Mistérios de Frost Ville escrita por Isa Holmes


Capítulo 12
Diário, querido diário.


Notas iniciais do capítulo

Um POV especial, um capítulo longo.



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Tive uma súbita vontade de cuspir no rosto do homem a minha frente. Juro que tive. Talvez eu até o fizesse se ele não tivesse se afastado.

O sr. Devalos só poderia estar bêbado para ameaçar, com tamanha confiança, um garoto. Ele sempre foi mal-humorado com a maioria das coisas, mas ele sempre manteve um comportamento de bom porte. Eu nunca o vi desse jeito. Nunca o vi tão rude.

O homem se afastou, sentando-se em sua cama. Deixou o livro de lado, sobre o lençol branco, e soltou um suspiro longo, passando suas mãos sobre o rosto até pará-las acima da nuca. Percebendo que ainda estávamos diante de si encarou-nos com olhar frio.

— Andem, movam seus músculos! — disse — Deem o fora daqui!

Mesmo com a mente trabalhando, não tive mais nenhuma ideia ao longo do tempo. Com nada me restando comecei a andar até a porta. Ouvi passos atrás de mim. Vários passos. Parecia que todos haviam se rendido.

~ POV Rapunzel ~

Não tive reação diante de tais palavras, porém os outros sim. Jack começou a andar em direção à porta depois da repreensão recebida, e todos seguiram seu ato. Todos, exceto eu. Em vez de me juntar a eles fiquei parada enquanto via a última sombra desaparecer no corredor.

Confiante do que estava fazendo peguei a caixa do chão — aquela a qual estava o livro — e me dirigi ao professor sentado na cama. Sentei-me ao seu lado, recebendo o pouso de seus olhos. Em silêncio peguei o livro que havia sido deixado de canto e o coloquei no vazio do objeto em meu colo, mas não a fechei.

— O que você quer garota? — perguntou ele, quebrando o silêncio que pairava no quarto, junto de várias partículas de poeira — Siga seus amigos, deixe-me em paz.

— Não estou preocupada com eles, senhor — respondi, colocando a caixa em seu colo. Houve uma pausa, mas logo continuei: — Convenço-me em acreditar em suas palavras. Se diz que este livro é seu, então que seja — O homem me encarou surpreso. Parecia estar mais relaxado. Aproximei-me mais e ele não pareceu se incomodar. Encarei o livro e perguntei: — A pintura é sua? Vi algo similar em seu armário. Um retrato belo, devo dizer. Conhece esta moça ou fora algo apenas passageiro?

Silêncio.

— Consegue fazer com que eu me sinta à vontade ao seu lado, criança. — disse ele, fazendo-me sorrir junto de um pulo —, mas sinto muito em lhe dizer que não és de confiança para falar sobre este assunto.

Balancei minha cabeça negativamente.

— Pois discordo do seu pensamento sobre minha pessoa — retruquei, encarando-o — Está inseguro, senhor? Acha que não sou de confiança apenas pelo fato de andar com quem não lhe agrada?

Ele pareceu ficar surpreso. Afastou-se de mim por indignidade e enrugou o cenho.

— O que está insinuando, senhorita? — perguntou.

— Por favor, peço que não se demonstre desentendido com algo que tem grande conhecimento. Percebo em seus olhos, senhor. Sempre quando próximos de Jack Frost eles adotam grande ódio — respondi — Por acaso o garoto lhe fez algum mal?

Novamente o silêncio pairou no quarto. Pergunto-me se os outros já deram por minha falta.

— Não. Nada. — respondeu por fim, deixando a caixa de lado — Outra pessoa fez. Alguém próximo do garoto, mas não ele — O homem deu um novo tempo entre as palavras. Levantando pareceu dar-se conta de algo. Bruscamente apontou seu dedo para o meu rosto, repreendendo-me: — Você! Pare já com o que está fazendo! Está tentando me manipular, minha jovem? Não quero falar sobre esses assuntos. Já disse que não és de confiança! Ninguém é!

