Chegou A Sua Vez Daniel Valencia escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Estou postando o capítulo 18 da fanfc "Chegou a sua vez Daniel Valencia". Espero que gostem e se possível comentem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/417140/chapter/18

Neste momento Betty aparece na sala.

– Boa noite Daniel! - Betty olha ao redor e pergunta:

– E a Suzana?

– Boa noite Betty! Ela não veio. – fala Daniel abaixando os olhos.

Betty franze a testa estranhando a resposta de Daniel:

– Como não, veio? Nós não havíamos combinado que hoje conversaríamos com ela? – pergunta Betty impaciente.

– Betty, meu amor, foi isto mesmo que acabei de perguntar ao Daniel, ele ia explicar, quando você chegou. – fala Armando, ao mesmo tempo em que a conduz até o sofá para que se sente do seu lado, para que ambos ouçam as explicações de Daniel Valencia.

Betty fica surpresa.

Já sentados e de mãos dadas, tanto ela quanto Armando, cravam os olhos em Daniel que tristemente começa a sua explanação.

Conta tudo o que ouviu de dona Silvia aos amigos.

A cada revelação Armando e Betty demonstram em suas fisionomias surpresa e desalento.

Quando termina Daniel percebe que lágrimas escorrem pelo rosto de Betty. Armando também nota e carinhosamente a abraça.

Betty enxuga as lágrimas sentindo-se confortada por seu marido.

– Mas Daniel, como entraremos em contato com a Suz.... quer dizer com a Anne? Ela deve estar se sentindo muito só e desamparada. Ainda mais sofrendo como está. - fala Betty com a voz embargada pela emoção.

Daniel abaixa a cabeça, sabe que a culpa de tudo isso é sua. Não tem coragem de enfrentar os olhares deles.

Armando percebe o constrangimento de Daniel e resolve responder por ele:

– Olha tem a dona Silvia! A gente poderia entrar em contato com ela! Quem sabe ela nos falaria onde a Anne está.

Betty ergue os olhos e sorri para o seu querido doutor, aperta a sua mão em demonstração de carinho e apoio. Como ama aquele homem! O seu Armando Mendoza!

Daniel fala desanimado:

–Infelizmente Anne deixou ordens expressas a dona Silvia, para que não revele onde está. Ela não quer me ver e nem falar comigo. Nunca mais!

Ao proferir estas últimas palavras Daniel fica emocionado e tenta reprimir as lágrimas que teimam em sair de seus olhos.

– Armando e Betty se comovem com a reação do amigo.

Armando o abraça, tentando lhe passar força e ânimo.

Armando sabe o quanto sofreu quando Betty foi para Cartagena. O quanto sentiu a sua falta. Não sabia onde ela estava. Nem tinha notícias suas.

Armando sofreu sozinho, sem o apoio de ninguém.

Portanto sabia o quanto foi duro passar por isso.

Daria sim o seu apoio a Daniel. O ajudaria em tudo o que fosse possível.

Betty permaneceu pensativa, sentada onde estava.

Amava Anne como uma irmã muito querida. Simpatizou com ela desde o primeiro momento em que a viu. Tão alegre e simpática e além de tudo tão carinhosa com a sua Camila.

Não deixaria que Anne ficasse sozinha no mundo! Iria tomar uma providência!

– Daniel você pode me dar o telefone e o endereço da floricultura de dona Silvia? - fala Betty de repente.

– Você acha que vai conseguir falar com a Anne, Betty? – pergunta Daniel com um fio de esperança na voz.

– Não sei Daniel, mas eu vou tentar. – fala Betty convicta.

Daniel tira rapidamente do bolso o papel onde tinha anotado o telefone da floricultura de dona Silvia e o entrega a Betty.

Betty pega a agenda que está ao lado do telefone e anota o endereço e o telefone da loja de dona Silvia. E entrega o papel novamente a ele.

– Você gostaria de jantar conosco Daniel?- pergunta Armando.

–Não obrigado, Armando. Eu não seria uma boa companhia, além do mais, estou sem fome. - fala Daniel com voz desanimada.

