The Choices Of Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 24
Paraíso


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas lindas do meu coração...

Espero que estejam todos bem, e antes que me matem, eu só queria dizer que tive que estudar pakas para a última prova do curso, que na verdade nem era do curso era de Cambridge, para receber o certificado, já que eu finalizei o inglês. Fiz no domingo passado, e agr sim estou oficialmente de férias.

Chega de enrolação, fiquem agora com mais um capítulo e descubram quem estava no apê do Percy.

Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418008/chapter/24

Annabeth sentiu-se uma tremenda idiota, quando chegou ao prédio de seus pais e percebeu que não tinha levado consigo as chaves do apartamento. E ao chegar à conclusão de que não poderia ficar por lá, e como não tinha a mínima pretensão de voltar à casa dos Jackson só para pegar as chaves, a loira se sentiu como uma sem-teto, visto que não tinha a mínima noção de para onde iria.

Ela sabia que seu avô, assim como os seus tios, não lhe negariam um teto, mas saber que as perguntas fariam parte do pacote hospedagem, fazia com que uma leve dor de cabeça já ameaçasse se manifestar, sem contar que caso fosse para a casa de um de seus tios teria que lidar não só com um dos dois mais do que furiosos, mas também com primos para lá de super protetores, estes que com certeza teriam a mesma reação que Thalia tivera diante o acordo proposto a Annabeth. E escândalos era a última coisa que a garota queria naquele momento.

A Chase queria uma cama e seu filho perto de si, pois somente dessa forma poderia colocar todos os seus pensamentos, e principalmente seus sentimentos, em ordem.

– E agora, Peter, o que faremos? – a mulher questionou o pequeno que quase dormia no banco de trás. – Para onde iremos, meu peixinho?

Annabeth sabia que o garoto ainda não era capaz de lhe dar uma resposta completa, mas ao encará-lo ficou surpresa ao ouvir a palavra que ele, com a voz grogue de sono, balbuciava:

Papa.

– Você quer ir para o papai? – a loira questionou afagando de modo carinhoso a cabeça do pequeno.

Papa. – ele voltou a resmungar, fazendo Annabeth tomar aquilo como um sim.

A fim de saber se estava com as chaves do apartamento de Percy, a loira voltou a revirar a sua bolsa de mão, e sorriu satisfeita ao vê-las entre as suas coisas, e como Thalia afirmara com toda a convicção do mundo que ele não voltaria naquele dia, nada custaria se Annabeth e Peter passassem a noite por lá. Sem contar, que o apartamento do rapaz se tornara uma espécie de refúgio para a garota. Era como unir o útil ao agradável.

Sem delongas, Annabeth se pôs a caminho do prédio de seu namorado, e apesar do trânsito encontrar-se um tanto quanto carregado, não demorou mais do que vinte minutos para a garota chegar até o local desejado.

Sabendo que tinha a permissão para estacionar o seu carro no estacionamento reservado para moradores, a Chase não se fez de rogada e o estacionou na vaga que era destinada ao carro de Percy. No mesmo momento em que descia de seu carro, encontrou uma outra mulher pronta para sair do subsolo, e como não conseguiria levar a mala e a cadeirinha de Peter sozinha logo pediu ajuda.

– Moça! – a desconhecida se voltou para ela e abriu um sorriso contido. – A senhora se importaria em me ajudar a chegar no elevador? Tenho que levar meu filho e uma mala que está no porta malas.

– Claro que ajudo, sem problemas! – a mulher de aparente meia idade logo se aproximou e ajudou a Chase a tirar a mala de porte médio da traseira do carro, e sorriu quando a mesma tirou um Peter adormecido de dentro do carro. – Seu filho é muito bonito.

– Obrigada... – e logo Annabeth abriu uma deixa para que a mulher se apresentasse.

– Stacey Summers. E você?

– Annabeth Chase, prazer. – a loira a cumprimentou, fazendo-a sorrir em resposta.

– E o pequeno como se chama? – Stacey perguntou, quando entraram no elevador e a Chase sorriu antes de respondê-la.

– Peter Chase Jackson, ou apenas Peter.

