Pra Sonhar escrita por KatherineKissMe


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Flashback em itálico.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418169/chapter/15

Beatriz - 4 anos e 11 meses, Maria Luiza - 4 anos e 6 meses

Depois de voltarem de viagem, Bruno e Fatinha marcaram uma consulta com Raquel. A médica pediu uma série de exames, que mostraram perfeita saúde. O uso do anticoncepcional foi interrompido e a loira começou a tomar o ácido fólico.

A notícia de que o casal estava planejando o segundo filho deixou família e amigos empolgados. Bia não opinou muito sobre o assunto, já que ela não fazia ideia do significado da chegada de um irmãozinho ou irmãzinha.

Entretanto, outras mudanças vieram. Fatinha logo que formou, foi contatada pelo Perucão, que a convidou para trabalhar na sede do Rio da sua empresa de Turismo. Ela, obviamente, aceitou.

Já para Bruno, surgiu uma oportunidade diferente. Débora - a sua patroa - um dia fez um comentário sobre os projetos sustentáveis do arquiteto e que ele deveria investir nisso. Em um dialogo mais formal, o Moreno propôs a ela uma espécie de parceria. Ele abriria o próprio negócio, especializado em projetos verdes, e ela passaria para ele alguns trabalhos nessa área - já que o foco da empresa dela não era esse. A mulher gostou da ideia e disse que o ajudaria. Assim, Bruno montou um pequeno escritório em casa mesmo.

Outra mudança foi na carreira da Lia. Dentro do jornal que ela trabalhava, surgiu a oportunidade de uma matéria sobre crianças com síndrome de down. A proposta era que ela escrevesse colunas mensais sobre o tema durante um ano, e para isso ela precisava fazer uma ampla pesquisa de campo, que exigia viagens constantes. Como era de se esperar, ela abraçou a causa.

Ju é que não gostou muito da ideia. Apesar do estilo de Lia ser bem oposto ao dela, ela contava com o apoio da amiga na organização do casamento, e as várias viagens acabavam dificultando as coisas. Mas no final tudo deu certo, Fatinha dava a sua opinião pessoalmente e Lia virtualmente.

Assim, logo o tão esperado casamento chegou.

–Mamãe, sabe o que eu quero? -Bia disse enquanto a Fatinha arrumava o seu vestido de daminha.

–Não sei. O que a minha princesa quer?

–Um aniversário de cinco aninhos da pequena sereia. Quero uma cauda igualzinha a dela, mamãe. -Ela disse balançando o vestido.

–Eu adorei a ideia! A pequena sereia é a minha princesa favorita. -Lia disse entrando no quarto.

–Tia Lia!!! -Bia correu e pulou no colo dela.

–Mas que menina linda! Estava morrendo de saudades de você. -A jornalista disse.

–Eu também.

–Finalmente Lia Martins! A Ju já deu a louca várias vezes achando que você não chegaria a tempo. -Fatinha disse abraçando a amiga.

–É, eu passei no quarto dela e só não fui esfolada porque ela estava sendo maquiada. Mas realmente não deu pra chegar antes de Campinas.

–Você ficou muito tempo fora. To achando que arrumou um outro motoqueiro por lá.

–Que nada, mas conheci uma pessoa especial sim. Na festa eu te apresento. -Ela disse com um sorriso misterioso.

–Como assim? Você e o anjo terminaram? Mas ele não esteve com você nesse ultimo mês? -A loira estava confusa.

–Eu e o Vitor estamos muito bem, obrigada. Mais tarde você vai entender tudo.

Antes que Fatinha tentasse arrancar alguma coisa da amiga, a mulher do cerimonial as chamou, porque a noiva estava pronta.

–De hoje você não me escapa. -a loira ameaçou.

Todos estavam presentes no casamento. Até o forasteiro da turma havia comparecido.

Os padrinhos e madrinhas entraram, seguidos pelo noivo. Marcela chorava ao lado do seu filho, emocionada por seu bebê estar se casando.

E logo veio a noiva.

Juliana estava com um sorriso radiante, apesar dos olhos terem se enchido de lágrimas quando ela viu o noivo. Como o prometido, ela estava vestida como uma princesa. Depois de mais de um ano trabalhando naquela peça, a estilista havia criado um vestido perfeito: a peça tinha manga longa toda trabalhada em rendas que se estendiam por parte do vestido. No cabelo ela havia feito um coque alto, simples mas complementando o vestido. A maquiagem era básica, destacando a beleza natural da noiva. Nas mãos ela carregava um buquê de tulipas brancas.

Quando chegaram ao altar, Olavo deu um beijo da testa da filha e depois um abraço no genro.

–Cuide bem da minha princesinha. -O pai disse um tanto quanto emocionado.

