Behind The Peace escrita por Gemini Cleopatra
Notas iniciais do capítulo
Yo!~
Nesse capítulo, falta uma coisinha chamada KILLUA E GON, portanto NÃO ME MATEM ;-;
Mas em compensação, praticamente o capítulo todo é território das quimeras, e adivinhem quem está aí além do Pitou? (não, não é a sua mãe q)
Alguém com muito glamour, viadagem e glitter. Aposto que ninguém descobriu quem é ainda hue
Até lá em baixo, negada~~~
Behind The Peace
Capítulo 10 — Os Monstros Permanecem os Mesmos
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Dante correu por horas. Ele queria voltar, e resgatar Mackenzie — na realidade, ele não sabia se ela estava ou não viva — o quanto antes, mas depois do que vira, pôde concluir que não conseguiria vencer Neferpitou sozinho. Precisava de reforços.
Finalmente, ele estava conseguindo a visão daquela árvore. Parecia ter visto Killua sentado nela, mas próximo a ele, Dante analisou a pessoa para, em surpresa, murmurar baixo:
— Presidente… ?
O moreno apressou o passo, nas últimas forças. Estava exausto. Ao se aproximar, deparou-se com além de Netero, dois homens. Ele, sem se importar, interrompeu a conversa.
— Killua, Gon! - exclamou, encostando-se na árvore e buscando o fôlego. - Vocês estão bem? Er… - ao dar mais uma olhada em Gon, percebeu que o mesmo parecia inconsciente. Dante colocou uma mão na cabeça, um tanto desesperado. - O que houve com ele?
— Dante… - Killua encarou-o arqueando ambas as sobrancelhas. O homem de óculos e cabelos negros se aproximou, encarando o moreno.
— E esse, quem é? - Netero aproximou-se de Dante, sussurrando:
— Mandou fugirem? Ou fizeram isso por conta própria?
— O quê?
— Eu os mandei para proteger os garotos… - o presidente se virou para os outros homens novamente, apontando para Dante. - Este aqui é Dante Hasegawa. - pronunciou, já levantando o tom de voz. - É um Hunter quase tão habilidoso quanto vocês, Morau-san e Novu-san.
O de óculos, nomeado Novu, apenas cerrou os olhos pacientemente.
— Dante-kun. - começou Netero. - Você também parece exausto. - Killua pareceu incomodado com a frase. Afinal, aqueles três haviam praticamente zombado dele enquanto Dante não havia chegado, e encaravam o Hasegawa seriamente. Apenas porque ele era mais velho, talvez? Mais forte que Killua?
— A Mackenzie… - começou o moreno. Os quatro o encararam interrogativamente. Netero sorriu.
— Ah, sim… eu quase me esqueci. Onde ela está? - procurou em volta, esperando que a ruiva estivesse chegando — reclamando de como a viagem fora comprida, provavelmente.
Dante estreitou os olhos e abaixou a cabeça. Seu corpo começara a tremer apenas de lembrar daquela aura. Os Hunters se entreolharam, um tanto confusos com a reação.
— A-a Mackenzie… ela foi capturada.
Silêncio.
Netero piscou os olhos algumas vezes, arqueando uma sobrancelha.
— Capturada?
— Aquela coisa capturou ela. - Morau segurou o riso ao ouvir aquilo Ele estava realmente subestimando os inimigos, sem ao menos saber. Killua, ao ouvir aquilo, arregalou os olhos.
— Acho que estamos falando da mesma formiga. - murmurou a criança. Dante olhou-o de canto de olho.
— Você o viu?
— O Kaito não voltou até agora… - Killua cerrou os punhos, estreitando os olhos.
— Ele enfrentou aquele monstro?!
O presidente encarava os dois como se duvidasse do que diziam, e logo Novu e Morau também faziam o mesmo. Netero suspirou.
— Nós estamos assumindo a partir de agora, então vá descansar, Killua. - encarou Dante por alguns segundos, piscando os olhos confuso. - Dante-kun, eu sinceramente não sei se o deixo conosco…
O moreno estreitou os olhos, rangendo os dentes.
— Eu fico.
Morau riu da persistência do Hunter, pronunciando:
— Eu acho que é melhor que você vá descansar também, parece bastante cansado. - Novu o olhou reprovadoramente, repreendendo-o:
— Morau!
