Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay


Capítulo 15
Entendendo Tudo errado


Notas iniciais do capítulo

Muita gente visualizando e poucos comentários... Comentem assim saberei o que estão achando.

PS: Desculpa a Demora



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/417451/chapter/15

Pov. Mosca.

Quase não consegui dormir na noite passada, pensando em como me declarar pra Mili de uma maneira legal e diferente. E de tanto pensar, eu tive uma ideia bem bacana, mas ia precisar de uma ajudinha.
Já estava me arrumando pra escola quando a Ernestina entrou no quarto feito um furacão.

– ACORDA CAMBADA DE ENERGUMENOS. – Gritou quase me deixando surdo.

– só mais cinco minutinhos Erne. – Resmungou Binho.

– Caraca, acho que fiquei surdo. – eu disse dando duas batidas de leve no ouvido.

– Primeiro: meu nome é ERNESTINA e Segundo: Nem cinco, nem dez e nem vinte. Quero todo mundo lá em baixo em 10 minutos. – Disse e logo se retirou do quarto batendo a porta.

Depois que a Ernestina saiu, Rafa e Binho foram se arrumar e eu fui ao quarto das meninas falar com a Pata e a Bia. Bati na porta e ninguém abriu então bati de novo e nada, estava prestes a bater pela terceira vez quando a Mili abriu a porta.

– Oi Mili. – Disse e sorri. Ela já estava com o uniforme assim como eu. – A Bia ta ai? - Perguntei.

– A Bia? – perguntou surpresa. Realmente não é comum eu ir ao quarto das meninas pra falar logo com a Bia. Porque eu não perguntei pela a Pata, é menos suspeito, afinal ela é minha irmã. Eu apenas assenti. – Ta sim. Pera ai. Ela falou fechando a porta. Pude escutar as meninas resmungarem alguma coisa que não entendi. Não demorou muito e a Bia apareceu.

– o que você quer garoto? – Disse Bia. Nada gentil.

– Calma. Eu só vim avisar que tive uma ideia de como falar pra Mili que gosto dela. Mas vou precisar da sua ajuda e da Pata também.

– e qual é o seu plano? – Perguntou. Nesse momento Cris, Vivi, Tati, Ana e Mili saíram do quarto.

– Depois da escola eu falo pra vocês. – disse no seu ouvido para as meninas não escutarem. Ela revirou os olhos e saiu. As meninas ainda estavam olhando, desconfiadas.

– Mili, a Pata ainda ta no quarto? – Perguntei pra disfarçar.

– Não. Ela foi a primeira a sair. – Disse meio seca. Pode parecer loucura, mas eu acho que ela ficou com ciúmes.

[...]

– Estamos todos aqui. Agora fala logo o que você pensou Don Juan. – Binho Falou, gerando risos nas meninas. Estávamos no pátio.

– Vou contar bem devagar se não vocês não entendem. – Disse dando uma risada. Enquanto eles continuavam sérios - Pata você vai ter que grudar na Mili, pra quando eu avisar você leva-la no parque amanhã.

– Ok. – Concordou.

– Binho e Rafa, vocês vão me ajudar a arrumar tudo.

– Mas tudo o que? – Rafa perguntou.

– Ainda não pensei nisso. Mas acho que o um apoio moral é um bom começo.

– Entendido. – Responderam Binho e Rafa.

– e o que eu tenho que fazer? - Bia perguntou.

– eu vou escrever uma carta e você vai entregar pra ela.

– por que eu?

– porque ela nunca vai desconfiar, e nenhum dos três aqui – Disse apontando em volta. – é muito bom com mentiras.

[...]

Eu já havia escrito a carta, e fui procurar a Bia. Ao chegar à sala, o folgado do Duda, estava sentado no sofá.

– o que você ta fazendo aqui? – Perguntei.

– Esperando a Mili que ta no quarto. – Respondeu no tom de superioridade que ele acha que tem. Olhei pela sala e vi Bia no computador.

