Vou até o quarto onde Elena está, e entro, me deparando com Elena aos prantos. Aproximo-me da cama, segurando sua mão com força. Ela a apertou ainda mais forte, com suas mãos suadas e quentes. Mas eu não estava com cabeça para reclamar da dor de minhas mãos agora.

-Damon... Ela se foi... – Elena repetia em lágrimas.

-Eu sei... – beijo sua mão, começando a chorar junto com ela. –Fica calma amor, respira fundo.

-Eu queria aquela criança! – Elena se debatia revoltada. –Por quê?! – se lamentava aos prantos.

-Elena...

-Eu estava pensando até no nome! Porque isso tem que acontecer?! Por quê?!

-Hei, relaxa. Tudo vai dar certo, Elena. Se não era pra termos essa criança, então... Temos que aceitar.

-EU NÃO QUERO ACEITAR! 

Chegamos em casa e a notícia chocou à todos. Caroline preparou um chá calmante para ela e a chegada de Jenna estava prevista para daqui a pouco. Mais uma vez, terei que escutar que a "culpa era minha por ser um péssimo marido e pai".

Stefan está sentado no sofá com Natan, assistindo a um filme medieval. Franzo a testa ao ver os vestidos da época, a guerra e um homem sendo chicoteado. Olho para Stefan, mas ele não demonstra nenhum tipo de familiarização como eu.

-Isso me lembrou aquela vez em que estávamos presos naquela maldita época... - Digo à Stefan.

-Que época? - Pergunta sem entender.

-Com o rei Artur, a rainha Elisabeth,... Quando Elena ficou grávida de Natan, e então foi mandada para a mansão, onde deu a luz...

-Do que você está falando?

            Isso me pega de surpresa.

-Como assim? Eu lutei numa guerra, Caroline fez um curativo em mim e você viu o meu machucado na perna, eu ainda perguntei se você queria experimentar a dor de uma espada te atravessando!

-Damon, há quanto tempo você não dorme? - Pergunta Stefan preocupado.

Caroline e Elena saem da cozinha, com os rostos inchados e sentam-se nos sofás. Elena ainda está bem abalada e parece estar fora de área durante a conversa toda.

-Caroline, me diz que você lembra de quando estávamos na era medieval! Você estava comigo no nascimento de Natan...

-Você está usando drogas? - Pergunta Caroline preocupada. - Você não participou do nascimento de seu filho, estava em coma.

Então é verdade o que Elena me disse... Nada foi real. Eu estive realmente em coma. Mas como isso é possível? Eu posso jurar que tudo aconteceu de verdade! Levanto a barra da minha calça para me certificar de que havia uma cicatriz ali, mas não havia. Que idiota! A campainha toca e minha querida sogra entra, cumprimentando a todos. Não demora muito para que voltem a falar do ocorrido e me deixem mais abalado ainda, assim como Elena. Surpreendentemente, Jenna não faz nenhum comentário me ofendendo o que me deixa em clima de suspense.

A campainha toca novamente e sou eu quem atendo. Me deparo com minha arqui-inimiga de anos. Katherine. Ela ainda está com seu cabelo perfeito, seu corpo perfeito e sua voz sedutora, mas ainda assim a odeio. Como tem um tumulto dentro de casa, saio de fininho, fechando a porta.

-O que você quer aqui? - Digo indignado.

-Você não sabe por que ninguém lembra do passado, não é?

-Como assim? O que você sabe sobre isso?

-Eu conheço um amigo que tem poderes obscuros e ele entrou na sua cabeça enquanto esteve em coma...

-Por que diabos você fez isso?

-Bom... Se você tivesse morrido na guerra, teria morrido definitivamente, porque seu psicológico estava afetado. Portanto, se você pensasse que estava morto, seu corpo pararia.

-Você é uma vadia barata, sabia?

-Pois é, eu não consegui te conquistar, Elena não tem o direito de ficar com você.

-E quem é o seu amiguinho? O seu capacho de sempre?

-Não, eu o matei. Ele me dedurou para a polícia e como agora há algo no ar que impeça a existência de vampiros. Meu novo amiguinho está bem ali. - Katherine aponta para Kevin que está apoiado no seu carro, do outro lado da rua. Katherine vai se afastando devagar, misteriosamente.

-O que ele tem em mãos? - Pergunto, sem entender.

-Uma surpresinha... - Katherine sorri e levanta o braço.

No mesmo momento, Kevin aciona um botão e minha casa explode instantaneamente.