The Choices Of Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 23
Briga


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas...
Estão todos bem? Eu espero que sim, de verdade.
E antes que você venha me xingar por toda essa demora, como sempre, eu tenho motivos e graças as Deus esses motivos estão para acabar kkkk

Bom, minha última postagem foi a 76 dias, como uma pessoinha fez questão de me lembrar hoje, e eu realmente sinto muito por deixar você esperando por todo esse tempo. De verdade. Mas é que esses últimos dois meses que passaram foram uma verdadeira correria para mim...

"E agora com vocês a novela do meu TCC."

Vamos começar do começo, okay?

No começo do ano, lá pelo mês de Março, foi informado aos Segundos Anos do Ensino Médio da minha adorável escola que nós, meros mortais, teríamos que fazer a porcaria do TCC, que até então era somente para os Terceiros Anos. No entanto, todavia, a minha adorável professora de Literatura achou melhor adiantar esse trabalho para o penúltimo ano, a fim de descarregar os Terceiros, estes que estão totalmente focados nos vestibulares e blá blá blá. Eu até que concordo, já que eu ODIARIA ter que fazer esse trabalho no ano que vem... Mas voltando aos meus relatos...

Então, cada grupo teve a sua matéria sorteada e o meu acabou pegando a linda e maravilhosa - ironia - GEOGRAFIA, até aí tudo bem, tínhamos temas legais para desenvolver, mas o meu professor gosta de trazer as coisas para o nosso cotidiano, e nós acabamos por escolher falar sobre a saúde no nosso bairro. Até aí tudo perfeitamente bem.

UOU... NOSSO TRABALHO VAI FICAR TOOOP - Foi isso o que pensamos em março, quando essa porcaria começou, mas na verdade, não foi nada disso.

Para fazer as pesquisas nos hospitais e posto públicos da região, nós precisaríamos da autorização da Subprefeitura do nosso bairro, até aí tudo bem, já que seria a coordenação quem tomaria conta disso, nós só não contávamos com o fato de que a PORCARIA DA SUBPREFEITURA DEMORARIA A PORRA DE 6 MESES PARA NOS RESPONDER NÃO... Isso mesmo pessoal, nós só ficamos sabendo que o nosso tema não poderia ser a saúde do nosso bairro em Agosto, depois das férias, férias estas que eu postei regularmente, só para lembrar.

E AGORA O QUE FAZER?

Nós já tínhamos algumas pesquisas de rua feitas, e outras coisitas mais, só que como não poderíamos entrar nos posto não podíamos falar mais sobre esse assunto e lá vamos nós mudar a PORCARIA DO TEMA. O professor acabou nos sugerindo falar sobre as DIVISAS TERRITORIAIS DO NOSSO BAIRRO - não aguento mais falar divisas, de verdade.

O meu grupo eram quatro garotas, comigo, que faziam as coisas e dois garotos que se encostavam legal, mas okay a gente releva. No final de Agosto, quando já tínhamos o nosso tema definido tivemos que sair nas ruas para fazer as pesquisas de campo, o que acabou sendo a base de todo o nosso trabalho, e a situação das divisas não é bonita minha gente, tem alguns lugares que a situação é precária. Muito precária,

Nessa brincadeira de fazer pesquisa, acho houve bem um nove dias, dentro de três semanas, que eu tive que ir nesses locais com o grupo e o professor e entrevistar os moradores. Ao todo nós entrevistamos cerca de 130 pessoas. Com as pesquisas feitas nós tínhamos que fazer o corpo do nosso TCC, este que tinha que ter no mínimo 40 páginas, imagina escrever do zero sobre as divisas? Os outros trabalhos tinham pelo menos o respaldo das pesquisas na internet, a gente não. Tudo teria de ser baseado no que nós vimos.

Nós tínhamos algumas pontas soltas, quando a minha maravilhosa professe de Literatura, vejam como eu a amo, informou que o trabalho escrito teria de ser entregue dali duas semanas. Imagina o desespero da negada? Tínhamos algumas coisas feitas, mas male male passava de oito páginas, sério. Tinha gente na minha sala que nada tinha, ou seja, estávamos no lucro kkkk

As meninas e eu, porque se fôssemos esperar os meninos eu aposto que ainda estaríamos fazendo aquela porcaria, mas enfim... Nós nos desdobramos para fazer os textos, e no meio disso tudo tínhamos conseguido uma entrevista com o prefeito do município vizinho e com um policial da GCM, sendo que já tínhamos conversado com o Delegado do principal DP do bairro e com o Comandante Militar da Companhia da região, ou seja, tínhamos entrevistas de responsa para mostrar na apresentação, o que nos aliviava um pouco.

Eu disse que tínhamos duas semanas para entregar o impresso, certo? Na verdade, nós tínhamos uma semana para terminar o trabalho e mandar para a gráfica, já que ficaria uma semana inteira lá por conta do feriado de 12 de Outubro, ou seja, estávamos com o cu na mão, desculpem o linguajar, com medo de não dar tempo.

Na sexta feira, 8 de outubro - tínhamos que entregar o trabalho no dia 16, eu fiquei na escola até as sete horas da noite, horário que ela fecha, formatando um zilhão de coisas com a professora de Literatura, já que seria ela a responsável pela correção do meu trabalho, e a noite, eu e as meninas ficamos esperando a resposta dela por face, já que ela leria e nos diria o que precisava arrumar antes de mandar para a gráfica. À meia noite ela mandou a resposta, e nós que já estávamos arrumando algumas coisas, tivemos que arrumar mais um zilhão de erros. Acho que nesse dia eu até comentei sobre esse TCC no grupo lá no face. E só para informar, eu fui dormir as cinco da manhã, para acordar seis e meia para o curso kkkk

Não conseguimos mandar no sábado, como era o planejado, mas com a minha amiga chegou a chorar por conta do tempo, o pai dela ligou na gráfica e fez o moço prometer que se levássemos na terça feira bem cedo, ele nos entregaria na quinta feira à tarde. Graças a Deus, aos deuses, a todas as entidades que exitem deu certo e conseguimos entregar aquela porcaria a tempo, agora só tínhamos que apresentar para todo o Ensino Médio e para os pais convidados. Moleza, não acha? kkk

Nossa apresentação foi dia 28 de outubro, duas semanas atrás, e enquanto ela não acontecia eu tive que ficar todos os dias na escola arrumando slide - odeio - e ensaiando a maldita da apresentação.

Graças a Deus e todos citados em cima, deu tudo certo. Estava todo mundo nervoso? Estava! Estava todo mundo com medo de errar? Estava! Mas como todos os segundos estavam no mesmo barco foi muito legal, pois todo mundo se apoiou e torceu para que nada desse errado para nenhum dos grupos, o que foi muito legal.

ENTENDERAM OS MEU MOTIVOS????? E SÓ PARA ACRESCENTAR NO MÊS DE SETEMBRO COMEÇOU AS MINHAS PROVAS, E ESTAS SÓ ACABARAM DOIS DIAS ANTES DA MINHA APRESENTAÇÃO, SEM CONTAR NO ENEM QUE EU FIZ.

OU SEJA, EU ESTAVA OU NÃO FERRADA?

Depois de dez dias de descanso, pois eu mereço, cá estou eu de novo prontinha para postar mais um lindo e maravilhoso capítulo, pois vocês realmente merecem.

