Sempre Ao Seu Lado - Parte 2 escrita por HR
-Bom trabalho. – Ellen me parabeniza ao sair da sala, vindo em minha direção.
-Eu que te parabenizo, você foi rápida hoje. Me ajudou bastante, obrigado. –sorri.
-Você que fez um parto hoje. – ela ri.
-Ah, claro... - Abro um pequeno sorriso.
-Quase desmaiou, mas fez. – ela continuou, rindo.
-Vai me encher o saco com isso até o meu último dia na Terra né?
-Essa é a ideia.
-Engraçadinha. – ironizei sorrindo.
Levanto do sofá e vou até a máquina de guloseimas do corredor, estava morrendo de fome. Coloquei a moeda e vi meu pacote de amendoim cair, já sentindo o cheiro. Abaixei para pegá-lo, quando ouço o grito de uma mulher seguidamente de passos rápidos e pesados. Levantei o olhar e vi Carol correndo em minha direção, desesperada. Logo atrás havia um homem armado, vindo atrás dela.
-Damon! Socorro! – ela se escondeu atrás de mim.
-Sua vadia! Vem cá! – o tal homem gritava, agora com a arma apontada pra mim.
-Hei, abaixa essa arma cara e ninguém se machuca. – pedi com calma.
-O senhor não pode berrar aqui, isso é um hospital! – a enfermeira alertou-o.
-Ninguém me diz o que fazer, então cala boca sua piranha! – ele encarava Carol que estava atrás de mim. – Vem sua vadia! Mostra que é mais mulher do que na cama!
-Hei, cara. Olha o palavreado, isso é um hospital. Sério, eu não...
-Cale a boca! – gritou e atirou no meu quadril.
Soltei um gemido alto que ecoou pelo corredor e então Carol tentava me manter em pé como seu escudo. Houve um momento de tensão e silêncio, que foi quebrado ao ouvir as sirenes da polícia. Senti um certo alívio. O tal homem arrancou Carol de trás de mim e fugiu com ela.
-Dr. Damon! – Ellen correu até mim, passando meu braço ao redor de seu ombro e me sentando no sofá novamente. – Tá tudo bem?
-Que pergunta, Ellen! – gemi novamente.
Uma das enfermeiras trouxe rapidamente uma caixa de curativos e entregou para Ellen. Olhei para a minha roupa cheia de sangue, sentindo uma agonia horrível nas pernas. Ellen levantou minha blusa, fazendo uma careta.
-Quer anestesia? – perguntou Ellen. – Ah, que pergunta. – revirou os olhos.
-Não, deixa eu retirar a bala. – pedi.
-Você não está em condição para isso, se liga! – retrucou Ellen.
-Claro que sim, me passa a pinça. – gemi novamente. – você nunca retirou uma bala, não sabe como é.
-Mas eu já. – Dra. Alex falou, olhando o tanto de sangue. – Tá tudo bem?
-As minhas pernas estão trêmulas... – murmurei.
-Foi o susto. – brincou Ellen.
-Não, isso é sério. Eu tenho que retirar a bala com cuidado, se não eu posso correr o risco de deixá-lo paraplégico.
-Eu consigo fazer... – murmurei.
-Deixe de ser teimoso, eu vou fazer e pronto. Ellen dá anestesia pra ele. – liderou Dra. Alex.
Ellen me deu a anestesia de surpresa. Vi os policiais conversando com Betty, a recepcionista, e o Dr. Matt que presenciaram tudo. Fechei os olhos desejando que essa confusão desaparecesse quando abrisse os olhos. Então sinto a Dra. Alex me cutucar.
-Prontinho senhor Salvatore. – sorriu. – só me diz que sente as suas pernas.
-Sim. – sorri. – Obrigado.
-Acho que isso é seu. – Ellen entregou meu pacote de amendoim.
-Sim, é. Obrigado. – peguei e abri-o. Oferecendo a elas que negaram.
-Quer ajuda pra ir pra casa? – pergunta Ellen.
-Não, obrigado. Eu não vou pra casa ainda.
-Vai sim, tem que descansar. Não pode abrir esse ponto aí.
-Quer que eu te leve? – perguntou a Dra. Alex.
-Não precisa gente, sério.
-E se você precisar pisar fundo no freio? Pode abrir seu ponto. – ergueu as sobrancelhas. Olhei-a por um instante.
-Tudo bem, você venceu. – suspirei, sorrindo.
-Bom garoto. – Diz Ellen em tom de deboche.
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