Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay


Capítulo 12
Beijo roubado


Notas iniciais do capítulo

Che! Ai mais um capitulo pra vocês.



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Pov. Mili

Passaram-se vários dias e minha amizade com o Duda só crescia. Andávamos de patins, passeávamos no parque, jogávamos videogame sempre que eu ia à casa do Junior, e ele depois da Carmen sair do orfanato continuou a vir para me ver. É a Carmen finalmente deixou de ser a diretora, o Dr. José Ricardo achou melhor colocar a Cintia, namorada dele no cargo, eu preferia que fosse a Carol, mas todo mundo acha a Cintia legal só porque ela nos da presente, no dia que ela foi escolhida como diretora ela deu celulares pra todo mundo e vivia dando presentinhos doces, brinquedos essas coisas. Pata diz que ela esconde alguma coisa, pois esta sempre querendo agradar a gente, eu já não vejo razão pra tanto, pelo menos ainda temos Carol no orfanato e isso já ta bom pra mim. Fui tirada de meus pensamentos por Rafa.

- Gente, vamos brincar de pera, uva, maçã e salada mista?

- essa não é aquela brincadeira do aperto de mão e do beijo? – perguntou Bia.

- é essa mesma. – Binho respondeu.

- E pra que a gente vai querer brincar disso? – Cris perguntou e eles deram uma desculpa qualquer.

- Acontece Rafa, que só tem você o Binho e o Mosca de menino no orfanato. – Disse Pata.

- E dai? Perguntou Binho.

- E dai que um é meu irmão e os outros dois são vocês. – Pata respondeu, e nós rimos.

- E ai. Vão querer brincar ou não?- Rafa Perguntou. Nesse momento o Duda entrou pela porta falando.

- Brincar de que?

- Tava demorando. – Mosca resmungou revirando os olhos.

- de pera, uva, maçã e salada mista. – Vivi respondeu toda sorridente olhando pro Mosca.

- e você vai brincar Mili? – Duda

- Se todo mundo brincar, vou sim. - Respondi.

- eu não vou brincar, deus me livre ter que beijar um menino - Tati disse fazendo careta e Ana concordou.

- é melhor vocês não brincarem, até porque são muito novinhas pra isso. – Disse Vivi.

- o Binho também é novinho. – Bia.

- mas eu só vou escolher pera ou uva né não sou doido. – Binho.

- Então... Topam? – Rafa perguntou. Entreolhamo-nos e concordamos. Vai ser divertido.

Pov. Mosca.

Que ideia de gênio essa que o Rafa teve, não sei da onde ela veio, mas que bom que bom que veio. Quem sabe eu não acabo beijando a Mili. Mas porque esse garoto tinha que aparecer justo agora, quando eu finalmente tenho uma oportunidade com a Mili, o Duda aparece.

- então quem vai começar? – perguntei.

- que tal o Binho? – Rafa sugeriu e ele concordou, as meninas estavam sentadas no sofá a frente, menos Tati e Ana. Rafa tapou lhe os olhos e perguntou. Binho acabou escolhendo a Pata e pediu pera, Pata não gostou muito da deia, mas apertaram as mãos. - Agora uma menina. - Rafa olhou para todas e ninguém se manifestou. – há, qual é eu vou ter que escolher? –perguntou. Mas não se fez necessário Vivi se ofereceu.

- Meninos sente-se que eu vou tapar os olhos dela. – Bia mandou e assim o fizemos. Vivi acabou me escolhendo e pediu uva, não tive de reclamar era só um beijo no rosto, mas mesmo assim todos gritaram deixando-a vermelha feito tomate.

-Agora é minha vez. – Duda levantou sem que precisássemos perguntar.

Trocamos de lugar com as meninas e Rafa lhe tapou os olhos. Com um sorriso no rosto ele acabou escolhendo a Mili, e aquilo me deixou nervoso, ele poderia muito bem escolher salada mista e assim roubar o beijo que deveria ser meu. Mas ele optou por maçã, dei um suspiro de alivio, que durou pouco, quando Mili foi para beijar sua bochecha o folgado virou o rosto dando um selinho nela. Todos ficaram mudos, Duda estava com um sorriso no rosto, Mili parecia em choque e eu não conseguia me mexer, senti meu coração despedaçar não estava acreditando no que acabara de ver. Depois do choque inicial as meninas gritaram e por fim Mili se manifestou.

Pov. Mili

Não acreditei quando Duda me beijou, fiquei sem reação, uma mescla de sentimento se fez no meu estomago. Olhei para o Mosca, ele parecia tão desacreditado quanto eu, mas estava com um olhar triste. Depois do choque inicial mas meninas gritaram, fazendo com que eu voltasse a realidade e lembrando que o menino a minha frente havia me roubado um beijo.