– Bonito nome. – a morena resmungou com um meio sorriso e logo apertou o botão que a levaria até o seu andar. – Qual é o seu? – inquiriu para que assim apertasse um dos inúmeros botões do elevador.

– Último andar, por favor.

Enquanto subiam as duas conversavam trivialidades em tom baixo para que não incomodassem o sono de Peter. No entanto, antes de chegar a metade do número de andares, Stacey teve de descer, mas foi somente depois de garantir que Annabeth conseguiria sair do elevador sozinha que a mulher se despediu, desejando que pudessem conversar uma outra hora.

Annabeth, apesar de ter gostado da companhia e ajuda da mulher, suspirou aliviada quando a mesma desceu, já que a loira apenas mantivera a conversa por educação, e ninguém poderia culpá-la por estar mais preocupada com o que lhe aconteceria dali para frente do que com as prováveis tendências outono-inverno que seria moda naquele ano.

Não tardou muito para que o elevador chegasse ao último andar, e de forma a conseguir sair da caixa metálica sem que nada ficasse para trás, Annabeth conseguiu empurrar a mala para o trilho das portas, impedindo dessa forma que as mesmas se fechassem. Com calma, ela abriu a porta com a chave e antes de pensar em qualquer outra coisa colocou Peter no sofá, e somente depois de garantir que ele não cairia, foi que a loira voltou para pegar a mala, esta que minutos depois ganhara lugar ao lado da cama de casal do quarto principal.

Depois de deixar suas coisas no quarto em que dividia com Percy, Annabeth voltou para a sala de estar e pegou seu filho adormecido no colo, levando-o para o quarto que era dele. Com dó de acordá-lo, a mesma se limitara a apenas passar uma fralda de pano úmida no pequeno, já que durante a tarde ele tomara um banho caprichado, sendo assim, era desnecessário acordá-lo com água.

Ainda com o desejo de não o acordar Annabeth o embalou por alguns minutos e logo o colocou no berço, esperando dessa forma que ele acordasse por conta quando sentisse fome. Como qualquer mãe coruja, a mulher velou o sono do pequeno por alguns minutos, e antes que pudesse imaginar já estava soltando algumas lágrimas esporádicas sob o berço do garoto.

Ao olhá-lo ali, tão pequeno e indefeso, a loira sentia um aperto no coração ao se imaginar longe do menino. Qualquer mãe tinha medo de ser afastada de seu filho, pois para nenhuma delas um outro alguém seria capaz de cuidar de sua prole tão bem quanto ela, e isso era a mais pura verdade, visto que apenas o amor de mãe é incondicional e é apenas ela quem sempre estará ao lado do filho, seja em momentos bons ou ruins, principalmente nestes últimos.

– A mamãe não vai deixar que te tirem de mim. Okay, meu anjinho? Será você e eu contra todos. Eu prometo. – Annabeth sussurrou e rapidamente se debruçou sobre a grade do berço, a fim de beijar a testa de Peter. – Eu prometo.

E antes que uma crise de choro tomasse conta de si, Annabeth saiu do quarto de Peter e rapidamente se encaminhou para a cozinha para fazer a mamadeira do pequeno, já que o choro do pequeno seria enorme quando ele acordasse por causa da fome, logo, era melhor prevenir do que remediar.

Depois de deixar tudo pronto, Annabeth decidiu que seria bom tomar um banho relaxante, por isso a mesma não se fez de rogada ao encher a banheira da suíte principal e se permitir alguns minutos de reflexão e paz, minutos estes que foram usados para pensar em tudo que Percy tinha lhe dito.

Annabeth sabia que a reação do moreno não seria a mais fácil de lidar, e ela tinha total compreensão acerca do assunto, mas daí ele achar que ela não o amava já era um tanto quanto demais para a Chase. A garota jamais iniciaria uma relação com alguém sem sentir nada por essa pessoa, alguns diriam que isso era mentira, dadas as circunstâncias que os dois se envolveram, mas quem os acompanhava de perto sabia, e muito bem, que entre os dois havia amor. Isso era um fato inegável. Mas ao que tudo indicava, isso não era tão óbvio para Percy.