– Bia? – Chamei. Ela se aproximou e eu entreguei a carta. – Entrega quando ela estiver sozinha. - Ela apenas assentiu e subiu as escadas.

– Bia, aproveita e chama a Mili pra mim. – Duda falou.

– Eu não sou sua empregada. – Respondeu subindo as escadas. Eu não me aguentei e comecei a rir da cara do Duda.

Pov. Mili.

Estava no quarto lendo, enquanto Cris suspirava pelo Thomas Ferraz e Tati Brincava com a Ana quando a Bia chegou ao quarto com uma carta na mão e um sorriso no rosto, que logo desapareceu quando nos viu. Séria ela guardou a carta em baixo de um livro, tentando esconder, mas não deu muito certo. Ela se virou e disse.

– há Mili, o Duda ta te esperando lá em baixo.

– Ta bem, obrigada. – Disse e logo me retirei no quarto.

Quando cheguei à sala Mosca estava sentado encarando o Duda enquanto o mesmo também, olhava fixamente para Mosca. Quando percebeu minha presença Duda de levantou deu um sorriso e me abraçou.

– Oi Duda. O que você ta fazendo aqui? – Perguntei com um meio sorriso no rosto.

– Vim te fazer uma visita. Vamos ao pátio? – Disse ainda sorrindo. Apenas concordei e o acompanhei. Conversamos e rimos, até a Bia aparecer.

– Gente vocês viram o Mosca? – Perguntou. Estranho, primeiro o Mosca vai atrás da Bia, agora ela estava procurando por ele.

– Ele tava na sala a ultima vez que o vi. – Disse. – Por quê?

– Há... É que a Pata ta querendo falar com ele, e pediu pra que eu visse se ele estava por aqui. Mas já que não esta. Tchau. - Disse logo saindo.

– Mili, a Bia e o Mosca estão saindo? - Duda perguntou.

– O que? Porque você ta perguntando isso?

– Eu o vi entregando um papel pra Bia enquanto eu estava te esperando, acho que era uma carta. - Como assim Mosca entregando uma carta pra Bia? Será que... Não Mili, é impossível que o Mosca goste da Bia.

– Eu já volto Duda. – disse me levantando.

Corri até a sala, e Mosca estava falando alguma coisa com a Bia, me escondi e tentei ouvir.

– Mas Bia, ninguém pode saber. – Mosca falou.

– Eu sei disso. Fica calmo, a carta ta bem guardada. – Bia respondeu. Em seguida eles subiram as escadas.

– Não pode ser verdade. – sussurrei pra mim mesma. Subi as escadas e fui direto para o quarto. O que eu ia fazer não estava certo, mas eu tinha que saber o que estava escrito naquela carta. Quando cheguei ao quarto não tinha ninguém, fui até a cama da Bia e peguei o papel que ela havia guardado mais cedo. Consegui ler apenas o começo.

“Escrevo essa carta, pois não tenho coragem de falar pessoalmente, olhando em seus olhos. Mas cada palavra escrita aqui é fruto de um sentimento puro e verdadeiro. Há muito tempo que tento tomar coragem para dizer que...”.

Não consegui terminar, Ana e Tati entraram no quarto e eu deixei a folha cair no chão, mas apenas o que eu li foi o suficiente para me deixar mal. Queria ficar sozinha, então sai dali, corri em direção ao banheiro, mas acabei esbarrando em Mosca o que fez com que eu caísse ao chão.

– Mili, você ta bem? O que aconteceu? – Ele perguntava ao estende a mão para me levantar. - Você ta chorando? Foi o Duda né. Vou da uma lição naquele folgado. – Ele falou já se virando para sair.

– Ele não fez nada. Eu to bem. – disse tentando esconder o rosto. Levantei e fui para o banheiro. Quando entrei Pata estava lá. Me olhou assustada e falou.