Nesse momento Armando e Betty trocam olhares, estava preocupados com seu amigo.

– Olha, eu já vou indo e obrigado por tudo. - fala levantando-se. - Se tiverem alguma notícia de Anne por favor me avisem.

Armando abraça o amigo e Betty também. Se despedem com carinho, tentando lhe transmitir neste abraço força e esperança.

Assim que Daniel vai embora, Betty abraça o seu querido doutor e fala com tristeza:

– Coitado do Daniel! Tenho muita pena dele, assim como tenho da Anne. Eles formavam um casal tão bonito!

Armando a aperta em seus braços e a beija com imensa ternura:

– Assim como nós não é meu amor?

Betty corresponde ao beijo com a mesma ternura.

– É sim meu doutor. Por isso mesmo não podemos ficar de braços cruzados, vamos ajudar os nossos amigos. – fala com determinação.

Armando fica orgulhoso de sua Betty. Cada dia que passa se sente feliz por poder compartilhar sua vida com esta mulher maravilhosa. Sempre tão amiga e companheira. Além disso, sua ternura, seu carinho e seu amor preenchem a sua vida por completo. Tinha mesmo muita sorte em tê-la ao seu lado.

Armando também admirava a sua determinação em ajudar as pessoas. E iria apoiá-la em tudo nesse caso de Daniel e Anne.

– Vamos sim meu amor. Vamos ajudá-los. – fala Armando contaminado pelo ânimo de sua esposa.

– Amanhã quando chegar a Ecomoda, vou ligar para a dona Silvia. - diz Betty com firmeza.

Armando concorda com ela e a beija apaixonadamente.

Enquanto isso Daniel Valencia acaba de estacionar o carro na garagem do prédio onde mora. Desliga o motor do carro e fica alguns minutos quieto e pensativo.

“Será muito difícil entrar naquele apartamento vazio e silencioso.

Sem a presença de sua querida e amada companheira!

Sem o aroma que vinha sempre da cozinha, com os pratos deliciosos que Anne inventava.

Será muito difícil não vê-la vibrando ao ouvir sua música preferida, “Without you”, cantada divinamente pela Mariah Carey.

Ou quando se sentava ao piano e dedilhava com maestria a minha música preferida: “Rapsódia sobre um tema de Paganini”. E me conduzia a tempos passados e felizes da minha infância.

E muito mais difícil será dormir sem ela, sem o seu carinho, sem os seus beijos. Sem suas palavras carinhosas enquanto nos amávamos.

Estou novamente só! - reflete Daniel.

Uma imensa tristeza invade o seu coração!

Respira fundo e sai do carro.

Quando chega a portaria seu Dito o cumprimenta:

– Boa noite doutor Daniel!

– Boa noite! -responde Daniel com uma voz sumida e sem ânimo.

Seu Dito estranha a voz de Daniel, coça a cabeça e fica observando-o ir até o elevador.

“Que estranho! Já estava me acostumando a ver o doutor Daniel mais alegre e simpático! O que terá acontecido? E a dona Suzana, onde estará? Não a vejo desde está manhã, quando saiu com sua amiga. Será que eles brigaram? Seria uma pena, pois desde que ela veio morar com ele, ele se transformou, parecia outro homem. Que pena!”- segue pensando o simpático porteiro.

Daniel sobe no elevador e aperta o botão do 12º andar.

Quando chega a porta de seu apartamento, coloca a chave na fechadura, abre a porta e suspira tristemente.

Daniel olha a sala vazia, o apartamento todo silencioso.

Sem forças senta-se no sofá e fica ali observando o nada no escuro.

“Meu anjo, porque é que tem que ser assim? Sinto a sua falta. Eu não vou me acostumar sem o seu carinho, sem o seu sorriso, sem o seu amor.”-pensa Daniel.

Fica ali por horas, nem vê o tempo passar.

Não tem coragem de entrar no quarto e se deparar com a cama vazia, sem o seu lindo anjo.

Quando dá por si o dia já está raiando.