Cabeça de Algas, idiota. – a Chase murmurou ao secar algumas lágrimas e dar uma leve fungada. – Eu te amo tanto. ­– a garota complementou para ninguém em especial.

Antes que Annabeth se permitisse ficar mais alguns minutos no banho, o choro agudo de Peter ganhou o apartamento, fazendo-a sair da banheira mais do que rapidamente deixando assim o seu momento de paz para atendê-lo, algo que ela jamais reclamaria de fazer.

Enrolada em uma toalha, Annabeth logo apareceu no quarto de Peter pegando-o no colo assim que seus braços o alcançaram, já sabendo do que se tratava a loira desceu com o pequeno no colo, e a mamadeira que antes estava quente demais para o garoto, encontrava-se na temperatura perfeita para consumo. E não foi surpresa nenhuma para a garota, quando Peter se agarrou à mamadeira, sugando-a como se ali estivesse a sua última refeição de sua vida.

Eu estava com fome, mamãe. – Annabeth resmungou como se fosse Peter quem estivesse falando, e a mesma abriu um sorriso sincero quando seu olhar se conectou ao do pequeno.

Aquele era, de longe, o melhor momento da amamentação, já que quando o olhar do pequeno fazia uma conexão única com o de Annabeth, ela se sentia a mulher mais forte do mundo, e com os últimos acontecimentos sentir-se daquela forma era o que a garota mais queria e precisava.

A loira logo tornou a subir, já que ela tinha certeza de que Peter voltaria a dormir depois de se alimentar, e foi dito e feito, quando o último gole foi dado, o pequeno já tinha os olhos fechados e a respiração compassada. Como Peter não era mais um bebê de meses, não foi necessário fazê-lo arrotar, por isso Annabeth logo o colocou de volta no berço, sabendo que o Chase só acordaria no dia seguinte, o que daria a ela tempo de sobra para pensar.

Ou pelo menos foi isso o que a garota esperava, pois assim que saiu do quarto a loira ouviu o barulho de chaves e da porta da sala sendo aberta. Com o coração na mão, e o mínimo senso de perigo a garota correu para o andar de baixo, surpreendendo-se por completo ao encontrar Percy parado na entrada do apartamento.

Como se o clima entre os dois já não estivesse péssimo, o rapaz perguntou de forma rude:

– O que você está fazendo aqui?

Por um segundo inteiro, a loira não tinha a mínima noção do que responder, mas quando o rapaz fez questão de reforçar a pergunta, ela soube que algo deveria ser dito, por isso sem medo do que ele acharia, ela respondeu:

– Eu precisava pensar, e como Thalia tinha me dito que você estava indo para Montauk, eu acreditei que não teria problemas vir para cá. – as mãos de Annabeth suavam e somente quando ela foi secá-las em suas roupas foi que percebeu que ainda estava enrolada na toalha com a qual saíra do banheiro para atender ao choro de Peter, e tal fato deixou-a visivelmente constrangida – Mas se você quiser que eu vá embora, eu não me importo. – a garota fez drama, e Percy negou com a cabeça, começando a se aproximar.

– Por que você veio para cá?

– Como eu já disse, precisava pensar e como eu estava sem as chaves do apartamento dos meus pais decidi vir para cá, já que me sinto bem aqui. Se você quiser que eu vá embora, eu posso ir. – Annabeth ameaçou subir as escadas, mas o moreno a impediu agarrando-a pela mão e virando-a para si.

Percy ficou em silêncio, fitando-a de cima a baixo e obviamente gostando da imagem que tinha.

Para o moreno, saber que o seu apartamento tinha sido uma das opções de refúgio para a garota, fazia com que ele sentisse aquele antigo sentimento de posse que já havia se manifestado naquele dia. E aquela sensação somada a todos os pensamentos que ele tivera, enquanto estava preso no trânsito, fizeram com que ele percebesse que de fato os dois, ele e ela, eram almas gêmeas, e tal fato era tão óbvio para o moreno naquele momento, que até mesmo a ideia de perder tempo fez com que ele, sem nenhum tipo de permissão, se aproximasse e a beijasse com todo o amor que havia dentro de si.

