Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay


Capítulo 21
Ciume e a História de Juca


Notas iniciais do capítulo

Demorei. Mas ta ai. Obrigada a todos que comentaram.



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Pov. Mosca.

– Não faz suspense Cinthia. - reclamou Cris.

– É fala logo. – disse Bia, estava tão curiosa quanto todos.

– Bom como as férias de vocês já está chegando. – Junior começou.

– E como o Mosca ta de volta, e agora temos novos companheiros. – Carol continuou.

– Vocês vão fazer uma viagem. - Cinthia terminou. As meninas ficaram eufóricas, gritavam e pulavam sem parar e eu também comemorei é claro. Juca e Marian pareciam animados, mas nem tanto. Eu até entendo, chegaram agora e não conhecem ninguém como é o caso do Juca, já a Marian é mais complicado por ela já ter morado aqui, não deve ser fácil ter de voltar.

– e quando vai ser? – rafa perguntou.

– pra onde vai ser? - Pata perguntou e me abraçou. Cara como eu senti falta desse abraço.

– E quanto tempo nós vamos ficar fora? Porque eu preciso escolher as roupas. – Vivi disse e todos riram.

– Calma gente. Ainda vamos resolver tudo. – Junior informou.

Ficamos na sala por um bom tempo conversando, Juca já estava mais enturmado e Marian, bom, ela conversava mais com a Pata e comigo. Mas com quem eu queria conversar era a Mili, às vezes ela me olhava, mas logo virava o rosto. Aproveitei que ela foi pra cozinha e fui atrás.

– Mili? – chamei. Ela se assustou um pouco e eu ri. – Desculpa, não queria te assustar.

– Tudo bem. – ela disse. – Eu to feliz por você ta de volta.

– Eu também. – eu disse e sorri. - Mili eu... - fui interrompido.

– Você virou amigo da Marian né? Rápido isso. – ela disse.

– É e o Juca também. Falando nela, vocês podiam ser mais agradáveis né? Ela acabou de chegar e vocês só deram assunto pro Juca.

– Você ta defendendo ela?

– Que? Eu não to defendendo ninguém. Mili eu só...

– Quer saber vai ficar com ela. Ela precisa mais do que eu. – ela disse e sai da cozinha. O que aconteceu com ela? Eu só fiquei fora por dois dias. Confuso eu estava voltando pra sala, e acabei esbarrando na Marian.

– Desculpa você apareceu do nada. – ela falou.

– A culpa foi minha. – eu disse e sorri fraco. Olhei pra Mili que quando me viu virou o rosto.

O dia passou e a noite chegou, Mili ficou sem falar comigo todo o dia. Depois do jantar Bia me chamou para ir até o pátio.

– Você fez falta sabia? – Ela disse e me deu um soco no ombro.

– Também senti sua falta, lá era terrível. – eu disse e nós rimos. – Mas pra que você me chamou?

– Porque a Mili não esta falando contigo? – ela perguntou.

– Não sei. – ela me olhou desconfiada. – é serio, eu não fiz nada. Bom... Não que eu saiba.

– Ta. E porque você passou o dia com a Marian?

–Eu não passei o dia com ela, também fiquei com a Pata, joguei bola com os meninos. Vocês que ficaram babando no Juca. – eu disse e pela primeira vez eu vi a Bia sem graça.

– Gente a Carol ta chamando lá na sala. – Tati falou depois que entrou correndo no pátio.

Quando entramos, todos estavam reunidos na sala, me sentei ao lado de Pata e a abracei. Olhei para Mili e sorri, mas ela não sorriu de volta. Depois dessa voltei minha atenção pro Junior.

– Então crianças, vocês vão passar o final de semana em um sitio. - Junior falou, e nós comemoramos. Depois da comemoração vieram as perguntas.

– E quando a gente vai? – Pata perguntou animada.

– Depois de amanhã. – Cinthia respondeu.

– Na quinta- feira, todo mundo vai ter que acorda cedo. – Carol brincou

– Mas a gente ainda tem aula essa semana. – disse Mili.

– Vocês vão poder faltar dois dias né crianças, afinal você não vão ter nada na escola ou vão? – Cinthia perguntou e todos negaram.

