Chegou A Sua Vez Daniel Valencia escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Estou postando o décimo quinto capítulo da fanfic. Espero que vocês gostem e se possível comentem.



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Dona Silvia corre até a sua amiga e instintivamente a abraça. Suzana corresponde ao abraço, porém seu choro se torna convulsivo.

– O que foi Suzana? O que aconteceu? Por que você está chorando, minha amiga?

Suzana não consegue balbuciar uma única palavra.

Dona Silvia, acaricia seus cabelos, amorosamente, até que ela se acalme e espera pacientemente.

Após alguns minutos, um pouco mais calma, mas ainda com lágrimas nos olhos, Suzana a olha:

– Dona Silvia eu já morei aqui! Eu me lembro de tudo agora! Esta praça, o chafariz, os peixinhos coloridos, cheguei a dar migalhas de pão para eles muitas vezes! Não sei ainda como e nem quando, mas tenho certeza eu morei aqui! - fala com determinação na voz.

– E do pianista? Você se lembra? – indaga dona Silvia.

– Ainda não me lembro dele, só tenho aqui comigo, bem no meu íntimo, a certeza de que ele foi alguém importante em minha vida. - diz segura.

– Olha Suzana, porque não vamos ao teatro municipal, quem sabe lá você se lembra de algo a respeito deste pianista. - fala dona Silvia ansiosa.

Suzana concorda, limpa as lágrimas e ainda emocionada, sobe no carro.

Logo chegam ao seu destino, pois o teatro é bem perto dali.

Assim que dona Silvia pára o carro em frente ao teatro municipal, Suzana desce rapidamente. Dona Silvia vai logo atrás dela.

Suzana olha o imenso prédio de paredes bege com uma enorme escadaria a frente, os degraus são de mármore branco, já desgastados pelo tempo, nas laterais há duas estátuas de bronze que representam dois anjos segurando nas mãos duas harpas. O bronze das estátuas brilha intensamente sob o sol daquela manhã que teima em repousar sobre elas, produzindo um lindo reflexo dourado.

Dona Silvia dá a mão para Suzana e ambas começam a subir devagar a imensa escadaria.

Há uma enorme expectativa em seus corações, sentem que muito está para ser revelado, assim que adentrarem naquele recinto.

Quando chegam ao topo da escadaria, estão ofegantes, quase sem conseguir respirar.

Suzana coloca uma mão tremula sobre o peito e a outra na maçaneta da porta, gira com cuidado e esta abre ao seu simples toque.

Quando entram observam um enorme hall, onde um suntuoso tapete persa reveste o antigo assoalho de madeira. Mais a frente duas imensas colunas de mármore indicam outra escadaria, forrada com um grosso tapete vermelho.

Dona Silvia comenta com Suzana que a escada as levará ao anfiteatro onde se realizam as apresentações musicais.

Estavam tão entretidas que nem repararam em uma moça sentada ao fundo, numa antiga escrivaninha toda trabalhada em madeira de lei. A moça, desviando os olhos do livro de registro do teatro, as olha com curiosidade.

– Bom dia senhoras! Em que posso ajudá-las?- fala a moça educadamente.

Dona Silvia se aproxima e lhe explica:

–Bom dia! Eu sou Silvia e esta é minha amiga Suzana. - fala estendendo sua mão gentilmente para cumprimentá-la.

–Bom dia!- fala Suzana, e imitando sua amiga, também estende sua mão à jovem.

– Bom dia! Eu me chamo Walquíria e sou a recepcionista deste teatro. Em que posso ajudá-las?- torna a perguntar a jovem com simpatia.

– Bem, - começa dona Silvia, eu estive aqui neste teatro no sábado passado e assisti a um concerto em homenagem a um maestro recém – falecido.

– Ah! A senhora deve estar falando de Daniel Collacciopo? – diz Walquíria mostrando que estava interada no assunto.

– Esse mesmo, senhorita. – fala apressadamente dona Silvia - Pois então, esta minha amiga que é de outra cidade, acha que o conheceu.

