Segredos do passado escrita por Melissa do Carmo


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

novo cap espero que gostem!



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Terminei de ajeitar minhas coisas e fui direto para o bosque encontrar com Pedro, assim que cheguei lá, ele estava sentado no chão e encostado em uma árvore e assim que me viu seu lindo sorriso apareceu em seu rosto e não pude deixar de sorrir de volta.
–Finalmente princesa! – disse ele
–Desculpe, tive que terminar de arrumar minhas coisas para a inspeção. – disse me sentando ao lado dele.
–Como estão te tratando no chalé de Atena?
–Estão me tratando bem, todos são muito legais só a Larissa que é um pouco enjoada quer tudo no lugar mas fora isso até ela é super legal.
–Fico feliz em saber que estão te tratando bem princesa – disse Pedro, ele olhou pra mim não sei qual era minha expressão mas ele perguntou – Sentindo falta dos seus amigos?
–Sim, um pouco – admiti
–Ainda sem acreditar no que eu te disse ontem também?
–Estou começando a entender melhor, mas ainda acho que preciso de um tempo, essa coisa de deuses é muito confusa.
–Eu sei, vem vamos dar uma volta pelo acampamento talvez faça você se sentir melhor e também quando você chegou ontem já estava escuro não deve ter dado para ver muita coisa.
–Esta bem, vamos.
Pedro se levantou e me deu a mão para me ajudar a levantar e fomos juntos de mãos dadas ver o acampamento. Ele era grande e estava cheio de campistas parecia ter mais do que quando cheguei, quando passávamos todos paravam o que estavam fazendo e olhavam para mim e para Pedro, o que me fez sentir um pouco desconfortável, mas continuei.
Caminhamos pelos campos de morangos, onde campistas colhiam alqueires de morangos enquanto um sátiro tocava uma melodia numa flauta de bambu.
Pedro me contou que o acampamento cultivava uma bela safra para exportar para os restaurantes de Nova York e para o Monte Olimpo.
Ele disse que o Sr. D produzia esse efeito sobre plantas frutíferas: elas simplesmente enlouqueciam quando ele estava por perto. Funcionava melhor com as vinhas, mas o Sr. D estava proibido de cultivá-las, portanto, em vez delas eles plantavam morangos.
Observei o sátiro tocando a flauta. A música fazia com que filas de insetos saíssem dos canteiros de morangos em todas as direções, como se fugissem de um incêndio. Vimos a linha de tiro com arco-e-flecha, o lago de canoagem, os estábulos, a linha de lançamento de dardo, o anfiteatro para cantoria e a arena onde Pedro disse que eles realizavam lutas de espadas e lanças. Ele também apontou para um pavilhão ao ar livre emoldurado por colunas gregas brancas sobre uma colina que dava para o mar. Havia uma dúzia de mesas de piquenique de pedra. Sem telhado. Sem paredes.
Finalmente, ele me mostrou os chalés. Havia doze deles aninhados no bosque junto ao lago. Estavam dispostos em U, dois na frente e cinco enfileirados de cada lado. E eram, sem dúvida, o mais estranho conjunto de construções que já vi. A não ser pelo fato de cada um ter um grande número de latão acima da porta (ímpares do lado esquerdo, pares do direito), eram totalmente diferentes um do outro. O número 9 tinha chaminés como uma minúscula fábrica. O número 4 tinha tomateiros nas paredes e uma cobertura feita de grama de verdade. O 7 parecia feito de um ouro sólido que reluzia tanto à luz do sol que era quase impossível de se olhar. Todos davam para uma área comum mais ou menos do tamanho de um campo de futebol, pontilhada de estátuas gregas, fontes, canteiros de flores e um par de cestos de basquete. No centro do campo havia uma enorme área de pedras com uma fogueira. Muito embora fosse uma tarde quente, o fogo ardia de modo lento.
O par de chalés à cabeceira do campo, números 1 e 2, pareciam mausoléus casadinhos, grandes caixas de mármore branco com colunas pesadas na frente. O chalé 1 era o maior e mais magnífico dos doze.
As portas de bronze polido cintilavam como um holograma, de tal modo que, vistas de ângulos diferentes, raios pareciam atravessá-las. O chalé 2 era de certo modo mais gracioso, com colunas mais finas encimadas com romãs e flores. As paredes eram entalhadas com imagens de pavões.
Parei na frente do primeiro chalé da esquerda, o número 3.
Não era alto e imponente como o chalé 1, mas comprido, baixo e sólido. As paredes externas eram de pedras cinzentas rústicas salpicadas de pedaços de conchas e coral, como se as pedras tivessem sido cortadas diretamente do fundo do oceano.
O número 5 era vermelho vivo – uma pintura muito malfeita, como se a cor tivesse sido jogada a esmo com baldes e mãos. O telhado era forrado de arame farpado. Uma cabeça de javali empalhada estava pendurada acima da porta e seus olhos pareciam me seguir. Dentro pude ver um bando de meninos e meninas mal-encarados, disputando queda de braço e discutindo enquanto o rock tocava às alturas.
Finalmente Pedro viu que eu estava incomodada com todos olhando para mim e disse:
–Não se preocupe com eles, eles só estão assim porque você foi reclamada no primeiro dia em que chegou e como eu disse ontem isso é raro, logo vai passar. Vem vamos treinar um pouco.

Pedro me levou para treinar esgrima com o chalé 11, depois fomos para a aula de arco e flecha com o chalé de Apolo (eu nunca tinha imaginado como eu tinha uma pontaria muito ruim até aquele dia) e lanças com o chalé de Ares. Larissa veio me chamar mais tarde para a aula de grego antigo e assim foram vários dias e logo fiz amigos em todos os chalés até no chalé de Ares eu tinha amigos o que Pedro e meus meio irmãos admiravam, eles diziam que era muito difícil ser amiga de um filho ou filha do deus da guerra, mas finalmente comecei a me sentir em casa ainda sentia falta de meu pai e meus amigos mas também sentia que ali no acampamento meio sangue era o meu lugar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Espero que sim...
beijosss!!!



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