Naquelas poucas horas que tinham ficado longes um do outro a saudade já tinha ganhando proporções enormes, e agora manifestava-se sem pudor na demonstração de carinho do rapaz.

Annabeth claramente ficou surpresa com a atitude do homem, para o próximo encontro deles a loira esperava uma atitude mais fria e distante, e não um beijo como aquele, que apesar de inesperado não fora, em nenhum momento, rejeitado pela Chase. Pelo contrário, quando os braços de Percy a cercaram, ela permitiu-se a continuar no momento sem ao menos pensar em tudo o que acontecera antes, já que a sensação de estar em casa, esta que ela perdera assim que ele a deixara sozinha no quarto na casa dos Jackson, voltara e voltara renovada.

Os braços de Percy, que já estavam envoltos da garota desde o início do beijo, logo a apertaram a fim de trazê-la para mais perto de seu corpo, e quando a mesma arquejou em busca de ar, o moreno desviou os lábios para a bochecha dela, fazendo-a suspirar em deleite pelas carícias.

– Posso saber o porquê de tudo isso? Achei que estivesse bravo comigo. – Annabeth não queria iniciar uma outra briga, pelo contrário, a garota queria continuar aquele momento sem pensar no dia seguinte, mas ela precisava saber o que mudara a cabeça do moreno.

– Eu fui um tremendo idiota por brigar com você, Sabidinha. – o moreno resmungou ao fazer com que ela abraçasse as sua cintura com as pernas, deixando-a assim mais alta do que ele. – Você é minha, Annie. E eu não vou deixar que nada, nem ninguém nos separe. Entendeu?

As mãos de Annabeth, logo correram pelos traços masculinos de Percy, e a loira abriu um sorriso ameno quando seu olhar se conectou com o do rapaz. As írises verdes que no último encontro deles estavam escuras de ódio e mescladas com dor, encontravam-se agora cristalinas e cheias de amor, sentimento ao qual Annabeth se agarrou com unhas e dentes, permitindo-se saber que Percy não estava com raiva de si.

Antes que o Jackson abrisse a boca para continuar com as suas explicações, Annabeth rapidamente o calou, beijando-o com amor e luxúria aparentes, fazendo com que o rapaz perdesse a linha de raciocínio e se entregasse a garota como deveria. De corpo e alma.

As cegas, o moreno iniciou a sua subida para o quarto do casal, e o medo de cair em nenhum momento os assolara, já que a entrega dos dois fazia com que nada externo os atingisse.

Os beijos continuaram a ser trocados com o maior carinho e amor possível, as línguas se enroscavam em uma espécie de reconhecimento, como se a muito não estivessem juntas. O gosto de cada um já era presente no outro, o que tornava tudo ainda mais intenso e inebriante. E os toques os faziam delirar e ansiar pelo próximo passo.

Já na frente da maior suíte do apartamento, Percy permitiu que os pés de Annabeth voltassem a tocar o chão, e assim que eles entraram em contato com o piso gelado, a toalha da garota caiu, revelando que mais nada havia por baixo. Percy arquejou excitado com a visão que o corpo da garota que amava lhe proporcionava, e antes que ele pudesse desfrutar das sensações que ele lhe traria, a loira impediu seus movimentos, fazendo com que ele levantasse os braços e dessa forma permitisse que ela se desfizesse da camiseta que o rapaz usava.

Desde que os beijos foram finalizados, e os olhos abertos, os dois não pararam de se encarar. Annabeth o olhava de forma admirada, já que o brilho presente nos orbes verdes a fascinavam, e Percy agia da mesma maneira, visto que os cinzas antes nublados como o prenuncio de um dilúvio agora encontravam-se no tom de prata derretida que ele tanto amava.

Antes que Annabeth se desfizesse de mais alguma peça de roupa do rapaz, o mesmo abriu a porta do quarto e a levou até a cama pela mão, colocando-a, da forma mais delicada que pôde, no centro do colchão, e com o amor mais puro que os dois já presenciaram se entregaram as sensações até então já conhecidas, a única diferença foi que naquele dia elas foram as mais intensas que os dois já viveram.