Com a mente trabalhando a todo vapor tive uma reação rápida. Confiante, toquei a sua mão e a afastei do meu rosto, abaixando-a. Levantei-me da cama e fiquei frente a frente ao homem de olhos negros. Toquei seu ombro calmamente, sorrindo.

— Senhor, se o senhor me contou tudo o que não queria até este momento é porque confiaste em minha pessoa — o levei novamente para a cama. Sentei e gesticulei para que ele fizesse o mesmo, porém ele não o fez — Por favor, se sua desconfiança está no ato desrespeitoso que meus colegas e eu causamos, que nos perdoe. Peço o perdão por todos. O que me interessa não é grande. Eu apenas gostaria de saber mais sobre o seu livro. Poderia responder as perguntas que fiz?

O homem teimou e teimou. Movia-se de um lado para o outro, inquieto. Olhou para mim diversas vezes enquanto passava a mão na nuca. Demoraram apenas alguns minutos, então ele se rendeu. Sentou-se ao meu lado e pousou novamente seus olhos aos meus.

— Tudo bem, me abrirei com você, criança. Mas prometa-me uma coisa. Prometa-me que esta conversa não passará do lampião que jaz lá fora.

Hesitei, olhando para porta e depois para o homem.

— Promessa aceita e concedida, senhor — respondi depois de segundos, sorrindo. Estendi minha mão para ele, e Devalos apertou-a sem nenhuma piedade.

E então ele sorriu e relaxou. Pegou a caixa novamente e a descansou em seu colo. Ele apoiou os braços na borda do objeto, pegando o livro. A calma pairava por nossas cabeças, dando-me assim a chance de observar a capa colorida apoiada em suas mãos. A mulher de cabelos loiros tinha um sorriso radiantes estampado no rosto. Seu vestido era de cores alegres e em sua cabeça repousava uma coroa de margaridas.

— Poderia repetir suas perguntas, minha cara? Sinto em lhe dizer, mas as esqueci — ele pediu com os olhos pousados na capa de seu livro.

Assenti.

— A pintura na capa do livro. Foi o senhor quem a fez? — perguntei, dando uma pausa — Conhece a moça ou fora algo passageiro?

O homem pigarreou.

— O primeiro de tudo. Isso não é um livro, criança. Isso é um diário.

— Pe-Perdão? — gaguejei, balançando a cabeça — Um diário? Mas ele estava em uma biblioteca! Diários são feitos para se guardar segredos, lembranças. O que jazia ele em um local onde todos teriam o direito de lê-lo?

Segundo voaram como folhas secas de outono em uma ventania mal planejada. O homem gargalhou, fazendo com que o meu espanto viesse à tona.

— Vejo que a conversa não será em base de perguntas. Que elas venham apenas quando necessárias, sim? — disse, depois de cessar o riso — Contarei-lhe tudo desde o ponto necessário.

— E o ponto necessário seria..?

— Sim, eu a conheço — ele passou uma de suas mãos pela capa do livro, como se fizesse carinho na mulher ali desenhada —, e não fora nada passageiro.

— Eram íntimos, então? — perguntei, incerta de algo.

— Totalmente. Íntimos e apaixonados. — respondeu, como se viajasse em lembranças — Gael era o motivo para que eu desse valor a vida. Lembro quando eu disse a ela que era tão bela. Falei que merecia um quadro próprio para invejar sua beleza aos outros.

— O quadro seria a pintura que jaz no seu guarda-roupas? — perguntei, apontando para o armário de carvalho que estava encostado na parede oposta.

— O próprio — respondeu, sorrindo. Devalos deu uma pausa, mas continuou: — Eu ansiei em dar algo de especial a ela em seu primeiro aniversário que passaríamos juntos. Foi então que tive a ideia de lhe dar um diário. Literalmente próprio — ele me entregou o objeto — Fiz um caderno com minhas próprias mãos e a pintei na capa. Nomeei-o de Diário de Ville.