Antes de tudo, eu gostaria de agradecer a todos que deixaram reviews no capítulo passado, eu ainda não respondi, mas eu vou. Prometo.

Agora chega de lengua lengua, e vamos ao capítulo.
Boa leitura.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418008/chapter/23

– Está doendo? – Annabeth perguntou com o cenho franzido, enquanto ouvia Thalia grunhir de raiva.

– Não, imagina, Annie. Eu só estou rangendo os dentes porque gosto. – a morena respondeu rude e sarcasticamente, fazendo com que Annabeth apertasse com força desnecessária o algodão contra a sua perna. – Caralho, Annabeth!

– Acho que agora está doendo. – a loira resmungou debochadamente, olhando-a por debaixo dos cílios, enquanto se divertia ao ver a expressão de Thalia retorcida em dor.

– O que está acontecendo aí dentro? – Nico perguntou com o tom de voz alarmado, fazendo com que a morena de olhos azuis bufasse de raiva e virasse a cara em direção oposta a porta, esta que já estava fechada, em uma altitude para lá de infantil.

– A Thals só está reclamando de uma dorzinha de nada. – Annabeth gritou em resposta, e jurou ter ouvido uma pequena risada de Nico.

A Grace, ao contrário de sua amiga, ouviu perfeitamente bem a risada do moreno, e com a voz pingando rispidez retrucou:

– Quem mandou você rir, idiota?

– Ninguém, mas é bom ver o que acontece com você quando não escuta os outros. – Nico respondeu rente a porta, e a morena voltou a bufar e a cruzar os braços, enquanto Annabeth colocava mais um band-aid em um dos menores arranhões. – Eu não disse que era para você segurar a onda?

Eu não disse para você segurar a onda? – Thalia o imitou entre caretas e tom deboche, fazendo com que Annabeth abafasse a risada que queria ecoar por todo o banheiro. – Ninguém pediu a sua opinião, Nico. Vai cuidar da sua vida. Vai!

– A cada dia que passa eu me divirto ainda mais com você, Lia.

Thalia estava pronta para retrucá-lo, mas antes que ela o fizesse, Annabeth voltou a pressionar o algodão com antisséptico em seu joelho, fazendo com que a morena urrasse de dor e o moreno risse como um condenado de fora do banheiro da Chase.

Caralho, Annabeth. Isso dói. – a morena resmungou aflita e a loira apertou um pouquinho mais, fazendo com que sua amiga soltasse outro palavrão.

– Eu não mandei você ir socar o Luke. Mandei? – a loira questionou com raiva, já que Thalia só tinha aqueles machucados por conta de sua briga com o loiro de olhos azuis opacos.

– Não mandou, mas eu fui assim mesmo. – a morena retrucou sem papas na língua, ainda sem se conformar com a palhaçada que estava sendo promovida pelos Castellan.

– Então cala a boca e aguenta as consequências. – a loira sussurrou, enquanto se preparava para limpar o último e pior arranhão. – Como eles conseguiram fazer isso com a sua perna?

– Eles me jogaram na calçada. Como se eu fosse lixo. – a morena sussurrou fervendo de raiva.

Assim que pulou em cima de Luke, Thalia não se preocupou muito com as consequências de seus atos, naquele momento a morena só estava preocupada em fazer o maior estrago possível na cara do Castellan mais novo, e ela também teria tentado na do mais velho, se seguranças do tamanho de armários não tivesse aparecido e a tirado de cima de Luke, e do prédio, a força.

– Eu comecei enchendo-o de tapas, acertei um chute na canela e até mesmo tentei acertar o que faz dele um homem, mas ele, infelizmente, não deixou. Eu estava acabando com ele, de verdade, mas depois que eu consegui dar um soco no olho dele, dois pares de braços me tiraram de cima do desgraçado e me arrastaram para fora do apartamento. Quando chegamos no térreo, eles me levaram até a rua e me soltaram lá, eu tentei entrar de novo, mas eles me empurraram, fazendo-me cair de joelhos e conseguir essas belezinhas aqui. – a morena murmurou em um pequeno resumo de como tinha sido arrastada prédio a fora por dois seguranças.

Eles também avisaram que se a vissem rondando o quarteirão novamente chamariam a polícia. – Nico disse do outro lado da porta, fazendo com que Annabeth mexesse a cabeça em negativa.

– Você não tem vergonha do que fez, Thalia? – a Chase perguntou abismada com a aparente calma da morena.

– Claro que não! Vergonha quem tinha que ter era ele. – a garota respondeu ao cerrar a mandíbula, em uma forma de aguentar a dor. – O que ele está fazendo não tem cabimento, Annie. E você sabe muito bem disso.

Annabeth não soube o que responder diante da constatação mais do que verídica da morena, o que fez com que ela se calasse e terminasse seu serviço com rapidez e habilidade. A loira só queria se livrar logo daquilo e quem sabe, descobrir uma forma de contornar a ridícula situação em que Luke a pusera.

– Prontinho. – a loira murmurou ao colocar um último band-aid em Thalia, esta que soltou um grunhido de satisfação, e logo se levantou para sair do banheiro.

Assim que a Grace abriu a porta, Nico a olhou de cima baixo, como se estivesse a garantir que nenhum pedaço da morena tivesse ficado para trás, e deu um sorrisinho simpático ao ver que, aparentemente, a garota estava bem.

– Inteira novamente? – o rapaz questionou com ar de brincadeira, e Thalia limitou-se a revirar os olhos e sentar-se na cama de Annabeth, já que a conversa ainda não tinha acabado.

A Chase não demorou muito para sair do banheiro, e quando o fez rapidamente pegou Peter, este que brincava no chão com algumas peças de lego, e sentou-se na cama, esperando que Nico contasse logo o que tinha acontecido no apartamento de May.

– E então, o que vocês tinham para me contar? – a loira inquiriu, quando nenhum dos dois tomou a dianteira.

Annabeth sabia que a ideia de se casar com Luke ainda estava de pé, já que Thalia afirmara que saíra na mão com o rapaz, por conta de ele ter se recusado a abandonar aquela ideia. Por isso, Annabeth não sabia exatamente o que esperar como novidade.

– Bom, já está óbvio que o Luke não desistiu do casamento, mas agora ele colocou um prazo de duração nessa maluquice toda. – Nico começou, e a Chase franziu o cenho confusa.

– Como assim?

– Ele propôs que vocês ficassem casados por um ano. Tempo que, segundo ele, Percy levou para te conquistar, e se você ainda o quiser, bom, vocês continuam juntos, como marido e mulher. Mas se mesmo assim você ainda não o quiser, ele assina o divórcio e te devolve três por cento das ações para que você volte a ser a sócia majoritária. E ao que tudo indica, a única exigência de Hermes referente a essa parte do acordo é que você mantenha a parceria entre a sua empresa e a deles após o término do casamento.

Annabeth assentiu ao entender a jogada do Castellan mais velho, e logo perguntou sobre o que mais lhe incomodava e, consequentemente, amedrontava:

– E a guarda do Peter?

Nico se sentou na beirada da cama da garota, e respirou fundo, sabendo que aquela era a parte mais delicada do assunto, já que em nenhum momento Annabeth cogitou a possibilidade de compartilhar a guarda de Peter.

– Ele disse que tentaria entrar em um acordo para guarda compartilhada. – o rapaz respondeu rapidamente, e esperou que Annabeth absorvesse a informação.