– Eu te amo, Cabeça de Algas. Não se esqueça disso. – a loira sussurrou, enquanto acariciava o rosto do rapaz que aos poucos se entregava ao sono.

– Eu também te amo, Sabidinha. Muito. – o rapaz resmungou vagando entre o mundo real e o mundo dos sonhos.

...

Para Percy acordar ao lado de Annabeth sempre seria motivo de alegria, e o mesmo valia para a garota, mas naquela manhã depois da briga e da sensação de vazio sentida por ambos, acordar ao lado dela lembrava-o o quão sortudo ele era por tê-la ao seu lado, já para Annabeth, saber que ele estava ali, ao seu lado, fazia-a sentir-se a garota mais feliz e segura do mundo.

– Bom dia! – Percy resmungou com a voz rouca pelo sono assim que Annabeth se mexeu contra o seu peito.

– Bom dia! – a loira resmungou com um leve ronronar, fazendo-o rir alegremente.

Annabeth apenas abriu um pequeno sorriso ao ouvir a risada do moreno e por sentir o corpo do rapaz subir e descer pelo movimento. Dormir ouvindo o coração do rapaz bater foi para Annabeth a melhor sensação da noite, saber que ele estava ali e que não dormiram brigados fazia com que a garota se agarrasse àquela sensação como alguém se agarra à um bote salva-vidas no meio de uma tempestade. E como tempestade, Annabeth tinha tudo o que estava acontecendo em sua vida.

– Dormiu bem? – ela perguntou manhosa, e Percy passou a acariciar os fios dourados da garota, fazendo-a se aconchegar ainda mais no abraço do moreno.

– Perfeitamente bem. – ele respondeu e a colocou por completo em cima de seu corpo, já que antes apenas metade dela estava sob si, e com o movimento inesperado Annabeth acabou por ficar olhando diretamente para o rosto do rapaz. – E você?

– Maravilhosamente bem. – ela respondeu e deu um selinho no rapaz, fazendo-o sorrir com o gesto.

O rapaz sabia que não era o melhor momento, mas ele precisava saber o que ela tinha decidido acerca da proposta de Luke, ou ele simplesmente enlouqueceria. Mas antes que o rapaz conseguisse quebrar o clima agradável e ameno que os cercava o choro de Peter irrompeu pelo apartamento, fazendo com que Annabeth soltasse um leve resmungou de resignação, e Percy risse da preguiça da garota.

– Pode deixar que eu vou lá. – ele resmungou e Annabeth negou com a cabeça.

– Ouve bem o choro. – ela pediu e ele apurou a audição – É aquele que me chama. – a loira disse e se levantou enrolando-se no lençol que antes a cobria.

– Agora o choro do Peter é capaz de te chamar? – Percy perguntou confuso e Annabeth deu de ombros, continuando seu caminho até a saída do quarto.

– Claro, se fosse você quem ele quisesse ele, com certeza, estaria gritando pelo papa. – a loira soltou cheia de ciúmes, e o Jackson riu ao perceber. – Eu preciso saber quando ele está me chamando.

– Claro, até porque no espaçamento entre os agudos dele nós podemos perceber que ele está te chamando. – Percy brincou ao se levantar e colocar uma calça de moletom que estava dobrada sob o criado mudo.

Annabeth sabendo que o moreno estava tirando uma com a sua cara, não poupou esforços quando viu a toalha que usava na noite passada no chão do corredor, ela simplesmente a pegou e a jogou contra o rapaz que vinha logo atrás de si.

– Você é um babaca. – ela soltou e se voltou para o quarto de Peter, onde o choro começava a cessar aos poucos.

– Um babaca que você ama. – Percy resmungou ao pegar a toalha que lhe fora jogada e coloca-la sobre o ombro.

– Mas ainda sim um babaca. – a loira retrucou com o tom brincalhão, fazendo com que Percy abrisse um sorriso de uma orelha a outra, já que ela não negara o fato de amá-lo.

Annabeth entrou no quarto de seu filho, este que quando a viu parou de chorar no mesmo segundo, entendendo assim os braços para que ela o pegasse.

– Esse garoto está ficando esperto. – Percy disse no batente da porta, fazendo Annabeth sorrir na sua direção, claramente concordando com o que rapaz dissera.

