Sempre Ao Seu Lado - Parte 2 escrita por HR
Carol aparece de vez em quando no hospital com alguma desculpa, só para me ver e me cantar. Alex arranjou um paquera e eu sou o cupido deles, mesmo que Ellen também ajuda às vezes quando o assunto é muito feminino. Kevin, felizmente, nunca mais apareceu nas nossas vidas.
Elena já estava com a barriga à mostra e estávamos empolgados, novamente. Natan se acostumara com a ideia e torce por um menino, assim como Elena e já eu, quero uma menina, mas do mesmo jeito, amarei igual.
-Tio, cadê a tia? – pergunta Milena com um de seus desenhos na mão.
-Acordando. Ela já vem... Que desenho lindo! É pra ela?
-É. Eu a fiz com o nenê e você desenhando comigo aqui do ladinho. – ela me apresenta o desenho.
-E a mamãe e o papai, onde estão?
-Aqui. – ela mostra dois passarinhos sorridentes.
-O que vocês estão aprontando? – pergunta Caroline se ajoelhando na frente de Milena.
-Olha mamãe, meu desenho. – ela mostra toda faceira.
-Ela anda desenhando bem, hein? – comento, fazendo carinho em seus pequenos e delicados cachos dourados.
Milena apresenta o desenho inteiro à Caroline e eu acompanho seus dedinhos curtos desenhando pela folha enquanto falava. Então um estrondo. Levanto o olhar e vejo Elena caída ao chão, gemendo de dor com as mãos na barriga.
-Elena! Meu Deus! – corro até ela.
-Ai! Damon, tá doendo! – gritava. - Ai meu Deus, eu estou sangrando!
-Calma, respira fundo! - Digo, mas eu mesmo não estou conseguindo respirar no momento.
-Leva ela até o hospital! Agora! - Caroline me diz o óbvio, mas nem isso eu consegui pensar no momento.
Pego Elena no colo, correndo até o carro. Deito-a no banco de trás, vendo o sangue que saía. Ela se contorcia de dor atrás no banco, enquanto eu tentava dirigir, calmo.
-Tá doendo! – reclamava, suando.
-A gente já tá chegando, aguenta firme! - Digo num tom de raiva por estar em meio à adrenalina.
Estaciono na vaga mais próxima e a pego no colo, novamente. Percebo que ela havia engordado bastante pela gravidez, me dificultando um pouco. Alex corre até mim quando me vê, com uma maca e deita Elena. Pedindo para que uma enfermeira a levasse.
-O que houve? – pergunta Alex sobressaltada.
-Não sei, ela tropeçou. ela nunca tropeçou lá. Não sei o que deu com ela! Por favor, cuida do bebê. – minha voz sai como súplica.
-Deixa comigo. – Ela dá um meio sorriso e corre para o quarto.
Me sento numa cadeira de espera, agoniado. Meu celular toca e vejo ser Carol, recuso a ligação. Meu coração dispara a cada segundo sem notícias de Elena. Eu estava tendo um começo de um infarto, aparentemente. Então, a minha esperança aparece.
-Dr. Damon? – chama Alex.
-Como Elena está?! E o bebê?!
-Elena está bem, calma...
-E o bebê?! Ele está bem?!
-Damon, se acalme... Por favor.
-COMO O BEBÊ ESTÁ?!
-Sinto muito... – Alex me abraçou. – Ela não resistiu.
-Ela? – sussurrei incrédulo, abraçando-a.
-Sim, era uma menina... Sinto muito Damon, eu tentei.
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