Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay
Notas iniciais do capítulo
Demoro, mas chegou.
Capitulo 11
Pov. Mili
Apesar de o Duda ter sido um chato comigo no dia que apareceu aqui no orfanato pela primeira vez, acabei descobrindo que ele não é tão ruim assim, ele só um pouco solitário e não sabe muito bem como se mostrar pras pessoas, então ele ta sempre sendo arrogante e metido pra tentar esconder quem é.
[...]
Estávamos na sala fazendo a lição, Cris, Vivi e Pata estava sentada em um sofá, Ana e Tati no outro com Carol, Bia e eu estávamos cada, sentadas nos sofás pequenos e os meninos estavam no computador quando Ernestina chega à sala gritando.
- Mili telefone.
- pra mim? Quem é Erne? – Perguntei surpresa.
- como se não bastasse virar secretária de pirralha tenho que saber quem é. – reclamou. - é um tal de Didi, Dado, Didu....- tentava lembrar o nome.
- Duda? – sugeri e ela concordou. As meninas começaram a cantarolar.
- Duda, Duda liga pra Mili que ela fica muda... E o anel é de prata ou de ouro? Isso vai da casamento ou namoro?
- para gente, isso não tem nada a ver. – disse levantando-me para atender ao telefone.
Ligação on
Mili – alo?
Duda-oi Mili é o Duda.
Mili – oi Duda, tudo bem?
Duda – tudo sou eu te liguei pra te chamar pra ir ao cinema comigo.
Mili – eu não posso a D. Carmen não deixa ninguém sair.
Duda – mas eu já falei com ela, e ela me deixou levar só uma pessoa e eu escolhi você.
Mili – então ta.
Duda – legal, mas tarde eu passo ai pra te pegar. Tchau.
Mili – tchau.
Ligação off
Voltei para sala, todos estavam centrados na matéria, puxei a Pata para o pátio e contei do contive do Duda.
- mas você não vai poder sair. A Dona Carmen não deixa. - Disse Pata, sentando-se no banco.
- ele falou que ela só deixou uma pessoa, e ele me escolheu. - Respondi.
- hm, será que ele vai querer te beijar?
- para Pata, assim você vai me deixar mais nervosa, mas eu também nem sei se eu vou.
- por quê?
- porque vai ser vacilo com vocês, que vão ficar só na vontade.
Pov. Mosca
Estávamos na sala conversando com a Cintia e a Carol, quando o folgado do Duda chegou chamando a Mili pra ir ao cinema. As meninas logo se exaltaram, e a Cintia resolveu levar todos ao cinema.
Duda e Mili beberam refrigerante no mesmo copo e ao mesmo tempo e o folgado do Duda me olhou arqueando as sobrancelhas, mas Mili me ofereceu e eu aceitei. Depois ele tentou por o braço por volta da Mili, mas eu não deixei. Que folgado. Vivi tentou segurar minha mão, mas eu tirei antes.
Quando voltamos pra casa a Dona Carmen estava no sofá nos esperando. Ela estava muito nervosa, brigou com a Carol, disse não ter dado autorização para sair e a dispensou. Com um sorriso meio sinistro, ela nos castigou, obrigando – nos a escrever 300 vezes no caderno “não devo desobedecer à dona Carmen”.
Os pequenos já estavam cansados e com suas mãos doendo. Joguei meu caderno no chão e todos me olharam assustados.
- eu não vou mais escrever. - Disse.
- mas o que é isso? Pegue esse caderno, agora mesmo. – Disse D. Carmen.
- eu não vou mais escrever. Eu não preciso escrever 300 vezes pra entender. As nossas mãos já estão doendo.
- Eu concordo com o Mosca. Os pequenos já estão cansados. – disse Mili.
- Muito bem, todos estão liberados- Suspirei de alivio. – Menos o Mosca e a Mili. – Disse para. – Vocês vão ter que completar o caderno inteiro.
- você não pode fazer isso. – Pata se manifestou.
- ou eles copiam, ou todos terão de copiar.
Peguei meu caderno e voltei a escrever, sou mais resistente que os pequenos. Por um lado fiquei feliz em passar um tempo sozinho com a Mili, mas não queria deixa-la naquela situação.
Logo todos foram dormir, restando apenas Mili, eu e Ernestina, que dormia no sofá. Ernestina roncou e me virei para olhar, logo pus meu olhar em Mili, dei um sorriso de canto e ela retribuiu e disse.
- To morta de sono.
- Meu braço já até dormiu. Disse levantando o braço e deixando-o cair, mole e sem esforço. Chico entrou na sala levando um sanduiche pra matar a nossa fome. Mili agradeceu e sentou em frente à mesa onde Chico botou a comida e eu fiz o mesmo.
- Vamos comer? Perguntou.
- Metade pra cada. Respondi dividindo sanduiche.
Terminamos de comer e logo voltamos a escrever, e infelizmente ainda faltava muita coisa pra terminar, mas estar ali com ela era bom. Resolvi quebrar o silencio e conversa um pouco.
- Mili, você gostou do filme?
- Gostei, foi o máximo. – Sorriu.
- Também curti.
-Nem lembrava da ultima vez que fui ao cinema.
- Valeu a pena ter ido mesmo com o castigo. – Ernestina ronco e ficamos em silencio. A Ernê faz barulhos bem estranhos quando ta dormindo.
- Também acho, mas minha mão ta doendo muito. – Comentou abrindo e fechando a mão, creio que para amenizar a dor.
- Me da o seu caderno. – Disse já o pegando da mesa.
-pra que? – Perguntou confusa.
- Eu faço umas linhas pra você.
- Não precisa, e a minha letra é muito diferente da sua.
- É verdade. – Devolvi-lhe o caderno fazendo nossas mãos se tocarem e me deixando um pouco envergonhado. Por algum motivo ficar perto dela me deixa nervoso. Resolvi quebrar o clima, e falei sobre o Duda. – O dia foi bom, só seria melhor se o Duda não tivesse ido.
-Você ainda não gosta dele?
- Não é que eu não goste.
- Não? – Perguntou desacreditada.
- É que ele é folgado demais. – Ela riu.
-A gente já conversou sobre isso, já disse que não e bem assim, no fundo ele é só triste.
-Triste onde? – será que ela gosta dele? – Vem cá, por acaso você ta gostando dele Mili?
- Eu só to sendo legal, e tentando enturma ele. – Sorriu, mas logo reclamou da mão. – Ai, minha mão ta doendo.
- Espera. - Disse pegando seu caderno.
- Mas e a letra?
- Vai doer um pouco mais pra fazer igual a sua mais da. - ela me olhou pra falar alguma coisa mais a interrompi. – Não precisa falar nada só descansa.
- Mosca. – a olhei e ela agradeceu com um sorriso no rosto, fazendo com que eu sorrisse de volta e voltasse a escrever.
Finalmente terminamos, estávamos indo para nossos respectivos quartos, quando chegamos ao meio da escada ela me olhou, beijou meu rosto e agradeceu envergonhadamente. Eu sorri eu fui para meu quarto dormir.
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Próximo capitulo só com comentários.