Bad Girl escrita por Thais S


Capítulo 2
A Primeira Vista


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal!
aqui vai mais um capitulo de bad girl com um porém. tenho 6 leitores lendo a fic porem só um comentário, gostaria de avisar que as fics são movidas a comentários se eu não souber o que estão achando não vou conseguir postar o próximo capitulo, saber o que voces estão achando é muito importante.
*só vou postar o próximo capitulo se eu receber reviews. (sou má muahauahauahuaha)



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A casa de Renée era uma casinha pequena de dois míseros andares, ela me puxou pela casa com um sorriso de orelha a orelha e me mostrou as pequenas mudanças que havia feito na casa para a minha chegada. ela ajeitara o quarto de hospedes contando que seth também havia ajudado. Segundo ela, ele varrera o chão e dera uma pintura nas paredes. No meio da conversa abri a boca para perguntar onde ficava o bar mais próximo, mas me calei lembrando que ela nunca me daria tal informação. Eu mal havia chegado e já me sentia presa naquele lugar. Renée era muito hospitaleira e amalucada do jeito que eu me lembrava, ela passara horas contando de como havia achado a estrada depois de se perder na floresta fazendo uma trilha.

Ela me deixou sozinha no quarto para que eu pudesse me ajeitar, logo eu substituiria a parede rosa choque que seth havia pintado pelo bom e velho preto. Tiraria os olhos dos ursinhos de pelúcia jogados pelo quarto e a decoração ficaria perfeita. Sentei-me em minha cama perto da janela, eu me sentia enjoada naquele lugar e depois de alguns segundos a vontade de ir embora já era maior que tudo.

Nunca fui fã de cidades pequenas ou chuvosas, eu gostava da bagunça das cidades grandes, do concreto e do cheiro de poluição, eu era uma garota da cidade. Eu tinha uma vaga lembrança de La push... De alguns natais dos meus sete até nove anos ali... Na época em que Charlie ainda era vivo, na época onde eu era feliz, na época onde eu ainda tinha uma familia.

Afastei aqueles pensamentos e suspirei La push não me oferecia nenhum tipo de diversão. E eu odiava cidades com limitações, ao menos eu tinha meus bons e velhos cartões de crédito... Meu pai não ficaria nada feliz com a fatura no mês seguinte se os planos que eu tinha em mente dessem certo. Eu daria uma festinha secreta e completamente particular quando a noite caísse, Renée estaria muito ocupada recebendo seus amigos para tal jantar de boas vindas que nem notaria que eu dera uma fugida de lá. Eu encontraria uma mercearia mais próxima e estouraria o limite do cartão de credito com os mais variados tipos de bebidas. Era a única coisa que me satisfazia em dias como aquele... A bebida era a única coisa que preenchia aquele buraco em meu peito.

Suspirei enquanto olhava para o relógio, eu havia ficado tempo demais ali jogada na cama pensando. Mal percebi o cheiro do assado que Renée preparara eu estava verde de fome.

Resolvi me arrumar para o tal jantar de boas vindas que Renée estava preparando, embora eu não estivesse nem um pouco a fim de fazer sala até que não era má ideia... Eu faria o que fosse preciso para poder escapar naquela noite e se Renée desse por minha falta eu me entenderia com ela depois, afinal eu aceitei ficar... Só não aceitei ser boazinha.

Entrei no banheiro com a toalha nas costas, pelo menos naquele fim de mundo havia água quente. Embora Renée fosse talvez à pessoa que mais me entendesse no mundo inteiro eu tinha uma reputação de delinquente a zelar. Nada e nem ninguém me faria mudar aquele meu jeito. Assim que terminei o banho voltei para o quarto, eu podia ouvir algumas vozes em algum lugar da casa então conclui que alguns dos amigos de Renée haviam chegado.

