Mistérios de Frost Ville escrita por Isa Holmes


Capítulo 5
Parece que estávamos enganados...


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna! Tudo bom? Acho que esse capítulo demorou um pouco né?
Enfim, o importante é que ele está aqui!



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Sorri com a sinceridade da ruiva, fazendo com que a mesma curvasse o canto esquerdo dos lábios.

Minutos inacabáveis de silêncio brotaram no meu quarto. Todos se entreolhavam como se estivessem em um funeral, até que Wilbur teve uma ideia.

– Por que não jogamos algum jogo? - perguntou ele, passando seus olhos por entre a minha estante.

– Por exemplo..?

Wilbur levantou do meu lado e se aproximou da estante branca e manchada. Ele enfiou sua mão por entre minhas coisas, pegando uma caixinha vermelha.

– Uno.

Todos, novamente animados, concordaram com a sugestão de Wil.

Com a decisão, então, afastamos alguns móveis e sentamos em roda no tapete do meu quarto. Como nas regras Wilbur embaralhou as cartas e as distribuiu a todos. Na primeira vez que eu havia olhado no relógio, antes do jogo, o mesmo marcava duas e meia. Depois, quando todos estávamos empatados e cansados de ganharem 4+ e termos de gritar uno, chequei novamente as horas, e, desta vez, inesperadamente, o relógio marcava cinco e quarenta.

Todos olharam para o relógio também, arregalando os olhos.

– Eu nunca joguei tanto esse jogo na minha vida! - disse.

– E eu nunca fiquei tanto tempo sem fazer uma boquinha - respondeu Wilbur, levantando-se preguiçosamente - Vamos comer uma pizza? - propôs.

Merida o encarou com os olhos semicerrados, parecendo duvidosa. Violeta sorriu e Rapunzel falou, incomodada:

– Não acha que é muito ousado de termos nos conhecido hoje e já sairmos como velhos amigos?

– Ousado? Está de brincadeira Rapunzel? - Levantei do chão, ajudando a garota loira, logo depois estendo o braço para a ruiva, na qual aceitou demoradamente a ajuda - Vocês vieram em casa e passam mais de duas horas! Uma pizza não mata ninguém! - sorri - Mas se ficarmos sem ela talvez o Wilbur morra de fome.

– Exato! - o garoto sorriu, já abrindo a porta do meu quarto.

– Ora, vamos logo, então! - Soluço apareceu ao meu lado. O moreno deu um tapinha nas minhas costas e sorriu - Você mostra o caminho, certo Jack?

Assenti. Logo todos saímos do meu quarto.

No caminho para a sala encontramos meu avô que estava sentado no sofá, assistindo televisão enquanto esculpia algo de madeira com um canivete suíço. North perguntou a onde íamos. Expliquei rapidamente nosso plano, fazendo com que meu avô sorrisse. Ele concordou, apenas avisando para que eu não voltasse tarde.

•••

Assim que entramos pela porta dupla da pizzaria da cidade, fomos atingidos pela onda dos acordes de um violino. O recepcionista do restaurante - que também é um grande amigo da minha família - sorriu ao nos ver.

– Oh, olá Jack! - disse, alegre - Bom vê-lo novamente! Vejo que desta vez trouxe alguns amigos.

– Sim! - Rapunzel intrometeu-se - Mesa pra seis, por favor.

Durante o jantar decidimos conversar sobre nós. Desde apelidos até alguns detalhes da vida.

Punzie foi a primeira a falar sobre a sua vida. Disse ela que morava em uma cidade chamada Corona e que teve de se mudar por causa de seus pais. Eles são donos de uma empresa de advocacia e precisaram vir para a Inglaterra por causas urgentes. Rapunzel tem um camaleão chamado Pascal. A garota também disse que é considerada inteligente e boa desenhista.

Wilbur contou que seu pai é um grande inventor e que sua mãe é professora de música. Wil também aprontava na cidade e escola antiga. Também exibiu-se ele que era motivo de briga entre as garotas.

Soluço explicou que seu pai era professor de boxe. Disse novamente sobre Berk, sua cidade antiga, e confessou que sente falta. Luço tem um gato chamado Banguela e uma prima que ficou em Berk, chamada Astrid. Wilbur chegou a perguntar por que a perna improvisada, mas Soluço pareceu um pouco incomodado, fazendo com que Wil desistisse de saber. Soluço disse que gostava de ler e desenhar, e lembrou de dizer que a coisa que mais gostava era de saber sobre seus antepassados viking e sobre dragões. Ele brincou que se o Banguela fosse um dragão, seria um fúria da noite.