–Eu prometo. -Gil disse.

Quando os dois noivos deram as mãos, o sorriso aumentou e as lágrimas carregaram os olhos de ambos. Eles se viraram para o padre, que deu inicio à cerimônia.

–Estamos aqui para celebrar a união de Gilberto Porto e Juliana Menezes.

(...)

Foi uma cerimônia simples e muito bonita. Os noivos, assim como os pais, estavam extremamente emocionados. Bia foi um dos destaques, levando a aliança com todo o charme possível, quase matando a madrinha de orgulho.

–São em momentos assim que fica difícil dizer que ela é a minha filha. Pelo amor de Deus, é uma versão miniatura da Juliana. -Foi o que Fatinha comentou, derramando algumas lágrimas, enquanto tirava várias fotos da filha.

Depois todos os convidados foram para o local onde a recepção aconteceria.

–Bia, nada de correr agora! Nós vamos ficar todos sentados até os noivos chegarem, ok?! -Fatinha avisou assim que eles chegaram no salão de festas.

A menina concordou, não muito animada.

–Você estava linda, Bia! -Dinho disse se sentando do lado dela.

–Uma princesa? -Ela perguntou com os olhinhos brilhando.

–Uma princesa! -Ele concordou. -Daquelas com um castelo enorme e uma carruagem de ouro.

Não foi preciso mais que isso para alegrar a menina. Logo ela já estava contando animadamente para o tio sobre todos os seus filmes favoritos da Barbie.

–Sentiram a minha falta? -Lia perguntou se sentando.

–Na verdade não. -Bruno disse e recebeu um cutucão da amiga.

–Dona Lia, achei que não fosse voltar pro Rio mais. -Fera disse.

–Pois é, estou de volta. E tenho uma novidade pra vocês. -Ela disse.

–Sabia que tinha alguma coisa! -Fatinha disse vitoriosa. -Espera, cadê o anjo? Só vi ele durante a cerimônia, mas nem deu pra gente conversar.

–Ele está ali. -Lia apontou.

Vitor andava em direção a mesa, conversando com Raquel e uma garotinha.

–Ei, quem é aquela menina? -Orelha perguntou.

–Bom, como eu disse, nós temos uma novidade. -Lia disse.

O anjo finalmente chegou à mesa e a jornalista tratou de carregar a garotinha.

–O que está acontecendo aqui? -Fatinha perguntou.

–Gente, essa é a Maria Luiza. -Vitor apresentou.

–Nossa filha. -Lia complementou.

–Oi? -Fera perguntou se engasgando.

Antes que o casal pudesse se explicar, o mestre de cerimônias anunciou a chegada dos noivos e todos foram obrigados a se calarem.

Juliana e Gil foram recebidos com muitas palmas. Eles entraram ao som de “Morena”, música que o noivo tinha cantado pra ela no dia no pedido de casamento. Depois eles foram cortaram o bolo e em seguida os brindes começaram.

–Por muito tempo eu imaginei como esse dia seria e o que eu diria para o meu filho. -Marcela disse. -Pra começar eu não pensei que estaria aqui sozinha, a morte do seu pai foi. -A mulher engasgou, sentindo as lágrimas transbordarem. -Bom, nós conseguimos. Passamos juntos por todas as dificuldades, e eu tenho muito orgulho do homem que você se tornou. Meu bebezinho está casado! -Ela disse provocando risadas. -Gil e Ju, desejo toda a felicidade do mundo pra vocês.

Os convidados aplaudiram e a professora abraçou os noivos.

–Antes que eu me esqueça. -Marcela voltou ao microfone. -Já quero registrar o meu pedido de um neto, ok?!

Gil escondeu o rosto com a mão, rindo da mãe que tinha. Ju só gargalhou e disse à sogra um “quem sabe”.

Em seguida foi a vez dos pais da noiva falarem. Olavo se emocionou e acabou não dizendo muito, já Marta estava extremamente feliz pela filha e deixou isso claro.

Depois do brinde, o jantar foi servido e os noivos começaram a cumprimentar os convidados.

–Lia Martins, pode começar a falar. -Fatinha disse curiosa.

–To com fome. -Bia disse para a mãe.

–Agora? -A loira não conteve o suspiro, mas se levantou para servir o jantar da filha.

–Fatinha, pode deixar que eu sirvo a comida dela. -Vitor disse. -Vou servir pra Malu também.

–Obrigada anjo. -Ela agradeceu. -Bia, o Vitor vai te levar lá, tá?!

Bia desceu da cadeirinha e foi até Malu, que se escondia atrás da calça de Vitor.

–Oi, meu nome é Bia, qual é o seu? -Ela perguntou.

–Malu. -A menina respondeu, espiando a outra.

–Legal. -Bia disse. -Tio Anjo, to com fome.