Olhei para a capa e li suas palavras em letras cursivas. As letras preenchiam a imagem com um tom carvão nítido. Dúvidas surgiram na minha mente como flashes de uma câmera. Mais e mais dúvidas. Uma montanha, talvez.

— Não seria Frost Ville, senhor? — perguntei.

O homem hesitou.

— Ville foi o nome provisório que deram à cidade, criança. Apenas depois o segundo nome apareceu, ficando oficialmente — disse, depois de um tempo — Antes aqui era mais parecido com uma pequena vila, um refúgio. Fomos evoluindo, dando progresso em construções. Assim que dado o nome oficial nos tornamos realmente uma cidade. O dia que decreto o nome, foi o dia que aberto ao mundo. E este dia o de amanhã.

— Como sabe tanta coisa, senhor?

— Sou professor de História, não sou?

— Oh, sim. Desculpe. — respondi, olhando-o de relance —, Mas, sabe, eu me recordo de ouvir meus amigos relatarem o nome do diário — falei, voltando ao assunto anterior à explicação — Todos confirmaram ser o nome completo da cidade escrita na capa do diário, como se fosse um livro de curiosidades. Até a srta. Bell confirmou. Disse ela que até leu um trecho do diário enquanto o preparava para o senhor.

— Seus amigos estão errados. Seus cérebros devem ter os manipulado, fazendo com que lessem o que queriam ler, e não o que deveriam — disse Devalos, nada passivo — E quanto a srta. Bell... — ele pausou — sinto em lhe dizer que a garota mentiu. Presenciei cada movimento seu e garanto que seus olhos não passaram pelos segredos da minha Gael. A garota mentiu — o homem suspirou, tocando o meu braço —, é por isso que digo que ninguém é de confiança...

Uma pontada de culpa me invadiu. Devalos falava de confiança como se soubesse o que eu estava prestes a fazer.

— ...mas diga-me uma coisa... Por que você e seus amigos queriam o diário de Gael a ponto de chegarem ao risco de invadir a casa de alguém?

Tentei não hesitar.

— Soluço Haddock, senhor. Depois do primeiro dia de aula, o qual ele mencionou o porquê do nome da cidade e disse sobre uma suposta lenda, ele decidiu procurar algum livro com o assunto. Nós, os amigos dele, decidimos ajudá-lo. Fomos à biblioteca da cidade e achamos o diário de Gael. Achamos que era um livro de curiosidade, como eu havia dito antes. Apenas queríamos matar a curiosidade e descobrir se essa lenda realmente existe. E se existir, do que se trata.

— Não há nenhuma lenda, minha querida. Seu amigo tem conclusões erradas — disse — Isso é apenas uma história para atrair turistas.

— Soluço ficará decepcionado ao saber disso — dei uma pausa, encarando-o de relance — Tudo bem se eu disser isso a ele, não é? Quero dizer...

— Não há necessidade de relatar isso ao seu amigo — o homem me interrompeu, rapidamente, abrindo um sorriso, um tanto medonho.

Dei de ombros, arregaçando a manga do meu casaco e checando as horas no meu relógio de pulso. Tudo estava acontecendo ao longo de meia hora.

— O tempo lhe perturba, criança? — Devalos perguntou.

— Estamos no meio de uma madrugada, senhor. Não tenho permissão para vagar tarde da noite — respondi, encarando-o —, mas se não for pedir muito, gostaria que continuasse sua história antes de eu partir.

Devalos sorriu, porém fui eu quem continuou a falar:

— Há uma pergunta que não quer calar a minha mente. Algo que está me perturbando desde o começo. Diga-me, senhor: O que diabos um diário estava fazendo em uma biblioteca pública? — perguntei — Como eu havia dito antes, um diário é algo onde nós guardamos segredos, lembranças. Eles não são feitos para estarem expostos aos olhos de quem bem entende.

O homem abriu a boca, mas a fechou em seguida. Seu rosto se contorcia em todos os sentimentos negativos possíveis. Tristeza, ódio, rancor, raiva. O carvão do seu olhar parecia querer queimar, ganhando a ardência do cálido. Ali, tudo e mais um pouco era expressado.

