You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEELLO
To louca do cu de raiva com essa notícia de que a Pitanga Maracujina Podre vai sequestrar a Giane pra machucar o Fabinho. NO ME GUSTA, ACHEI OFENSIVO, APAGA.
Anyway, capítulozinho fofo, ok?



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Fabinho abriu os olhos preguiçosamente, se segurando para não gemer com a dor nos braços. Podiam ter sido queimaduras superficiais, mas ainda eram doloridas e se corpo doía pela dose de adrenalina. Porém, uma olhada para o lado e se esqueceu de tudo isso.

Uma das coisas que mais gostava nas noites que passava com Giane, era a maneira como a menina se encolhia contra ele, quase como uma criança. E naquele dia não era diferente. A cama de hospital era pequena e apertada, então os dois estavam realmente enganchados, mas ela havia encontrado um jeito de se encolher, e agora estava com um braço o abraçando pela cintura, e o outro abraçando a própria barriga.

_ Queria saber qual é o seu problema com me ver dormindo. – ele riu da namorada, que abriu os olhos, preguiçosa.

_ É o único momento em que você cala a boca, tenho que aproveitar. – ele alfinetou, recebendo um tapinha no ombro. Ela fez uma careta estranha e ele se preocupou – Tá sentindo alguma coisa?

_ To enjoada. – ele gargalhou, e ela revirou os olhos – Que foi?

_ Se você se esqueceu, você está grávida. Ficar enjoada é parte do pacote. – Giane revirou os olhos, mal humorada, fazendo o rapaz rir mais.

_ Eu ainda não consegui assimilar a informação, ok? Preciso de um tempo. – ela rebateu nervosa, tentando se levantar, mas ele a puxou de volta – Qual é cara, eu to precisando fazer xixi.

_ Mas eu não sei se você pode levantar. – ele lembrou, saindo da cama – Espera que falar com a enfermeira.

A enfermeira entrou no quarto e ajudou Giane a sair da cama. Ela estava bem, mas um pouco fraca. Fabinho a ajudou a ir até o banheiro, e ficou esperando ela terminar.

_ Seus pais ligaram mais cedo. – informou a enfermeira – Eles queriam vir vê-los, mas eu vi que vocês ainda estavam dormindo e pedi para virem depois do almoço. Devem estar aqui em umas duas horas.

_ Que horas são? – ele perguntou confuso, procurando o celular.

_ Quase meio dia. – a enfermeira riu da cara de espanto dele – Eu vou buscar o almoço de vocês dois... Já deve fazer mais de 12 horas que não comem nada.

Fabinho concordou, agradecendo, e observou a mulher sair. Esperou até a porta do banheiro de abrir, mas o que ouviu foi o barulho de vômito.

Ele entrou, encontrando Giane ajoelhada em frente à privada, colocando o nada que tinha no estomago para fora. Puxou o pouco cabelo dela para trás, esperando ela terminar. Quando viu que não sairia mais nada, a ergueu e levou até a pia, deixando que ela lavasse a boca e o rosto.

_ A enfermeira está trazendo o almoço, ok? – ele perguntou, enquanto a ajudava a deitar na cama de novo.

_ Não me fala em comida. – pediu a corintiana, e ele riu.

_ Já deve fazer umas 24 horas que você não come nada pivete, no seu estado você não pode fazer isso. – ele repreendeu enquanto sentava na poltrona e viu ela se retrair – Ô Giane, porque você tá reagindo tão mal assim? É tão ruim assim saber que vai ter um filho meu?

_ Nem tudo é sobre você Fraldinha. – ela rebateu nervosa, e ele bufou – É que... Cara, eu não sei se eu to pronta para isso.

_ E cê acha que eu to? – perguntou ele – Se você não se lembra, menos de um ano atrás, eu não era exatamente um exemplo de pessoa para ser pai. E ainda não sou. Mas isso não importa. Eu fui homem pra te engravidar, não fui? Então eu vou ser homem de assumir e cuidar do meu filho.

_ Você fala como se isso fosse um negócio. – ela reclamou, e ele riu – Que foi mané?

