You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Cara, eu to acostumando vocês muito mal HUAHUAHUAHUAHU
Mas esse vai ser o único capítulo de hoje (acho) porque eu to zeraaaaaada de estoque UHAUHAUHAUAHU
Espero que gostem



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Abriu os olhos atordoada. Lembrava-se do fogo, do incêndio, de ter certeza que iria morrer, e então, o rosto de Fabinho em sua cabeça. E agora, onde estava? Seria o céu? Inferno? Deveria sentir o corpo dolorido?

_ ...deixar a maluca da sua mãe te transformar em corintiano, ou em uma moleca, se você for menina. – era a voz dele, ele estava ali – Mas acima de tudo, eu nunca, nunca, vou te deixar sozinho ou desamparado, eu prometo.

Ela piscou os olhos, focalizando a visão, e os desceu na direção da voz dele. Viu ele encarando sua barriga e começou a pensar se ele estava maluco. E então ele a beijou. Sua barriga. Aquele maluco estava beijando sua barriga. Que diabos era aquilo?

_ Que droga é essa? – a voz dela saiu rouca e entrecortada, e o rapaz pulou no lugar. Ele a encarou com um enorme sorriso – Que que cê tá fazendo?

_ Você sabe quem eu sou? – ele perguntou receoso, e ela revirou os olhos.

_ Claro que eu sei quem você é seu pateta. O que eu quero saber é o que você faz aqui e... Onde é aqui? – ela olhou ao redor, reconhecendo um quarto de hospital – O incêndio... Eu tava num incêndio e...

_ Hey, hey, calma. – pediu ele se aproximando da cama e segurando a mão dela. Ela não queria admitir, mas aquilo a acalmou. Não queria admitir porque ainda estava brava com ele – Você quer água? Quer sentar?

Ela concordou com um meneio de cabeça. Ele ergueu a cama dela pelo controle, deixando-a em um meio termo entre sentada e deitada. Encheu um copo de água, colocou um canudo, e entregou para ela.

_ Do que você se lembra? – perguntou ele, e ela forçou um pouco a cabeça, que estava latejando. Ela colocou a mão na nuca, sentindo um galo – Você teve uma contusão, quase certeza que de uma pancada. Você bateu a cabeça?

Começou a forçar a memória, tentando organizar as lembranças.

_ E-eu estava trancando a estufa do Bento, tinha ido esperar ele para tratar algumas coisas da Acácia, mas não estava me sentindo muito bem. – estomago do rapaz revirou de expectativa – Eu resolvi ir embora, mas cruzei com a Amora. Ela veio me perguntar sobre... – a garota abaixou os olhos.

_ Sobre mim? – ela concordou e ele tentou controlar a raiva – E depois?

_ Ela me empurrou contra a porta e eu fiquei tonta. Eu ia desmaiar, e ela chegou com um vaso e bateu na minha cabeça por trás. Depois só me lembro de acordar no meio do fogo. – a jovem começou a tremer, e ele se aproximou, abraçando-a, mas ela o repeliu – O que você está fazendo aqui?

_ A Malu foi me procurar e quando estávamos nos preparando para voltar, seu pai ligou avisando que você havia sumido. Então nós viemos correndo. – o badboy explicou.

_ E por quê?

_ Como assim por quê? Minha namorada some e você queria que eu ficasse parado?

_ Achei que nós não fossemos mais namorados. – ela corrigiu Fabinho, baixando os olhos. Ele pegou a mão dela, e ela não puxou. Ao invés disso, observou as ataduras – Você que me tirou do incêndio?

_ Você não lembra? – ela negou.

_ Eu achei que estava sonhando com o seu rosto. – ele sorriu de lado, mas ela ainda estava cabisbaixa – Porque você fez isso Fabinho? Porque voltou? Eu não vou aguentar te ver ir embora de novo.

Fabinho percebeu que os olhos castanhos estavam molhados, e que logo Giane estaria chorando. Sabia que mulheres grávidas eram emotivas, mas acreditava que as lágrimas não eram culpa dos hormônios.

_ O que a Amora disse? – perguntou ele, acariciando o rosto dela.

