O Amor É Cego escrita por The Stolen Girl


Capítulo 3
O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura *-*



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– Não acredito que vou sair com ele, Cat!

Eu e Cat estávamos indo pra casa. Leo foi de carro com o pai.

–Já sei que você ainda não acredita, mas pode guardar isso pra você mesma, porque já to cansada de ouvir a mesma coisa! – Cat disse revirando os olhos.

Andamos até a esquina da minha casa e nos separamos. Cat morava na rua contrária à minha.

– Até amanhã! – Gritei enquanto ela ia embora.

......

As aulas estavam tão entediantes que eu acabei passando os olhos por toda a sala, parando em Leo. Ele estava mais uma vez conversando com Paula.

No intervalo fui atrás de Leo, conversar.

– Leo, você está tendo alguma coisa com a Paula?

– Não, só estamos conversando Lana!

– Ei, fica calmo! Só perguntei porque tô preocupada com você! Paula não é garota pra você Leo, ela é patricinha e amiga da Lilith!

– Só por isso eu não posso conversar com ela?

– Não é isso, só estou te alertando. Você é meu amigo e eu te amo, não quero que você fique decepcionado depois.

– Fica tranquila, eu sei disso. Mas não se preocupe atoa, Lana.

– Ok! Vamos, estou morrendo de fome.

No fim do intervalo Vince veio falar comigo:

– 14:00 horas viu, Lana? Até mais!- e saiu rapidamente.

......

Era 13:30h e eu estava me arrumando para o encontro com Vince. Tomei um banho e vesti uma calça jeans escura com uma blusa roxa cheia de cruzes pretas. Ajeitei o cabelo, deixando-o solto. Passei pela cozinha e gritei para minha mãe:

– Estou indo ao shopping mãe, até mais!

– Menina, pare de gritar. Tchau!

Saí, peguei um táxi pra não me atrasar e segui até o shopping. Quando cheguei lá Vicente já me esperava na bilheteria para o cinema.

– Você tá linda, Lana! Vem, vamos comprar os ingressos.

Na fila eu resolvi perguntar algo que estava me perturbando:

– Vince, como a Lilith vai saber que você saiu comigo?

– Ela vem aqui toda sexta, nesse horário. Sei que é o que parece, mas não estou te usando pra me livrar dela. Sei que vai ser muito bom passar esse tempo com você.

E nesse momento eu me derreti todinha. Você deve pensar que eu estou sendo imatura, caindo na conversa dele. Eu tenho 16 anos, mas o Vince é minha primeira paixão, então não sei exatamente como agir.

– Eu sei disso, Vince.

Cerca de 10 minutos depois entramos na sala do cinema e como previsto Lilith estava lá com suas amigas. Nem assisti ao filme, estava distraída encarando Vince no escuro, até que um sono insuportável me abateu e eu adormeci.

Acordei sendo chamado por Vince e percebi que estava apoiada em seu ombro.

– Lana, o filme acabou, vamos?

– Vamos, desculpe ter dormido, não consegui evitar.

– Sem problemas. Quer comer alguma coisa?

– Pode ser.

Sério, nem eu mesma entendi meu desinteresse em passar mais tempo naquele shopping. Mas Vince foi tão fofo, que acabei concordando em tomar um sorvete, além do mais, eu estava com ele.

......

Depois do sorvete ele fez questão de me acompanhar até minha casa. Fomos calados por todo o caminho, até chegar à esquina de onde eu moro.

– Lana, foi muito bom sair com você.

– Também gostei muito, só espero que você não finja que eu não existo como vem fazendo desde que nos afastamos.

Resolvi desabafar. Eu nunca entendi o motivo do nosso afastamento, o porquê dele ter me deixado de lado e passar todo seu tempo com novos amigos.

– Prometo que não vou fazer isso. - Ele me respondeu.

– Por que você nunca mais conversou ou passou um tempo comigo como antigamente? Nós éramos tão amigos e simplesmente você se afastou de mim e esqueceu nossa amizade.

– Me desculpe por isso. Você também arrumou novos amigos e eu resolvi me afastar. Não devia ter feito isso, desculpa.

– Tudo bem, só não faça mais isso.

......

Já era noite e eu estava pensando nele. Como sempre. Eu estava tão feliz por termos voltado a ser amigos que nem liguei o fato de que nada aconteceu naquele encontro. Mas outros encontros virão.

Acordei e liguei pra Catarina. Queria marcar de sair, para que eu pudesse contar a ela como foi o encontro. Ela iria chamar Leo, que com certeza iria sem reclamar, apesar de saber que eu falaria o tempo todo sobre Vince.

Eu admirava isso nele. Mesmo não gostando do Vince e vivendo entre duas garotas ele era tão fofo e atencioso conosco. Nunca me esqueço da primeira vez que o vi:

“Eu estava entrando na sala, atrasadíssima, e ele estava me olhando, assim como todo o resto da sala. Era o primeiro dia de aula do ensino médio. Ele tinha uma expressão tímida, de poucos amigos. Mesmo assim eu tive vontade de conhecê-lo e quando me aproximei nos tornamos amigos de cara. Cerca de uma semana depois Cat entrou para esse trio.”

Os dois chegaram e eu passei o relatório sobre meu encontro. Ninguém comentou nada, eu aceitei, já deviam estar cansados desse assunto. Resolvemos ir para o parque mais próximo, andar de bicicleta. Cat teve que ficar em casa e ajudar a mãe com a limpeza. Leo e eu paramos por um minuto e eu disse:

– Não acha que a Cat tem sumido demais? Sempre ajudando a mãe ou estudando. Ela nunca foi disso.

– Concordo. Mas se algo estivesse acontecendo ela teria nos contado.

– Verdade.

Mas ele estava errado. Cat tinha seus segredos e nunca me conta quando arruma alguma paixão semanal. Isso mesmo, semanal. Ela não se prende a ninguém. Mas estava durando demais. Há um mês ela andava sumindo, mas isso era assunto para depois.


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