_ Você, tá parecendo bipolar. – o publicitário levantou da poltrona, sentando na cama. Ele pegou as duas mãos da modelo e beijou – Giane, eu te amo e eu vou amar o nosso filho. É claro que eu to assustado, eu não sei nada sobre ser pai. Eu não tive pai durante a maior parte da minha vida. Mas eu vou me esforçar muito para ser o melhor possível para ele ou ela.

_ Mas e se eu não for uma boa mãe? – perguntou Giane – Cara, eu nunca fui de brincar de boneca ou nada assim.

_ E o que a bunda tem a ver com as calças? – perguntou ele rindo, enquanto puxava o rosto dela e dava um selinho – Você pode ser um moleque de rua, mas é a pessoa mais dedicada e cuidadosa que eu conheço, minha cara enfermeira general. – ela riu – E além do que, toda a mulher vem equipada com instinto materno, até mesmo você.

_ Devo me sentir lisonjeada? – ela revirou os olhos, mas sorria.

_ Eu tenho certeza que você vai ser a melhor mãe do mundo. – ela o abraçou ao ouvir aquilo, deixando que algumas lágrimas escorressem – Só não vai virar uma manteiga derretida emotiva, por favor.

_ Ué, como você gosta de lembrar, eu estou grávida. Emotividade é parte do pacote, então agora aguenta. – ela deu um soco no ombro dele – E essa enfermeira foi buscar o almoço onde? Lá na Casa Verde?

Como que respondendo aos pedidos da menina, a porta se abriu. A enfermeira entrou com um carrinho e se dirigiu até a cama. Colocou duas mesinhas dobráveis sobre a cama, colocando uma bandeja de comida em cada e saindo logo depois. A corintiana bufou irritada.

_ Qual é, isso é um hospital ou uma clínica para emagrecer? – Fabinho riu da revolta dela, abrindo sua bandeja e pegando o garfo.

_ Come logo e para de reclamar tranqueira.

Comida de hospital, mesmo de um chique daqueles, é sempre um porre. Mas Giane não parecia se importar, raspando cada um dos compartimentos.

_ Que isso garota, tá tentando repor tudo que não comeu no último mês. – ela o fuzilou com o olhar – Toma, pode comer o meu se quiser. Troço ruim.

E ela comeu.

~*~

Na mansão Campana, Bárbara e as crianças almoçavam.

_ Onde está a sonsa da Malu e a maluca da minha mãe? – perguntou a atriz e as crianças deram de ombros – Deve ter ido plantar alguma arvore por ai.

_ Vocês viram no jornal hoje de manhã sobre o incêndio na Acácia? – perguntou Luz, assustando a mãe – Parece que o negócio foi feio.

_ E porque sua irmã não ligou avisando? – perguntou a diva, se levantando e pegando o celular.

_ Ela e o Bento estão na delegacia, ou pelo menos estavam a última vez que vi na internet. – explicou a jovem – Aparentemente foi um incêndio criminoso, tentativa de homicídio.

_ Tentaram matar a Amora? – Bárbara arregalou os olhos.

_ Não, acham que ela e o Bento tentaram matar a Giane. – explicou Kevin, abrindo a notícia no tablet – Tem certeza que sua filhinha não tem nada a ver com isso?

Bárbara leu a notícia as pressas, ligando os pontos do que a filha havia feito. Diabos. Quantas vezes já não a havia mandado ser menos impulsiva?

_ Bolívar, pode tirar os pratos. – mandou a atriz, saindo da sala de jantar.

_ Hey. – as crianças protestaram, quando o calado mordomo se aproximou para tirar os pratos da mesa.

_ Mãe, nós ainda estamos comendo. – reclamou Dorothy.

_ Como podem pensar em comer quando a irmã de vocês está com problemas? – gritou a mulher – Subam se trocar, e coloquem uma roupa simples. Nós vamos à delegacia.

_ Vai chamar a imprensa? – zombou o filho.

_ Não é preciso Kevin, porque ela já deve estar toda lá. E já devem estar noticiando a péssima família que somos, por não estarmos lá apoiando sua irmã.

Antes que pudessem falar mais alguma coisa, a porta da frente se abriu, revelando Malu, Plínio e Irene.

_ Que ótimo, todos reunidos. – alegrou-se a pedagoga – Assim já posso falar de uma vez.