– Guarda compartilhada? – a Chase riu sarcástica e inconscientemente apertou Peter contra si.

– É. – Nico respondeu, mesmo não havendo necessidade, e viu Annabeth se perder em pensamentos.

Um silêncio incômodo se instalou no ambiente, e enquanto Annabeth pensava nos prós e contras do novo acordo, Thalia buscava em sua mente motivos suficientes para fazer com que a loira desistisse da ideia. Já Nico, tentava encontrar um meio termo em toda aquela situação, pois por ser amigo dos três principais pilares daquela confusão, ele sabia que tinha que ser o mais imparcial possível, mesmo achando um grande absurdo tudo que Luke estava fazendo.

– Como eu teria a garantia de que eles realmente fariam isso ao final de um ano? – Annabeth perguntou com a dúvida estampada em sua expressão.

– Enquanto Thalia era arrastada pelos seguranças, eu perguntei isso a Luke e ele me disse que um contrato poderia ser firmado entre vocês dois.

– Um contrato de um ano? – Nico assentiu e Annabeth voltou a pensar.

– Até que não é tão ruim quanto...

– Nem termina essa frase. – Thalia ordenou com agressividade, e Annabeth se assustou com o tom usado.

– Thalia! – Nico a repreendeu, mas a morena pouco se importou com a advertência do rapaz.

– Antes que você diga a besteira de que está inclinada a aceitar essa palhaçada, eu só queria te lembrar que esse cara que está te ameaçando é o mesmo que mentiu para você sobre a origem dele, o mesmo que pediu para que você abortasse e o mesmo que te deixou sozinha com um filho na barriga. – Thalia começou com a voz fria, e de pé, olhando Annabeth de cima e consequentemente a intimidando – Eu vi o quanto ele te destruiu Annabeth, eu estava do seu lado quando, a merda, das atitudes dele te levaram para o fundo do poço, eu fui uma das pessoas que te ajudaram a se reerguer, portanto não conte comigo para passar por essa situação caso você aceite. Entendeu? Não conte comigo para quebrar o coração do meu irmão. Porque é exatamente isso o que vai acontecer. O Percy será o único ferido nessa palhaçada toda.

– Thalia! – Nico disse alarmando, já que a seu ver, a morena estava sendo extremamente cruel com Annabeth.

– Não, Nico. Ela tem que saber a minha posição perante esse assunto. – a morena retrucou com raiva e algumas oitavas mais altas que o necessário. – O Luke não merece uma segunda chance e se você der isso a ele, Annabeth, você se igualará a ele.

Lágrimas já tomavam conta dos olhos de Annabeth, enquanto o coração da mesma reduzia-se a um pequeno e apertado nó. A loira não acreditava que a única pessoa que estivera com ela desde o início de toda aquela confusão, negava-se a estar ao seu lado mais uma vez.

– Thals...

– Não, Annabeth. Nada do que você me diga fará com que eu mude minha opinião. – a morena a interrompeu com rispidez e continuou sem delongas – Eu sei que o que está em jogo é a empresa que seus pais batalharam para manter de pé, e sei também que é do seu filho que estamos falando, mas não entra na minha cabeça que essa seja a única saída para essa situação. Não é machucando o meu irmão que você conseguirá salvar o dia.

– Eu não quero salvar o dia como você está sugerindo, Thalia. Eu não sou uma super-heroína para fazer isso, eu só quero salvar as únicas coisas que ainda me mantém de pé. O meu filho, e a última lembrança dos meus pais. – Annabeth retrucou começando a se irritar. Thalia estava julgando-a de uma forma totalmente injusta. – E não diga que o Percy será o único prejudicado dessa história, pois eu também terei que me separar do seu irmão. E eu o amo. Você sabe que eu o amo.

– E daí que você o ama? Se você aceitar essa porcaria de acordo, você estará tirando dele a mulher e o filho que ele já provou amar mais do que tudo nessa vida. – Thalia gritou exasperada com o posicionamento de Annabeth. – É como se você não se importasse com ele.

– Isso é mentira! – Annabeth levantou-se ultrajada – É claro que eu me importo com o seu irmão.

– É mesmo? – Thalia questionou debochada – Então quer dizer que ele já está sabendo de toda essa palhaçada?

– Não, mas...

– Viu? Se você realmente se importasse com o Percy já teria contado toda essa porcaria para ele. Se você realmente se preocupasse com ele, não deixaria que ele fosse o último a saber das coisas.

– Agora chega! – Nico resolveu se intrometer ao perceber que Annabeth começava a tremer ante as acusações da morena – Thalia, você não tem o direito de falar tudo isso para a Annabeth. Ela também está sofrendo com toda essa situação.

– Foda-se! Ela está sofrendo, claro que está, mas é o meu irmão quem não tem a mínima ideia de que a namorada dele está pensando em se casar com outro. É ele quem está sendo enganado.

– Eu não estou enganando ninguém! – Annabeth gritou com raiva.

– Então, conta logo o que está acontecendo. – Thalia mandou e completou - O Percy precisa saber o que está acontecendo. E se você não contar assim que ele chegar, eu mesmo conto. Entendeu?

Annabeth estava pronta para retrucar, quando a porta de seu quarto abriu e um Percy para lá de confuso entrou com a pergunta que acabaria de vez com a paz da garota.

– O que eu preciso saber, Thalia?

Era nítido que a morena de olhos azuis estava irritada, com raiva, e até mesmo com ódio, mas suas bochechas perderam o vermelho acalorado da briga assim que ouviu a voz de Percy perguntar-lhe de maneira séria sobre o que ele precisava saber. De repente, Thalia estava mais pálida do que uma vela.

– E então, o que eu preciso saber? – Percy, que tinha acabado de chegar da rua, perguntou novamente olhando para cada um dos presentes com a expressão confusa.

Papa. – Peter se manifestou pela primeira vez, tirando todos do torpor que a chegada de Percy os pusera.

– O que eu preciso saber, Thalia? – Percy voltou a perguntar, mas dessa vez seu olhar estava preso em Annabeth, esta que chorava em silêncio.

Nico rapidamente pegou o pequeno que estava no meio da cama, e disse para Thalia:

– Acho melhor deixá-los à sós. – e puxou a morena de olhos esbugalhados para fora do quarto.

Assim que a porta bateu atrás de Percy, de forma sutil e quase que silenciosa, Annabeth secou algumas lágrimas e buscou dentro de si a melhor forma de se acalmar. Agora não teria para onde correr, não teria como fugir. Ela teria que contar e, definitivamente, não seria algo fácil de fazer.

Percy soube da gravidade da situação quando Nico arrastou Thalia para fora do quarto com extrema rapidez, o que fez com que um pisca-alerta fosse acesso na cabeça do moreno, fazendo-o analisar tudo ao seu redor e tentar, mesmo que em vão, adivinhar o que estava errado.

– Percy... – Annabeth iniciou com a voz falha pelo choro, e o Jackson rapidamente voltou a olhar para ela.

– O que está acontecendo, Annie? Por que você está chorando?

Antes que a Chase pudesse freia-lo, Percy já estava perto o suficiente para amparar seu rosto com o maior cuidado do mundo. A preocupação era evidente no olhar do moreno, assim como o carinho, o que fazia com que as palavras de Thalia pesassem ainda mais sob os ombros da Chase.