– Mili o que aconteceu? – Não consegui responder. Apenas a abracei.

Pov. Narrador.

Duda estava impaciente no pátio esperando a Mili. Resolveu entrar e ver o que tinha acontecido. Subiu as escadas e foi em direção ao quarto, pensou em bater, mas ouviu a voz de Bia e Mosca conversando. Curioso, escutou atrás da porta.

– Bia o que aconteceu com a Mili? – Mosca perguntou preocupado.

– Não sei. Acabei de chegar.

– Tudo bem. Você entregou a carta?

– Não tive como entregar, quando você me deu as meninas estavam no quarto e depois o Duda apareceu. – Ela respondeu, se virando para pegar a folha que havia guardado embaixo de um livro. Mas não encontrou – Ai caramba...

– O Que foi?

– Não ta aqui.

– Como assim não ta ai? Você não falou que tinha guardado?

– E guardei, só que não ta aqui. Alguém deve ter pegado. Sei lá.

– é melhor procurar. – Disse já levantando travesseiros e cobertas - Não acho que seja uma boa ideia uma carta onde eu falo que gosto da Mili perdida por ai. Procura em baixo da cama.

– Achei. – Bia gritou e Mosca suspirou aliviado – Não sei como ela caiu.

[...]

Mili não conseguia dizer por que estava daquele jeito. Pata resolveu não insistir, apenas consolou a amiga. Assim que Mili se acalmou Pata a levou até o quarto das meninas. Quando chegaram encontraram com Duda parado na porta.

– Duda? – Mili chamou. O menino se assustou, e virou para encarar a menina. – O que você ta fazendo?

– Eu... Eu vim te procurar ué. Você saiu e não voltou mais. – Respondeu nervoso.

– Atrás da Porta? – Pata falou desconfiada. Antes de Duda responder Mosca abriu a porta do quarto.

– Você estava escutando atrás da porta? – Perguntou em um tom mais alto que o normal. Mili ficou surpresa, e com os olhos marejados quando viu que ele não estava sozinho. Bia estava com ele.

– Mas é claro que não. Acabei de chegar aqui. – Duda falou. Ele não conseguiu escutar muita coisa, mas descobriu que Mosca estava prestes a se declarar para Mili. – Mili eu já vou. Nos vemos depois. Disse, despedindo-se da menina com um beijo no rosto.

– Você esta bem Mili? – Mosca perguntou. Mas a menina não respondeu. Passou por ele como se não estivesse ali e entrou no quarto fechando a porta.

– é impressão minha ou a Mili acabou de ignorar o Mosca? -Bia Comentou.

– Não foi impressão. Pata respondeu.

– o que você fez? – perguntaram Pata e Bia.

– Nada. – Mosca respondeu, erguendo as mãos para cima. - Eu acho que não fiz nada.

– Eu vo falar com ela. – Disse Pata andando em direção ao quarto.

– Não, espera. Deixa a Bia entregar o bilhete primeiro. – disse Mosca.

– Não acho que seja uma boa ideia. É melhor a Pata falar com ela. – Bia falou. Mosca concordou e Pata foi em direção ao quarto. Bia acompanhou Mosca até a sala e lá eles ficaram com os outros conversando, rindo e comendo como era o caso do Rafa e Binho.

O tempo passou rápido, e Mili ainda estava no quarto com Pata. Mosca não tinha notado até que Chico os chamou para jantar e todos foram em direção à cozinha. Sentaram em diversos lugares e Chico sentiu a falta de duas meninas ali.

– Onde esta a Mili e a Pata Crianças? – Chico perguntou.

– Elas estão no quarto. – Cris respondeu.

– Ficaram lá o dia todo Chico. – Tati completou. E Chico ficou com um semblante preocupado.

– Eu vou lá chama-las – Mosca falou, levantando da cadeira que estava sentado.