_ Agora não Maria Luisa. – esnobou Bárbara, começando a subir as escadas – E nem ouse levar seus irmãos a qualquer lugar, porque nós vamos a delegacia prestar solidariedade a coitada da Amora.

_ Se você quer ir apoiar aquela homicida, sinta-se a vontade. Agora as crianças só vão se elas quiserem Bárbara. – Plínio sorria ironicamente para a ex-mulher. Ela parou no alto da escada, e virou-se sorrindo igualmente.

_ Ouse me impedir. – mandou ela.

_ Eu ouso sim. E não ouso apenas isso. – quem disse foi Malu, caminhando até a mãe e lhe entregando um papel.

_ Não estou com tempo para suas besteiras sem sal. – a atriz apenas deu as costas, começando a subir.

_ Não é besteira Bárbara. É a liminar do juizado de menores, passando a guarda da Dorothy e do Kevin para mim e o meu pai. – a moça voltou para a sala, onde os irmãos começavam a pular animados. Bárbara parou estática, abrindo o papel e conferindo o que estava escrito.

_ Impossível. Eu não permito isso. – gritou ela, descendo as escadas correndo.

_ Você não precisa permitir. E tem sorte que a Malu resolveu fazer isso. O juizado de menor já estava na sua cola faz tempo. – quem falou foi Irene – De acordo com a juíza, só estavam procurando um lugar para colocarem a Dorothy e o Kevin.

_ Eu me recuso. – a atriz rasgou o papel – Meus filhos são meus, e ninguém vai tirá-los. Agora vão se arrumar crianças.

_ É melhor você não complicar Bárbara. – sugeriu Malu – Ou eu chamo a imprensa, e ai sim você vai ficar queimada.

A mulher ficou encarando a filha por um momento, antes de dar as costas e rumar novamente para as escadas, mas Malu não tinha terminado ainda.

_ Bolívar... Você pode, por favor, ajudar a Bárbara a fazer as malas dela, e levá-las para onde ela quiser? – a mãe estancou no topo da escada – Agora eu vou para o hospital, ver meu irmão e a Giane, mas quando eu voltar, não quero mais nada que seja seu aqui, entendeu?

_ Você está me expulsando de casa? – pergunta Bárbara, com os olhos cheios de água.

_ Não, estou te libertando Bárbara. Vai lá viver com sua querida filha Amora. Isso é, se ela ainda tiver onde morar. – Malu sorriu para a progenitora, antes de se virar para os irmãos – Querem ir com a gente? Vamos ao hospital ver a Giane e o Fabinho, e tentar saber do bebê.

_ Que bebê? – Dorothy perguntou animada, correndo abraçar a irmã mais velha.

_ Bom, como vocês são meus irmãos e o Fabinho também, o sobrinho de vocês em segundo grau. – explicou a pedagoga.

_ A Giane tá grávida? – perguntou Luz e Malu concordou – Que máximo.

_ Mas podemos passar em algum lugar antes para comer? – pediu Kevin – Não pudemos terminar o almoço.

_ Claro que sim... Vocês passam com a Malu, que eu e a Irene vamos buscar a Margot e o Silvério, e nos encontramos todos no hospital. – propôs Plínio, enquanto todos saiam de casa. Bárbara ficou parada no topo da escada, em choque. Bolívar caminhou até o lado da ex-patroa, apontando para ela e rindo.

~*~

Logo depois do almoço, um médico entrou no quarto de Giane. Ele se apresentou com Dr. Salles, e disse que ele havia atendido Giane no dia anterior.

Ele fez uma série de exames de reflexo, auscultou o coração e os pulmões e fez algumas perguntas. Por fim, chegou ao momento que os dois intimamente aguardavam.

_ Bom, eu gostaria de fazer outro ultrassom, para vermos se não houve nenhuma mudança no quadro do bebê.

Os dois concordaram, e uma enfermeira trouxe um ultrassom portátil. Fabinho ajudou Giane a erguer a camisola do hospital, que era duas vezes maior que ela.

_ Vai ser gelado, ok? – perguntou o médico, e a corintiana concordou, ansiosa. Ela apertou a mão do namorado, que beijou o ombro dela.

O médico despejou o gel, fazendo a garota se arrepiar e Fabinho riu.

