Teoria Do Azul escrita por Ster


Capítulo 5
Azul Marinho




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Vick tenta prestar atenção em Oliver Longbottom, tenta concentrar-se nas palavras que saem de sua boca, mas seus olhos continuavam passando rapidamente sobre o garoto de cabelo azul e sua namorada na mesa a frente. De vez em quando seus olhos se encontram, e o garoto simplesmente parece divertido. Victoire se encontra oscilando entre a curiosidade e a raiva, mas como os minutos passam, ela se aproxima da raiva, simplesmente porque ela está frustrada com a falta de respostas para as perguntas disparando através de seu cérebro. 

Ela quer saber porque Teddy está em todos os lugares. Porque está em seu uniforme, no céu, em suas unhas, em seus olhos e até mesmo na comida. Ela odeia o azul. Odeia com todas as suas forças. Se pudesse exterminar uma cor, essa seria a escolhida. Não pensaria duas vezes em queimar no inferno essa cor tão absurda.

– Victoire? – a garota loura despertou na aula de Estudo dos Trouxas, e sentiu suas bochechas queimarem com os risinhos debochados dos colegas. – É sua vez.

– Desculpe professora, eu não estava...

– Estávamos selecionando o normal do diferente. – Professora Welch era uma vaca irritante, Vick tinha que admitir, não tinha o mínimo de paciência para aquela mulher burra que se achava muito inteligente e direita. – No seu pergaminho, querida.

Olhou para sua carteira e pegou o pergaminho, lendo em voz alta:

– Jenny tem cabelos da cor azul e gosta de usar o sutiã por cima das blusas. Ela acha que todos deveriam andar nus e apoia relações homoafetivas. – Qual é o ponto disso? Vick olhou a professora, buscando informações, mas ela tinha seu rosto congelado naquele sorriso frio e forçado, esforçando-se ao máximo para transparecer agradável.

– Agora precisa adequá-la entre o normal e diferente, aqui no quadro. – Assentiu em silêncio e caminhou até o quadro, colocando um x abaixo da palavra normal, o que fez os lábios da professora tremularem. – Querida, acho que você está errada.

– Ah é? Pode me explicar por que então? – Victoire cruzou os braços para a mulher. – Porque há milhares de descrições nessa linha do diferente ao normal que você pulou!

– Isso não é um comportamento normal, é um comportamento diferente.

– Pensei que estivéssimos estudando o tópico de opiniões. E minha opinião, é que Jenny é muito normal.

– Jenny é diferente.

– Jenny é normal.

– Senhorita Weasley, por favor, corrija seu erro! – cortou ela. A paciência de Victoire Weasley estava no limite. Ela sempre fora uma das melhores estudantes de sua casa, jamais desrespeitou nenhuma regra ou fez algo fora dos conceitos taxados como “normais” naquele colégio, mas ela estava ficando maluca, era a única explicação cabível, totalmente e completamente maluca. Olhou no fundo dos olhos da Sra. Welch e ergueu o pergaminho para que ela pudesse ver antes de sentenciar o que lhe rendeu uma advertência e detenção.

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– É verdade que você mandou a Docinho de Coco enfiar o pergaminho no rabo? – Vick agora entendia o porque de Teddy ter inventado aquele apelido para a professora de Estudo dos Trouxas, a mulher era terrível. Porém ela ainda estava constantemente magoada com algo que ela não tinha a mínima ideia do que era, portanto não tinha paciência para Teddy. – Não pode ser verdade, eu nem sabia que você sabia o significado de “rabo”.

Victoire continuou andando, fingindo que não havia ninguém falando atrás dela. Mas o garoto de cabelo azul marinho aproveitou-se do corredor vazio e encostou Victoire na parede, quase matando-a de susto.

– Vai me ignorar assim?

– Com licença.

– Ugh, bem rude considerando que você me beijou.

– EU? – esganiçou Victoire, alterando-se. – EU? Eu te beijei? Foi você quem me beijou!

– Talvez eu tenha te passado minha insanidade. – debochou ele. – É uma boa teoria, admita.

– Eu não sei porque estou perdendo meu tempo com você.

– Ah você sabe sim... – Teddy riu, mostrando seu piercing no smile. – Você perde seu tempo comigo porque gosta de mim e quer saber? Eu até gosto de você. Sempre tive uma quedinha por veelas.

Vick corou quando ele lhe virou as costas e começou a andar na direção contrária de Vick. Então ele virou-se de costas enquanto andava, ainda sorrindo.

– Ah, e Jenny sou eu. Docinho de Coco me detesta.


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