– Você teria alguma foto ou mesmo uma reportagem sobre este artista?- continua dona Silvia.

Walquíria a princípio franze a testa, trabalhava a poucos dias naquele teatro, coça a cabeça tentando lembrar onde poderia encontrar o que ela estava pedindo.

Depois de algum tempo fala satisfeita:

– Olha, venham comigo até o auditório, parece que lá há um pôster sobre este maestro. – fala a moça.

Walquíria sobe as escadas forradas com o tapete vermelho e as duas a seguem imediatamente.

Um turbilhão de lembranças se apodera da mente de Suzana.

Recorda claramente de já ter estado ali, de ter subido aqueles degraus e sabe até a direção de onde fica o auditório.

“É a direita - pensa consigo mesma – e logo ali em cima daquele palco, no centro, mais à esquerda está o lindo piano de cauda.”

Walquíria ia levando-as como se ouvisse os pensamentos de Suzana, na direção e no lugar certo, como se os pensamentos de Suzana a fosse guiando.

Quando chega perto do piano, Suzana o toca delicadamente com os dedos, aquele cheiro de madeira, as teclas, o pedal, tudo lhe vem à lembrança:

“Não só estive aqui como já toquei neste piano!”

– Aqui está a foto do pianista!- fala a recepcionista, feliz por ajudá-las.

Suzana olha na direção em que a moça indica e ao ver a foto do homem que tanto procura, arregala os olhos e grita:

– Não pode ser! Não pode ser!

E cai desmaiada.

Dona Silvia e Walquíria ficam espantadas e correm para socorrê-la.

– Suzana, Suzana! O que aconteceu minha amiga? – fala dona Silvia preocupadíssima.

Walquíria tentando ajudar, corre para buscar um vidro de álcool para tentar reanimá-la.

Assim que traz o vidro, destampa-o e passa-o sob as narinas de Suzana, para que ela sinta o cheiro forte do álcool e acorde.

Suzana aspira aquele forte odor, se mexe e aos poucos vai voltando a si.

Dona Silvia, auxiliada por Walquíria, colocam-na sentada na banqueta do piano.

– O que foi minha amiga, por que você ficou tão espantada e desmaiou? – pergunta dona Silvia com voz aflita.

Suzana reflete um pouco, se levanta com a ajuda de dona Silvia e se aproxima do pôster com a foto do renomado pianista. Se detém olhando aquele homem de cabelos levemente grisalhos e de sorriso simpático.

“Que saudades meu querido amigo! Que saudades meu marido! Por que você se foi tão cedo do meu lado?”- pensa enquanto examina a imagem que lhe era tão querida.

Ao mesmo tempo lhe vem à mente a imagem do outro Daniel. A imagem do bonito e elegante Daniel Valencia, que até aquele momento pensava ser realmente o seu marido.

O mesmo Daniel Valencia que se emocionava quando tocava Rapsódia sobre um tema de Pagnani, o mesmo que se emocionou a primeira vez que o chamou de meu amor, depois de Dani, o mesmo que a abraçava possessivamente ao dormir com ela todas essas noites, após fazerem amor.

“Quem seria ele? Por que a enganou daquela maneira? Por que se aproveitou de sua falta de memória e a iludiu com falsas mentiras? O que ele pretendia com tudo aquilo?”

Eram tantas as perguntas a serem respondidas, tantas dúvidas a serem sanadas!

“Por que fui enganada desta forma tão vil e covarde?” – Suzana se põe a chorar convulsivamente.

Dona Silvia e Walquíria acreditam que é por causa da morte do maestro e se penalizam com a dor de Suzana.

– Venha Suzana, vamos sair daqui, este lugar deve te trazer tristes lembranças. - fala dona Silvia preocupadíssima com a amiga tão querida.

Walquíria concorda e pega no braço de Suzana e dona Silvia, no outro braço e vão descendo as escadas, devagar.