Peguei um vestido preto em minha mala (talvez o mais escandaloso que eu tinha ali) muito justo e super decotado, daqueles que fariam até um velho de cinquenta anos babar um pouco. Era ótimo ser desejada, e atrair olhares por onde passava, eu gosta de ser o centro das atenções, me sentia feliz com os holofotes. Terminei o banho e me vesti, fui até minha mala e peguei minhas maquiagens. Passei lápis, uma sombra preta e um batom vermelho nos lábios. Se minha Tia Alice estivesse ali linguaruda do jeito que ela era certamente ela perguntaria se eu iria jantar ou fazer um programa.

Abaixei e peguei minha outra mala puxei meus sapatos de salto altos e os coloquei, dei uma olhada no espelho do quarto e ajeitei a cabeleira vermelha antes de descer.

Enquanto descia as vozes iam se cessando e enfim somente o barulho de meus saltos do assoalho era ouvido, vi todos na sala de estar pararem o que estavam fazendo para me olhar.

Um garoto, bonitinho por sinal se aproximou com certo interesse brilhando em seus olhos.

–prazer em conhecê-la renesmee ouvi muito falar de você... Meu nome é Embry Call. - disse ele pegando minha mão e a beijando.

Sorri gentilmente.

–me chame de nessie se for mais fácil... –pedi - e a propósito... Prazer é só na cama. –murmurei baixo demais para que alguém além de embry ali escutasse.

Ele sorriu malicioso com a minha resposta enquanto eu o olhava de baixo para cima não deixando escapar meu interesse. Eu havia gostado do seu estilo cabelo bagunçado e jaqueta de couro... Ele havia ganhado alguns pontos comigo, parecia um Bad Boy... Um Bad Boy que toda Bad Girl precisava.

–uau... Sobrinha é você mesma?- ouvi uma voz potente do outro lado da sala. Girei o corpo e vi meu tio Sam irmão de minha mãe estava parado do outro lado da sala me fitando com uma taça de vinho nas mãos. Ele se aproximou me dando um abraço. –sua mãe me disse que você havia crescido, mas não imaginei que fosse tanto. Já é praticamente uma mulher!- exclamou ele.

Eu sorri tentando ser simpática, fazer sala era um saco.

–é ótimo te ver também tio Sam. - eu disse.

Olhei em volta e vi a mulher dele Emily e meus dois primos menores Bryan e Lucie num canto da sala.

–é ótimo vê-los também. - falei.

Ela apenas acenou para mim de longe, com as crianças.

Engraçado como pareciam ter medo de mim.

Tio Sam se sentou no sofá batendo no espaço ao lado dele para que eu me sentasse.

–sua avó disse que você vai passar algum tempo aqui. - sondou ele. Eu ri mentalmente, o que Renée ainda não havia contado?

vi embry dar a volta no sofá e se empoleirar no braço da poltrona na minha frente. Cruzei as pernas.

–cansei da cidade. - menti.

Sam vez uma careta.

–estranho... Renée havia dito que você estava louca para voltar para casa... Bem, mesmo assim seja bem vinda.

Pode crer.

–obrigada.

A campainha tocou estridente:

–nessie atenda a porta, por favor. - gritou Renée da cozinha.

–com licença. - pedi e me levantei sentindo os olhos de embry em mim.

Abri a porta me deparando com um senhor de cadeira de rodas e uma mulher atrás dele empurrando a cadeira. A mulher era completamente reconhecível já que naquele momento me perguntei se ela tomava banho de formol, embora eu não a visse há tempos ela tinha a mesma aparência que eu me lembrava. Tia sue mãe de seth e leah clearwather.

–oh meu deus nessie! É você mesma? Santo deus como esta crescida! E linda!- exclamava ela enquanto me abraçava.

Sue era completamente diferente da irmã Bella dela.

–e como vai minha irmã?- perguntou ela.

Trinquei os dentes.