— Uma parte perturbadora a qual escolheu agora. Algo que tentei evitar. — respondeu depois de um tempo, assim que esgotou-se seu estado de transe por sentimentos — Mas acho que não podemos fugir da realidade, do passado e do que nos espera.

Devalos agarrou o paletó que jogara na cama e o arrastou para perto. Desenrolando-o o homem pegou uma garrafa de whisky que estava escondida entre o tecido. Deixando a garrafa apoiada entre as pernas ele se dirigiu a um copo que estava em cima de uma cômoda habitada ao lado da sua cama. Devalos despejou o líquido no copo de vidro, fez um brinde a mim, e o virou goela a baixo sem nenhuma indiferença. Uma careta contorceu seu rosto, e então o homem colocou o copo de volta ao lugar iniciante. Eu estava prestes a falar algo, mas ele levantou o dedo indicador, interrompendo-me.

— Gael foi assassinada em uma noite de céu morto, minha jovem — falou, encarando-me. Parecia querer sem rápido e direto — Já convivíamos juntos nesse meio tempo. Foi terrível, parecia mais uma maldição. Ela foi queimada viva por um grupo de homens com corações de gelo.

Eu não soube o que pensar. Fiquei em dúvida se imaginava a cena ou se levava uma expressão horrenda aos lábios.

— Que horror! Óh, meu Deus, que horrível. Eu sinto muito mesmo, muito mesmo, senhor — explodi, indignada.

Devalos ficou em silêncio. Também parei para uma pequena reflexão, e então perguntei:

— Talvez seja algo desnecessário, mas minha curiosidade despertou com suas palavras. Céu morto? Nunca ouvi tal expressão. É algo novo? Uma poesia, talvez.

— Talvez torne-se uma expressão usada, talvez torne-se membro de alguma poesia. Algum dia, mas não agora — respondeu ele, agarrando o copo novamente — Céu morto é um fenômeno meteorológico, minha cara. No entardecer o céu que deveria receber o tom negro da noite ganha o tom espesso do musgo. Até que o verde cai muito bem na madrugada. Eu nunca havia visto coisa igual. Descobri que algo assim acontece a, aproximadamente, cada 200 anos. Se não me engano o próximo céu morto cairá no aniversário de nossa cidade — ele sorriu, seus olhos ainda pousos em mim — Isso se tivermos sorte.

— Com certeza teremos, senhor. Seria magnífico ver algo tão deslumbrante assim.

— Não, não seria. É magnífico. — continuou ele — Mas não perderemos o foco, sim? Quero terminar logo com isso.

Assenti enquanto ele enchia novamente o seu copo.

— Vi a morte de Gael Foster ser executada com meus próprios olhos. Nunca esquecerei daquela cena maldita — um novo gole, uma nova expressão — Depois do acontecido fiz algo que Gael pediu para que eu fizesse se algo acontecesse a ela. Escondi o seu diário. Protegi os seus segredos. Levei seu caderno a um esconderijo em ruínas. Alguns anos depois descobri que o túmulo desse diário havia se tornado uma biblioteca. Antes ele ainda continuava escondido, apenas agora ele foi exposto.

— Não teme que os segredos tenham sido lidos, senhor? O diário estava aberto à curiosidade de quem quisesse.

Devalos gargalhou, estalando a língua.

— Não temo nada — enchendo novamente seu copo, disse: — Abra o diário, minha querida.

Neguei, e quando eu ia dar minha justificativa ele insistiu. Seu tom parecia estar ficando cada vez mais atroz.

— Faça, criança, faça! Abra-o e me poupe de mais palavras.

Desistindo da justificativa segui seu pedido. Agarrei o diário de sua namorada e o tentei abrir. Meus dedos ardiam ao ponto de ficarem vermelhos, mas a capa mantinha a teimosia de ficar fechada.