Violeta disse que era dos Estados Unidos e que mudou-se para a Inglaterra com os pais e com os irmãos para ter uma vida melhor, não que eles não tivesse, eu acho. Vivi brigava com o irmão frequentemente, mas que felizmente isso melhorou. Ela namorou com um garoto da escola antiga, mas Violeta descobriu que aquilo era perca de tempo. A morena admitiu ser bem tímida, e que às vezes tem vontade de ficar invisível.

Merida veio da Escócia com os pais e os irmãos trigêmeos. O pai da ruiva é dono de uma empresa de artefatos antigos e a mãe uma grande estilista de vestidos de noiva. Meri explicou sobre seu arco que, quando era pequena ganhou de seu pai. A ruivinha admitiu que gostava muito do trabalho dele, principalmente pelas armas antigas. Às vezes ela briga com a mãe por ela ser meio intrometida e decidida, mas isso está melhorando. Merida explicou que seus irmãos são três pestes, e avisou que ela não era qualquer menininha.

Logo chegou a minha vez. Expliquei que meus pais e minha irmã mais nova havia morrido, assim deixando com que Tyler e eu ficássemos com meu avô. Expliquei que nasci em Frost Ville e que era, infelizmente, um garoto bem conhecido. Falei que o inverno era a minha estação preferida e que morar na cidade era um bônus, pela causa de ela ser fria. Rapunzel perguntou se as brigas com meu irmão mais velho eram frequente. Respondi que sim. O por quê? Na verdade nem eu sei.

Na hora de irmos embora dividimos a conta e saímos do restaurante. Do ponto da cidade em que estávamos eles não sabiam muito bem como voltar para casa, portanto fiquei com a responsabilidade de ajudá-los a se guiar. Por sorte todos morávamos perto, a diferença era algumas ruas de distância.

– Até amanhã galera - despediu-se Wilbur, logo antes de seguir Violeta. Os dois moravam na mesma rua e, por coincidência, suas casas eram uma de frente para a outra.

– Até amanhã - Desta vez, Merida entrou em uma rua famosa, pela mesma ter uma casa igualada a um castelo. Aproximei-me um pouco com a curiosidade de ver aonde a ruiva entraria e, para assassinar a curiosidade, ela entrou justo no ponto turístico.

– Nós também já vamos Jack - Soluço e Punzie entraram na próxima rua. Com isso também percebi que eram vizinhos.

Quando os últimos entraram suspirei e enfiei as mãos nos bolsos do meu agasalho, seguindo para casa. As ruas estavam escuras, e uma lâmpada de um dos postes piscava. O silêncio parecia obrigatório, nenhum cachorro uivava ao longe, e nem as árvores manifestavam-se com o vento. Olhei para a lua que estava a pino. Seus raios luminosos que guiavam-me na noite pareciam me chamar.

Entrando em casa, vi que tudo estava escuro. Meu avô e Tyler já estavam dormindo, talvez?

Subi as escadas em passos curtos e me joguei na cama, pensando no longo dia que tive. Logo acredito estar no sono profundo.

•••

Na manhã seguinte, eu estava na porta de entrada do colégio de Frost Ville com Violeta, Merida e Wilbur, enquanto conversávamos sobre as conclusões tiradas no dia anterior. No mesmo momento Gustavo passou por nós, parecendo chateado - e sozinho. Quando ele levantou os olhos para o meu grupo incompleto, sorriu, inocentemente, fazendo com que Meri o fuzilasse. Seus olhos pareciam pegar fogo. O garoto pareceu duvidoso. Colocou o gorro do casaco na cabeça e atravessou a porta rapidamente.

Minutos depois, quando todos os alunos já adentravam a porta principal por faltar apenas alguns minutos para que o sinal tocasse, Soluço e Rapunzel apareceram correndo. Os dois subiram os degraus da escada desesperados e arfantes.

– Vocês… - Soluço começou a falar - Vocês não vão acreditar no que Punzie e eu vimos.

– O que houve? - Wilbur levantou uma sobrancelha.

– No caminho pra cá - Rapunzel suspirou pesadamente - Nós vimos… o que Gustavo disse é… aquilo é verdade!


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Notas finais do capítulo

É... parece que nossos seis estavam errados... :s