— Estamos procurando apenas os fortes, e estamos desesperados por ajuda. Você talvez possa nos ajudar, Dante-kun. - Netero olhou para Killua, logo dizendo: - Mandamos dois assassinos para o vilarejo mais próximo. Será sua decisão se quer lutar. Mas antes de voltar aqui, terá de derrotá-los. - o presidente jogou duas placas de madeira pequenas para Killua, que as pegou. - E quanto a você, Dante-kun… por que não descansa um pouco primeiro? Eu, Morau e Novu tomaremos as primeiras providências. - o Hunter, mesmo não concordando, assentiu, deixando seu corpo relaxar ali.
(...)
Killua e Gon já haviam saído há horas. Dante também já havia se recuperado, e Netero, Morau e Novu disseram que iriam para o formigueiro.
O moreno obviamente aceitou ir com os Hunters.
Eles demoraram, mas ao anoitecer chegaram naquele local. Tinha a visão do formigueiro, e de alguém familiar para Dante. Netero logo se pronunciou:
— Espera, aquela coisa é mais forte que eu? - Dante sentiu seu coração falhar uma batida. Deu passos pesados à frente, apontando para a criatura ali.
— É ele! - os Hunters o encararam confusos, arqueando uma sobrancelha. - Ele quem pegou a Mackenzie!
Logo lhe passou pela cabeça, se aquela coisa havia pego Mackenzie, quer dizer que as chances de ele ser mais forte que Netero eram grandes — mas nada se podia dizer sobre. Novu se pronunciou:
— Mas se é mais forte que o presidente, nenhum Hunter conseguirá derrotá-lo.
Netero pensou em discutir sobre aquilo, mas logo encarou Dante.
— Ela lutou contra aquilo?
— Creio que sim, presidente.
— Você lutou contra aquilo?
— Não. Eu fui buscar ajuda, mas Killua, Gon e Kaito já não estavam mais na floresta. - Morau e Novu se entreolharam, e o mais velho dos dois exclamou:
— Então você é como aquele garoto, fugindo do perigo. - Dante irritou-se no momento, virando-se para Morau.
— Por que você não vai encarar aquele monstro?! Duvido que tenha coragem de permanecer de pé depois de sentir aquele En! - Morau se calou no mesmo instante, rangendo os dentes.
“Que garoto problemático.”
— Ei, parem de brigar. - pediu Netero. - Precisamos atacar a Rainha, lembrem-se. - Dante bufou, juntamente a Morau. - Bom, quem tiver uma ideia brilhante, agora é hora de se pronunciar.
Novu fez algo com as mãos, como se abrisse um buraco no chão, tirando de lá a “arma” de Morau e entregando-a para ele. O mesmo pegou aquilo, colocando-o na boca e puxando o ar com rapidez; como numa tragada.
— Nós exterminamos as formigas em silêncio, uma de cada vez. - explicou Novu. Ao assoprar, a fumaça que deveria sair da boca de Morau transformou-se em coelhos, que se espalharam pelo chão.
— Sim, vamos com calma. - completou Morau. - Nada contra aproveitar um trabalho. Certo… primeiro vamos descobrir quantos inimigos são. Vão. - dito isso, os coelhos de fumaça pularam na direção do formigueiro, numa trilha.
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Neferpitou enxergava tudo de longe do formigueiro, onde vigiava. Logo chegou a conclusão, “são muitos. Tem alguma coisa vindo, mas eles não estão vivos… esse é o poder do inimigo? E agora, o que eu faço?”
— Talvez seja melhor esperar.
Uma voz grave vinda de trás de uma das torres do formigueiro foi ouvida, fazendo com que Neferpitou arqueasse uma sobrancelha.
— Se eles vierem aqui, nós precisamos destruí-los.
— Hm… você tem razão. Essas podem ser apenas iscas. - Pitou apoiou um dedo no queixo, pensativo. - Espera. Eu estava falando alto?
— Não. Eu só sabia o que você estava pensando.
— E quem é você mesmo?
— Um dos Guardas Reais da Rainha. - a criatura ali saiu das sombras, revelando a si mesmo. Um rapaz alto, loiro com asas coloridas de borboleta. - Shaiapouf. Menthuthuyoupi também irá despertar em breve.
