Chegou A Sua Vez Daniel Valencia escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Estou postando mais um capítulo. Se puderem comentem, espero que gostem.



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Daniel estava se sentindo tão feliz, como há muito tempo não se sentia.

Suzana era tudo o que sempre sonhara na vida!

 Uma mulher que ele amava e que o fazia se sentir amado. Uma mulher que com sua alegria, havia transformado o seu coração!

 Ela era meiga, bonita, inteligente, alegre, amiga, companheira. Enfim quanto mais a conhecia mais sentia que sua vida se completava com ela.

“Estou feliz e farei Suzana muito feliz também. - pensava Daniel enquanto observava-a levantar-se e ir ao banheiro - não vou contar nada a ela, sobre a verdadeira história de nós dois! Eu e ela merecemos esta felicidade! Ainda que no futuro ela descubra, mas agora vou desfrutar desta minha vida com ela. E serei para ela o melhor homem, o melhor marido do mundo!”

Suzana também estava muito feliz! Dava graças a Deus, pois sentia que Daniel a amava! “Ele foi tão gentil e delicado comigo! Como eu sempre imaginei que seria. Debaixo daquela aparência de homem frio e orgulhoso, há um homem cujo coração é imenso e cheio de amor! E fico feliz em ter descoberto, o verdadeiro Daniel!”- pensava enquanto tomava banho.

“Tudo o que estou vivendo com Suzana está sendo lindo e maravilhoso. Eu a amo do fundo do meu coração, como jamais pensei que poderia amar alguém!”- reflete Daniel enquanto se veste.

Assim que Suzana surge na porta do banheiro, vestindo um baby-doll cor de rosa, Daniel fica mudo, parado, observando-a: “Como é linda a minha Suzana, ela parece verdadeiramente um anjo, com esses cabelos loiros e esses lindos olhos azuis!”

- Meu amor, estou morrendo de fome. E você? – pergunta Suzana, enquanto ajeita os cabelos ainda úmidos.

- Eu também, estou faminto, meu anjo. - diz Daniel.

-Olhei no forno, quando cheguei do trabalho e vi que você fez uma torta, parece deliciosa. – acrescenta ele sorrindo-lhe.

- Então vamos jantar, meu amor. – diz ela estendendo-lhe a mão.

Daniel segura a sua mão e a puxa para si abraçando-a forte e beijando-a com imensa paixão.

-Meu anjo, eu te amo tanto! - diz ele quando consegue parar de beijá-la.

- Eu também te amo meu amor. – fala Suzana comovida, pois era a primeira vez que ouvia esta declaração de amor feita por Daniel.

Os dois se dirigem para a cozinha e juntos vão preparando tudo para o jantar.

Colocam os pratos e talheres sobre a mesa da sala, por fim a torta e uma jarra de suco de laranja que Suzana havia preparado.

Enquanto jantam conversam alegremente sobre o dia que tiveram.

É Suzana quem mais fala, está radiante!

Ela relata suas peripécias na decoração da sala, e a ajuda que tivera de dona Margarida, a esposa do porteiro. E por fim, conta sobre a mais recente amizade que fizera, dona Silvia, proprietária da floricultura e a ajuda que deu a ela.

Suzana relatava tudo com graça e desenvoltura, para Daniel era impossível não se apaixonar por ela!

Inteligente, graciosa e alegre. Transformava a conversa em algo realmente interessante e atrativo.

“Esta é a minha Suzana, o meu anjo, a minha “esposa”. - Pensava Daniel todo orgulhoso.

Após o jantar, juntos arrumaram a cozinha.

 Estavam muito alegres, pareciam duas crianças que se descobriam e se divertiam juntas.

Quando chegou a hora de se deitarem para dormir, não resistiram e se amaram novamente. Para eles era uma felicidade estarem juntos, e aproveitarem cada momento!

Nesta noite ao invés de dormir abraçada ao travesseiro de Daniel, ele próprio a abraçou e assim juntinhos tiveram a primeira noite em que se sentiam realmente casados.