Quando chegam ao hall de entrada, a recepcionista corre e vai pegar um copo de água para Suzana.

Enquanto isso dona Silvia a coloca sentada em uma cadeira e com voz doce e paciente procura acalmá-la:

– Minha querida, fique calma, chegou a hora dele, todos tem a sua hora meu bem, ele deve estar em um bom lugar.Você tem que se conformar.

Suzana pega o copo com água que Walquíria lhe estende, vai bebendo devagar e vai se acalmando aos poucos e por fim para de chorar.

Agora só há melancolia e tristeza em seus lindos olhos azuis turquesa. Pensa muito no assunto e chega à conclusão que jamais poderia falar a verdade àquela moça, ou a qualquer outra pessoa que a conhecia ali naquela cidade. Pois esta revelação poderia trazer conseqüências muito sérias ao Daniel Valencia. Ele poderia até ser preso, por manter alguém enganado por tantos meses. Seria uma espécie de seqüestro. No fundo o amava e não queria vê-lo atrás das grades.

Passados alguns minutos, já se sentindo recuperada, Suzana fala com voz emocionada:

– Obrigada Walquíria, obrigada dona Silvia, agora estou bem. A visão da foto do maestro Daniel Collacciopo me emocionou muitíssimo, pois ele foi um grande amigo meu e de minha família. – menciona Suzana tencionando tranqüilizá-las, mas omitindo parte da verdade.

– Suzana, já se sente melhor? Podemos ir? – pergunta dona Silvia ainda com voz preocupada.

Ainda atordoada pela descoberta, Suzana se dá conta que seu nome não é esse e sim Anne. Mas querendo de alguma forma proteger Daniel Valencia, apesar de tudo, continuaria a farsa.

– Sim minha amiga, podemos ir. – diz Suzana resignada.

Assim que se despedem de Walquíria, entram no carro.

– Para onde você quer ir minha querida? – pergunta dona Silvia- Já quer ir embora desta cidade?

– Não minha amiga, agora quero ir até a minha verdadeira casa.

Dona Silvia olha para ela admirada.

– Fique tranqüila minha amiga, eu vou lhe explicando no caminho. Vamos por favor. – diz Suzana determinada.

– Sua verdadeira casa? Não estou entendendo Suzana. Poderia me explicar melhor?- fala dona Silvia confusa.

– Quando chegarmos lá eu lhe contarei tudo. - diz Suzana procurando aparentar uma calma que na realidade não sentia, suas mãos estão trêmulas e o coração parecia que ia saltar pela boca..

Suzana vai indicando a rua que dona Silvia tem que entrar, onde virar. Tudo vai surgindo em sua cabeça de uma maneira tão instantânea que parece que ela nunca tinha saído dali e o melhor, que nunca tinha perdido a memória.

De repente pede que dona Silvia pare o carro.

Estão numa rua tranqüila e arborizada. Há algumas casas, só que bem distantes umas das outras, separadas por cercas vivas, ideal para quem quer ter privacidade.

Ambas descem do veículo.

Dona Silvia olha atentamente e vê a sua frente duas imensas árvores e ao fundo uma linda casa térrea.

Suzana olha para a casa onde morou com Daniel Collacciopo por pouco tempo.

É uma casa branca com janelas azuis, à frente três degraus levam a porta de entrada.

Quando lá chegam, Suzana abre sua bolsa e remexendo nela encontra um molho de chaves, que estava sempre com ela desde o dia em que acordou no hospital. De algum modo achava que esse molho de chaves seria o que a levaria a seu passado. Agora sim, sabia que aquelas chaves eram de sua casa. Ali naquela cidade.

Suzana mexe no molho de chaves e com precisão escolhe uma chave. Coloca-a na fechadura e vira duas vezes, a porta se abre imediatamente.

As duas entram, Suzana aperta o interruptor e a luz se acende, iluminando uma elegante sala, que apesar de estar toda empoeirada, devido ao tempo que a casa permanecera fechada, ainda era muito bonita.