–Então vamos lá? -Vitor disse.

Bia deu a mão para a Malu e a puxou até o o buffet, sendo seguida por Vitor.

–Aí Fatinha, nesse ponto a Bia puxou você. -Orelha comentou. -Se deixar, faz amizade até com a parede.

–Pelo menos nisso, né?! -Ela disse. -Agora marrentinha, pode começar a falar.

–Tá todo mundo aqui né?! Não quero ter que contar duas vezes. -Ela disse.

–Você vai contar até cem vezes se for preciso! Quem mandou arrumar uma filha do nada?! -Fatinha esbravejou.

–Meu Deus, como vocês são chatos. Por que escolhi amigos tão insuportáveis? -A marrentinha se perguntou. -Então vamos lá, eu vou contar como aconteceu, desde o início. Como vocês sabem, eu estou com um trabalho sobre a Sindrome de Down.

No ínicio, o jornal havia proposto que as matérias durassem por todo o mês de março, em comemoração ao Dia Internacional da Sindrome de Down. Para isso, Lia procurou um instituição chamada Movimento Down - com sede no Rio de Janeiro - que a ajudou com todas as informações necessárias para a produção das matérias.

A proposta foi tão bem aceita e com uma resposta tão imediata, que Lia foi convidada para dar continuidade nas matérias, com publicação mensal no jornal. Assim, ela decidiu que precisava de um contato mais próximo com as crianças portadoras da síndrome, e Raquel surgiu para auxiliá-la. E foi então que Maria Luiza apareceu.

Durante um tempo, Raquel trabalhou em uma ONG em São Paulo. Cecília deu entrada no hospital prestes à dar a luz em um parto complicado, mas bem sucedido. Maria Luiza nasceu com 3.885kg, 48cm e a trissomia do cromossomo 21.

–Lia, eu conheço a pessoa ideal pra te ajudar com a sua pesquisa. O nome dela é Cecília e ela mora em Vinhedo. -Raquel disse passando todos os dados para a filha. -Eu já conversei com ela sobre o seu trabalho, e como você está indo pra Campinas pra conhecer a FS Down, achei que ela seria a melhor fonte de conhecimento pra você.

Então a jornalista deixou o Rio de Janeiro em um voo direto para Campinas, onde foi recebida por Jaqueline, responsável pela publicidade da FS Down. De lá, elas foram para o hotel, onde Lia tomou um banho rápido e depois seguiram para a Fundação.

Em Campinas ela ficou por duas semanas. A Fundação Síndrome de Down oferece apoio às famílias e aos portadores da síndrome, desde a infância até a idade adulta. Lia acompanhou o trabalho que era feito ali, conheceu muitas mães e filhos, aprendendo muitas coisas para a construção das suas matérias.

Depois de quinze dias, ela entrou em contato com Cecília e decidiu já era hora de conhecê-la e assim fez.

Assim que chegou em Vinhedo, ela buscou um hotel que fosse próximo da casa de Cecília. O combinado seria que as duas sairiam para jantar, então a jornalista teve tempo para descansar.

Às sete horas em ponto, telefonaram da recepção, informando da chegada de Cecília.

–Oi. -Lia disse quando a viu. -Você é a Cecília?

–Sim. E você deve ser a Lia, filha da doutora Raquel. -A mulher a cumprimentou.

–A própria.

A marrentinha estava surpresa, pois Cecília parecia ter no máximo 22 anos. Ela era muito bonita por sinal: cabelos pretos e lisos, pele branquinha e algumas sardas pela bochecha.

–Tem um restaurante muito bom aqui perto, acho que lá nós poderemos conversar mais tranquilamente. -Ela disse e Lia concordou.

As duas caminharam por dois quarteirões, conversando sobre amenidades, até que a jornalista não resistiu ao comentário que lhe coçava a língua.

–Pensei que você traria a sua filha para o jantar.

–Eu queria conversar com você, antes de te apresentar à Maria Luiza. A ideia de expor minha filha para estudo não me agrada muito, mas como foi um pedido da Raquel, não tive como negar. Sua mãe me ajudou muito.

–Entendo o seu receio, por isso gostaria de deixar claro que caso você queira, o nome da Maria Luiza sequer será citado. O que eu quero é acompanhar o dia-a-dia dela e seu, para conseguir falar sobre o assunto. Quero desmistificar algumas coisas e frisar outras; a minha intensão é estourar essa bolha da Síndrome de Down, para apresentar um quadro realista. -A jornalista disse. -Eu trouxe algumas das minhas últimas matérias pra que você entenda o meu trabalho.

As duas chegaram ao restaurante e escolheram uma mesa pra se sentar. Logo o garçom anotou os pedidos, deixando-as a sós. Lia fez questão de falar um pouco de si, para que a mulher a conhecesse melhor e se sentisse mais confortável com a ideia de ajudá-la.

