Chegou A Sua Vez Daniel Valencia escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Estou postando o segundo capítulo da fanfic. Espero que gostem e se possível comentem.



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Enquanto Suzana estava tomando banho no banheiro da suíte, Daniel telefona para a farmácia e encomenda os medicamentos que o médico receitou para ela. Pede que os entreguem com urgência. O farmacêutico diz que em 15 minutos entregarão tudo o que ele pediu.

Daniel aproveita entra no seu quarto e pega o pijama e o roupão e se dirige ao banheiro de hóspedes, onde pretende tomar um banho também.

Enquanto a água do chuveiro escorre pelo seu corpo Daniel pensa:

“Onde eu estava com a cabeça! Por que fui mentir, inventar essa farsa toda? Essa pobre coitada deve ter um marido esperando por ela. E ainda por cima um xará meu! Se ele começar a procurá-la estou perdido! Em que confusão eu fui me meter! E agora, não posso voltar atrás. Senão posso até ser preso! O jeito é continuar com isso, quem sabe logo ela recupera a memória e eu lhe digo tudo o que aconteceu, realmente. Ela vai entender. Não parece ser má pessoa.

Daniel termina o banho, se enxuga, se veste e retorna à sala. Neste momento toca o interfone. O porteiro avisa que tem uma encomenda da farmácia para ele e se pode mandar subir. Daniel concorda e fica aguardando o entregador chegar com os remédios.

Logo tocam a campainha do apartamento e Daniel atende, é o rapaz com os remédios. Ele paga, agradece e fecha a porta.

Quando se vira para colocar os remédios sobre a mesa se depara com uma linda visão: Suzana de camisola azul, cabelos úmidos e soltos encaracolando-se pelos ombros.

Ela se aproxima de Daniel e pergunta:

-São os meus remédios, meu amor?

Daniel sente o leve perfume de sabonete que vem do seu corpo. Aquele perfume, aquela linda visão e aqueles lindos olhos o hipnotizam, não consegue se desviar deles.

Suzana pensa que ele vai beijá-la e fica imóvel. Mas Daniel se recupera a tempo e bruscamente lhe entrega os remédios sem nada falar e vai imediatamente buscar um copo de água na cozinha, para que ela tome os remédios.

Suzana fica parada sem ação. Não entende porque ele age assim, porque ele é tão frio com ela! Se são casados! Por que não a beijou?

Daniel enche o copo com água, está nervoso, sente uma grande atração por Suzana e ao mesmo tempo sente-se impotente, não pode fazer nada com ela, nem abraçá-la, nem beijá-la, nem tão pouco fazer amor com ela. Como toda mulher bonita ela o atrai. Mas ela é proibida para ele. É uma mulher casada e ainda por cima uma mulher que ele está enganando! Apesar de tudo não seria tão canalha a este ponto.

Volta da cozinha e lhe entrega o copo com água. Suzana retira um comprimido de cada embalagem, coloca um de cada vez na boca e com pequenas goladas de água toma os remédios. Entrega o copo a Daniel e vai ao quarto deles.

Daniel fica desconsertado sem saber o que fazer. Resolve ir atrás dela e pergunta:

- Está tudo bem com você?

- Está sim meu amor, creio que estou um pouco zonza, acho que é por causa da pancada na testa. Olha eu vou me deitar um pouco viu?

- Tudo bem. – reponde Daniel saindo do quarto.

Ele entra na cozinha e procura algo pra comer. Nada! Na geladeira só tem algumas garrafas de água, nada, além disso. Como ele nunca faz suas refeições em casa, não se preocupa em abastecer a geladeira.

Aliás,  quase não recebe hóspedes em seu apartamento, a não ser sua irmã, Maria Beatriz que vez ou outra o visita. Geralmente as visitas que ele traz ao apartamento são namoradas ocasionais, que duram em média uma noite. Para ele é muito difícil compartilhar o seu espaço com outra pessoa, sempre viveu só e assim pretende ficar.

Para Daniel, a presença de Suzana era um incômodo, incômodo que ele mesmo provocara. Agora tinha que agüentar. Aguentar até que ela recupere a memória. O que desejava que acontecesse o mais rápido possível!

Mas enfim teria que providenciar uma estadia confortável para a sua hóspede.

 “Suzana deve acordar com fome. Não sei o que ela gosta, em todo caso vou pedir comida japonesa pelo telefone”- pensa ele.

E assim o faz, pega a agenda, procura o telefone de algum restaurante que entrega comida a domicílio e faz o pedido. Prometem que entregarão em no máximo meia hora.

Enquanto isso Daniel senta-se no sofá e pega o jornal procurando artigos sobre economia, seu assunto preferido. Se põe a ler e esquece por alguns minutos de seus problemas.

Não vê o tempo passar e acaba cochilando no sofá. Acorda com o som do interfone. É novamente o porteiro, este lhe pergunta se o entregador pode subir com a encomenda do restaurante, Daniel confirma.

Daí a pouco tocam a campainha, ele abre a porta, pega a encomenda, paga ao rapaz, agradece e fecha a porta.

Coloca a comida sobre a mesa da sala e prepara tudo para a refeição, os pratos, os talheres , os copos e uma garrafa de água mineral.Quando tudo fica pronto vai ao quarto chamar Suzana.

Quando lá chega ela ainda está dormindo. Daniel fica parado observando-a.

Suzana parece um anjo, seu corpo é frágil e delicado. Ela está abraçando o seu travesseiro e seu semblante é calmo e sereno.

“E agora como é que eu vou acordá-la sem assustá-la”-pensa Daniel.

Se aproxima da cama, senta-se na beirada e num impulso passa a mão nos cabelos de Suzana.

“Eles são tão macios e sedosos e que cheiro bom.”

Nisso Suzana acorda assustada, senta-se abruptamente na cama.

- Desculpe- diz Daniel, eu te assustei?

Suzana custa a falar, é como se ainda estivesse sonhando. Olha Daniel e aos poucos recorda os últimos acontecimentos. O hospital, as enfermeiras, o médico e Daniel, o seu marido.

Dá um lindo sorriso e lhe diz:

- Oh, meu amor eu estava sonhando e perdi a noção de onde estava, eu é que te devo desculpas.

Daniel fica meio desconcertado com o jeito carinhoso dela. Mas tenta se mostrar indiferente.

- Suzana, eu vim te chamar para jantar, você está com fome?

- Puxa! Estou com muita fome! Sou capaz até de devorar um elefante! – diz ela eufórica, parecendo uma criança.

Daniel intimamente acha graça do jeito dela, mas não esboça nenhum sorriso, se mantém sério e imparcial.

Suzana se levanta rapidamente, mas pisa em falso e quase cai. Daniel mais que depressa a segura, e os dois ficam muito próximos. Um até pode sentir a respiração do outro. Suzana pensa novamente que ele vai beijá-la, mas ele se vira de repente e sai na sua frente rumo a sala.

Ela fica sem entender nada “como esse meu marido é estranho!”

Quando chega a sala Daniel já está sentado e lhe indica um lugar a sua frente. Suzana senta-se e quando vê o que será servido fica toda feliz:

-Comida japonesa? Eu adoro comida japonesa! – diz toda animada.

Daniel tenta disfarçar, mas sorri e ela fica mais feliz ainda, pois é a primeira vez que vê seu marido sorrindo.

“Ele fica tão bonito quando sorri”- pensa ela encantada.


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Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.