Estava decorada com requinte, bem se via que os proprietários deviam ser pessoas de posses.

Uma rica cristaleira de madeira branca ficava encostada em uma das paredes, à frente dela uma mesa de vidro com um vaso de cristal, mais ao fundo dois sofás de couro legítimo enfeitavam o ambiente. E como não poderia deixar de faltar um piano de cauda perto da janela completava a decoração. O piano estava coberto com uma linda toalha branca de renda portuguesa e sobre ela dois castiçais de bronze davam mais um lindo toque à fina decoração.

Suzana vai olhando tudo, com nostalgia e vívidas lembranças lhe vêem à mente.

Aproxima-se da janela, abre as cortinas de renda e o vitrô. O sol da manhã entra com seus fortes raios, iluminando todo o ambiente. E nota-se uma fina camada de pó pairando no ar.

Suzana rapidamente se dirige até a área de serviço, abre uma das gavetas do armário e pega uma flanela, limpa o sofá.

– Sente-se dona Silvia. Sei que deve estar muito ansiosa para saber sobre os últimos acontecimentos. Eu tenho muito a lhe contar. – diz olhando a amiga com carinho.

Dona Silvia encantada com tudo o que via, senta-se e fica olhando para ela, esperando com paciência e curiosidade.

“O que será que Suzana tem para me contar? Deve ser algo muito importante, talvez algo traga alguma mudança em sua vida.”- segue pensando.

– Dona Silvia – começa Suzana – o que vou lhe contar, peço encarecidamente que fique somente aqui entre nós, é um segredo. Peço que por favor, me entenda.

– Pode ficar tranqüila minha amiga, prometo que este segredo ficará entre nós.

– Pois bem minha amiga eu vou começar desde o princípio a minha história. – fala Suzana se sentando no sofá em frente a amiga.

– Meus pais eram italianos, da cidade de Florença. A situação deles na Itália estava muito difícil, então resolveram vir aqui para a Colombia, tentar uma nova vida. Com as economias de muitos anos, que conseguiram juntar, abriram um restaurante de comida italiana em Cartagena.

Eu nasci aqui em Cartagena cinco anos depois deles estarem aqui estabelecidos.

– E o maestro, onde entra nesta história? – pergunta, dona Silvia já demonstrando certa impaciência.

– Bem, - continua Suzana- Daniel Collacciopo era um amigo de meus pais, de longa data, ele ainda residia na Itália. Sempre trocavam correspondências. Sabendo que a situação econômica de Daniel não era boa, meu pai o convidou a tentar uma vida aqui e ele veio com muita esperança.

Finalizou aqui seus estudos de piano e alguns anos depois se tornou um famoso pianista em Cartagena.

Muitas vezes em gratidão pela amizade que tinha por meus pais, tocava no nosso restaurante e isso elevava sempre o número de clientes. Todos queriam ver o talentoso Daniel Collacciopo tocando.

Foi uma época muito boa.

Dona Sílvia ouvia tudo com genuíno interesse, sem ousar interrompe-la.

– Desde pequena eu ia ao restaurante para ajudar meus pais, foi aí que peguei o jeito e o gosto pela culinária. E ao mesmo tempo o gosto pela música. De tanto ver o Daniel tocando, eu me apaixonei pela música.

Ficava horas observando-o dedilhar seus dedos ágeis na tecla do piano.

Mas meus pais sonhavam com um futuro melhor para mim e sabendo da minha paixão pela música, pediram que Daniel Collacciopo fosse o meu professor de piano.

Como ele era um homem muito ocupado só podia me ensinar nas horas vagas, então meus pais o convidaram para morar conosco e em nome da grande amizade, Daniel concordou e ali passamos a ter uma convivência maior.

Apesar de ter muitos compromissos, tinha muita paciência comigo. Mesmo cansado, não se importava de me dar aulas até tarde da noite, às vezes varávamos a madrugada.