– Já disse o quão fofo você fica preocupado? Suas sobrancelhas ficam juntas e franzidas. – Annabeth resmungou ao passar o dedo indicador entre o vinco que formava quando o cenho de Percy estava franzido em preocupação.

– Não tente me enrolar, Sabidinha. Conte-me o que está acontecendo, para que eu possa te ajudar. – o moreno pediu entre um meio sorriso e uma expressão mais séria.

Com um suspiro resignado, Annabeth pediu que Percy se sentasse e em um murmúrio pediu:

– Promete que não sairá daqui como um louco?

– Você está me assustando, Sabidinha. – o rapaz resmungou preocupando-se ainda mais com o que ela precisava lhe falar.

– Só me prometa, Percy. – a Chase pediu - Prometa que não sairá daqui como um louco e que me deixará falar tudo o que tenho a dizer.

– Annabeth...

– Por favor!

– Okay. Eu prometo te escutar até o final e não sairei daqui como um louco. Mesmo que eu ainda não saiba o porquê da minha reação seja ficar louco, mas... Okay. Eu prometo. – Percy devolveu em uma promessa atrapalhada, fazendo com que Annabeth soltasse uma pequena e melodiosa risada.

A loira sentou-se ao lado do moreno, e rapidamente entrelaçou seus dedos aos do rapaz, visto que dessa forma sentia-se mais segura em contar sobre a proposta dos Castellan, e é claro, a posição ainda permitia o trunfo de impedi-lo de sair correndo caso a reação dele fosse semelhante à de Thalia.

– No aniversário de Peter, no sábado, Hermes disse que queria me encontrar em seu escritório na segunda de manhã...

– Como assim? – o rapaz a interrompeu não gostando do rumo que aquela história poderia tomar, pois já estava óbvio que a família Castellan estava envolvida com o quer que tenha acontecido, e a presença de qualquer um deles, pelo menos para Percy, não era sinônimo de algo bom. – O que ele queria?

– Ele queria conversar comigo sobre uma forma de salvar a empresa dos meus pais.

– O Hermes? – com um olhar de advertência Annabeth o repreendeu e o rapaz deu de ombros deixando que ela continuasse a relatar o que tinha acontecido – Desculpe-me. Pode continuar.

Annabeth decidiu começar contando a parte que ela seria a beneficiada da história, e não o contrário.

– Como eu estava dizendo... Hermes me chamou até o escritório dele e me propôs uma parceria entre as nossas empresas, a minha e a dele, de forma que uma ajude a outra e as duas consigam se manter no mercado americano.

– E como seria esse milagre italiano? – Percy perguntou sarcástico e atento a todas as palavras que saiam da boca de sua namorada, já que tudo parecia fácil demais. Simples demais. E essa facilidade exacerbada não agradava em nada o moreno de olhos verdes.

– A empresa dele seria responsável por injetar capital na minha e a Olympus Arquitetura C.O fundir-se-ia a Costruzione Castellan de modo a indica-la aos melhores projetos de construção civil dos Estados Unidos.

Ao terminar de falar, Annabeth esperou que Percy digerisse a informação, ou pelo menos fora isso que ele imaginara quando a loira se calara. Ele só não desconfiava que a Chase buscava a melhor forma de contar que para salvar a empresa de sua família e manter Peter junto a si, ela teria de se casar com Luke.

– Isso era o que eu precisava saber com urgência? – Percy perguntou confuso, já que as palavras e o tom usado por Thalia indicavam algo muito mais sério do que aquilo.

– Na verdade, tem mais. – Annabeth sussurrou, enquanto pedia aos céus forças para continuar.

– É claro que tem! Estava tudo muito fácil até agora. – Percy resmungou estranhando o fato da mão de Annabeth estar suando tanto. – O que mais ele te disse?

– Percy...

Aquele leve resmungou da loira, fora a gota que faltava para a desconfiança do moreno atingir seu ápice.

– O que mais ele te disse, Annabeth? O que mais você tem que fazer para manter essa sociedade?

A filha de Atena podia muito bem dar voltas e voltas no assunto até encontrar a melhor forma de transmiti-lo a Percy, mas de acordo com sua mãe cortar o mal pela raiz sempre fora melhor do que deixar a coisa crescer e te sufocar depois. Por isso, como uma única lufada de ar a loirinha soltou as seguintes palavras: Eu tenho que me casar com o Luke!

Apesar de ter falado tudo o que precisava, Annabeth falou tão rápido, e baixo, que Percy sentiu-se incapaz de entendê-la, e acabou soltando um pequeno murmúrio de dúvida.

– O que você disse? – o moreno perguntou com o cenho franzido e a loira respirou fundo antes de resmungar pausadamente:

Eu tenho que me casar com o Luke.

Um silêncio sepulcral tomou conta do local, e antes que Annabeth fosse se certificar de que o coração de Percy ainda batia, o moreno soltou uma risada escandalosa fazendo-a se assustar e o olhar espantada.

Sem entender absolutamente nada, a Chase esperou que Percy deixasse de rir e enquanto isso não acontecia, a loira permitia-se a olhá-lo abismada. De todas as reações que Annabeth tinha imaginado para aquele momento, nenhuma se encaixava no grau de inesperada para a situação, a não ser aquela risada, esta que nem mesmo chegara a ser cogitada. A loira já esperava de tudo desde choro até uma reação extremamente violenta. Não era para ele estar rindo.

– Uou! - o moreno resmungou ao bater em seu próprio joelho em uma tentativa falha de recuperar o fôlego.

– Percy... - Annabeth tentou falar, mas não conseguiu, já que o rapaz ainda ria como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte.

– Quem teve a ideia para esta brincadeirinha? - o Jackson inquiriu com resquícios de um sorriso no rosto. - Aposto que foi a Thalia, não foi? Só pode ter sido ela, a mente por trás dessa brincadeira idiota.

Só então a ficha de Annabeth caiu.

Ele não tinha acreditado em nada do que ela dissera e esse descrédito por parte do moreno apenas tornava as coisas ainda mais difíceis.

Percy continuou a resmungar palavras em referência a uma possível brincadeira de mau gosto, quando Annabeth sussurrou com pesar:

– Não é brincadeira, Percy. E se eu não fizer o que eles querem a empresa da minha família será fechada e a guarda de Peter será tirada de mim.

Com esses simples dizeres o coração de Annabeth reduziu-se ao tamanho de uma ervilha, enquanto sua respiração se tornava rasa e seus olhos marejavam mais uma vez. Já Percy, que até então tinha um sorriso brincalhão espalhado no rosto, permitiu que este morresse aos poucos e uma expressão de compreensão logo começou a ganhar força no semblante do rapaz.

– Casar? – o moreno balbuciou incrédulo, e Annabeth assentiu apertando a mão de Percy, esta que ainda envolvia a sua com carinho. – Não, não! Você não vai casar com ele, Annabeth. Você não pode se casar com ele.

– Eu não quero me casar com ele.

– Não é questão de querer, Annie. Você não vai. Isso não tem cabimento. Você tem noção do que isso significa?

De repente, todas as reações que Annabeth tinha imaginado para aquela situação estavam ganhando forma, e começava com a incredulidade.

