Teoria Do Azul escrita por Ster


Capítulo 4
Azul Columbia


Notas iniciais do capítulo

Especial para a Katerina Longbottom, feliz aniversário ♥



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EXPLOSIONS IN THE SKY

Era Natal na casa dos Weasley.

Vick estava feliz por estar no seu sexto ano, mas ao mesmo triste. Não tinha nenhuma perspectiva de seu futuro, do que fazer ou que nasceu para fazer. Ouvia o barulho absurdo que se fazia n’A Toca e continuou sentada no banco, avaliando seus sapatos novos. Ficariam mais bonitos em Dominique, que era uma verdadeira princesinha, ao contrário de Victoire, que deixava sua mãe a ponto de chorar quando tinha que comprar sapatos tamanho 37 e não 35, que é o verdadeiro pezinho de uma dondoca.

Vick suspirou e fitou o céu.

De toda a família Weasley, ela e Alvo eram os mais fora do contexto. Vick não puxou seu pai no humor e nem sua mãe à graciosidade. Alvo até puxara as coisas de seu pai, mas ele reprimia com uma força tão extraordinária que ficava difícil compará-lo ao pai, o que era a exata intenção de Alvo. Podia ser um drama do eterno mundo adolescente, mas era nessas horas que Vick se sentia muito sozinha.

– Eu sou muito foda. – sorriu Teddy Lupin. Ele fitava o jardim d’Toca, que Vick engasgou-se ao ver que tinha virado gelo puro. Como ela não notara que ele havia feito aquilo? Estava tão distraída assim?

– O que você... Desfaça isso! Desfaça agora! – infelizmente ele já estava em seu último ano em Hogwarts e já podia usar magia fora da escola. Mas Vick mal fizera dezesseis anos, então teria que esperar.

– Pare de ser tão chata e venha. – Teddy deslizou pelo gelo, gargalhando. – Ande, venha antes que os pirralhos descubram!

Mas se havia uma coisa que Victoire puxou de sua mãe foi o fato de ser tão preservada e recatada. E de seu pai... A impulsividade. O que era uma mistura perigosa com sua cautelosidade obsessiva. Teddy passou de raspão pelo banco onde Vick estava sentada e agarrou sua mão, a levantando. Foi em questão de segundos para que os dois estivessem girando pela pista de gelo, caindo de segundo e segundo. As gargalhadas de Victoire preenchiam o silêncio do jardim e abafavam a barulheira dentro da casa.

– Shhhh... – riu Teddy. – Vai assustar todo mundo!

– Vamos cair, cuidado! – pediu Vick, agarrando os braços de Edward com todas as suas forças.

– Eu não vou te deixar cair. – retrucou ele. E a verdade de outra pessoa nunca foi tão absoluta a ela. Teddy estava tão próximo que ela conseguia contar suas sardas. Pelas fotos que ela vira de seus pais, ele era mais parecido com seu pai do que com sua mãe. E tio Harry talvez estivesse certo quando dizia que era uma irônia ele ser a cara do pai com a personalidade da mãe. Teddy sorriu para Vick e ela sentiu vontade de beijá-lo.

De beijar de verdade.

E era estranho, porque Vick sentia aquilo tão raramente que pensava ser assexuada. E ele pareceu sentir a mesma coisa. Talvez Teddy gostasse da perfeição exagerada de Victoire, a qual ela tentava quebrar não penteando os cabelos lisos, não passando maquiagem alguma sob as sardas escuras. Em seus sapatos estranhos e as meias que ela colocava sob a calça jeans. As gravatas borboletas nas pólos cor de rosa, as saias longas demais ou os vestidos com estampa de girafas.

Eles até se beijaram, mas foi desajeitado.

Vick não tinha muita experiência, e era feminista o suficiente para querer assumir o controle da situação, da qual ela não fazia ideia do que fazer. Teddy, que já havia beijado tantas garotas em sua vida que mal conseguia contar nos dedos, até se esforçou, mas as bocas não se encontraram direito, dentes bateram e narizes se contorceram. Os dois queriam comandar o beijo, o que acabou fazendo ser um fiasco.

– Ops. – sorriu Teddy após o beijo. – Bem traumático.

– Você me beijou. – afirmou Victoire, chocada.

– Desculpe, mas não dá pra chamar isso de beijo. – riu Teddy. – Isso é um beijo.

Então Teddy a beijou. E dessa vez, apenas ele estava no controle. Edward tem cheiro de sabonete e cigarros e Vick imediatamente decide que esse é seu cheiro favorito no mundo. Ela fica lá estupefata, quase afogando-se no azul columbia do cabelo de Teddy, absorta na ideia de que tinha acabado de beijar Edward Lupin.

– É estranho, não? – sorriu ele, assim que se afastou dela.

– O quê?

– Essa maldita teoria do opostos se atraem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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