Quando chegou ao quarto bateu na porta aberta, chamando a atenção das meninas que estavam ali, Mili estava deitada com a cabeça no colo de Pata enquanto a mesma fazia carinho em seus cabelos.

– Posso entrar? – Mosca perguntou e Pata assentiu. – O Chico ta chamando pra comer. – o moreno disse se aproximando das meninas. Mili levantou do colo de Pata em silencio e olhou triste para Mosca que olhou para a irmã como se pedisse para deixa-los sozinhos. Pata logo entendeu e levantou para sair, Mili levantou para segui-la, mas Mosca a impediu parando em sua frente.

– Com licença. – Mili falou, olhando fixamente o chão. Mosca deu de ombros, levantando a cabeça da menina com a mão em seu queixo suavemente para que olhasse em seus olhos.

– O que aconteceu? – Perguntou preocupado. - eu fiz alguma coisa? Olha me desculpa, eu...

– Você não fez nada de errado Mosca. – Mili o interrompeu. – Eu só não estava me sentindo bem. – Mili forçou um sorriso. – Vamos?

Mosca a seguiu e logo chegaram à cozinha. Mili sentou ao lado de Bia e Mosca ao lado de Pata.

– Pata, o que aconteceu com a Mili? – Mosca sussurrou ao ouvido da irmã.

– Ela não quis me dizer. Disse que não estava se sentindo bem e pediu para que ficasse com ela. – Respondeu. Então voltaram a comer.

Depois de jantar a Mili não ficou sozinha um minuto sequer, estava sempre com uma das meninas. Mosca estava frustrado, assim Bia não conseguiria entregar a carta. Logo ficou tarde e Ernestina mandou todos irem dormir. Mosca aproveitou que todos estavam distraídos e chamou Bia.

– Entrega o bilhete a ela de manhã. À tarde eu vou espera-la no parque. Avise a Pata. - Mosca falou. E Logo subiram as escadas rumo a seus respectivos quartos para dormir.

Pov. Mili.

– Acorda cambada de energúmenos. – Ernestina gritava.

– Poxa Ernê, hoje é sábado. Deixa a gente dormi mais um pouquinho. – disse Ana ainda sonolenta, esfregando o olho.

– Nada disso. Já passou das 10h ta na hora de levantar e tomar café. Quero todo mundo lá em baixo em 15 minutos. – Disse retirando-se do quarto.

Olhei em volta e as meninas estavam levantando, então fiz o mesmo. Todas já haviam saído do quarto, restando apenas eu e Bia. Já estava me retirando quando ela me chamou.

– Mili? Eu tenho que te falar uma coisa. – Bia falou. Reparei que estava com um papel na mão, provavelmente a carta que eu havia lido no dia anterior. Então resolvi me desculpar.

– Olha, eu sei que não devia ter mexido nas suas coisas. Mas eu não vou contar pra ninguém sobre você e o Mosca. Só que eu precisava saber. Me desculpa. – Disse olhando o chão esperando por uma resposta. Mas ela apenas riu. Uma gargalhada na verdade. A olhei confusa, ela ainda estava rindo.

– Por isso você tava toda estranha comigo? – Bia falou, ainda rindo.

– Por que você ta rindo? – Perguntei confusa e um pouco nervosa. Esta bem que eu nunca falei a ninguém que gostava do Mosca, mas ela rir assim me estava incomodando bastante.

– Você ao menos leu a carta toda? – Perguntou já parando de rir.

– Não. – Respondi em um tom baixo.

– Então leia. – Ela falou entregando-me o papel, e se retirando do quarto ainda rindo. – Eu e o Mosca só pode ser brincadeira. – a ouvi dizer ao longe, seguido por mais uma gargalhada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai Curtiram??? Bia e Mosca? kkkk Acho que não né. Até o próximo capitulo. Nossa como ficou grande. A criatividade veio com tudo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nuestro Camino - Chiquittitas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.