“Entendo. Então você é o Shaiapouf.”
— Sim. Isso mesmo. - Neferpitou fez uma careta, franzindo o nariz.
— Você consegue ler os meus pensamentos. Não sei se gosto disso.
— Bem, pense o que quiser.
(...)
Algum tempo depois, Neferpitou encontrava-se sentado encostado na parede, dentro de um formigueiro. Parecia satisfeito. Sim, havia decidido qual seria sua habilidade.
Doctor Blythe, reparador de brinquedos.
Já consertara o que queria consertar. O que precisava consertar. Depois do homem alto de cabelos brancos, era apenas aguardar para ver o resultado daquela garota. Talvez aquilo tivesse dado certo, ou talvez apenas havia fracassado.
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Abriu os olhos. Tudo estava embaçado. Ela levou uma mão à face, logo coçando os olhos.
“O que foi isso? Um pesadelo?”
Tentou se levantar mas um ardor forte no seu braço esquerdo a impediu de fazer isso. Estranhou, afinal, aquilo estava muito forte pra dizer que havia dormido de mal jeito. Ao olhar em volta, deduziu:
“Mas… aqui não é o meu quarto. O que… ?”
Barro. Aquelas paredes pareciam ser feitas de barro. A garota, desesperada, olhou em volta novamente. Aquele lugar definitivamente não era a sua casa. Uma memória vaga lhe passou pela cabeça, e num flash de luz, ela se lembrou.
“Eu briguei com Dante… então me distanciei, e acabei lutando com aquela Formiga. Mas… isso é impossível…” mas não tinha outra alternativa sem ser aquela. “Estou no formigueiro.”
Mackenzie então checou seu braço. Encontrou linha ali, seu braço fora costurado de volta. A pele ao redor da costura estava vermelha — e ardia muito, ela nem sequer conseguia mexer o braço. A sua perna direita igualmente, estava na mesma situação.
“Claro… ele arrancou meu braço e minha perna. Mas por que costuraria de volta?”
Estava assustada. Aquilo não fazia sentido algum. Primeiro acordava num formigueiro após de perder um braço e uma perna, e logo após percebe que o inimigo costurara os seus membros novamente.
Não, tinha algo errado.
Olhou novamente para o quarto inteiro. No canto da “sala”, havia uma porta improvisada — provavelmente feita por Pitou —, de madeira e feita de um modo um tanto relaxado. O lugar onde estava também era uma cama improvisada, feita com madeira e folhas, na tentativa de deixá-la mais macia.
Logo o barulho da porta foi ouvido pela ruiva, e a mesma olhou para o local, temendo o pior. Aquela aura novamente, do inimigo que enfrentara, tomou conta da sala. Ela tentou ir para trás, mas não tinha onde ir.
Quem surgiu ali foi Neferpitou, como Mackenzie havia percebido a semelhança de auras. O mesmo a encarou com um sorriso, numa expressão um tanto surpresa.
— Oh! Parece que você acordou. - fechou a porta sutilmente, fazendo a ruiva estranhar um pouco a simpatia na frase. A quimera se aproximou da cama onde a ruiva estava, sentando-se no chão ao seu lado, de pernas cruzadas.
— P-por que eu estou aqui… ? - murmurou num fio fino de voz, fazendo com que Neferpitou se esforçasse para ouvir. - V-você quem costurou? - a ruiva apontou para o braço com certa dificuldade.
— Sim, fui eu. - o garoto sorriu orgulhoso, piscando um par de vezes. - Ah, me desculpe por isso, foi sem querer… - Neferpitou alargou o sorriso envergonhado, coçando a nuca. Mackenzie arqueou uma sobrancelha.
— Ninguém arranca membros de outras pessoas “sem querer”.
— Oh, sério? Desculpe-me.
— Você me salvou? - a quimera a encarou interrogativamente. - Por quê?
— Sim, obrigado por me lembrar. - a ruiva novamente fez uma careta.
“Que formiga mais… louca… ?”
— Eu quero informações. - Mackenzie olhou-o estreitando os olhos. Ela continuava sem entender. - Você me disse que estava com aquele homem alto de cabelos brancos.