–feliz e realizada com o mais novo cafajeste que ela arranjou a propósito esta tão feliz e realizada que resolvera me mandar para cá para que eu fizesse um tour por La push para que nada a impedisse de desfrutá-lo. –atirei dando passagem para que entrassem. –Renée espera por vocês.

Ela entrou fazendo uma careta estranha, eu tinha que me controlar para não surtar naquele lugar. Ela entrou na sala empurrando a cadeira de rodas, o senhor ali sentado me olhou por um instante.

–sou Billy Black. - disse ele por fim. –você é Renesmee cullen estou certo?

Ok, aquele velho também havia ganhado uns belos pontos comigo. Desde os meus sete anos eu era conhecida em La push por Renesmee Swan (sobrenome de minha mãe) e não cullen.

–sim esta. É um prazer conhecê-lo. - murmurei.

–certamente. - disse. Ele Renée apareceu na sala com um pano de prato nas mãos e sorriu ao vê-los.

–ora vocês chegaram... –disse ela. E olhou para sue. - onde esta seth?

Sue suspirou.

–ainda esta se arrumando. - ela revirou os olhos.

Renée balançou a cabeça.

–e Jacob porque ainda não chegou?

–foi buscar a moto na garagem logo ele aparece. –respondeu Billy.

Renée suspirou.

–meu assado vai virar gelado se eles não aparecerem. - reclamou ela. E depois olhou pra mim, eu conhecia aquele olhar... lá vinha ela me fazer de escrava de novo. –pode ir até a casa de sua tia sue buscar seth? Se Jacob vem de moto suponho que não vai demorar.

–claro. - eu disse entre dentes, aquele ar de “familia feliz” já estava me estressando. Eu não via a hora de vazar dali.

–é só você subir a ladeira... É a segunda casa a direita no quintal com alguns gnomos. - instruiu minha tia sue.

–pode deixar que eu vou com ela.- embry se voluntariou.

Eu sorri com a possibilidade. Uma parada rápida na floresta para satisfazer alguns desejos não era má ideia...

–nada disso. - rebateu Renée. –você vai ficar e me ajudar a arrumar a mesa de jantar, tenho certeza que nessie não irá de perder.

–mas Renée...

–sem, mas embry... Venha. - ela o chamou com o dedo e o mesmo foi até a cozinha relutante.

–ok entendi... Subindo a ladeira, segunda casa a direita.

Sue balançou a cabeça confirmando.

Com um suspiro deixei a casa, eu preferia mil vezes a companhia de embry do que ir sozinha, mas certamente se eu insistisse que ele fosse Renée suspeitaria de alguma coisa. Desci os degraus da varanda e segui pela ladeira... Era um porre subir uma ladeira com salto alto eu queria só ver como faria para descer aquilo, provavelmente seria rolando.

Ao longe avistei uma luz intensa e na medida em que ia se aproximando pude perceber que se tratava de uma moto. Ou melhor, que se tratava de um otário dirigindo uma moto e que até para uma estrada sem movimento algum ele dirigia rápido demais.

–cuidado!- ouvi o gritar enquanto passava por mim, tropecei na calçada e cai no meio fio. A cabeça batendo de leve no chão. Fiquei ali por um instante desnorteada enquanto procurava entender o acontecido... Eu quase fora atropelada por um maníaco em cima de uma moto.

Ouvi-o largar a moto não muito longe de mim, e mãos grandes me virarem e levantarem meu tronco pra cima.

–você esta bem?- ouvi a voz rouca louca de preocupação perguntar, senti seu hálito quente banhar meu rosto, era uma fragrância que eu jamais havia sentido. Abri os olhos devagar, minha cabeça ainda girava.

O rosto do garoto tão próximo ao meu fez algo se retorcer em meu estômago, eu não sentia mais o chão abaixo de mim.

E naquela noite fria como gelo, conheci o cara que me fez queimar como se eu estivesse presa no inferno.


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Notas finais do capítulo

comentem por favor!