– Quem esse cara acha que é para te propor essa merda? – o moreno resmungou vermelho de raiva, e antes que Annabeth pudesse fazer algo para tentar aplacar aquela ira que crescia no rapaz, ele se levantou bruscamente e passou a andar de um lado para o outro no quarto, tentando, em vão, controlar seus instintos, estes que diziam que a melhor forma de se acalmar era socando alguém, de preferência um certo loiro italiano que tinha voltado do inferno para perturbá-lo.

– O que mais ele te disse?

– Como quem me propôs tudo isso foi Hermes... – Annabeth iniciou ao se levantar - Eu ainda tinha esperanças de que Luke não tivesse a mínima noção do que estava acontecendo, mas Nico e Thalia foram lá...

– Nico e Thalia sabiam disso? – o moreno perguntou ao parar de andar, e Annabeth assentiu constrangida. – Quando você ia me contar sobre isso? – o rapaz questionou ao se lembrar da intimação que Thalia dera na loira, enquanto ele entrava no quarto.

Diferentemente da primeira pergunta, nessa o moreno não recebera nenhuma resposta da garota.

– Você ia me contar, não ia? – o Jackson quis confirmar, mas novamente nenhum devolutiva lhe fora dada, a fim de sanar a sua dúvida. – Annabeth?

– Não, eu não ia te contar. – Percy arfou surpreso e a Chase logo se explicou – Eu não ia te contar, pelo menos não hoje, eu ainda estava buscando formas de te dar essa notícia, sem contar que Thalia e Nico foram lá e conseguiram mudar algumas coisas nesse acordo.

– É mesmo? - Percy perguntou debochado – O que eles conseguiram mudar? O casamento não será por comunhão de bens?

– Não é isso, Cabeça de Algas, e você sabe. – Annabeth respondeu ríspida ante o sarcasmo do rapaz, enquanto aproximava-se do mesmo com cautela, e ao colocar suas pequenas mãos no tórax do rapaz, ela pôde sentir o quão rápido o coração do mesmo batia, e acreditem, não era só ele que estava nervoso com a situação – Se eu ficar casada com ele por um ano, e depois me divorciar, Hermes me devolve três por cento das minhas ações e a guarda de Peter passa a ser compartilhada.

– Uau! Como eles são bonzinhos. – Percy resmungou sarcástico e se afastou do toque da garota, fazendo com que ela se sentisse vazia por um momento. – E o que acontece comigo nesse meio tempo? Sou congelado e espero um ano passar ou assisto de camarote àquele idiota andando para cima e para baixo com a minha mulher e o meu filho?

Percy... – Annabeth soltou uma lufada de ar ao tentar controlar suas emoções. – Isso não é culpa minha. Okay? Não fui eu quem foi atrás dele e propôs esse absurdo. Sendo assim, não fale comigo como se toda essa porcaria fosse minha culpa, porque não é.

Como Percy estava de costas, não pode ver que as lágrimas já rolavam no rosto de Annabeth, mas a voz embargada somada as leves fungadas da garota a entregavam por completo, e meio segundo depois Percy já tinha os braços envoltos do corpo da loira, esta que chorava contidamente contra a camiseta do rapaz.

O coração do Jackson se apertou ao perceber que a sua raiva a tinha atingido de uma forma que não era destinada a ela. A ira que queimava seu peito não era direcionada a Annabeth, mas sim a Hermes e Luke, os dois culpados por toda aquela confusão.

– Não estou dizendo que a culpa é sua, meu amor. Longe disso. – Percy resmungou contra o cabelo da menor, acariciando-lhe as costas em uma tentativa de acalmá-la – Eu só quero entender o porquê de você não ter me dito nada disso ontem, por exemplo. Somos um casal, e pelo que eu saiba casais costumam se apoiar nos momentos difíceis e...

– Eu não tinha a mínima ideia de como te dizer que eu teria que me casar com Luke para salvar duas das coisas mais importante da minha vida, Percy. Sem contar que ele ainda quer tirar o meu filho de mim. Eu não posso e não vou cruzar os meus braços. Eu tenho que fazer alguma coisa, Cabeça de Algas.

– Mas... Você não precisa se casar com ele para salvá-los, não é? – o tom de dúvida e fragilidade que seguiram essas palavras mostravam o quão apavorado o moreno estava com a simples hipótese. Ele não queria ter que se separar de Annabeth - Nós podemos encontrar uma outra solução, Annie. Eu sei que nós podemos.

Antes o abraço que estava confortável para ambos, tornou-se algo tão sufocante que Percy teve de se soltar da garota, e a mesma teve que deixá-lo se afastar. O coração do rapaz batia inquieto como se soubesse quais seriam as próximas palavras de Annabeth, e a loira também tinha a sensação de que ele sabia quais eram os pensamentos dela.

– Annabeth?

– Percy, pense bem... É apenas um ano. – a loira iniciou de modo cauteloso, e Percy rapidamente levou as mãos à cabeça de uma forma claramente desesperada. – Podemos passar um ano afastados, sem contar que não é um casamento convencional. É só no papel e...

Annabeth não pode terminar sua fala, pois antes que suas últimas palavras desesperadas saíssem de sua boca com um leve tom de súplica embutida, Percy pegou o abajur que se encontrava sob o criado mudo da garota e o jogou do outro lado do quarto, fazendo-o se estilhaçar em inúmeros cacos de vidro.

– Eu não acredito que você está me dizendo isso! É inacreditável, de verdade! – Percy rosnou com raiva e Annabeth se encolheu com medo. – Você tem noção do que isso significa? – a voz do Jackson estava algumas oitavas acima do normal, e grossa ao ponto de mostrar o quão transtornado ele estava.

– Não vai acontecer nada....

– Como não vai acontecer? Só pelo fato de você estar dando uma segunda chance a ele, já me é motivo suficiente para crer que você ainda o ama. E eu? Como eu fico na porcaria dessa história? - Percy estava furioso, e não fazia o mínimo esforço para esconder isso.

– Não é uma segunda chance. É a única forma de salvar a minha empresa e manter o meu filho junto a mim. Você não entende? – Annabeth enxugou as lágrimas com força, visto que a raiva também começava a ganhar forma dentro de si.

As acusações que Percy e Thalia faziam contra as suas verdadeiras intenções deixavam a loira furiosa, já que ao que tudo indicava ninguém queria colocar-se no seu lugar. Ninguém via, entendia ou pretendia entender o quão difícil era para ela falar todas aquelas coisas, mas casar-se com Luke era a única forma que a garota via de salvar aquilo que lhe restara. Mas, como já fora dito, ninguém parecia entender isso.

– É claro que eu não entendo, Annabeth. – Percy resmungou depois de socar a parede. – Porra! Você acha que será algo bom para Peter passar esse ano do lado daqueles que o quiseram abortar assim que souberam da sua existência? Você realmente acha que essa é a única forma de mantê-lo a salvo? Para mim não é, nem nunca será.

– Percy...

– E eu? Como raios eu fico nessa porcaria toda? – o moreno, que até então estava de costas para a garota, se virou e ela pode ver o quão machucado ele aparentava estar, mas foram as palavras que saíram de sua boca no segundo seguinte que deram a real profundidade da dor que ele estava sentindo, já que vieram regadas de um tom dolorido e melancólico – Eu me apeguei aquele menino, Annabeth. Eu me apeguei a você. Eu te amo, caramba. Como você quer que eu fique sabendo que vocês estarão com o cara que os abandonou? Que os magoou? Você está me dizendo que essa é a única forma de salvar aquilo que ainda é importante para você, mas e as coisas que são importantes para mim? Você já pensou nisso? Pensou que em uma única jogada eu estarei perdendo o meu filho e a mulher que eu amo?

