Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay


Capítulo 19
Um aliado, um plano.


Notas iniciais do capítulo

Ha nem demorei pra postar. Acho que ta legal.



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Duda saiu do orfanato resmungando pela rua e esbarrou em Paçoca.

– Você é cego por acaso? – Paçoca perguntou alterado.

– Vê se não enche moleque. – disse Duda irritado.

– Você acha que ta falando com quem? –disse Paçoca, encarando o garoto.

– Há... – suspirou Duda. – Como se não bastasse o Mosca tenho que lidar com mais um idiota. – disse pro nada.

– Pera ai, pera ai. Se não fosse pelo fato de você ter alguma coisa contra o Mosca eu te bateria por me chamar de idiota. – Paçoca disse mais calmo. – Como você o conhece?

Duda olhou desconfiado pra Paçoca.

– É assunto meu. E você o que tem contra ele? – disse.

– Também é coisa minha. – Paçoca respondeu.

Duda olhou em direção ao orfanato e viu Carmem entrar na casa. Viu também que ela carregava uma bolsa e segurava sua carteira na mão. Olhou para o menino de rua na sua frente e teve uma ideia.

– Acho que a gente pode se ajudar. – disse Duda. – Eu não gosto do Mosca assim você.

– Aonde você quer chegar playboy? – Paçoca perguntou impaciente.

Duda tinha um plano para se livrar de Mosca. Explicou tudo a Paçoca que concordou no mesmo momento. Roubar a carteira de Carmen e por a culpa no Mosca, assim a megera o mandaria pra longe, para um reformatório talvez.

– Eu vou tirar o Mosca do orfanato, e você rouba a carteira. Depois você me entrega para que eu possa colocar nas coisas dele. – Duda disse e Paçoca concordou. – Mas não se esquece de tampar o rosto.

Duda mandou uma mensagem pro Mosca, para que o encontrasse na praça perto do orfanato. Ele e Paçoca esperaram até que Mosca saísse da casa, e para a sorte deles minutos depois Carmen também deixou o orfanato. Duda foi distrair o órfão e Paçoca colocou sua parte do plano em ação.

Na praça.

– O que você quer? – Mosca perguntou impaciente a Duda.

– Deixar claro que não vou desistir assim tão fácil. - Mosca riu. - Você não vai rir quando eu estiver com ela.

– Ela nunca vai ficar com você. Sabe por quê? – disse encarando Duda que estava com um sorriso irônico no rosto. – Porque é de mim que ela gosta.

Dito isso, Mosca voltou para o orfanato e Duda foi ao encontro de Paçoca.

Perto da praça.

– E ai? Conseguiu? – perguntou Duda.

– Claro né mano, a tia lá é mó fácil de roubar. Toma ai. – Paçoca respondeu e entregou a carteira a Duda.

– Ela voltou para o orfanato? – perguntou.

–Acho que sim. Ela tava toda histérica. – respondeu.

– Legal, vou lá agora colocar a carteira nas coisas do Mosquito.

No Orfanato

– Você ta bem dona Carmen? – Chico perguntou entregando um copo d’água a ela.

– Mas é claro que não Chico. Eu acabei de ser roubada. – Respondeu arrogante.

Todos estavam na cozinha. E por algum motivo Duda chegou ao orfanato antes de Mosca. Aproveitou a distração de todos e foi até o quarto dos meninos, procurou pela a cama do menino e pôs a carteira em cima da mesma e saiu sem que ninguém o visse.

Minutos depois Mosca entrou em seu quarto com flores na mão. Viu a carteira em sua cama e achou estranho, decidiu perguntar aos amigos de quem era. Desceu as escadas e deu de cara com Carmen saindo da cozinha seguida pela as demais crianças.

– Mas o que é isso? – gritou Carmen.

– Flores dona Carmen. – Mosca respondeu despreocupado.

– Não seja insolente menino, estou falando da carteira. – disse apontando para o objeto na mão do menino.

– Há isso, eu achei...

– Então foi para comprar flores que você me roubou?

– O que? –disse assustado.

– Meu irmão não é ladrão. – Pata falou, e foi para o lado no irmão.

– Eu não roubei nada. Eu...

– Você não estava na casa. E agora me aparece com flores em uma mão e minha carteira na outra.

– Dona Carmen, eu conheço o Mosca, ele não faria uma coisa dessas. – Carol falou.

– Não me interrompa Carolina. As evidencias mostram o oposto. – Carmen andou até Mosca e pegou sua carteira. – Vou pensar em um castigo a altura do seu ato. – disse e saiu.

– Carol, eu juro que não roubei nada. – o menino falou.

– Mas porque você tava com a carteira? – perguntou Vivi.

– Eu fui ao quarto, e a carteira estava em cima da minha cama, eu desci pra perguntar de quem era.

– E como você conseguiu comprar essas flores? – Cris perguntou.

– Você acha que fui eu Cris? – Mosca perguntou nervoso. Cris não respondeu. – porque eu roubaria a irmã do dono do lugar onde eu moro? – todos ficaram calados. - Eu nunca roubei, nem quando morava na rua, sempre trabalhei pra conseguir comer e não é agora que tenho tudo que preciso que vou começar.

– Eu tenho certeza que o Mosca não fez isso Cris. – Bia falou e também foi para o lado do amigo.

– Eu só achei estranho. – Cris falou. – Mosca bufou, jogou as flores no chão e saiu em direção ao pátio. Mili pegou o pequeno ramo e disse.

– O Mosca é nosso amigo, ele nunca desconfiaria de nenhum de nós. Se ele disse que não roubo eu acredito, e vou continuar acreditando porque eu confio nele.

Triste o menino vai para o pátio do orfanato. Tentando entender como aquela carteira foi parar no seu quarto, alguém havia armado pra ele. Mas quem? Ninguém do orfanato tem motivos para fazer algo contra ele.
Estava tão focado em seus pensamentos que não notou a chegada de alguém no pátio, somente quando lhe tocaram o ombro que se virou assustado, para ver o quem era. Mili.

– Sou tão feia assim? – perguntou com o sorriso meigo que ele tanto gostava.

– Não. Você é linda. – ela corou e sentou-se ao seu lado. - Eu que não ouvi sua chegada.

– O que aconteceu? – Ela perguntou entregando-lhe as flores.

– Eu não roubei a carteira pra comprar as flores Mili.

–Eu acredito em você.

– Na verdade eu peguei elas no parque. Eram pra você. Desculpa por tê-las jogado no chão, é que...

– Eu sei. – disse Mili o interrompendo, segurou em sua mão e encostou a cabeça no seu ombro.


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Notas finais do capítulo

E vocês, curtiram?? comentem.



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