— É, e-eu disse…
— Suponho que saiba sobre o Nen…
— … - Neferpitou gargalhou da reação de Mackenzie, pronunciando arrastado por conta do riso:
— Ah, eu estou certo…
— É Mackenzie. - o outro parou de rir no mesmo instante, e uma sutil confusão formava-se em seus olhos.
— O quê?
— Você perguntou meu nome antes da luta. - Neferpitou pareceu se lembrar, formando um biquinho com os lábios.
— Nee, você decidiu me contar.
— Qual o seu nome? - a quimera logo se espantou com as palavras da ruiva. Ela estava sendo um pouco amigável demais para uma prisioneira.
“Eu preciso descobrir tudo sobre essa quimera, então conseguirei ajudar Dante e os outros.”
— Nee… - cantarolou - por que está tão interessada de repente?
Mackenzie abaixou a cabeça. Ela não tinha o que argumentar com Neferpitou.
— Neferpitou. - a ruiva encarou-o, pensando “eu não sei, mas esse garoto me lembra a luz”. - Me chame de Neferpitou. - a ruiva sorriu fracamente para ele, que cerrou os olhos simpático. - Do que estávamos falando? Ah, sim. - pigarreou, colocando as mãos nos próprios joelhos. - Eu optei por perguntar diretamente a você do que usar outros métodos. - disse, referindo-se ao que fez com Pokkle no dia anterior.
— Sobre as informações que você quer… ?
— Isso. Sobre o Nen.
— M-mas… o Dante…
— Dante? - Neferpitou olhou para cima, pensativo. - Ah, o garoto que olhava para você enquanto nós conversávamos?
Mackenzie travou no mesmo momento. “Dante olhava pra mim enquanto eu conversava com Neferpitou?”
— O-o quê?
— Havia um garoto na floresta quando encontrei você… - o mais novo cerrou os olhos, se esforçando para lembrar. - Ele tinha cabelos pretos e…
— É ele. - Mackenzie logo pensou que não tinha mais ninguém na floresta naquele momento, e os únicos de cabelos negros eram Gon e Dante.
Gon não fugiria. Mackenzie andou tempo o suficiente com o garoto para saber disso.
— Pois, ele nos espiou por alguns segundos e correu para longe. - Mackenzie estreitou os olhos, e logo uma repentina raiva tomou conta de si.
“Como assim? Ele vê que estou em perigo e me abandona?!”
— S-sério… ? - a garota parecia corar de tão nervosa que estava com Dante — do qual não sabia o que realmente passara pela cabeça. Pitou tombou a cabeça para o lado, enrugando a testa.
— Você está bem?
— Vamos fazer um trato. - o outro estranhou a mudança de atitude repentina, mas acabou alargando o sorriso. Aquilo estava começando a ficar divertido. A quimera assobiou sutilmente, abaixando as sobrancelhas.
— Um trato, hm? ~ - murmurou, sem intenção de fazer a ruiva ouvir.
— Eu digo tudo o que quiser saber sobre o Nen ou qualquer coisa… - Neferpitou alargou ainda mais o seu sorriso, controlando-se a não rir vitorioso - se você me prometer que vai dar um soco no Dante da próximo vez que o vir por mim, e depois não vai mais machucá-lo. Ele… é meu amigo de infância.
Ela tinha certeza de que Dante viria atrás das formigas, designado por Netero. Certeza.
Quando a ruiva olhou novamente para Pitou, ele estava pensativo — sem nunca tirar o peculiar sorriso do rosto.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas aquela porta feita descuidadosamente de madeira foi aberta num movimento rápido, fazendo com que Mackenzie olhasse assustada para o local.
Outra aura absurda.
— Pitou, eu… - o loiro ali interrompeu a própria fase repentinamente ao ver Mackenzie. Ele fez uma careta e logo encarou Pitou como se pedisse por uma explicação naquele exato momento.
A quimera encarou-o, logo se levantando. Parecia feliz em vê-lo.
— Pouf!
Mackenzie novamente tentou se afastar, mas já estava encostada na parede.
— O que uma humana viva faz aqui dentro? - pela expressão do loiro, era claro que ele não havia gostado do que viu. Neferpitou não pareceu entender o motivo da desaprovação do mais novo.