– Você não estará nos perdendo, Percy. – Annabeth devolveu com a voz embargada e a visão embaçada, mesmo sabendo que o rapaz não queria uma resposta.

– Ah! Claro que não. – o Jackson resmungou debochado.

Sabendo que a qualquer momento explodiria de vez, Percy logo optou por deixar o quarto de Annabeth, já que ele poderia dizer ou fazer algo que não teria volta e isso acabaria por magoar de forma definitiva, não só a garota, mas como ele também.

– Quer saber, Annabeth? Nós não nascemos grudados, e você é livre para fazer o que quiser com a sua vida. Só me avisa sobre a sua decisão, para que eu saiba se ainda tenho, ou não, alguém com quem eu possa contar.

Antes que a loira pudesse abrir a boca para respondê-lo, Percy já tinha saído do cômodo, e sua saída ficara marcada pelo forte bater da porta. E a única coisa que Annabeth pôde fazer depois que ele deixou o recinto foi deixar que as lágrimas que estava ali desde o começo daquela conversa caíssem, visto que ela nem mesmo tivera a chance de dizer que também o amava, apesar de tudo.

Já o moreno, quando saiu do quarto, não estava nem um pouco arrependido com a escolha de suas palavras, e isso ficou bem claro no exato momento em que a porta bateu e o choro de Annabeth pôde ser ouvido, pois se algum sentimento de culpa o assolasse, sem sombra de dúvidas, ele teria voltado e a consolado, algo que definitivamente não aconteceu. E não aconteceria tão cedo, visto que o rapaz se encontrava para lá de transtornado com as coisas que Annabeth lhe dissera.

Com passadas fundas e rápidas, o moreno logo chegou a sala de estar, esta que estava ocupada por um Peter alheio ao mundo, uma Thalia preocupada, e um Nico que tentava a todo custo acalmá-la. Assim que vira seu irmão, a Grace se levantou e logo disse:

– Percy, o que aconteceu lá em cima? Nós ouvimos gritos e... – Thalia parecia estar muito aflita por informações, mas o moreno não se preocupou em dar nenhuma explicação a morena. Ele só queria sair daquela casa, e de preferência, o mais rápido possível.

– O que aconteceu lá em cima? – Nico voltou a repetir a pergunta de Thalia, enquanto tinha Peter no colo, e o pequeno parecia alheio a tudo o que o cercava, já que pouco se importou com a presença visivelmente transtornada de seu pai.

O silêncio prevaleceu, e enquanto mantinha-se quieto o Jackson caçava pelas gavetas dos aparadores da sala de estar a chave da casa de Montauk, o único lugar que ele conseguiria pensar com clareza e sensatez, entendendo assim tudo o que fora jogado sobre si naquela tarde.

– Percy, me responde! – Thalia pediu ao estralar os dedos.

A expressão de desconforto da morena deixava aparente o quanto ela se sentia culpada por ter colocado os dois, Percy e Annabeth, em uma situação como aquela. A Grace não queria que seu irmão ficasse sabendo das coisas na base do susto, como acontecera, mas da mesma forma que não queria que a notícia fosse dada de forma precipitada, a morena não queria que ele ficasse sem saber o que estava acontecendo, como Annabeth pretendia deixá-lo.

– Responde, Perseu! – a morena rosnou deixando que a raiva tomasse conta de si, e fazendo com que Percy a olhasse atravessado e resmungasse contra a sua vontade:

– Vai lá perguntar para a Annabeth. É ela quem precisa fazer uma escolha, e não eu. – o rapaz logo achou a chave que procurava, e mais do que rapidamente se encaminhou para fora da casa, sabendo que se ficasse mais um segundo ali surtaria. No entanto, antes que ele conseguisse passar, Thalia o interceptou no meio da sala, impedindo a sua passagem.

– Aonde você vai?

– Não te interessa. – o rapaz respondeu ríspido, e a morena contorceu sua expressão em uma careta de descontentamento.

– Cara, não me parece uma boa ideia você sair desse jeito. – Nico tentou intervir, mas o moreno pouco pareceu dar ouvidos a ele.

– Saia da minha frente, Thalia. Agora! – o moreno ordenou agarrando-a pelo braço e apertando-o com uma força desnecessária. A garota, sem saber como reagir, visto que nunca tinha visto seu irmão com tanto ódio no olhar, encolheu os ombros e abriu passagem, deixando com que Percy logo passasse por ela e quando a mesma tentou segui-lo o moreno resmungou entredentes:

– Não quero que ninguém venha atrás de mim. Entendido?

– Mas, Percy...

– Entendido?

– Perfeitamente, bem. – a morena respondeu contra a sua vontade, e logo deixou que o rapaz continuasse com o seu caminho.

Nem Nico e muito menos Thalia tentaram de fato impedir que Percy saísse naquele estado, porque os dois sabiam que caso o moreno ficasse a força, ele seria capaz de fazer coisas das quais se arrependeria, com toda a certeza. Sendo assim, a melhor forma de evitar que algo pior acontecesse era deixá-lo ir e pensar sozinho.

– Você tem alguma ideia de para onde ele está indo? – Nico perguntou ao imaginar que teria de ir atrás do rapaz caso ele não voltasse.

Thalia ainda nervosa com a situação, remexeu rapidamente a última gaveta que Percy mexera, e logo sentiu falta da chave da casa de praia. Com um suspiro de alívio a morena relaxou, pois sabia para onde ele pretendia ir, o que era melhor do que ficar às escuras quanto aos movimentos do rapaz.

– Ele pegou as chaves de Montauk. Ele costuma ir para lá quando precisa pensar. – a morena resmungou lembrando-se de quando o rapaz aprendera a dirigir e com grande frequência sumia do mapa. Depois desses sumiços de quatro ou cinco horas, ele costumava chegar em casa coberto de areia, o que acabava por delatar onde era o esconderijo do rapaz. - Será que ele fará alguma estupidez? – Thalia perguntou ao roer uma das únicas unhas sobreviventes ao seu ataque de ansiedade.

– Ele não me parecia tão imprudente quanto você diante dessa notícia. – Nico resmungou sem nenhuma intenção de alfinetá-la, e Thalia soube perceber isso, já que assentiu com a cabeça, enquanto comparava mentalmente a sua reação com a do moreno. – Talvez ele só queira colocar os pensamentos em ordem.

– O que será que ela disse para ele?

– A verdade. – o moreno respondeu, enquanto iniciava a sua subida até o segundo andar.

Thalia logo se juntou ao rapaz, e antes que pudessem se dar conta, o Di Ângelo já abria a porta do quarto de Annabeth, este que estava uma zona.

– O que aconteceu aqui? – Thalia perguntou abismada ao ver o que aparentava ser todas as roupas de Annabeth sobre a cama – O que você está fazendo? – a morena inquiriu incrédula ao ver uma mala aberta perto da cama.

A Chase nada respondeu, apenas secou suas lágrimas e continuou a arrumar suas roupas em uma mala de tamanho médio.

– Annabeth, o que você está fazendo? – a Grace voltou a questionar e dessa fez agarrou sua melhor amiga pelos ombros, forçando-a a encará-la – O que significa tudo isso?