A loira logo iniciou a higiene matinal do pequeno, trocando a fralda suja por uma limpa, assim como o pijama por uma roupa mais leve por conta do dia quente de verão.

– Eu vou preparar o nosso café. Okay? – Percy perguntou e a loira assentiu com um sorriso, este que o moreno fizera questão de devolver.

Depois que o Jackson deixou o quarto, Annabeth iniciou uma conversa boba com Peter, falando sobre o quão feliz estava por ela e o papa de Peter terem feito as pazes e quando o pequeno batia palmas por alguma coisa, a loira sorria e fazia o mesmo deixando Peter cada vez mais agitado.

– Como você está alegre, meu peixinho. – a loira resmungou, quando ele bateu palmas e riu gostosamente por conta de uma pequena pena de travesseiro que saíra voando pelo quarto. – Teve sonhos bons? – a mulher perguntou e Peter voltou a bater palmas.

Annabeth estava quase terminando de arrumá-lo, quando o pequeno soltou sem a menor pretensão, surpreendendo-a por completo:

Mama. – e como tudo o que acontecia naquele dia, o pequeno riu e bateu palmas, enquanto sua mãe o encarava estática.

– O que você disse? - a loira perguntou admirada, e com lágrimas nos olhos.

Peter não a respondeu, apenas pegou o pé direito e com a maior facilidade que os bebês possuem o colocou na boca, fazendo Annabeth soltar uma risada comovida, junto com algumas lágrimas de emoção.

– Fala mama, meu amor. Fala! – a Chase pediu, e Peter continuou a sorrir com o dedão do pé na boca. – Percy, vem aqui! – Annabeth gritou, e o moreno que até então estava ocupado em não deixar o leite ferver e derramar, rapidamente se pôs a correr até o quarto de seu filho, com o coração na mão ao imaginar que algo sério tivesse acontecido. – Rápido. – a loira o apressou totalmente eufórica com a novidade.

Percy não demorou mais do que um minuto para estar ofegante na porta do quarto do pequeno Chase, e sua preocupação, que era evidente em seu semblante, logo se esvaiu quando ele percebeu que Annabeth estava sorrindo, ou seja, nada de sério havia acontecido.

– Quer me matar de susto? – o rapaz perguntou com a mão sobre o local onde seu coração batia sem compasso, em um ritmo completamente louco.

– Ele me chamou de mama. – a loira pouco se importou com a situação do rapaz, ela apenas transmitiu a notícia com os olhos brilhando, fazendo com que Percy sorrisse de volta.

– Sério? – o rapaz perguntou pegando para si o entusiasmo de sua namorada, e se aproximando dos dois.

Papa! – Peter disse quando o mais velho entrou em seu campo de visão, e Percy sorriu para o pequeno, pegando-o no colo.

– Sério que você falou, campeão? – o Jackson perguntou e Peter distraiu-se tentando agarrar o nariz de seu pai.

Percy ao perceber que o pequeno estava alheio a suas palavras, beijou-lhe na bochecha para chamar a sua atenção, e Annabeth que ainda estava admirada olhando para o pequeno Chase, rapidamente arranjou um jeito de se colocar no meio do abraço, fazendo com que Percy risse ao perceber a tentativa da garota de não ser excluída do seu momento.

– Ei, campeão, quem é essa daqui? – Percy perguntou e apontou para Annabeth, esta que tinha um sorriso enorme no rosto.

Peter soube que estavam falando consigo, quando sua mãe pegou em sua mãozinha e a chacoalhou com delicadeza. Seu pai voltou a repetir a pergunta e o pequeno bateu palmas ao responder um sonoro mama.

Annabeth abriu um sorriso maior que o anterior e tirou Peter dos braços de Percy, trazendo-o para o seu colo e logo em seguida o encheu de beijos, fazendo-o rir por conta das cócegas que os fios soltos do cabelo de sua mãe faziam sob a sua pele.

– Meu bebê está crescendo. – a loira disse para ninguém em especial, e o beijou mais algumas vezes aproveitando para fazer cócegas de verdade na barriga do pequeno, fazendo-o se contorcer sob o seu colo rindo da forma fofa e gostosa que apenas os bebês conseguem, e Percy, que apenas os olhava admirado, teve uma ideia.