–Me perdoe a pergunta, mas você comentou que minha mãe te ajudou muito e eu fiquei curiosa para saber como. Quer dizer, ela falou por alto que fez o seu parto e que houve algumas complicações, mas nada além disso. -A marrentinha perguntou.

–Acho que pra te explicar isso, eu vou ter que te falar um pouco sobre os acontecimentos prévios. Espero que você não use nada do que eu disser sem a minha autorização. Quero conhecer o seu trabalho antes de autorizar ou não tudo isso. -Cecília disse.

–Claro. -Ela concordou.

–Bom, a gravidez da Malu foi completamente acidental. Eu me apaixonei pelo pai dela no instante em que coloquei os olhos nele. O Luiz era bolsista na escola onde eu estudava e um ano mais velho que eu, por causa disso, meu pai não aceitou o nosso relacionamento. Nós mantivemos o nosso namoro em segredo por mais de um ano, até a minha gravidez acontecer. -Ela parou para um suspiro. -Óbvio que nós nos desesperamos, mas por fim, decidimos assumir as consequências. O Luiz foi até a minha casa, onde nós contamos para o meu pai sobre a gravidez e anunciamos o nosso casamento. A reação do meu pai foi um ultimato: ou eu abortava a criança, ou ele me deserdaria, e por isso eu saí de casa e fui morar com o Luiz. Com isso, fui obrigada a deixar o colégio - já que meu pai não pagaria - e arrumei um emprego num supermercado da região. O Luiz continuou estudando na parte da manhã e depois trabalhava no açougue de um conhecido. Nós estávamos desesperados para juntar dinheiro pra comprar as coisas do bebê, e sem a ajuda de ninguém estava tudo tão difícil.

–O Luiz não tinha família? -Lia interrompeu o relato.

–Não, a tia deixou ele num orfanato quando ele tinha dez anos. -Ela contou. -Bom, com o tempo as coisas começaram a se ajeitar: o Luiz formou e arrumou um emprego melhor, nós montamos o quarto da Malu e já estávamos fazendo planos para o nosso casamento. Foi aí que tudo desandou. O Luiz tinha ido me buscar no supermercado e nós chegávamos em casa quando um louco surgiu do nada e jogou o carro contra o nosso. Depois disso só me lembro de estar no hospital com sua mãe dizendo que teria que fazer o parto da Malu mesmo ela ainda não tendo completado novo meses. Só fui descobrir que o Luiz não tinha resistido quando estava com a minha filha nos braços. A doutora Raquel foi quase uma mãe pra mim naquele momento, me ajudou a erguer a cabeça pela Malu e assim eu fiz. Minha filha era o bebê mais lindo daquele hospital, com os cabelos pretinhos e os olhos levemente puxados.

–A Síndrome de Down foi descoberta durante a gravidez? -A jornalista perguntou, achando que Cecília tivesse pulado um pedaço da história.

–Não, quem me disse sobre a síndrome foi a sua mãe, poucos dias antes de deixarmos o hospital. Foi um susto e tanto, mas eu já estava perdidamente apaixonada pela minha pequena, e a doutora Raquel me deu uma aula sobre o assunto, o que me tranquilizou bastante. Foi ela que me apresentou à FS Down, por sinal.

–Esse é um lado da Raquel que eu não conhecia. -Lia comentou.

A conversa foi interrompida pela chegada do garçom com os pedidos. As duas jantaram e Cecília falou um pouco sobre a filha.

Mais tarde as duas voltaram para o hotel e Lia entregou para ela as matérias prometida. Cecília garantiu que leria tudo e que ligaria no dia seguinte com uma resposta.

CONTINUA...






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Links pra vocês:
Vestido da Ju - http://www.oscardelarenta.com/bridal/collections/bridal-2014/look-17--alicia
Cabelo - http://comvcaprendi.files.wordpress.com/2013/01/noiva-coque-alto-com-franja.jpg



Apresento a vocês Maria Luiza - http://blog.clinipam.com.br/wp-content/uploads/2014/03/clinipam-plano-de-saude-dia-internacional-sindrome-de-down-cuidados.jpg



E eu bati o recorde de demora, não foi? Dois meses é muita coisa! O motivo é bem simples e vocês já devem imaginar: estudos. Estava meio surtada por causa de uma prova que eu tinha que fazer em junho e fui obrigada a deixar PS de lado. Mas, felizmente estou DE FÉRIAS!
Caso ainda reste leitores, comenta, pleeease?

Ps: Tive que interromper o capítulo, do contrário ele ficaria muito extenso. Não demoro pra postar a continuação. TO DE FÉRIAS!