You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
VOCÊS VIRAM A NOTÍCIA LIIIIIIINDA QUE SAIU HOJE???
http://extra.globo.com/tv-e-lazer/telinha/sangue-bom-fabinho-pede-adiantamento-de-heranca-plinio-quero-comprar-uma-parte-da-crash-midia-uma-casa-bem-grande-10104063.html
ELE FALOU DE FILHINHOS COM A GIANE ♥
Gente do céu, to maluca, que que é isso...



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Correu até a porta com a chave de roda. Bateu diversas vezes na maçaneta, até estourá-la. Chutou a porta com o pé, a arrombando. Entrou correndo, sentindo os olhos começarem a lacrimejar pela fumaça.

_ GIANE. – gritou, não conseguindo enxergar nada direito – GIANE.

O pedido de socorro mais parecia um sussurro, mas ele conseguiu ouvir. Ela estava no meio de alguns vasos, que começavam a incendiar. Fabinho tirou o casaco, começando a bater nas folhas, mas logo o tecido estava em chamas. O jogou longe, cada vez mais desesperado.

_ Aguenta aí marrentinha. – ele correu até o extintor de incêndio, quebrando o lacre e começando a jogar o conteúdo nos vasos. Viu que Giane estava à beira da inconsciência, respirando com extrema dificuldade – Aguenta firme, pelo amor de Deus.

Quando as chamas diminuíram, ele se aproximou. A moça abriu os olhos, o encarando por um momento, mas logo desfaleceu. Ele a pegou com cuidado, beijando o rosto dela.

_ É melhor você não morrer pivete, ou eu acabo com você. – sussurrou, colocando ela por cima do ombro e segurando o extintor com a outra mão. A saída da loja estava bloqueada com o fogo, e ele podia ouvir a gritaria lá fora. Acionou o extintor novamente, tendo certa dificuldade para manuseá-lo com uma mão só. Mas conseguiu abrir uma brecha e correu para fora, bem no momento em que a estrutura da loja ruía.

_ Fabinho. – ouviu os gritos de Irene e Margot, mas não estava em condições de prestar atenção nelas. Deitou Giane no chão, começando a checar os sinais vitais dela. O coração estava fraco e a respiração quase não saia.

_ Malu, arranja algo para tirar as cordas dela. – ele pediu, enquanto começava a soprar as pela boca dela. Um dia havia assistido a uma palestra de primeiros socorros no colégio, e ainda lembrava alguma coisa.

Pelo canto do olho viu que Malu estava com um canivete tentando cortar as cordas, que estavam chamuscadas, antes que machucassem mais Giane. Alguém parou ao seu lado, e ele viu Bento tirar sua mão do peito dela.

_ Concentra em mandar oxigênio, eu faço as compressões. – o florista sugeriu, e ele concordou.

_ A ambulância já está chegando. – garantiu Plínio, que tentava em vão acalmar Irene. Margot e Salma tentavam acalmar Silvério, que estava em profundo desespero.

_ Vamos garota. Consegue driblar uma bola, mas não consegue respirar? – rosnou Fabinho, no usual tom provocativo dos dois, com a diferença de que havia uma nota aguda de desespero pontuando sua voz.

Foi com grato alívio que ouviram a ambulância e o caminhão de bombeiros chegando. Os bombeiros logo se puseram a trabalhar no incêndio, enquanto os paramédicos corriam para Giane. Bento precisou puxar Fabinho para que ele saísse do lado da garota.

_ Eu preciso ficar com ela. – o publicitário tentava se soltar, mas o florista o segurava.

_ Eles vão cuidar dela cara, melhor do que nós dois. Se acalma. – pediu Bento.

Logo Margot e Irene estavam sobre o filho, o abraçando e enchendo de beijos. Malu também correu para o irmão, abraçando ele com carinho.

_ Eles já estão levando a Giane, mas outra ambulância está vindo ver você. – ela avisou.

_ Eu to bem. – na verdade não estava. Só agora, sabendo que Giane estava sendo cuidada, a adrenalina baixou e ele começou a sentir os efeitos do que tinha feito.