Para Daniel tudo era novo. Gostava desta nova vida que estava se apresentando a ele. Uma vida nova com esta mulher companheira, alegre e amiga, que o fazia esquecer-se de tristezas e mágoas do passado.

Abraçava cada vez mais a sua Suzana, o seu anjo, com medo de perdê-la e com ela a sua felicidade. E assim observando-a dormir também pegou no sono.

A manhã seguinte, era um sábado e portanto, Daniel não tinha que ir ao trabalho. Suzana combinou com ele de irem, após o café da manhã, fazer uma caminhada no parque próximo ao edifício onde moravam.

Daniel colocou o moletom azul marinho e Suzana um agasalho azul claro, que era de Maria Beatriz, e que ficou um pouco largo para ela.

Mas estava tão alegre que nem se importou, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e ficou linda, como observou Daniel.

Saíram juntinhos e de mãos dadas do elevador. Quando os viu, o porteiro foi logo cumprimentando-os:

- Bom dia doutor Daniel! Bom dia dona Suzana!

- Bom dia seu Dito! Tudo bem com o senhor? E a sua esposa a dona Margarida, ela vai bem?- pergunta Suzana toda gentil.

- Sim, obrigado! Ela vai indo bem sim. - responde o porteiro todo alegre com o interesse demonstrado por Suzana.

- Bom dia seu Dito!- cumprimenta também Daniel, um pouco sem graça.

Terminadas as saudações e os cumprimentos, o casalzinho sai do prédio de mãos dadas, todo alegre e sorridente.

“O que uma mulher pode fazer na vida de um homem! Que transformação! Desde que esta moça veio viver aqui com o doutor Daniel, noto que ele está mudado! E mudado para melhor! Mais simpático, mais sorridente, enfim vejo que ele está feliz. Bendita seja a dona Suzana que entrou na vida deste moço! Antes vivia tão só e triste. Desejo que sejam muito felizes.”- ficou refletindo seu Dito enquanto observava o casal ir se distanciando de seus olhos.

Daniel sorria ao escutar as observações de Suzana quando iam chegando ao parque.

- Olha Dani, quantas árvores altas há neste parque. Creio que de várias espécies! E que flores belas e coloridas, posso sentir o perfume que elas exalam! Veja que crianças lindas brincando no tanque de areia! Adoro crianças!

Para ela tudo era novidade. Tudo era motivo de um comentário. Para Daniel também tudo era novidade, pois jamais havia notado, as árvores, as flores, ou as crianças ao seu redor. Não se interessava por nada!

Vivia num mundo só seu! Sem alegria de viver!

 Como amava o jeito dela ser! Que entusiasmo pela vida!

Ela estava lhe ensinando a olhar o mundo com outros olhos! Com olhos de alegria, alegria de viver!

Depois de fazerem uma boa caminhada, se sentam em um banco e abraçadinhos ficam observando as crianças brincarem.

Estavam tão absortos que não notaram um casal se aproximando deles, o homem estava empurrando um carrinho de bebê.

- Olá como vai Daniel Valencia?- diz o homem com uma voz potente cumprimentando-o.

-Ah! O...Olá como vai Armando? – diz Daniel tendo um sobressalto.

- E como vai Betty? Acrescenta se dirigindo a moça que o acompanha.

- Vou bem! – fala Betty meio sem graça.

-Muito bem! – fala Armando. E quem é esta bela jovem que está com você?

-Ah! Esta é a Suzana. – apresenta-lhes Daniel todo sem jeito.

- Muito prazer!- fala Suzana, toda feliz. E quem é esta linda garotinha?- acrescenta sorrindo para a bebezinha.

- Esta é nossa filha, a Camila. –fala Betty sorrindo para Suzana.

- Posso segurá-la um pouquinho?- pede Suzana.

- Claro que sim. – diz Betty retirando a pequena Camila do carrinho.

