You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEELLO
Inspirada e apaixonada pela cena de hoje, eis que temos mais um capítulo.
BABY FABINE PARA NOSSOS CORAÇÕES E ETC ♥



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Que bebê? Seu bebê. Seu e da maloqueira. Ela estava grávida. Ele a havia engravidado. Havia uma criança, metade ele, metade ela, crescendo naquela barriga perfeitamente lisa que ele adorava fazer cócegas.

_ Pelas reações, presumo que a gravidez não era do conhecimento de ninguém aqui? – perguntou o médico, encarando os presentes.

_ Se o pai da criança tá perguntando “que bebê?”, acho que não né? – retrucou Camilinha, que havia ido acompanhar Caio.

_ Grávida. – Fabinho repetiu novamente, para si mesmo. “O pai da criança”. Ele seria pai, ele teria um filho. Eles dois teriam um filho. Juntos.

_ Bom... Pelos exames iniciais, ela aparenta estar com cerca de sete semanas, o que seriam quase dois meses. – o médico leu o prontuário – Fizemos um ultrassom, e o bebê está bem. Faremos alguns exames depois que ela acordar, só para termos certeza que a fumaça ou o clorofórmio não fizeram nenhum mal.

Aquilo pareceu despertar Fabinho do transe. Como assim mal? Seu filho estava em perigo?

_ Mas o meu filho corre risco? – o rapaz perguntou, parecendo em pânico.

_ Como eu disse, nos primeiros exames não detectamos nada. Faremos outros quando ela acordar. – o médico sorria compreensivo – Pode ficar tranquilo Fábio, seu filho vai ficar bem.

O badboy sorriu mais aliviado, enquanto sentia dois pares de braços o envolvendo e beijando seu rosto. Sorriu para as duas mães, que choravam.

_ Mulheres e seus dramas. – mas apesar de tudo, ele estava feliz. Confuso, profundamente confuso, mas feliz.

_ Bom, a Giane vai ter que passar a noite aqui. – o médico quebrou a bolha de alegria – Um acompanhante pode ficar com ela e...

_ Eu fico. – Fabinho falou prontamente, e todos o olharam em negação.

_ Você precisa descansar. – repreendeu Silvério – Pode ficar tranquilo que eu fico com ela.

_ Não seu Silvério, eu não vou sair mais do lado dela. Nem dela, nem do meu filho. – ele sorriu com a última palavra – Depois eu descanso, quando nós dois formos para casa.

_ Do jeito que é cabeça dura, nem vou discutir. – todos riram - Se você diz rapaz, pode ficar. – o mais velho sorriu, puxando-o para um abraço – Parabéns meu filho.

_ Obrigado sogrão. – riram juntos, enquanto se afastavam. Irene e Margot voltaram a agarrar o filho, o enchendo de beijos. Malu abraçou o irmão apertado. Os demais presentes cumprimentaram Fabinho com apertos de mão e tapinhas no ombro, já se despedindo para ir embora. O último foi Plínio.

_ Meus parabéns Fabinho... Acho que nada pode deixar um pai mais orgulhoso do que ver o homem que o filho se tornou, apesar de tudo que aconteceu. – o homem apoiou as duas mãos nos ombros do filho – E eu estou muito orgulhoso de você, nesse exato momento.

_ Hã, obrigada... Pai. – os dois sorriram meio encabulados, antes de darem um abraço. Plínio se afastou, dando um tapinha carinhoso no rosto de filho, que riu. O publicitário acompanhou o médico até o quarto da (ex) namorada, enquanto os pais e a irmã iam embora.

~*~

_ Quem diria hein? – perguntou Camilinha, enquanto Caio se jogava no sofá do apartamento – Giane grávida do Fabinho.

_ Vai ficar jogando na minha cara é? – perguntou o fotógrafo, parecendo irritado.

_ Ah Caio, qual é... Depois de tanto toco que essa menina te deu, você ainda tinha esperança? – a moça sentou ao lado dele, mexendo nos cabelos.

_ Ele tinha terminado com ela, não tinha nada que voltar a aparecer. – resmungou o rapaz – E eu devia ter ido para lá assim que o Silvério me ligou. Poderia ter sido eu quem a salvasse e ai ela...

_ E ai ela o que Caio? – Camila virou o rosto dele em sua direção – Ai ela ia descobrir que está esperando um filho do Fabinho, o Plínio ia contar para ela que ele só foi embora para proteger ela, e você ia sair como o amigo salvador, porque ela ia voltar para os braços dele.

_ Como você pode ter certeza hein? - ele perguntou nervoso - O Tito não está criando o Manolinho, não ama o garoto e o garoto ama ele? Ele a Lara não estão se acertando por isso?

_ Dois pesos, duas medidas né meu amor? - perguntou a garota, revirando os olhos - Todo mundo sabe que o Manolinho foi golpe midiático, os pais nunca tiveram nada demais. Mas essa criança não. A Giane ama o Fabinho, e vice-versa. E pela cara que o marrentinho lá ficou, ele já tá amando a ideia de ter um filhinho.

Caio resmungou novamente, voltando a xingar Fabinho. Camila suspirou, se levantando do sofá.