_ Você está com uma cor horrível, respirando com dificuldade, e não sei se percebeu, mas com queimaduras nos braços. – ele olhou os próprios braços, vendo algumas queimaduras leves – Você precisa ir para o hospital.

Ele apenas concordou, sentando na sarjeta enquanto observava a ambulância se afastando e ouvindo a sirene da outra. De repente, se sentia muito cansado.

~*~

Metade da Casa Verde estava na recepção do hospital, assim como no dia do acidente de Érico. Não tinham notícias nem de Fabinho, nem de Giane. Apesar de um enfermeira ter garantido que nenhum dos dois corria riscos graves, o coração dos quatro pais estavam apertados.

_ Era para demorar tanto assim? – guinchou Silvério, aflito.

_ Eu acabei de falar com a enfermeira, ela disse que logo algum dos médicos vem. – garantiu Verônica, que havia acabado de chegar com Maurício. O rapaz estava abraçado com Malu, a confortando. Bento estava em um canto com Amora, afastado de todos.

E feito. Menos de cinco minutos depois, o médico responsável por Fabinho apareceu com ele ao lado. O rapaz estava com algumas faixas nos braços, mas de resto parecia bem.

_ Ô meu filho, graças a Deus você está bem. – ele abraçou as duas mães, que pareciam mais aliviadas.

_ O Fabinho está bem. Tirando a fumaça e algumas queimaduras leves, não houve danos. – garantiu o médico – Já cuidamos da fumaça inspirada, então ele pode ir para casa. As queimaduras não chegaram nem a formar bolha, só machucaram a pele superficialmente. Receitei uma pomada, que ele deve passar todos os dias, e em alguns dias estará novo em folha.

_ E a Giane? Já tiveram alguma notícia dela? – ele perguntou para os presentes, que apenas negaram – Doutor, o senhor pode ver isso, por favor?

_ Verei se consigo algo. – prometeu o médico, se retirando. Fabinho deixou que Malu e Plínio o abraçassem, antes de ir sentar ao lado de Silvério, colocando a mão no ombro dele. O (ex) sogro colocou a mão no joelho dele, tentando sorrir.

_ Com licença. – viraram na direção da voz, vendo um policial na porta – Eu gostaria de falar com o senhor Bento, responsável pela Acácia Amarela.

_ Sou eu. – o florista se pronunciou, se aproximando com Amora.

_ Eu gostaria que o senhor nos acompanhasse até a delegacia. – o tom de voz não era convidativo, ou indicando que era uma sugestão amigável.

_ Agora? Eu to esperando notícias da Giane e...

_ Senhor Bento, eu estou sendo educado para não lhe dar voz de prisão. – anunciou o policial, assustando todos.

_ Voz de prisão? – guinchou Glória, se aproximando do neto – Prisão pelo que, se me permite saber?

_ Tentativa de homicídio contra Giane. – anunciou o policial – Nós achamos o galão de gasolina nos fundos da loja, e testemunhas viram o senhor e sua esposa deixando o local não muito antes de o incêndio começar.

_ Vocês acham que eu mataria minha amiga? – o florista perguntou com raiva.

_ É isso que gostaríamos de esclarecer. Se você e a senhora Amora puderem nos acompanhar, senão precisaremos usar da força. – era uma ameaça sutil. Bento concordou relutante. Ele e Amora saíram, seguidos por Glória, Wilson, Charlene e Gilson.

_ Malu, você acha que a Amora armaria algo assim? – perguntou Maurício, e a moça concordou.

_ Ela realmente cumpriu a ameaça que fez ao Fabinho. – todos encararam o badboy.

_ Foi isso que ela ameaçou? Ela ameaçou a vida da Giane? – perguntou Irene e o filho confirmou – E porque você não nos disse?

_ Ele me contou Irene. – Plínio tentava acalmar a esposa grávida.