— Ninguém nunca o abriu, e ninguém nunca o abrirá — disse ele, enquanto ainda aceitava o desafio — É por isso que srta. Bell não o leu. É por isso de que qualquer maneira vocês não o leriam.

Largando o objeto encarei o homem. Indignada pelo "nada" estar protegendo àqueles segredos, perguntei:

— Mas, como..?

— Deixarei que o silêncio permaneça. Sinto muito, mas não contarei.

— Mas...

— Todos nós temos segredos que nos condenamos para não serem revelados. Este é o meu — Devalos levantou, deixando tudo de lado: Whisky, copo, caixa. Tudo. — Agora acho melhor que parta. Isso se suas perguntas cessaram. Não quero que você leve bronca de seus superiores apenas por estar conversando com um velho como eu — ele sorriu — És uma boa pessoa, minha jovem. Espero que essa sua personalidade nunca crie fim. Agora, diga-me, há mais alguma pergunta presa em seus lábios ou posso passar um tempo à sós com a única coisa que me resta de minha amada?

Refleti por um momento.

— Não, senhor. Não me lembro de mais nada — levantei-me também, deixando o diário de lado —, mas se algo invadir novamente a minha mente, posso me dirigir ao senhor?

— Dependendo das informações que irá desejar, sim — ele me estendeu a mão. Um sorriso malicioso cruzou em seus rosto — Foi um prazer conversar com você, srta. Corona.

— O prazer é todo meu, senhor. — respondi ao seu ato, apertando sua mão com delicadeza — E obrigada por manter a sua confiança em mim.

— Fizemos um trato, certo? Espero que não se esqueça dele — o homem sentou-se novamente, pegando o diário de cima do lençol — Lembra-se de qual é?

— Este assunto não passará do lampião que jaz lá fora — respondi.

— Maravilha — disse, acenando com a cabeça — Até logo, minha cara.

Despedi-me no mesmo momento em que o homem deu de ombros à minha presença. Assim que quase atravessada a soleira da porta percebi que Devalos enchia novamente seu copo, e, assim que atravessada a soleira parei por entre as paredes do corredor. Com cuidado espiei o homem ali sentado. A garrafa de whisky estava pela metade. Ele novamente levou o líquido goela abaixo e fez uma nova careta. Deixando o copo de lado deu toda a sua atenção ao diário em seu colo.

Devalos fechou os olhos assim que posicionado o objeto em suas pernas. Levando a mão direita à capa do livro fez alguns gestos. Parecia linguagem de sinais, letras. Seus movimentos produziam-se cada vez mais rápidos. Palavras escapavam dos seus lábios. O homem parecia estar pronunciando um latim claro. Agora as duas mãos atuavam. Seus movimentos continuavam cada vez mais rápidos, suas palavras seguiam o exemplo. Aquilo cessou em um milésimo de segundo, e quando feito a janela foi aberta brutalmente com o vento. As cortinas de seda voavam com a tamanha violência. Nesse mesmo momento o diário foi bruscamente aberto, fazendo com que suas folhas virassem por conta própria.

E então seus olhos se abriram, fazendo com que o meu coração desse várias cambalhotas — cambalhotas piores do que ele já estava produzindo. Devalos levantou, deixando o diário de lado, assim que cessado o movimento das páginas.

E eu corri. Corri mais do que o vento podia correr. E, quando ouvi seus passos graves rangerem na madeira do corredor, eu já estava entre o frio e a neve. Por pouco, Punzie, por pouco; eu disse a mim mesma. Agora apenas reze. Reze e torça para que tudo ocorra bem.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, gente, mas com as festas de fim de ano foi impossível dar tamanha atenção à estória.
A história sobre "céu morto" não é real, certo? Apenas criei esse fenômeno por motivos que vocês irão presenciar ;)
O capítulo pode estar um pouco confuso, mas a resposta dele de de muitas outras coisas podem aparecer no próximo.
Tentarei não demorar tanto como demorei nesse.
Até logo, meus caros :D