— Ah, eu precisava dela para descobrir algumas coisas…
Shaiapouf encarou Mackenzie estreitando os olhos. A ruiva estremeceu com o olhar, e apenas fitou o chão na tentativa de despistar o outro — com aquele olhar, ela podia deduzir sem dificuldade alguma que se Pouf pudesse matá-la ali, já teria o feito. O loiro puxou Neferpitou pelo braço para fora do local, fechando a porta.
— Er… poderia me soltar, Pouf? - o guarda soltou o braço do mais velho, sem pensar em pedir desculpas.
— Todos os humanos vão direto para a Rainha.
— Quando eu não precisar mais dela, ela irá para a Rainha também.
— E por que precisa dela?!
— Eu te contei sobre o Nen, mas a pessoa quem me disse aquilo falou apenas o básico. - o loiro pareceu entender a intenção do outro, arqueando uma sobrancelha.
— E você quer se aprofundar mais no assunto.
— Exatamente. - Shaiapouf pensou por alguns momentos, logo concordando que era até uma boa ideia — mas tinha falhas desrespeitosas.
— E pretende arrancar tudo da garota?
— Sim. Ela estava com um grupo de humanos raros que estavam vindo para cá… - Pouf pulou no lugar, como se tivesse uma ideia brilhante.
— Aquelas pessoas que estavam vindo para matar o rei?
— Matar o rei… ?
— Há perguntas mais importantes que poderão ser feitas para a humana tirando o fator das habilidades de Nen.
— Mas eu tenho que aceitar um trato.
— Que trato é esse agora? - o loiro já começava a perder a paciência com aquela falação toda, e Pitou sempre tão sorridente já era algo que estava o incomodando.
— Ela quer que em troca das informações, eu dê um soco nesse amigo de infância e nunca mais o machuque. Só isso.
Shaiapouf sorriu sutilmente.
— Primeiramente, esse amigo dela estava vindo para matar o rei e trombou com você?
— Basicamente.
— Não sabemos se veremos ele novamente, então. E mesmo que ele venha e seja uma ameaça ao rei, você não precisaria se preocupar em não precisar ferí-lo. Eu poderia cuidar dele para você. Nas condições da humana, você não poderia machucar esse “amigo”. Quer dizer que outros guardas poderiam fazer o que quisessem com ele. Esse trato nos favorece, Pitou. Se trocarmos informações que garantam a segurança do rei, sairemos ganhando.
— Quer dizer que eu tenho de aceitar?
— Exatamente. Mas devo dizer que não confio na garota em primeiro lugar.
— Você nem falou com ela—
— E daí?
(...)
Shaiapouf puxou Neferpitou novamente para o “quarto” da humana — feito num local aleatório do formigueiro — após uma longa conversa, onde o mais velho explicara tudo o que havia ocorrido naquela luta. Fechou a porta sem fazer barulho, e Neferpitou se aproximou da ruiva, enquanto o mais novo escorava-se na parede.
— Nee, Mackenzie-san. O trato está feito.
A ruiva sorriu com a frase, logo apontando para Shaiapouf.
— Ele é… ? - murmurou; não queria que o loiro ouvisse.
— Ah, é o Shaiapouf.
— Hm…
— Aliás, aquele grupo planejava matar o rei? Você disse que não queria, mas não citou sobre os outros. - Shaiapouf começou a encarar a garota, que franziu o cenho.
Se ela dissesse que sim, talvez os dois fossem atrás deles — ela não poderia concluir nada, porque não os conhecia. Mas de qualquer modo, era arriscado dizer que sim. Então, com toda a segurança, a Nogushi pronunciou:
— Não.
O loiro, no canto da sala, deu passos pesados até a garota.
— Mentira. - a palavra fora pronunciada num tom alto e confiante, fazendo a ruiva se afastar sutilmente.
“O quê?!”
A mente dela de um minuto para o outro transformou-se numa confusão. Ela era um boa mentirosa, sempre foi. Qual era a de “Shaiapouf”? Leitura fria, talvez?
Neferpitou olhou para Mackenzie arqueando ambas as sobrancelhas. O loiro continuou:
— Se mentir outra vez, o trato será desfeito. - a ruiva logo começou a pensar se aquele homem detectaria todas as suas mentiras.