_ Que ela te avisou, mas você quis ignorar. – Giane deu de ombros, confusa – Não entendi direito... A entojada parecia fora de si, na verdade.

_ A vagabunda cumpriu a ameaça que tinha feito, mesmo depois de eu ir embora. – ele rosnou nervoso, assustando a corintiana – Eu vou matar essa bisca.

_ Que ameaça? – Giane segurou o braço do rapaz, que já se levantava – Ai.

_ Que foi? – ele voltou para cama, a observando apreensivo.

_ Meu braço doeu quando eu forcei. – ela explicou, passando a mão sobre os curativos. Olhou os pulsos e viu que estavam bem feios – Mas fala fraldinha, que raio de ameaça é essa?

Ele suspirou, sabendo que viria uma bucha feia. Sentou na ponta da cama dela, encarando as mãos.

_ Lembra do dia do suposto aborto? – Giane concordou – Quando eu parti para cima dela, ela tinha dito que... Bom...

_ Que tinha me matado, eu lembro. – nunca conseguiria se esquecer do momento em que encontrou com ele depois de Amora ter mentido sobre tê-la matado. O rapaz tremia e chorava quase compulsivamente, já que todos estavam contra ele, e a ideia de que ela pudesse ter morrido, o fez perder o sono por quase três noites. Ela havia passado três noites acampada na casa dele, cerca de três semanas antes dele sumir.

_ Ela me disse que, se eu não parasse de tentar provar pro Bento que ela era uma cobra, ela iria tornar isso algo real. – a corintiana escancarou a boca, chocada.

_ Ela me ameaçou de morte? – ele concordou – E porque você não me contou seu panaca?

_ Giane, você tem noção o desespero que eu passei naquele dia, quando eu achei que ela tinha te matado? – ele perguntou agressivo – Tem noção do desespero que eu passei hoje, quando cheguei na Acácia e ela estava em chamas, quando te vi apagada no meio dos vasos, quando eu senti você praticamente morta nos meus braços?

_ Mas você devia ter me contado cara. – ela segurou o rosto dele – A gente tava junto, lembra? Namorado não é só pra beijo e abraço, é para enfrentar os problemas também. Nós teríamos enfrentado isso juntos, eu e você.

_ Maloqueira, cê é a coisa mais importante da minha vida, eu não ia suportar que algo te acontecesse e a culpa fosse minha. A Amora tá maluca Giane, você viu isso pela maneira como ela agiu hoje.

_ Ela tá maluca, mas agora eu posso testemunhar isso. Fabinho, eu posso mandar essa fruta podre para a cadeia. – Giane sorria animada, mas ele ainda estava preocupado.

_ Giane, levaram o Bento para a delegacia também. – ela arregalou os olhos – Eu não acho que ele tenha algo a ver com isso, mas até conseguirmos provar que A é realmente A, ele e a Amora vão ficar provavelmente em liberdade provisória, se bem me lembro e conheço o sistema judiciário. E essa maluca pode fazer algo contra vocês.

_ Vocês?­ – ela perguntou confusa – A Amora ameaçou mais alguém? A Malu de novo? Ou a Irene e a Margot?

_ Pera... Então cê não sabe? – ele perguntou confuso, e ela o olhou mais confusa ainda.

_ Sei do que cara? – ela perguntou, começando a se irritar com aquela confusão.

_ Do nosso filho.

_ Do nosso... – ela começou a gargalhar, caindo para trás no travesseiro, deixando o rapaz abismado – Inalou muita fumaça, foi panaca? Nosso filho, essa é boa. Se liga cara, onde a gente tem um filho?

_ Nesse momento, dentro da sua barriga. – ele apontou para o lugar que ela segurava, que doía de tanto rir. Ela se lembrou da cena confusa de minutos antes, de Fabinho conversando com o nada e beijando sua barriga. Arregalou os olhos em choque – É tranqueira, acho que nós esquecemos de ser cuidadosos.

_ E você fala isso numa boa, como se isso fosse bom? – ela guinchou, tirando a mão da barriga depressa.