Levanta-se, sente dor nas costas devido à posição incômoda que ficou naquela noite.

Segue em direção a suíte para tomar um banho.

Ao entrar no quarto vê a cama ainda desarrumada da noite anterior. Senta-se na beirada dela e pega o travesseiro de Anne. Ainda pode sentir o seu doce perfume.

“Não posso ficar assim meu Deus! Tenho que reagir! Tenho que ter esperança, como dizem a Betty e Armando. Ela me ama! Ela vai voltar! Ela tem que voltar! Pois eu a amo mais do que nunca! Meu amor vai ser suficiente para nós dois!”

Naquela manhã Armando e Betty se levantaram animados e confiantes.

Assim que chegam a Ecomoda, Armando e Betty se despedem um do outro, beijando-se apaixonadamente no corredor, sobre os olhos atentos das meninas do quartel e seguem para as suas respectivas salas. Não sem antes combinarem de se comunicarem se tiverem alguma novidade sobre o caso Anne e Daniel.

Armando tem muito trabalho na empresa. Tem várias reuniões com fornecedores e Betty tem que dar vários telefonemas aos bancos e credores.

Mas ambos não se esquecem em nem um momento de que vão fazer de tudo para ajudar a unir os seus amigos: Anne e Daniel.

Assim que entra na sala da presidência, Betty pega na bolsa o papel onde anotou o número da floricultura e liga para lá.

– Alô. Bom dia! É da Floricultura Jardim das Flores?- pergunta Betty quando atendem ao telefone.

–É sim. Bom dia! - fala uma voz feminina.

–Eu gostaria de falar com a dona Silvia, por favor. - continua Betty.

–Um momentinho, por favor, que eu já vou chamá-la. – fala a mulher.

Betty espera por alguns segundos e logo alguém atende:

– Alô! Bom dia! Aqui é a Silvia. Quem está falando?

– Bom dia! O meu nome é Betty, a senhora não me conhece. Eu sou amiga da Anne e do Daniel e gostaria de saber notícias dela.

Dona Silvia se recorda que Anne sempre falava desta sua amiga, a Betty e também que ela tinha uma filhinha, bebezinha ainda, que era o seu xodó.

“E agora? Que falarei a essa moça? Anne não quer eu revele onde ela está, tenho que cumprir a minha palavra.”

–Olá Betty, tudo bem com você? Olha Betty, ontem quando a deixei na sua casa ela estava bem, quer dizer um pouco triste, se é que você me entende? – fala dona Silvia não querendo e ao mesmo tempo querendo que ela ficasse sabendo como Anne se sentia.

Betty inteligentemente percebe o que dona Silvia quis dizer e aproveitando esta brecha lhe diz com muito tato:

– Pois então dona Silvia, ela deve estar sentindo falta dos seus amigos. Deve estar querendo desabafar e eu gostaria de estar com ela neste momento. Não me agrada nem um pouco que ela esteja só, passando por isso tudo. Não deve ser bom para ela.

Betty com seu jeitinho especial completa:

–A senhora não poderia me dar o endereço dela? Para que eu vá lhe fazer uma visita?

Dona Silvia vacila um pouco, mas mediante as palavras de Betty, fica comovida e resolve dar sim o endereço de Anne a ela.

– Olha Betty eu vou dar o endereço pra você, que é uma amiga que Anne gosta muito. Mas por favor, não deixe que o seu Daniel saiba. Pois a Anne não quer falar com ele por enquanto. Tudo bem?

Betty dá um sorriso e suspira aliviada:

–Está bem dona Silvia. Pode me falar que eu vou anotar.

Dona Silvia fala pausadamente o endereço e o telefone da casa de Anne.

As duas se despedem.

Ambas estão satisfeitas.

Dona Silvia por saber que Anne tem uma boa amiga que pode ajudá-la.

E Betty por ter a chance de fazer de tudo para convencer a sua amiga Anne que Daniel a ama e voltar para Bogotá.

“Será que eu vou conseguir, meu Deus? Será?” – pensa Betty assim que desliga o telefone.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.