– Você também vai Carol? – Cris perguntou.

– Vai sim – a diretora respondeu. – Ernestina e Chico não que não vão.

– Porque Chicão? – Binho perguntou.

– Eu vou aproveitar pra visitar uns parentes meus. – ele respondeu.

– E eu também. – disse Ernestina.

– Legal. – disse Ana.

– Você também vai Junior? – Vivi perguntou e ele disse que sim.

Ficamos mais conversando sobre como seria essa viagem. O lugar seria aberto ao publico então teria diversas crianças por lá. Depois de um bom tempo Carol e Junior foram embora e Ernestina mandou todo mundo ir dormir.

– Diz ai Juca, o que você ta achando do orfanato? – Rafa perguntou depois de se jogar na cama.

– É melhor que o reformatório. – Juca respondeu. – E as meninas são bem gatas.

– Olha o cara – brincou Rafa. – acabou de chegar e já ta de olho nas meninas. – disse e nós rimos. Terminamos de nos arrumar e dormimos.

Pov. Pata

Estávamos no quarto conversando sobre o retorno do Mosca e a viagem. Marian estava no banheiro, então aproveitei pra perguntar as meninas o que aconteceu entre elas.

– Meninas, aproveitando que a Marian saiu. O que aconteceu entre vocês?

– Foi mais entre a Mili e ela. – disse Bia. Mili suspirou e começou a falar, mas Marian entrou no quarto e Mili ficou quieta. Ficou um silencio bem estranho, e acho que Marian percebeu, ela foi para sua cama e deitou, desejou boa noite e nós fizemos o mesmo, Mili me olhou como quem diz “te conto depois” e deitou.

Fui a primeira a acorda, bom, a segunda eu acho. Marian não estava no quarto. Resolvi me arrumar logo para a escola, peguei meu uniforme e fui ao banheiro. Quando voltei para o quarto às meninas estavam começando a acorda. Como eu já estava pronta desci para tomar o café da manhã, quando cheguei na cozinha Marian e Juca estavam conversando enquanto Chico preparava a mesa.

– Bom dia. – disse e me sentei ao lado de Juca.

– Bom dia. – disseram juntos.

– O que acharam do orfanato? – perguntei.

– É melhor que o reformatório que eu estava. – Juca respondeu.

– Mudou bastante. – disse Marian. – Assim como eu. – sussurrou para si, mas eu consegui escutar. O que será que aconteceu?

Mili passou a manhã toda sem falar com meu irmão. Bia e eu não estávamos entendo nada, mas preferimos não comentar. Quando chegamos ao orfanato trocamos de roupa e almoçamos. Depois do almoço foi cada um para um lado.

Estava no jardim, sentada no balanço e imaginando como seria a viagem, quando alguém se sentou ao meu lado, me virei para olhar e ele abriu um bonito sorriso no qual eu retribuo.

– Pata? – ele disse e eu o olhei, mas um silêncio chato se fez.

–Você... –dissemos juntos. – Desculpa. – dissemos pela segunda vez, e rimos da situação.

– Desculpa, pode falar. – Juca disse, sorrindo simpático.

– O que você ta achando do orfanato? - perguntei e tomei impulso para me balançar.

– Parece ótimo pra mim. – ele respondeu. Pude sentir que ele me olhava, o que me deixou envergonhada.

– Juca, como você foi parar no reformatório? – perguntei, mas senti que ele ficou um pouco incomodado. – Me desculpa, eu não...

– Tudo bem. – ele me interrompeu. – Eu morava em um orfanato, onde o dono obrigava a gente a roubar, mas eu nunca roubei de verdade. Eu chamava a atenção das pessoas. Eu fazia um som improvisado em alguns baldes e panelas na rua. E outra criança aproveitava a distração e pegava a carteira, mas uma vez deu errado o cara o sentiu tirar a carteira e chamou a policia, o garoto correu e me entregou, eu não pude fazer nada e acabei indo pro reformatório.

– Nossa, que barra você enfrentou. – eu disse.

– Verdade. Fiquei 1 ano naquele lugar, mas o que importa é que eu to aqui agora. – ele disse e sorriu, depois pegou impulso e começou a se balançar.


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Notas finais do capítulo

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