– Eu estou indo embora. – a Chase respondeu entre uma suspiro e outro, e Thalia arregalou os olhos diante a resposta.

– Como assim embora? Ficou louca?

– Não, eu não fiquei louca. – a loira respondeu voltando a colocar algumas roupas suas, e agora de Peter, na mala. – Eu preciso pensar e de preferência bem longe daqui.

– Por quê? – Nico perguntou ainda incrédulo com a atitude de Annabeth – A conversa foi tão ruim assim?

– Péssima. – a garota respondeu sem rodeios – Percy acredita que eu quero me casar com Luke por livre e espontânea vontade, sendo que essa é a única forma de eu ficar com o meu filho, mas ao que tudo indica ele não entende isso.

– Então, você vai mesmo se casar com Luke? – Thalia perguntou fria, e Annabeth a olhou cética.

– Não foi isso o que eu disse. Na verdade, eu nunca disse que me casaria com alguém, para nenhum de vocês. Eu só levantei essa hipótese e vocês logo me jogaram contra a parede dizendo que eu ainda sentia alguma coisa por aquele crápula do Luke, o que é a maior mentira que eu já ouvi na vida. – a garota respondeu e passou a arrumar uma bolsa menor com fraldas e outro utensílios pertencentes a Peter. – Mas parece que os meus sentimentos não estão tão na cara assim, já que o Percy chegou a duvidar do meu amor por ele. – e com essa última fala, Annabeth mostrou o quão magoada estava com as palavras do moreno. – Como se nada do que eu tenha feito nesse último ano tenha valido a pena.

Nico que ainda encarava as ações da garota com certa estranheza, logo tentou apaziguar a situação.

– Annie, eu aposto que não foi isso o que Percy quis dizer, com o que quer que seja que ele tenha dito. - o moreno deixou Peter no centro da cama, já que no chão tinha cacos de vidro algo que deixava bem claro como fora a conversa dos dois – Ele te ama, e eu sei que ele sabe que esse sentimento é recíproco, visto que o Percy que eu conheço jamais se arriscaria em um relacionamento em que ele soubesse que não era correspondido. Não é do feitio dele fazer isso.

Annabeth chacoalhou a cabeça em negação, e continuou a arrumar as coisas de seu filho, enquanto Thalia apenas observava tudo o que acontecia ao seu redor.

– Posso saber para onde você vai? – a morena resolveu questionar depois de ver a loira ir e voltar umas cinco vezes ao banheiro.

– Para o apartamento dos meus pais. –a garota respondeu sem receios e rapidamente fechou sua mala, colocando-a de pé ao lado da cama. – Vou passar alguns dias lá, dessa forma eu evito mais brigas desnecessárias e boto a minha cabeça no lugar.

– Ninguém está te expulsando dessa casa, Annabeth. – Thalia resmungou revirando os olhos diante o drama que a loira fazia.

– Eu sei que não, mas não me sinto confortável aqui. Pelo menos não agora. – a garota resmungou e rapidamente pegou Peter no colo, a fim de trocar a roupa do pequeno. – Sem contar que Percy pode voltar a qualquer momento e eu não quero brigar com mais ninguém hoje.

– Ele não vai voltar. Pelo menos, não hoje. – a morena resmungou com a voz cheia de certeza, fazendo com que algo no coração de Annabeth se apertasse em tristeza.

– Não? – a Chase perguntou com um falso tom de desinteresse, mesmo querendo saber o motivo de Percy não voltar para casa naquela noite.

– Não! Ele foi para Montauk e quando ele vai para lá pensar, costuma passar a noite.

– Hum.

Annabeth continuou a trocar Peter, e quando o pequeno já estava arrumado, a garota pegou o peixinho de pelúcia e a bolsa do menor.

– Nico, você pode descer essa mala para mim, por favor? – a Chase questionou, fazendo o moreno assentir ainda que incerto. – Obrigada!

Thalia revirou os olhos ao ver Annabeth guardando algumas peças que não tinham sido postas na mala, e sentiu-se na obrigação de impedi-la, quando a mesma secou algumas lágrimas e seguiu caminho em direção a saída do quarto.

– Annie, você sabe que ir embora é estupidez, não sabe?

– Eu preciso pensar, Thalia e ficar aqui não me ajudará em nada. – a loira resmungou antes de passar a porta e seguir caminho pelo corredor.

– Teimosos! – a Grace resmungou vendo o quão parecidos Percy e Annabeth podiam ser, quando queriam fugir das coisas.

E Nico sem saber exatamente como agir, resolveu seguir a Chase até a garagem, onde o carro da mesma estava estacionado.

Já na garagem, Annabeth abriu a porta traseira de seu carro, e agradeceu mentalmente por ter comprado duas cadeirinhas para Peter, já que a outra estava no carro de Percy. Com calma, e extrema concentração a mulher colocou o pequeno na cadeirinha e o prendeu com todos os cintos necessários, logo depois de ter certeza que Peter estava seguro, a garota entregou a chave do carro para Nico, e pediu que o mesmo colocasse a suas coisas no porta malas. Antes de realizar o pedido da loira, o Di Ângelo questionou:

– Annie, você tem certeza que quer sair nesse estado?

Era nítido que Annabeth estava abalada, e o rapaz tinha medo de que algo acontecesse com a mesma durante o trajeto.

– Eu estou bem, Nico. De verdade. – a mulher devolveu dando uma leve fungada, e o moreno olhou-a debochado. – É sério. Eu estou bem.

– Você não quer que eu te leve até o apartamento dos seus pais? Dessa forma eu ficarei mais tranquilo. – o rapaz se ofereceu e Annabeth direcionou-lhe um sorriso complacente.

– Eu quero ficar sozinha, Nico. Mas mesmo assim, muito obrigada. – a loira disse e se aproximou do rapaz, este que estendeu os braços em uma sugestão de abraço que Annabeth nem cogitara negar. – Obrigada, mesmo. Por tudo.

– Não precisa me agradecer, Annie. Eu só quero ver todos bem, só isso. – Nico resmungou contra os fios loiros da menor. – Só me promete que não sumirá e ligue, nos deixe saber caso precise de alguma coisa. Okay?

– Eu não vou para outro país, Nico. – a loira soltou ao se afastar do Di Ângelo, fazendo-o rir – Eu só vou para o outro lado da cidade, mas prometo mantê-los avisá-los.

– Eu, realmente, espero que isso seja verdade, Annabeth. – Thalia resolveu se manifestar e ao fazê-lo se aproximou do casal de amigos. – Não vejo necessidade de você sair daqui dessa forma, mas já que você precisa pensar, eu vou respeitar a sua decisão. No entanto, não me deixe preocupada por notícias, entendeu? Não quero ter cabelos brancos antes da hora.

– Prometo ligar quando chegar lá. – Annabeth resmungou desconfortável, algo que ela nunca imaginara sentir quando Thalia estivesse por perto, aquela situação não fazia o menor sentido. As duas era melhores amigas, não deveriam estar daquela forma.

Annabeth, Thalia e Nico sabiam que o clima estava tenso por conta da discussão antes da chegada de Percy, e a Grace tinha total noção de que não tinha sido justa o bastante quando dissera tudo aquilo para a loira, por isso, antes que Annabeth entrasse no carro e partisse para o centro, a morena de olhos azuis elétricos a agarrou pelo braço e deu-lhe um confortável e apertado abraço de urso.

