydoll (http://www.victoriassecret.com/sleepwear/dark-glamour/lacie-halter-babydoll-sexy-little-things?ProductID=133385&CatalogueType=OLS)

Bom, eu estava com esse capítulo praticamente pronto desde domingo, e só hoje tive tempo de sentar a bunda em frente ao computador para terminá-lo e postá-lo. Eu sei que eu me repito muito nesse quesito, mas novamente, sinto muito pela demora.

Outra coisa. Eu não respondi aos comentários de vocês nos "Esclarecimentos", mas todas as sugestões serão levadas em consideração.

Ps: a maioria preferiu LiTor, então vai ser isso mesmo.
Ps2: acabei de receber uma advertência por sei lá o que, e apagaram o meu primeiro post dos Esclarecimentos. Enfim, não consigo acessar mais os comentários de vocês. Tenho quase certeza de me lembrar do que vocês pediram, mas se quiserem comentar de novo...

COMENTEM, PLEASE???