_ Olha, a Amora disse que se eu continuasse tentando provar a cobra que ela era, ela ia ferrar com a Giane. Eu sumi para evitar isso. Se foi a cocotinha, se foi qualquer outra pessoa, e porque fez isso, agora pouco me importa. Só o que eu quero é saber se a minha garota está bem. Pode ser? – ele ergueu os olhos e encarou os presentes. Nenhum deles nunca vira Fabinho assim, nem mesmo Margot, Irene ou Malu. Havia uma dor genuína ali, algo que não poderia ser expresso em palavras. Só quem já esteve perto de perder alguém que ama muito poderia entender.

Concordaram e retomaram o silêncio sepulcral, cada um imerso nos próprios pensamentos. Alguns rezavam, outros apenas encaravam o nada. Fabinho se prendia a cada lembrança que tinha de momento com a garota, se esforçando para acreditar que ainda iriam haver muitos outros.

_ Cê tá virando um molenga cara. – os dois estavam no mesmo lugar onde haviam observado a lua algum tempo antes, mas estava no meio do dia. Ele estava deitado no banco de pedra, com ela sentada no chão com a máquina fotográfica.

_ E posso saber porque ô moleque de rua? – perguntou, a mão brincando com os cabelos dela.

_ Tá todo melosinho, todo apaixonado. – ela retrucou rindo, mas estava gostando do carinho dele.

_ E você quer o que jumenta, eu sou seu namorado. Quer que eu te dê porrada? – ele perguntou, soltando o cabelo dela. Ela gargalhou, levantando do chão e sentando na barriga  dele – Tá louca menina?

_ Fica quieto e não faz careta. – ela apontou a lente de máquina para o rosto dele, e ele virou a cara. Gostava quando ela tirava fotos suas, mas fingia birra para irritá-la – Ah, qual é bezerrão, vai fazer doce agora?

_ Não. – garantiu ele, sentando depressa e a agarrando pela cintura, fazendo-a gargalhar e quase derrubar a máquina – É só que eu acho que eu fico mais bonito em fotos quando você está comigo.

_ Meloso, muito meloso. – ela provocou, dando um selinho nele. A garota ergueu a câmera, virando a lente para eles – Tenta sair com cara de gente, ok?

_ Vou te mostrar a cara de gente. – ele colou os lábios aos dela, enquanto ela apertava o botão e o flash estourava.

_ Com licença? – a voz do médico que atendeu o badboy o trouxe de volta a realidade. Todos se levantaram, e Fabinho e Silvério se adiantaram – Quem são os responsáveis pela Giane?

_ Eu sou o pai dela, mas ele é o namorado. – o mais velho apontou o rapaz – Como está minha filha?

_ Bom, ela inalou bastante fumaça. E está com alguns ferimentos que não parecem ter ligação com o incêndio, talvez do sequestro. – os dois concordaram – Também encontramos traços de clorofórmio no sangue dela.

_ Clorofórmio você diz aquele liquido que faz a pessoa desmaiar? – perguntou Malu, e o médico confirmou – Então doparam ela?

_ Bem provável. Ela também está com uma contusão na cabeça, na parte de trás. Provavelmente de uma pancada muito forte. – o médico prosseguiu.

_ Mas é grave que nem foi a do Érico? – perguntou Renata, apontando o namorado.

_ Aparentemente não, pelo que vemos nos exames. – o médico sorriu para eles – Provavelmente ela só vai ficar atordoada quando acordar, mas isso também pode ser pelos remédios.

_ Mas a fumaça, a contusão, os ferimentos... Não é nada sério, não é? – Fabinho perguntou impaciente, e o médico sorriu para ele.

_ Pode ficar tranquilo rapaz. Sua namorada teve duas queimaduras leves como a sua, e está com algumas escoriações nos pulsos e tornozelos por conta das cordas. Mas já tomamos os cuidados, já tratamos a inalação da fumaça, e ela está bem. – todos respiraram aliviados – Oh, já ia esquecendo. O bebê também está em perfeitas condições.

Fabinho já havia virado de costas para abraçar a mãe adotiva, parou estático ao ouvir aquilo. Todos abriram a boca em choque, enquanto ele se virava para o médico.

_ Que bebê? 


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? não gostaram?
Deem suas opiniões, please *---*
Beijundas ;@