O Amor É Cego escrita por The Stolen Girl


Capítulo 11
Tomando algumas decisões


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é narrado pela Lana, Vince e Leo. Boa leitura *-*



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Agora estou querendo me esconder num buraco e nunca mais sair. Depois que Vince me beijou eu fiquei encarando o chão e ele foi embora. Ainda bem que ele entendeu que eu queria ficar sozinha sem que eu precisasse dizer. Entrei correndo no meu quarto, já com lágrimas nos olhos. Mamãe estava na cozinha, preparando o almoço e não me viu. Deu glória a Deus por isso, não conseguiria responder perguntas agora.

Estava tão confusa, minha cabeça doía. E eu ainda tinha que responder Leo. Mas não podia, porque Vince também gostava de mim. Não sei o que fazer. Agora me pergunto: O que eu quero? Quero... Bem, não sei. Leo é meu amigo, apesar de termos nos distanciado e Vince é, no momento, meu melhor amigo e “namorado”. Sei que teria que magoar um dos dois. Não tinha jeito. Mas primeiro eu tinha que decidir o que fazer. Vince não me disse nada, mas aquele beijo foi uma explicação e tanto. Não consigo nem explicar o que senti quando ele me beijou. Foi um gesto tão profundo, sentimental, sincero. Eu amei esse momento e também retribui com muito sentimento, só não sei qual deles. Já Leo sempre foi muito atencioso comigo, mas estava diferente. Acho que ele preferiria que eu tivesse ido atrás dele quando ele se mudou. Mas eu não fui. Ele aceitou e até voltou, esperançoso em ter alguma coisa comigo. Ele não sabia que eu me apaixonei por ele pouco antes de ele ir embora, eu nunca disse. Então ele gostava mesmo de mim e eu dele. Gostava né?

Pensando em tudo isso acabei dormindo, como estava, molhando o travesseiro. Quando acordei cerca de duas horas depois, troquei de roupa e comi alguma coisa. Ia saindo quando meu irmãozinho Lucas perguntou:

-Onde você vai Lana?

-Vou tomar uma decisão Lucas, me deseje boa sorte.

-Boa sorte. Mas espera, onde vai tomar essa decisão?

-Tenho que ir, diga pra mamãe que fui ajeitar minha vida.

Leo

Desde o momento em que exigi uma resposta de Lana eu estava aflito, nervoso, ansioso. Não pude ir pra escola hoje, acordei tarde demais e queria ficar sozinho e não precisar ver Lana com seu namoradinho. Acho que ele está brincando com ela, se divertindo. Lana sempre foi ingênua, ainda mais apaixonada. Ela não sabe, mas voltei por sua causa. Estava perdido em pensamentos quando ouço batidas fortes e impacientes na porta. Quando atendi fiquei surpreso ao ver Lana. Ela me puxou pra fora de casa, na calçada.

-Leo, eu ainda não me decidi. Estou muito confusa, antes de você ir embora me apaixonei por você, mas não disse nada. Vicente me ajudou, sendo meu amigo. Quando você voltou, ele me beijou e inventou toda essa história de namoro, eu aceitei, queria te fazer ciúme pra que você percebesse que ainda gostava de mim e que eu também gostava de você. – ela disse tudo num jorro de palavras, só parou pra respirar. Eu aproveitei e disse:

-Peraí, achou que eu descobriria que você está gostando de mim porque você estava namorando outro?

-Não me interrompa! A questão é que Vicente gosta de mim Leo, gosta de verdade. Sabe que já fui apaixonada por ele. Mas não consigo me decidir e você quer uma resposta, mas não posso dá-la a você agora. Me entende?

-Não Lana, não entendo. Você me fez de palhaço, fingiu um namoro. Sabe como isso me entristeceu? Você parece outra pessoa. Minha Lana não faria isso! Acho que não te conheço mais. – ela estava de cabeça baixa. Percebi que ela chorava e me desesperei, não queria aquilo.

-Não chore por favor.

-Leo, não te fiz de palhaço. Desculpa! Sei que foi errado, mas preciso do seu perdão.

Ela falou num fio de voz, chorando ainda mais. Eu estava irritado, mas de certa forma a entendia.