— Que cruel, Pouf. - o mais novo fuzilou-o com o olhar para logo cruzar os braços novamente e encostar na parede.
— Não estamos buscando informações falsas. - Mackenzie tinha uma sensação ruim sobre Pouf. Ele não parecia tolerante a qualquer coisa que ela fizesse. - Agora, humana, me responda. Foi fácil chegar até aqui?
Mackenzie piscou os olhos um par de vezes. Onde ele queria chegar com aquilo?
A pergunta fez com que memórias de quando ela e os outros estavam caminhando até o formigueiro chegassem em sua mente. Realmente, aquilo não foi fácil. Ela relembrou das lutas. Sim, Gon e Killua haviam acabado com os adversários rapidamente, e aquilo aparentemente havia sido fácil para eles. Killua havia eletrocutado um de seus oponentes, e Gon, além de usar a sua técnica Jajanken, havia esmagado um deles. Ela pensou em todos os golpes e lutas detalhadamente. Ali, provavelmente, o mais forte era Kaito, além de ela chegar perto de sua habilidade e força.
E aquilo fez com que ela perguntasse a si mesma; onde Kaito e Dante estariam naquele momento? Não que ela não ligasse para Killua e Gon, mas confiava mais nos seus amigos de infância, além dos garotos serem mais fracos.
— Não muito.
Shaiapouf olhou para a ruiva como se estivesse lendo a sua mente, e sorriu satisfeito. Cerrou os olhos pacientemente, dando-lhe as costas e abrindo a porta.
— Certo. Pode continuar com o seu questionário, Pitou. - Shaiapouf deixou a sala com um sorriso cínico, e Pitou deu de ombros. Ele não entendeu no momento, e se lembrasse perguntaria sobre aquilo para Pouf mais tarde.
— Qual o seu nome mesmo?
— Mackenzie.
— Mackenzie-san, agora eu tenho apenas algumas perguntas a respeito do Nen.
(...)
Aquele fora um longo questionário. Ela acabara por contar praticamento tudo o que sabia; exceto sobre as condições. Abrira a boca também sobre a Associação Hunter, e aquilo podia deixá-los mais alertas a questão de ataques.
Neferpitou se levantou, olhando para a ruiva.
— Acho que isso é tudo por enquanto.
“Por enquanto… ?”
— Está com fome? - a ruiva estranhou a pergunta; como se ele se preocupasse com ela. - Eu não sei exatamente o que humanos costumam comer.
— Não, tudo bem… uma fruta é o suficiente.
Depois que a quimera deixou a sala, decidido a achar uma fruta para Mackenzie, ela logo pensou coisas que talvez não deveria pensar. Afinal, Kaito havia dito que se simpatizasse com o inimigo, nunca iria conseguir aguentar o que viria a seguir.
“Esse garoto, Neferpitou… não é nenhum monstro.”
~x~
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NUUUUOOOOOOOOSSA PITOU COMO VC É GENTIL
Viu só, gente? A Mackenzie tá bem (mais ou menos né) shdfjkshdgjkshdjkfhsgjkshdf Cês estavam tão revoltz expressando uns "PQ ÇE FAZ IÇU MADOKINHA" JKGHKDJFHKDJHGJDKFHKG
É O POUF A INFELICIDADE, ESSE TRAPACEIRO HM
QUEM SACOU A PERGUNTINHA SIMPLES DELE???? BATE AQUI o/ (aposto q todo mundo sacou, mas ok)
Na boa, se eu fosse o Dante, eu ia ter que fazer terapia por mais uns anos e ainda iria gritar que nem o próprio Pouf (?) toda vez que visse um formigueiro, ou um gato. Bom, qualquer coisa que me lembrasse o Pitou.
Sim, eu gosto de tratar o Pitou como "ele" mesmo, além de achar às vezes que "a Pitou" é legal também qqq shjkghsdjfhsjkhgskjdhfsjkhgksj
Comentário mais aleatório, meu q
O próximo capítulo já será o especial de Natal. ^^ Se eu conseguir, postarei exatamente no dia 25, portanto preparem-se (WTF) HKDFJSHKJFD
Digam o que acharam, plis, e perdoem qualquer erro pq eu tive preguiça de revisar, porque o capítulo ficou tipo ENORME sz q
Bom, até o próximo capítulo. ~