O Amor É Cego escrita por The Stolen Girl


Capítulo 2
Saindo com o Vince


Notas iniciais do capítulo

Olá, novo cap pra vcs! Espero que gostem.



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Eu juro que tentei me conter, desviar o olhar, conversar com meus amigos, mas não consegui. Andei até a mesa em que eles estavam e, com toda minha cara de pau, perguntei:

–Vocês estão namorando?

Na mesma hora me arrependi da pergunta. Vince me olhava com uma cara de “essa garota é louca” e Lilith me olhava de cima á baixo, admirando a burrada que eu acabara de fazer. Foi então que ela respondeu:

– Não, mas se depender de mim. - então olhou para Vince, que estava surpreso tanto com minha pergunta quanto com o comentário de Lilith.

– Me desculpem. Licença. - eu disse por fim e me dirigi até meus amigos, que me esperavam na entrada.

E lá estavam Catarina e Leonardo, meus melhores amigos. Catarina é uma garota rebelde, alta, loira e com belos olhos, tem uma personalidade oposta á minha, mas acho que esse é o principal motivo de darmos certo. Leo é lindo, um pouco mais alto que eu, olhos negros e um sorriso maravilhosamente branco. Nós formamos um trio inseparável, eles são meus inconfidentes, os únicos com quem eu divido toda minha vida, incluindo minha paixão não tão secreta assim, pelo menos não depois do que eu tinha feito minutos atrás, pelo Vince.

Eles me apoiam quanto á isso, mas não como eu gostaria, já que eles acham que Vicente não me dá bola e querem meu melhor. Cat vive me empurrando para outros garotos, eu já tentei, mas nunca deu certo. Certa vez ela me apresentou ao Felipe, um garoto do 3º ano, mas eu não me interessei. Já Leo não se mete muito quando se trata do Vince, mas eu sei que ele também quer que eu encontre outra pessoa.

– Oi gente, ainda bem que apareceram!- Disse e os abracei.

–Parabéns!- eles disseram em uníssono me estendendo um presente.

– Não é lá essas coisas, mas fizemos nosso melhor. O da caixinha preta é meu.- disse Leo todo acanhado. Ele não é assim quando estamos só nós três, mas em público, como numa festa, se envergonha toda hora.

– O da caixa roxa é meu, Lana. Que cara é essa?- Cat me encarava, eu deveria mesmo estar com uma expressão ridícula de raiva e vergonha ao mesmo tempo.

– Só paguei o pior mico do ano. - respondi.

– O que aconteceu?- perguntou Leo, curioso.

Eu contei o que eu fiz e Cat simplesmente riu da minha cara e disse que eu era uma prova viva de que paixão não presta. Com isso os levei até uma mesa e me sentei também até o momento em que minha mãe, Laura, me chamou para ajudá-la.

Isso mesmo, na minha própria festa quem trabalha sou eu. Fui até ela, que já estava impaciente:

– Porque demorou tanto? Você chamou tanta gente, não consigo fazer tudo sozinha.

– Eu sei mãe, desculpa. O que quer?

– Vá receber seu pai, ele está na sala, não vai ficar muito tempo. - ela disse com uma expressão aparentemente normal.

Eu diria que mamãe superou a separação, assim como papai, ao menos um problema que eu não enfrento: Pais brigados.

– Oi papai!- Corri até ele e lhe dei um abraço apertado.

– Meus parabéns minha filha, me desculpe, mas não vou ficar. – Não era novidade para mim, papai era ocupado, mas não ausente, por isso não reclamava quando ele não podia ficar muito tempo comigo.

– Tudo bem. Senti saudades, pai!

– Eu também. Aqui está seu presente. - e me entregou uma sacola bonita com algo pesado dentro. Decidi abrir depois.

– Obrigada, mas já tem que ir? – perguntei ao ver sua expressão de decepção por não poder ficar mais.

– Sim filha, aproveite sua festa. Te amo!

– Eu também. – Então abri a porta para que ele fosse embora.

¨¨¨¨

Quase todos os convidados já tinham ido embora, exceto Cat e Leo, que iriam dormir em minha casa. Vince foi embora cedo, cerca de uma hora depois de chegar, e claro, Lilith foi atarracada em seu braço.

– Ainda bem que eles não ficaram muito tempo, estava cansada de ver Lilith se jogando em cima do meu Vince.

– Pare com essa mania de chamá-lo de seu, Lana! – disse Leo, com um tom que me pareceu de... ciúmes?

– Não paro não, porque ele é meu, só não sabe disso ainda.

– Aiai Lana, só você. – Disse Cat deitando-se em sua cama.

Leo iria dormir em outro quarto com meu irmão Lucas, de 10 anos, enquanto Cat dormiria comigo no meu quarto. Acho que ele não ligava de dormir com Lucas, por mim ele dormiria comigo e a Cat, mas mamãe não gostava. Até parece que ele faria alguma coisa.

¨¨¨¨

Eu, Cat e Leo estávamos caminhando até a escola quando Cat lembrou-se de que teria que passar em casa para pegar alguns livros. Fui sozinha com Leo até a escola.

– Leo, eu sou feia? – Perguntei de repente.

– Claro que não Lana, de onde tirou isso?

– É que o Vince nem me nota, prefere as garotas como Lilith. Eu simplesmente não entendo, deve ter algo de errado comigo.

– Pare com isso já, você é linda, aquele idiota é quem não percebe o que está perdendo.

– Mas você é meu amigo, sua opinião não vale.

– Estou dizendo como garoto, Lana.

E assim terminou nossa conversa, seguimos andando sem nenhuma palavra até que Leo quebrou o silêncio:

– E eu Lana, sou feio?

Fiquei surpresa com a pergunta, se tinha algo que Leo não era é feio.

– Não, por quê?

– Porque nenhuma garota gosta de mim há muito tempo. A última foi a Karina, no 5º ano.

– Isso não quer dizer que tenha sido só ela, ela foi a última que admitiu. Acalme-se, você vai se acertar com alguém e eu com o Vince.

– Só fala nele agora.

– Tá irritado? Ciumento! – disse brincando com meu amigo.

¨¨¨¨

As aulas passaram lentamente e eu tinha vontade de enfiar pregos nos olhos com o que via. Lilith cochichava loucamente no ouvido de Vince, que ria á cada minuto.

A situação me irritava, mas no fundo eu sabia que ele não gostava de Lilith, não como ela queria. Eu desviei o olhar e tentei prestar atenção na aula. Tentei. Porque a cena seguinte foi ainda pior. Paula, uma amiga de Vince, estava flertando descaradamente com Leo. Ele parecia gostar, mas eu não. Leo é meu amigo desde sempre e Paula não era garota pra ele, definitivamente.

Quando o alerta para o intervalo soou Leo saiu com Cat, mas eu não fui. Queria pensar. Pensar no que eu faria pro Vince me enxergar. Para minha surpresa ele também continuou na sala e sentou-se numa cadeira ao meu lado.

– Tudo bem, Lana?

– Vince?! Bem e você? – pensei no que ele poderia estar querendo, á tempos não falava assim comigo.

– Também. Eu estive pensando, quero tirar a Lili do meu pé. Você sairia comigo pra convencê-la de me deixar em paz? – ele perguntou normalmente. Meu coração pulou, ele estava me chamando pra sair, tudo bem, era pra se livrar da Lilith, mas não me importava. Eu mostraria à ele quem eu sou realmente e nós iríamos dar certo.

– Eu saio. Quando?

– Amanhã, ás 14:00. Me encontre no shopping, tchau! – ele disse e já ia saindo, mas voltou e me deu um beijinho na bochecha.


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