- Por que você fez isso? – Perguntei em um tom mais alto que de costume, mas não cheguei a gritar.

- Me desculpa, quando você veio me dar o beijo eu acabei virando ao mesmo tempo, não foi de proposito. – Disse tentando esconder um sorriso. Virei-me seria e sentei na cadeira. Rafa na tentativa de aliviar a tensão que se formou na sala disse.

- Então... De quem é a vez?

- Pra mim a brincadeira acabou. – Mosca falou seriamente, olhando a mim e o Duda e em seguida saiu da sala sendo seguido pela Pata.

- eu vou pro meu quarto. – disse levantando-me do sofá e seguindo para as escadas.

[...]

Estava deitada na cama e um turbilhão de pensamentos rodeava pela minha cabeça, o beijo, o toque, o nervoso, o olhar de Duda, mas principalmente no olhar Triste de Mosca para mim. Enfim, fui tirada de meus pensamentos por um barulho, olho para o lado e me deparo com a figura de Duda ao meu lado.

- o que você quer? – pergunto timidamente ao levantar-me da cama e ficando sentada.

- pedir desculpas. – disse sentando-se ao meu lado. Apenas o olhei em silencio e ele continuou a falar. – vejo que você ficou um pouco chateada. Mas eu gosto de você, e muito. – Dito isso já não consegui falar nada, ele me beijou fiquei novamente sem reação por essa eu não esperava. Ele se afastou ao ouvir um barulho na porta, olhando para a mesma e logo olhando a mim.

- VOCE NÃO DEVIA TER FEITO ISSO. – falei nervosa e envergonhada. – Por favor, vá embora. – Disse em um tom mais tranquilo e envergonhado. Ele assentiu e saiu com um sorriso no rosto.

Pov. Mosca.

Depois do ocorrido, fui para o pátio. Ver a Mili beijando o Duda fez com que eu percebesse que estou com ciúmes, mas por quê? Porque tenho vontade de beija-la, porque fico triste ao vê-la com ele, porque teve que doer tanto ao vê-los juntos. Péssima ideia essa do Rafa, claro que isso poderia acontecer, porque eu não pensei na possibilidade dela acabar beijando outro.

- QUE DROGA! – Gritei, sem notar que Pata estava parada ao meu lado.

- você ta bem? – perguntou sentando-se a meu lado.

- to sim. – menti. Porque eu menti?

- não ta não, eu te conheço desde que me lembre. – Eu apenas a olhei. - você gosta dela não é? Perguntou, procurando meus olhos, que tentava desviar dos dela. – Me responde. – dessa vez ela fez com que olhasse pra ela segurando com as duas mãos minha cabeça.

- Não sei. Acho que sim. Sei lá. – disse a ultima parte tirando suas mãos de meu rosto e ela riu.

- Você mais cedo ou mais tarde vai ter que admitir que gosta dela. E seria melhor se fosse antes dela se apaixonar pelo Duda.

- Você acha que ela gosta dele?

- se não gosta, depois de hoje é provável que aconteça alguma coisa entre eles. – ela me olhou por um segundo e disse. – é melhor a gente entrar. – concordei e a segui até a sala.

Assim que entramos, sentei-me ao lado dos meninos e Ana e Tati desceram as escadas correndo e gritando.

- gente, gente, gente. – gritaram em uníssono

- que foi pirralha? – Bia perguntou a Ana.

- vocês não vão acreditar no que acabamos de ver. – Disse Tati.

- e o que vocês viram? – Cris perguntou.

- o Duda e a Mili. –Ana respondeu.

- e precisava dessa gritaria toda? – Bia deu de ombros.

- sim. – Tati respondeu. – porque eles estavam se beijando.

- O QUE? – todos gritaram.

Olhei para Pata no mesmo momento e ela a mim, fiquei visivelmente irritado e antes que percebessem revolvi ir para meu quarto, enquanto eu subia as escadas Duda descia com um sorriso no rosto, o olhei por alguns segundos e continuei a subir. Pude ouvir Pata gritar meu nome, mas não olhei para traz e continuei meu caminho até o quarto.

- Mosca. – Pata falava ao entrar no quarto, fechou a porta e sentou-se em minha cama. Pude sentir sua mão em meus cabelos, estava deitado encarando a parede em minha frente. Ela não disse nada, simplesmente me abraçou, me senti confortável pela primeira vez ela estava cuidando de mim e não ao contrario. Levantei sentando-me na cama. – O que você vai fazer?

- Nada. Eu não vou fazer nada. Sabe Pata, eu pensei que ela gostava de mim, mas pelo jeito estava errado. – Respirei fundo. – tentarei me afastar dela, falar apenas o necessário.

- Eu te entendo.


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Notas finais do capítulo

Sei que não deve ter sido o que vocês queriam, mas é necessário ter um "rival"