Aprendi muito com ele. Era um excelente professor. Colocava a alma em tudo o que fazia. Recordo que ele sempre me falava:

“Garota música é vida! Você tem que senti-la aqui dentro do seu coração! Você tem que viver a música, meu amor!”

Daniel era um obstinado em tudo que fazia. Queria sempre perfeição em tudo. Tanta dedicação lhe deu como recompensa o enorme sucesso e reconhecimento por todos que assim como ele amavam a música.

– E você Suzana? Como se saiu nas aulas com ele? – pergunta dona Silvia curiosa.

– Devo dizer que ele foi o meu maior incentivador, alem de professor é claro. Aprendi muito com ele. Suas técnicas, seu jeito de se entregar de corpo e alma ao que mais gostava a música, sua paixão ao tocar o piano. Não digo que cheguei a ser como ele, famosa, mas já tinha feito algumas apresentações inclusive no teatro que acabamos de visitar, e segundo a crítica diziam que eu era uma promessa no mundo musical.

– Nossa, Suzana! Que bom! Você deve ser muito talentosa mesmo, minha amiga. - fala dona Silvia- E o que aconteceu depois?

– Bem, quando estávamos nesta expectativa, Daniel tinha muitas apresentações agendadas e sempre me levava com ele e muitas vezes me fazia tocar para o seu público. O que foi me tornando também conhecida. Era muito elogiada. Devo ao Daniel estes momentos maravilhosos.

Ele era um grande amigo, meu confidente, como se fosse um tio muito querido. Mas infelizmente, um acontecimento trágico mudou as nossas vidas para sempre.

– O que foi? – pergunta dona Silvia morrendo de curiosidade.

– Quando estávamos nos apresentando em um espetáculo musical, recebemos uma notícia trágica. – fala Suzana com os olhos cheios d’ água. - Meus pais morreram carbonizados num incêndio em seu restaurante. Além deles morreram todos os funcionários que ali trabalhavam.

Dona Sílvia arregala os olhos e ao mesmo tempo sente compaixão por sua amiga.

Suzana toma fôlego e continua sua triste narrativa.

– Era madrugada, o restaurante já havia fechado, meus pais conferiam o caixa e os funcionários estavam organizando tudo para o dia seguinte. De repente ocorreu uma explosão, e tudo foi pelos ares. Não sobrou nada e ninguém. A polícia depois de investigar para saber a causa da tragédia descobriu que foi um vazamento de gás. Foi terrível minha amiga. Da noite para o dia perdi tudo: meus pais, queridos, o restaurante, que era o nosso sustento.

Suzana chora ao relembrar os acontecimentos do passado.

Dona Silvia abraça a amiga com carinho.

– Quando me vi sozinha e sem ninguém, fiquei desesperada. Quem me ajudou nesta hora mais difícil foi o Daniel, o meu amigo e professor. Ele foi meu ombro amigo, nesta hora tão difícil. - continua Suzana. Quando se passaram alguns meses após a morte de meus pais, Daniel me propôs casamento. Nós não nos amávamos como um casal, mas tínhamos muito carinho e respeito um pelo outro. Daniel nunca havia se casado, achava que se casasse não teria tempo de se dedicar à sua esposa, devido a seus muitos compromissos. Mas quando viu a minha solidão, a minha tristeza, e a minha dificuldade financeira, propôs que como tínhamos o mesmo gosto pela música e um bom entrosamento como amigos, o melhor seria que nos uníssemos pelo casamento. Acho que ele se sentia também na obrigação de ajudar a filha de seu melhor amigo, o amigo que tanto o ajudou quando veio da Itália. Como se diz “uma mão lava outra.” - Suzana vai relatando tudo com a voz emocionada.

– Então ele foi o seu marido? Vocês se casaram mesmo? – pergunta dona Silvia ansiosa por desvendar aquele enigma.

“Onde fica o outro Daniel, nesta história, o homem que conheci na floricultura?”- fica refletindo dona Silvia.


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Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.