Sempre Ao Seu Lado - Parte 2 escrita por HR


Capítulo 11
Capítulo 11 - À base de pressão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/416958/chapter/11

Então me deito na cama e Elena passa um pano úmido e gelado nos meus hematomas, fazendo-me relaxar. Fecho os olhos e sinto meus músculos aliviarem-se da tensão. Então ela joga o pano no banheiro e faz uma massagem pelo meu corpo, me sentindo deliciado com suas mãos. Então ela se aproxima do meu ouvido.

-Estamos sozinhos... – Ela sussurra e me beija.

            Sorri e nego com a cabeça.

-Hoje não... Não estou em clima. Natan me deixou... – Olhei seus olhos.

-Tudo vai dar certo no final, como sempre dá. – Ela sorri e abre os botões da minha camisa, deslizando suas mãos em meu peitoral.

-Elena, eu tenho que voltar ao trabalho... 

-Volta depois. – Ela começou a beijar meu peito, até o abdômen.

-Elena...

-Damon...

Vejo Elena abrir meu zíper, quando meu celular toca. Elena para, suspira e pega o celular do meu bolso chateada, e me entrega. Vejo ser Ellen, me ligando.

-Damon? Aconteceu alguma coisa ruim? Você saiu tão estranho daqui...

-Não, tá tudo em ordem... Por quê?

-Caroline saiu há pouco tempo, dizendo que queria que você a amasse e que sentisse mais do que atração por ela.

-Mas... Tá, mas voltando ao trabalho, aconteceu algo para estar me ligando?

-Digamos que sim... E é urgente! Recebemos uma criança que levou um tiro no ombro e precisa tirar a bala, porque a hemorragia está grande!

-Mas e o Dr. Matt?

-Está fazendo a cirurgia de um transplante de órgão.

-Ah, droga. Tá bom, eu já estou ai, tente estancar a hemorragia o quanto puder. – desligo.

-O que houve? - Pergunta Elena preocupada.

-Dessa vez uma criança baleada.

Elena fechou meus botões da camisa e eu fechei meu zíper. Beijei-a. Ela segurou minha mão com força, impedindo que eu fosse. Ela me abraçou forte e chorou em meus ombros, assim, de repente.

-Eu quero que tudo dê certo, Damon. Mas eu não tenho mais tanta certeza disso...

-Amor, tudo vai dar certo. Não perca as esperanças, por favor.

-Eu não acredito mais em nada, eu não confio mais em dias melhores, eu só confio em você. Se você disser que o melhor a fazer é pular da ponte, eu pulo com você. Eu até morro por você...

-Não, Elena. Para, se acalma. Nem você e nem ninguém vai morrer por mim, ok?

-Mas Damon, eu...

-Elena, chega com isso.

-Damon, eu te amo.

-Eu também te amo, meu amor. Mas agora eu tenho que ir, há uma vida esperando a minha ajuda. Se cuida viu? – beijei sua testa, peguei o carro e voltei para o hospital.

Saí da sala de operações, jogando minhas luvas ensanguentadas no lixo e tomo uma água para me acalmar. Ellen cutuca meu ombro e eu me viro, observando-a com uma ficha de uma mulher, detalhando sua saúde.

-O que é isso?

-Uma mulher grávida, não vê?

-Ah, claro! Como não vi isso! - ironizo - Mas o que ela tem? Não relata.

-Ela está dando a luz. Você é o único médico disponível.

-O quê? Não, eu nunca fiz um parto!

-Vai fazer o primeiro agora então. Vem! – Ellen me puxou pelo braço.

-Ellen! Não, calma!

Tarde demais. Eu já estava dentro da sala de parto, ouvindo os berros da mulher que estava para dar a luz. Coloquei luvas, máscara, touca e o meu jaleco. Olhei em volta pensando no que exatamente teria que fazer. Eu sentia minha testa suar e as luvas estarem encharcada de suor.

-Um, dois, três..., empurra! – ouvi Ellen dizer à moça.

Ouço a moça fazer força, e fico mais nervoso a cada segundo. Vejo a cabeça do bebê começar a aparecer, e então eu ajudo-a, puxando um pouco. Eu estava tremendamente apavorado, com medo de que fizesse algo errado ou deixasse o bebê cair. Percebi que havia perdido a prática com bebês, e eu acho que nunca estive tão tenso. O bebê sai por completo, fazendo seu choro ecoar pela sala. Corto o cordão umbilical e entrego o bebê para Ellen que o mostra para a mãe. Percebo minhas mãos trêmulas, quando a médica parteira entra na sala de parto.

-Já nasceu? Ah... – Brincou a Dra. Alex. – Obrigado, Damon. Deixa que eu assumo daqui.

-Não foi nada...

-Você está tremendo? – ela sorri. – Primeira vez?

-Base de pressão. – Olhei para Ellen que limpava o bebê.

-Entendi... – ela ri, e termina seu trabalho.

Saio da sala, tirando os utensílios, percebendo o quanto suei. Sento no sofá do corredor, relembrando o nascimento de Natan. Tive um flash em minha mente, vendo o momento que eu mesmo fiz o parto do meu filho. Como eu não me lembrei disso? Eu já fiz isso antes... Se é que eu estive mesmo naquele lugar. No momento, me lembrei de Caroline e Stefan. Nesse meu momento de recordação, desejava que eles estivessem aqui. Me ajudando com tudo isso. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sempre Ao Seu Lado - Parte 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.