_ Olha Caio, que tal ao invés de ficar praguejando, você não fica feliz? Ele salvou a vida da Giane, apesar de tudo. Ela está viva, não está? - o fotógrafo concordou - Então... Não tem aquele ditado que diz que, quando a gente ama, devemos querer ver a pessoa feliz? A garota tava um trapo desde que o Fabinho foi embora, agora ela vai voltar a ficar feliz. Eles vão formar uma família estranha e maluca, e você vai seguir com a sua vida. Que tal assim?

~*~

_ Quer dizer então, que a crápula da Amora que causou a separação do Fabinho e da Giane? - perguntou Maurício, sentando na cama de Malu.

_Como sempre... - a pedagoga suspirou, sentando ao lado do amigo - É impressionante como ela consegue detonar todos os relacionamentos a volta dela.

_ E qual outro ela detonou? - perguntou o rapaz, e Malu corou.

_ Bom, o meu e do Bento e... - Maurício levantou da cama dela irritado - Qual é Mau, você sabe que é a verdade.

_ Sei Malu, claro que sei. - suspirou ele, apanhando o casaco - Mas entenda que a Amora só deu o pontapé que faltava para o Bento voltar correndo para os braços dela, porque ela não forçou ele a casar com ela ou te esquecer. E ele já sabe da troca dos exames, e ainda está lá com ela, não está? Protegendo e defendendo ela de todas as acusações. E você está sozinha.

_ Porque você terminou comigo, por causa do Bento. - a garota se levantou também brava - Eu não estava com você para esquecer o Bento, estava com você porque te amava.

_ Então porque ainda está presa na ideia de que o Bento vai voltar para você? Porque continua tentando mostrar para ele que a Amora é uma pessoa podre? Ele já teve provas o bastante para chegar a essa conclusão, e prefere ser cego. – o playboy lembrou a ela – No fundo, você tem esperança que ele resolva voltar para você.

_ A Amora não pode sair impune por tudo que cometeu. Maurício, todos nós sabemos que ela incendiou a Toca e...

_ Então denuncia ela pra polícia Malu. Pela Toca, pelos exames de DNA. – o rapaz disse o óbvio – Entrega ela nas mãos desse sistema falho de Justiça e vê no que dá. Mas não tenta fazer justiça com as próprias mãos, por favor. Eu não vou suportar se você se machucar de novo, ou se essa maluca tentar fazer com você, o mesmo que tentou fazer com a Giane.

O rapaz deu a volta, saindo do quarto da amiga e deixando-a imersa em pensamentos. Ela deitou-se na cama, se pondo a pensar. Antes que percebesse, os três irmãos haviam se deitado com ela, como era comum fazerem.

Começaria a concertar as coisas em sua vida, sem se deixar ditar por Amora, Bento ou Bárbara. E a primeira que iria concertar, seria a habitação daquela casa.

~*~

Fabinho zepeava novamente os canais da TV, topando com o mesmo episódio de Friends de mais cedo. Olhou no relógio e constatou que já eram 5h da manhã, e ainda não havia pregado o olho. Fazia quase uma hora e meia que todos haviam ido embora, mas Giane ainda ressonava pacificamente na cama.

No episódio na TV, o bebê de Ross e Rachel estava nascendo. Era um dos episódios favoritos do rapaz desde sempre, porque achava hilárias as situações em que os personagens se metiam.

Observou atentamente a personagem fazendo força para parir e não pode deixar de pensar se seria igual quando Giane fosse ter o bebê. Claro que aquilo era televisão, algo extremamente dramatizado, mas nunca havia visto nenhuma mulher dando a luz para saber como era.

Voltou a encarar a garota adormecida na cama e pegou na mão dela, se recostando na confortável poltrona. O Sírio Libanês era um hospital caro, mas Plínio insistiu para que levassem os dois para lá. O rapaz não sabia se era o melhor hospital da cidade ou não, mas na hora não tinha muito como discutir com o pai.

_ Você me deu um grande susto sabia pivete? – ele perguntou para Giane, beijando a mão dela – Eu não sei o que eu faria se algo acontecesse com você... Com vocês dois.

Ele virou a poltrona na direção dela, se sentando na ponta. Tocou a barriga dela, sem sentir nada diferente. Bom, a de Irene não havia começado a aparecer até meados do terceiro mês, e ela ainda não havia completado o segundo.

Era tão estranho pensar nisso, que havia alguém ali dentro, alguém que ele ajudara a fazer, alguém que era parte dele e dela. Pensar que havia ali alguém que dependeria dele, que o amaria, que ele amaria.

_ Mas que droga...? – não soube precisar quando, mas antes que visse, estava com os olhos úmidos. Riu de si mesmo – Eu to virando um marica mesmo.

Voltou a olhar a TV, ainda com a mão na barriga de Giane. Observou o momento em que Ross olha a filha e sorriu, voltando-se para a barriga dela e aproximando o rosto.

_ Eu vou ser o melhor pai do mundo, está bem? – disse ele em voz baixa – Eu não vou deixar ninguém te machucar, ou deixar a maluca da sua mãe te transformar em corintiano, ou em uma moleca, se você for menina. Mas acima de tudo, eu nunca, nunca, vou te deixar sozinho ou desamparado, eu prometo.

Depositou um beijo suave ali, sorrindo logo em seguida, mas isso logo se desfez.

_ Que droga é essa?


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Notas finais do capítulo

Ok, realmente não sei quando posto agora, porque meu estoque de capítulos zerou HUAHUAUHAHUAU
Beijos