_ Qual é, aguenta canelada no futebol, mas não aguenta um gel na barriga? – provocou, recebendo um olhar mortal, mas não prosseguiram com a briga, pois o médico havia acabado de ligar o monitor e começava a passar o bastão pela barriga da corintiana.

_ Muito bem, muito bem... Ah, aqui está ele. Conseguem ver, o feijãozinho de vocês? – o médico apontou um pontinho na tela, e os dois observaram fascinados – Muito bem, como eu vi ontem, está normal para sete semanas. 1,20cm, dentro do esperado. Ainda está muito no início para ouvirmos o coração pelo ultrassom normal, mas como tivemos o incidente de ontem, eu gostaria de fazer o transvaginal, para podermos ouvir se está tudo bem.

_ Trans-o-que? – os dois guincharam em conjuntos, e o médico explicou que era o ultrassom feito pela intimidade da mulher, chegando direto ao útero – Você quer dizer que vai colocar esse bastão... Lá?

_ Não esse, um específico para isso. – ele explicou, apanhando outro aparelho, mais fino e comprido.

_ Cara, se isso ai vibrar, você está praticamente colocando um vibrador na minha namorada.

_ Fabinho. – repreendeu Giane, dando um tapa nele, enquanto o médico ria.

_ Tudo bem, a maioria dos pais tem reações assim. – o médico explicou como seria o exame e os dois concordaram, ainda meio desconfortáveis com a situação – Ah sim, a resolução é bem melhor.

Realmente, conseguiam ver melhor o que estava na tela. O médico apontou novamente o Feijãozinho, mostrando onde estaria cada parte do corpinho dele já formada. Os dois ouviam com excepcional atenção, maravilhados com a imagem no monitor.

_ Mas vamos ao motivo de termos feito esse ultrassom... Prontos para ouvir o coração do bebê?

_ Doutor, prontos nós não estamos para nada. Mas ansiosos, sim. – o médico riu da grávida, concordando e ligando o botão na tela. Num primeiro momento, nada aconteceu, mas logo, um som intenso preenchia o ambiente – 150 batidas por minuto, dentro do padrão e...

Ele virou para o casal, que encarava a tela estático, os olhos de ambos transbordando em lágrimas. O médico sorriu, retirando o aparelho de Giane e deixando a tela pausada. Ele disse que iria se retirar, mas os dois ainda estavam presos naquela bolha mágica.

Demorou cinco minutos para que algum deles se mexesse, e foi Fabinho quem o fez. Ele aproximou o rosto da barriga da namorada (já limpa e coberta pela camisola do hospital antes de passarem ao segundo ultrassom) e deitou a cabeça ali, começando a rir e chorar. A corintiana ficou o encarando bobamente, vendo mais um lado novo dele.

Ele ergueu a cabeça, se aproximando e dando um longo selinho nela, os dois emocionados.

_ Acho que só agora caiu realmente a ficha. – comentou ela, e ele sorriu concordando – Tem realmente alguém aqui dentro.

_ É surreal não é? – ele perguntou, colocando a mão junto da dela na barriga – Pensar que nós dois fizemos isso.

_ Eu to muito feliz por você ter voltado. – ela suspirou, puxando-o para um abraço – Eu não conseguiria lidar com isso sem você aqui.

_ Eu nunca mais vou sair do seu lado... Do lado de vocês dois. – prometeu ele, e os dois viraram o rosto para encarar a imagem ainda congelada no monitor – Nosso Feijãozinho.

_ Cê percebeu que ele nem nasceu e já tem apelido? – Giane perguntou, fazendo Fabinho rir.

_ Claro... Eu sou o Fraldinha, tu é Maloqueira, ele é o Feijãozinho. Ou A Feijãozinha.

_ Ah, não pense que eu não ouvi você falando que não vai me deixar fazer do bebê corintiano. Vai sair da minha barriga já vestido com o manto sagrado do Timão. – provocou ela, tentando afastar o climinha meloso que havia se abatido ali.

_ Vai é sair com uma roupa de recém-nascido, nada de manto de Timão nenhum, pivete. – ele retrucou no mesmo tom – E se for para ser de algum time, vai ser do tricolor.

_ Ah, cê vai sonhando se acha que filho meu vai ser são paulino e... – e novamente, começaram a discutir.


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Notas finais do capítulo

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Té maaaaaaaaaais