_ Bom, a mulher que eu amo está grávida, e ela e meu filho sobreviveram a um incêndio causado por uma pitanga que caiu do pé... – ele moveu as mãos como se estivesse pesando duas coisas, fazendo cara de pensativo – É, acho que eu to feliz sim.

_ Cê tá doido cara, só pode estar. – ela balançava a cabeça desesperada – Eu não sou um canguru para ficar andando para cima e para baixo com alguém pendurado em mim.

_ Correção, dentro de você. – ela o fuzilou com os olhos – Que foi pivete, to falando a verdade. O bebê está dentro de você, não pendurado para fora.

 _ Cê só pode estar brincando comigo né? – ele negou – Quer dizer que eu to mesmo... Grávida?

_ De sete semanas, de acordo com o médico. – Fabinho sorriu, vendo a expressão dela começar a ser conformada – E olha, fazendo as contas aqui, acho que foi naquele fim de semana do falso aborto. Lembra, que você ficou em casa e nós dois...

_ Beleza cara, eu lembro muito bem do processo. – ela corou, fazendo ele gargalhar – Que foi? Tá rindo do que?

_ Você, toda corada e envergonhada. Cê liga maloqueira, eu que te engravidei, não precisa se fingir de recatada na minha frente. – ele assumiu o tom provocativo de sempre, e ela sorriu para isso.

_ Claro que preciso. Você não é nada meu, então não tem direito de nenhuma intimidade. – ele franziu o cenho, puxando o rosto dela e lhe dando um selinho.

_ Em primeira instância, eu sou o pai do teu filho. – ela estremeceu ao som da palavra, fazendo-o rir – E depois, eu vou ser seu marido.

_ E quem disse isso, se nem meu namorado é? – ela provocou novamente, e ele revirou os olhos.

_ Se é isso que você quer, continuamos separados. – o publicitário resolveu entrar na onda – Afinal, o Caio já deve estar caindo louco em cima né?

_ Com ciúmes, marrento?

_ De você moleque de rua? – ele perguntou se aproximando mais dela – Sempre.

Não souberam qual dos dois quebrou a distância restante primeiro, mas logo estavam envolvidos em um longo beijo, cheio de saudade, que foi quebrado por um bocejo do ex-badboy.

_ Quanto tempo faz que você está aqui? – perguntou ela, vendo que ele tinha olheiras.

_ Sei lá... Acho que o pessoal foi embora umas duas ou três horas. – ela olhou o relógio do celular e viu que já eram quase seis.

_ E porque você não foi para casa descansar? Cê tá ferradão também. – ela passou a mão pelos braços dele, e ele deu de ombros.

_ Eu não queria deixar vocês dois sozinhos. Além do que, queria conversar com você quando acordasse. Não achei que você não soubesse de nada ainda. – ele explicou, e ela sorriu de lado ao o ouvir falar sobre ela e o bebê.

_ Eu tava jurando que era TPM, ou só saudade mesmo. – ela deu de ombros – Nem me passou pela cabeça que tudo isso podia ser uma gravidez.

_ Mas agora sabe, e isso quer dizer que vai ter que se cuidar direitinho. – ele bronqueou, vendo que ela estava bem magra – Mas pode ficar tranquila, eu vou estar aqui para cuidar disso. Filho meu não vai nascer magrelo não.

_ Tá falando que eu não tenho capacidade de cuidar do nosso filho? – ela retrucou, começando a se irritar.

_ Vai saber né, com esse negócio de ser modelo e fazer dieta e...

Os dois começaram a bater boca, mas como era em todas as vezes, no fundo era só provocação. Pouco tempo depois, Giane convenceu o namorado a descansar um pouco. Ele dormiu com ela na cama, deitados quase do mesmo jeito que na primeira noite, quando ela ficou cuidando dele. Mas a diferença, era que agora podiam estar nos braços um do outro sem qualquer vergonha. 


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Notas finais do capítulo

Gente, mesmo eu não respondendo todos os reviews (não tenho tempo), eu AMO ler e saber as opiniões de vocês, ok?
Beijos e até sei lá quando