Depois que a sessão de beijos e abraços em Peter se findou, o rapaz olhou para sua namorada e sugeriu com a maior tranquilidade do mundo.

– O que você acha de irmos para Montauk? Só você, Peter e eu?

Annabeth nem ao mesmo chegara a ponderar por mais de dois minutos, assim que a possibilidade de passar um tempo só os três entrou na cabeça da loira, a mesma já estava aceitando.

– Só que não contamos a ninguém onde estaremos, só assim conseguiremos aproveitar a nossa pequena família. – Percy resmungou e abraçou os ombros de Annabeth, englobando não só a garota, como a Peter também.

– Eu acho a ideia maravilhosa, mas Thalia saberá onde estaremos. Ela sabia que você estava indo para Montauk. – a loira respondeu ao se lembrar do que sua melhor amiga tinha lhe dito no dia anterior. – Sem contar que é o seu lugar preferido no mundo. É meio óbvio.

A ideia de Percy logo foi para o espaço, já que ele queria sumir no mapa. Não ser incomodado por nada nem ninguém, curtir, sem se preocupar, um momento com Annabeth e Peter sendo os seus únicos acompanhantes.

– Eu queria que ninguém nos perturbasse. – Percy resmungou triste por sua ideia ter ido pelo ralo e Annabeth sorriu para a expressão de desalento do rapaz, dando-lhe um selinho a fim de tirar um sorriso do moreno, algo que conseguira com extrema facilidade.

– Talvez eu saiba de um lugar onde ninguém nos procuraria. – Annabeth resmungou e Percy a olhou esperançoso.

– Sério? Onde?

– É surpresa. Arruma a suas coisas que nós partiremos às... – a loira olhou no pequeno relógio que tinha sobre a cômoda de Peter e disse – Oito e meia.

– Mas já são oito horas, não dá tempo.

– Claro que dá, Cabeça de Algas, para de reclamar e vai se arrumar. – a loira ordenou e Percy sorriu feliz com a possibilidade de se isolar do mundo tendo somente Annabeth e Peter ao seu lado.

...

Antes de partirem para, onde quer que seja o lugar que Annabeth tivesse em mente, os três tomaram café da manhã e passaram em um mercado, pois segundo a loira, não tinha nenhuma espécie de mercadinho no lugar para onde estavam indo e para passar os três dias como o planejado, eles precisavam comprar algumas coisas.

– Cabeça de Algas, enquanto você faz as compras, eu vou ali.

– Aonde? – o rapaz perguntou ao franzir o cenho confuso com a mudança de planos.

– Na farmácia. - ela respondeu rapidamente - Eu preciso comprar uma pomada, fraldas e um repelente para Peter, além de algumas coisas para mim. Eu não demoro, prometo. – a loira resmungou dando um rápido selinho em Percy e logo depois saiu do carro, deixando com os rapazes a tarefa de fazer as compras.

– É, campeão, agora somos só você e eu. – Percy disse olhando pelo retrovisor, e vendo Peter brincando com um mordedor.

O moreno logo achou uma vaga para estacionar, o que poderia ser considerado um milagre visto que ele estava em Nova Iorque, e esta vaga era justamente em frente a uma loja de equipamentos fotográficos, tal fato fez com que uma luz se acendesse na cabeça do rapaz. A segunda daquele dia.

Como o plano não era passar em casa, Percy tinha apenas o celular para registrar os momentos que aconteceriam onde quer que seja o lugar que Annabeth tivesse em mente, por isso sem medir esforços, o moreno entrou na loja com Peter no colo e comprou uma polaroid, aquela câmera em que a foto era revelada na hora, e juntamente de sua nova aquisição o moreno comprou folhas suficientes para os três dias que passaria longe da cidade.

Depois de comprar o seu mais novo brinquedinho, o moreno se encaminhou para um mercado que ficava na esquina da rua, ao lado de uma imobiliária, e rapidamente entrou no local, pegando um daqueles carrinho que tinha banquinho, este onde seria possível deixar Peter sentando, enquanto fazia as compras.