-Ei, tá tudo bem. Pare de chorar Lana. Eu te perdoou sim, mas agora quem está confuso sou eu. Gosto tanto de você, preciso de um tempo.

-Não tenha tantas esperanças, outra coisa que eu vim fazer aqui é dizer que não podemos ter nada. Desculpa, mas não é justo com nenhum de nós. Cheguei à conclusão de que nada pode acontecer entre a gente, não dá. Sinto muito. – ela disse um pouco envergonhada de suas palavras, percebi que ela estava receosa, com medo de me machucar. Mas o que eu diria? Não posso forçar nada. Prefiro seguir em frente do que correr atrás de alguém que não vai querer nada comigo. Eu sei que ela gosta de mim, mas não o bastante.

-Tudo bem Lana, eu entendo.

Ela me deu um leve beijo na bochecha e foi embora. Nesse momento eu soube que teria que esquecê-la e tentar seguir sem ela. Não posso dizer que não estava magoado, mas ela quis assim e essa foi a melhor escolha, pra nós dois.

Lana

Foi muito difícil dizer aquelas palavras pro Leo. Me senti extremamente culpada por ter deixado essa história de namoro com o Vince ir tão longe a ponto de magoar Leo, que gostava de mim.

Não pude dar uma chance pra nós, como eu disse, não seria justo. Ele merece alguém que tenha certeza de seus sentimentos, alguém melhor que eu. E quanto ao Vince, não, eu não fui correndo até a casa dele pra dizer que nós vamos ficar juntos. Não sei se é o certo a se fazer. Não ficaria com Leo, mas precisava dar um tempo tanto pra mim quanto para o Vince.

Me puni profundamente por ter deixado duas amizades ficarem tão instáveis por causa dos meus sentimentos bobos, que mudam toda hora. Primeiro fiz Leo se afastar e com ele nossa amizade tão perfeita. Depois foi Vince, que agora não queria só minha amizade. Eu também não posso afirmar que é só isso que eu quero dele, mas não sei bem o que quero. Com certeza essa é outra amizade perdida.

Ainda por cima afastei-me de Cat com essa história toda. Passava muito tempo com Vince e quando não estava com ele estava em casa, pensando em Leo. Ela não disse nada nem reclamou por isso. Mas eu não podia perder mais um amigo. Fui até a casa dela. Sua mãe me atendeu e mandou que eu subisse até o quarto de Cat. A porta estava entreaberta e eu vi pela fresta que Matheus estava lá com ela. Eles estavam se beijando. Nossa, eu poderia ter indo em momento pior? Mas tive que interromper. Bati levemente na porta e ela veio abri-la.

-Desculpa atrapalhar, mas, podemos conversar?

-Aa, podemos sim. Pera aí. – ela foi em direção ao Matheus e disse-lhe algo que eu não ouvi. Ele levantou-se, se despediu de nós e foi embora. Entrei no quarto.

-Cat, nem parece que somos amigas, nem tenho falado com você direito.

-Como você é boba Lana. Claro que somos amigas, só que também temos outras coisas. Esquece essa história e me diz o que tá acontecendo, que cara é essa?

-Acabei de falar com o Leo. Disse que não podemos ter nada.

-O QUÊ?! Mas você não gosta dele garota?

-Esse é o problema. Não gosto mais. Vince gosta de mim Cat, gosta de verdade.

-Eu sabia que você tinha voltado a se apaixonar por ele. Mas o que te impede então? Você gosta dele não gosta?

-Gosto, mas não estou pronta pra conversar com ele sobre isso e tentar algo. Nós dois precisamos de um tempo. Você entende?

-Éer, não. Mas se você quer assim, não posso fazer nada, sei que você não volta atrás nas suas decisões. Mas que tal dormir aqui hoje? A gente pode ver uns filmes, conversar melhor, o que acha?

-Acho ótimo. Vou ligar pra minha mãe e avisar.


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Notas finais do capítulo

Gente, tô escrevendo outra fic, dêem uma olhadinha:
http://fanfiction.com.br/historia/429162/Lyners_A_raca_desconhecida/
Comentem sobre oq acharam do cap, bjoos !



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