– Eu só quero o seu bem, Annie. O seu e o do meu afilhado. – a morena sussurrou contra o ouvido da Chase, esta que a abraçava da mesma forma.

– Eu sei, Thals. Eu sei. – a loira resmungou com a voz embargada.

Quando se separaram, Thalia sussurrou ume breve “se cuida” e a loira assentiu com a cabeça, entrando no carro logo em seguida. Manobrando com certa habilidade, a loira logo conseguiu ficar frente a frente com o portão que permitiria sua saída, e enquanto este abria de forma lenta, a Chase colocou a mão para fora e deu um último aceno, fazendo com que Nico e Thalia o retribuíssem de forma contida.

Assim que deixou a casa do Jackson para trás, Annabeth teve vontade de chorar, mas não o fez visto que tinha que prestar atenção no trânsito e cuidar de Peter.

– Vai dar tudo certo, meu peixinho. Eu prometo. – a loira sussurrou ao olhar pelo retrovisor e encontrar o pequeno entretido com o seu peixe de pelúcia. – Eu prometo.

...

– Droga, droga, droga! – Percy bateu no volante que sem querer buzinou três vezes. – Porcaria de trânsito. Que porra!

Uma criança que estava no carro ao lado do seu o encarou com uma expressão assustada e quando o olhar do moreno encontrou o do pequeno menino, a vergonha tomou conta de si, já que Percy estava agindo como um animal enjaulado, completamente agressivo e visivelmente louco.

Com um último soco no volante, Percy deixou com que sua cabeça caísse sobre os braços em uma espécie de casulo, e o choro iniciou-se de forma inevitável. O rapaz estava a mais de duas horas preso no trânsito caótico de Nova Iorque, tentando, mesmo que em vão, ir para o único lugar no mundo em que poderia pensar e obviamente chorar, mas ao que tudo indicava nem mesmo isso ele poderia fazer, já que Nova Iorque inteira tinha resolvido colocar seus carros nas ruas e desde que saíra de casa o moreno vinha segurando o choro, uma hora ou outra ele sairia.

– Droga! – ele gritou secando as lágrimas e voltou a buzinar, fazendo com que o motorista da frente mostrasse-lhe o dedo do meio, em um gesto nada delicado.

Desde que deixara Annabeth chorando no quarto, e Nico e Thalia loucos atrás de informações na sala de estar, Percy só conseguia remoer as palavras que a sua, até então, namorada tinha lhe dito. Não era possível que aquele pesadelo estivesse acontecendo, não agora que ele e Annabeth estavam tão bem.

Depois que saíra na mão com o Castellan, no dia em que o conhecera, Percy ficara pensando em mil e uma maneiras de como a volta do rapaz afetaria a sua vida com Annabeth e Peter, mas o rapaz jamais cogitara a ideia de algo como o estava acontecendo fosse possível, na verdade, Percy vinha pensando em tornar ainda mais séria sua relação com a Chase, jamais ele imaginaria que não seria ele o escolhido para se casar com ela.

Percy enxugou algumas lágrimas e voltou a buzinar, e dessa vez o trânsito pareceu colaborar, embora, menos de dez metros depois tudo tenha voltado a parar, fazendo com que o moreno desistisse de seguir viagem.

Voltar para casa era a última coisa que o Jackson queria, por isso, achou que a melhor solução para o seu problema era ir para seu apartamento, visto que as chances de alguém aparecer por lá eram praticamente nulas. Sendo assim, na primeira oportunidade que teve, Percy não pensou duas vezes e praticamente atravessou a Avenida em que estava indo em direção a uma rotatória que permitiria o seu retorno para o caminho que desejava, e mesmo com milhares de buzinas e palavrões em forma de reprovação a sua escolha, Percy não hesitou.

Cerca de cinquenta minutos depois, o Jackson estava finalmente entrando na rua em que o seu apartamento se localizava e com um suspiro de alívio estacionou seu carro rente a calçada, já que a ideia de fazer manobras certeiras para fazer com que sua caminhonete coubesse na minúscula vaga que lhe era cedida não o agradava em nada, ainda mais ao imaginar que seu vizinho com certeza reclamaria sobre algo relacionado a forma como ele estacionara, e sinceramente, Percy não estava com cabeça para problemas tão fúteis quanto aquele.

Com a cabeça baixa, a fim de disfarçar a vermelhidão decorrente do choro, o moreno de olhos verdes passou pelo saguão de seu prédio, e com um simples aceno de mão cumprimentou o porteiro, este que tentou falar algo, mas não conseguiu, já que Percy passara sem parar.

No elevador, sozinho, o rapaz permitiu que mais algumas lágrimas caíssem ao imaginar Annabeth aceitando toda aquela palhaçada. Na cabeça dele, a Chase pertencia a ele, mas não como namorados ciumentos costumam sentir, não era como se ela fosse sua propriedade, longe disso. Na cabeça dele, ela era a pessoa que o completava, que pertencia à ele por torná-lo uma pessoa melhor. Sem contar que ainda tinha Peter, aquele pequeno pingo de gente, que antes mesmo de nascer já tinha o coração de Percy nas mãos para fazer o que bem entendesse. Não era justo que se separassem assim, do nada e por questões tão egoístas como as que Luke apresentava como plausíveis.

Ao ver do Jackson, o Castellan mais novo tinha que querer o que era melhor para Peter, e até aquele momento nada que os Jackson tinham feito afetara o pequeno Chase de forma negativa, pelo contrário, tudo o que aquela família fazia tinha como objetivo a felicidade do garoto, e Luke tinha que reconhecer isso. E tirá-lo deles estava longe de um sinal de reconhecimento.

O apito do elevador tirou o moreno de seus devaneios, e ao perceber que já se encontrava em seu andar, o rapaz saiu de dentro da caixa metálica que o cercava e se encaminhou para a única porta do corredor. Ao encaixar a chave na fechadura e girá-la percebeu que a porta já estava aberta. Com o cenho franzido e satisfeito por talvez ter a chance de socar alguém, o Jackson entrou no apartamento, apurou os ouvidos e quando ouviu passos nas escadas se pôs em alerta. Mas antes que ele pudesse montar o plano para surpreender seu convidado inesperado, o mesmo chegou ao final da escada, fazendo com que Percy questionasse incrédulo:

– O que você está fazendo aqui?

E essa foi a única coisa que o rapaz se sentiu capaz de dizer ao ver quem estava aos pés da escada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Depois de tudo o que eu escrevi lá em cima, eu estou com preguiça de escrever kkkk

E então, o que vocês acharam? De verdade??

Lembrem-se do que vocês fariam caso fossem a Annie. Okay? Talvez a sua atitude seja igual a dela kkk

Sério, tô com preguiça de escrever, por isso me digam o que acharam e a pergunta dos capítulo será:

QUEM ESTÁ NO APARTAMENTO DO PERCY?

É só isso por hoje. Até a semana que vem ou daqui duas semanas, não seu ainda.

Se você ainda está lendo isso daqui depois de tanta demora, muitíssimo obrigada por não desistir da fic. Você tem um lugar especial no meu coração.

Beijos, e até o próximo capítulo.







LIÇÃO DO DIA:

Se algum dia você precisar fazer um TCC, comece com antecedência e não um mês antes kkkk E leia as minhas explicações, estas que são uma espécie de capítulo a parte kkk