Assim que fica no colo de Suzana, Camilinha começa a sorrir para ela e curiosa segura o seu dedo.

Suzana fica encantada com a esperteza da garotinha.

- Que bom, ela gostou de você. - diz Betty, feliz, pois também simpatizou muito com Suzana.

Enquanto Betty e Suzana conversam e observam as reações da pequena Camila, Armando Mendoza pergunta a Daniel quem é realmente aquela moça.

Daniel fica nervoso e diz para Armando:

- Bem, Armando, é uma longa história. Quando estivermos a sós eu lhe contarei. - abaixando a voz acrescenta: Ela não pode saber de nada. – diz olhando para Suzana que sem notar a sua aflição, continua brincando com a Camilinha e conversando com Betty.

- Bem, do jeito que você está, ela deve ser muito importante. Não estou certo?- fala Armando, todo atento às reações de Daniel.

- Sim ela é muito importante para mim, você não tem nem idéia o quanto. - completa Daniel continuando com a voz baixa.

Daniel não sabia como havia se aberto tanto assim com Armando, seu rival, mas precisava desabafar, confiar em alguém. Mesmo que esse alguém fosse Armando Mendoza.

-Daniel, meu amor, ela não é uma gracinha?- fala Suzana a Daniel, mostrando-lhe Camila que tenta colocar o seu dedo em sua boquinha.

-É mesmo ela é uma graça! – fala Daniel tentando disfarçar sua aflição.

-Suzana, porque vocês, não vêem qualquer dia jantar em casa? –convida Betty toda simpática.

-Vamos qualquer dia meu amor?- pergunta Suzana a Daniel toda radiante.

- Vamos sim, Suzana, qualquer dia destes a gente vai. – fala tentando ser agradável.

-Agora temos que ir, não é meu anjo?- diz Daniel a Suzana.

Ela concorda meio a contragosto, entrega a pequena Camila a sua mãe. Não sem antes enchê-la de beijinhos carinhosos.

Daniel e Suzana se despedem do casal e partem rumo ao apartamento.

Enquanto isso Armando intrigado fala a Betty:

- Betty,meu amor, você não achou que o Daniel está meio estranho?

-Ah! Meu amor. Para mim ele sempre me pareceu assim estranho. - fala ela naturalmente, enquanto coloca a pequena Camila de volta ao carrinho.

- Não meu amor! Eu achei que ele está muito diferente! E me parece que a causa de tudo isto é essa moça. - diz Armando convencido de que estava certo.

-Bem meu doutor, pelo menos esta moça, a Suzana o deixa mais calmo e tranqüilo e parece que menos orgulhoso. Eu e a Camila gostamos muito dela. Não é meu bebê? - diz Betty enquanto acaricia a filhinha, que sorri, sacolejando seu corpinho no carrinho.

Armando, não resiste e sapeca um beijo na bochecha gordinha de sua filha, que mais que depressa agarra seus cabelos com suas mãozinhas, deixando-o todo despenteado.

- Não sei, meu amor.- diz enquanto passa as mãos em seus cabelos, tentando arrumar o desastre que Camila havia aprontado. – Eu acho muito estranha esta relação de Daniel com essa moça. Ele não falou quem ela é. E quando lhe perguntei, desconversou.

-Sabe, Armando, para tirarmos as dúvidas, vamos convidá-los para virem em casa no próximo sábado. Não gosto muito do Daniel, mas a Suzana me conquistou com sua simpatia. O que você acha da idéia? - fala Betty tentando como sempre tranqüilizar o marido.

- Tudo bem meu amor, eu concordo. – assente Armando, beijando sua Betty com carinho e  ternura.

Enquanto empurra o carrinho de Camila com uma das mãos e com a outra colocada sobre os ombros de Betty, Armando vai caminhando em direção ao seu carro. Mas um pensamento povoa sua mente:
“Tenho certeza de que vi esta moça em algum lugar, mas não me lembro onde...”


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Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.