Sempre Ao Seu Lado - Parte 2 escrita por HR


Capítulo 9
Capítulo 9 - A mensagem




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Meu despertador toca, anunciando o começo de uma segunda-feira de trabalho. Desligo-o e levanto da cama, vendo Elena acordando. Eu me debruço sobre a cama e a beijo, sendo o meu bom dia a ela.

-Bom dia. – Elena murmurou. – Vai trabalhar?

-Tenho que ir, né? – Sorri. – Você vai ficar em casa?

-Vou. Cuidar de Natan.

Abri o armário e me vesti devidamente para o trabalho, ajeitando minha camisa e me enchendo de perfume. Me observei em frente ao espelho e vi Elena me olhando através dele, então sorriu. Mandei um beijo e ela outro. Fui em direção a ela.

-Se cuida amor, até hoje à noite... Talvez. – sorri e a beijei.

-Talvez?

-É. Talvez eu volte mais cedo, talvez mais tarde... Nunca se sabe quantas pessoas vão se machucar hoje.

-Bom trabalho, amor. – ela me deu um selinho demorado.

Desci as escadas, vendo Kevin no sofá. Parei. Fui até ele, querendo acordá-lo. Mas ele já estava acordando, provavelmente com o barulho de que eu estava fazendo ao descer as escadas. Ele me viu e se endireitou no sofá, sentando.

-O que você ainda tá fazendo aqui? – perguntei.

-Elena disse que eu poderia dormir aqui, já que eu não tinha lugar pra ficar e meu voo só é hoje de tarde...

-Ah, então você vai embora?

-Vou, não se preocupe.

-Que bênção!

-Mas eu vou levar Elena junto. – ele sorriu.

-Vai uma ova! Você não vai levá-la! Nem ouse brincar com isso.

-Por quê? O que você vai fazer pra me impedir?

-Eu estou com vontade de te dar uma surra pior, muito pior, mas eu sei que só vai piorar pra mim, já que você é sempre o certo daqui agora.

-Aí seria mais um motivo de convencê-la a vir comigo. –sorriu. – Vem me bate. Pra valer.

-Vá para o inferno! Eu quero você fora da minha casa! Agora!

-E se eu não quiser, vai fazer o que?

-Ah, dane-se. Eu não vou discutir com um merda como você.

-Eu sou um merda, mas pelo menos satisfaço sua mulher. – ele sorriu.

-SEU FILHO DA PUTA! – meu punho voou para sua cara, deixando a marca da minha mão.

-Pode bater mais, vem! - Ele leva a mão no rosto, mas ainda em posição de ataque.

Recuei, arranquei as chaves do chaveiro, saí de casa batendo a porta, indo até a garagem. Meu celular toca e eu atendo, indo em direção ao carro.

-Dr. Salvatore falando.

-Você já está vindo? Tem uma paciente aqui que foi sequestrada, e foi amarrada com arame farpado e não deixa ninguém tocar nela, e pediu a sua solicitação para limpar seus ferimentos. – ouvi a voz de Ellen.

-Tá,  eu estou a caminho. Mas quem é a mulher? Eu conheço?

-Diz ela que sim. O nome dela é Carol Petermann. Conhece?

-Não pelo nome. Aguenta aí, eu já estou indo. – desliguei.

Entrei no carro e dei a partida, saindo da garagem e indo em direção ao hospital, enfrentar mais uma vez a pressão e stress do trabalho. Apesar de às vezes me irritar, eu amo fazer isso, e é o que eu sempre quis fazer. Agora que não sou mais um vampiro, é a minha chance de aproveitar.

Quando chego no quarto da moça, de cabelos claros, e a vi virar para mim, chorando. Implorando ajuda. Reconheci seu cabelo e rosto, na hora em que a vi. Era a garota do bar, na qual me seduziu e... Provavelmente quem me deixou seminu no sofá. Ela não parecia estar para brincadeira. Estava coberta de arranhões e sangue e seu cabelo estava desarrumado.

-Por favor! Me ajuda! – diz em meio a lágrimas.

-Calma... – Fui até ela, analisar seus ferimentos. – Ellen, busca o material para costura pra mim, por favor?

-Claro. – ela saiu rapidamente do quarto.

-Tá ardendo! Tá doendo tudo... – ela soluçava.

-Calma, respira fundo. Eu vou te ajudar com isso.

-Damon, aqui. – Ellen entra e coloca o kit em cima da cama onde Caroline está sentada.

-Me dá o pano úmido com o soro fisiológico. – estendo a mão esperando o pano.

-Aqui. – Ellen derrama o soro e me passa o pano.

Passo o pano de leve nos cortes do braço e abdômen. E ouço-a gemer baixo, trincando os dentes e apertando os olhos com força. Paro ao sentir o celular vibrar. Entrego o pano à Ellen, que continua passando devagar. Fico no canto do quarto, e atendo.

-Alô, Dr. Salvatore falando. – não ouvi ninguém me responder, tendo um total silêncio e então eu desligo.

-AAI! –ouço Caroline e a vejo bater na mão de Ellen. – Arde! Passa devagar!

-Eu estou passando, senhorita! – Ellen a encarou.

-Não, você não está! Ai!

-Eu nem encostei! – disse Ellen incrédula. – Damon, segura essa garota, pelo amor de Deus!

-Quer que eu passe? – perguntei.

-Não, não precisa. Só segura ela pra eu não sair roxa daqui.

Dei a volta na cama, indo de joelhos por cima da cama até Carol, que agora estava de costas para mim. Segurei seus braços, tentando não encostar muito em seu corpo por medo de machucar ainda mais. Ellen passa mais uma vez o pano e Carol tenta avançar nela.

-Damon! Segura ela direito!

-As costas estão machucadas? – pergunto a Carol.

-Um pouco, mas eu quase não sinto dor lá... – ela murmurou calma.

Botei seus braços nas costas e a seguro mais firme. Ellen conseguiu terminar de fazer os curativos, e então eu pude soltá-la. Saí da cama e senti meu celular começar a vibrar novamente. Pego e vejo ter uma mensagem. Estou para sair do quarto, quando Caroline me chama.

-Damon, eu posso conversar com você?

-Claro... – me aproximei, e Ellen saiu do quarto. – Diga.

-Eu não sei se você se lembra de mim, lembra?

-Bar?

-É.

-Como você sabia que eu era médico e onde eu trabalho?

-Eu te vigio todos os dias, você é famoso nessa cidade. Considerado um dos melhores médicos e... Obrigada.

-Não foi nada. É o meu trabalho. – sorri.

-E Damon... Pelo o que eu fiz com você, me desculpa. Eu passei da conta por conta do álcool.

-Sei como é. - Digo com peso na consciência - E não se preocupa com isso, já passou.

Então finalmente li a mensagem do celular, enquanto saía do quarto. “Estou com o que mais ama. E você não vai poder fazer nada para me impedir. Beijos, do seu amigo.” 


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