– O que compraremos, Peter? – o moreno perguntou empurrando o carrinho pelos corredores, e quando chegou a sessão de bolachas de todos os tipos e gostos, ele parou. – Que tal essa daqui? – o rapaz questionou mostrando um pacote de bolachas recheadas e Peter assentiu com a cabeça, fazendo com que o mais velho colocasse as mesma dentro do carrinho.

Alguns corredores à frente, o moreno mostrou um pé de alface para o pequeno e o mesmo negou com uma careta, fazendo o mais velho rir e deixar a alface de lado.

As compras continuaram nesse ritmo, tudo que Percy perguntava e Peter concordava entrava no carrinho, o que o pequeno negasse ficava nas prateleiras, algumas pessoas que perceberam a brincadeira soltaram risinhos discretos, fazendo com que Percy sorrisse para elas, mas não desistisse do seu modo de compra.

– E então, o que vocês já escolheram? – de repente a voz de Annabeth soou nas costas de Percy, e o rapaz rapidamente se voltou para a garota sorrindo e mostrando o carrinho cheio para a Chase.

A mesma analisou as compras e entortou o nariz ao ver que não havia praticamente nada de saudável entre os produtos escolhidos.

– Quem foi que escolheu tudo isso? – a loira perguntou com o cenho franzido em confusão – Só tem besteira nesse carrinho.

– Foi o Peter quem escolheu. – Percy rapidamente jogou a culpa para o pequeno, este que estava mais ocupado olhando paras as luzes coloridas que estavam sob uma prateleira.

– Claro! Como se ele soubesse o que é melhor para ele, não é mesmo? - Annabeth resmungou começando a tirar alguns pacotes de bolachas de dentro do carrinho.

Com a loira no comando, metade do carrinho fora substituído por alimentos saudáveis e mais substanciosos para a infelicidade de Percy, este que resmungava a cada pacote tirado do carrinho.

– Annie, você tirou praticamente tudo o que eu tinha escolhido. – o rapaz reclamou contrariado, enquanto colocava as compras sob a esteira do caixa.

– Pensei que tivesse sido o Peter quem escolhera tudo. – a loira debochou e Percy fechou a cara depositando o segundo saco de legumes que a loira escolhera levar no lugar dos marshmallows.

Depois de finalizadas as compras, a pequena e adorável família se encaminhou para o carro, e depois que guardaram a comida comprada e de terem acomodado o pequeno Peter na cadeirinha Percy se encaminhou para o lado destinado ao motorista, mas antes que ele conseguisse entrar Annabeth o impediu e rapidamente tirou as chaves da caminhonete da mão do moreno, dizendo:

– Hoje quem dirige sou eu. – e entrou no lugar do rapaz.

– Por quê? – Percy perguntou quando a loira abriu a janela, esta que sorriu antes de responder:

– Só eu sei onde fica o lugar para o qual estamos indo. Obviamente, é eu quem deve dirigir.

– A não ser que você me conte onde é esse lugar misterioso.

– É surpresa, meu amor. Sendo assim, ou você entra e deixa eu dirigir, ou eu te deixo aqui em Manhattan mesmo. – a loira respondeu com um sorriso debochado, fazendo-o revirar os olhos e rodear o carro para entrar do lado do passageiro.

– Pronto?

– Claro. – Percy resmungou contrariado, o que fez com que a Chase risse e desse partida no carro em direção ao lugar que ela prometera nunca mais voltar, mas que no momento poderia ser comparado ao seu pequeno paraíso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, para onde será que eles estão indo? Palpites?

Gente, eu não vou me prolongar pq estou na casa da minha tia, já que tô sem net e ngm sabe que eu escrevo. Tenho vergonha e muita, muita timidez. Sendo assim, deixem as opiniões de vocês no que ainda estar por fim, o que precisa ser melhorado e me digam se há erros. Não revisei.

Beijos e vou responder aos reviews quando a net lá em casa voltar.

Obrigada por ainda estarem aqui.

P.S.: Se eu sumir por muito, muito tempo culpem a série REIGN, é meio viciante kkkkk