Armageddon escrita por Acídia


Capítulo 4
Maldita Medica Legista


Notas iniciais do capítulo

Olá, novo cap espero que tenha ficado bom.


Percabeth, será ??



Boa leitura mishamigos.



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– Mas alguma coisa senhor? – A mulher perguntou. Olhava para baixo, estava desconfortável com a situação, acho que era conveniente já que seu marido acabará de morrer.

– Sim, já é o suficiente, sinto muito pela sua perda. Eu respondi.

– Tudo bem. – Ela me levou até a porta da sua casa, sai em direção ao carro.

Estava em um caso, o marido da mulher tinha sido retaliado um dia atrás, vim até sua casa fazer algumas perguntas, a entrada não foi forçada, as portas e janelas estavam trancadas devidamente. A câmera de segurança não havia pegado nada. Eu cheguei à conclusão de que deveria ser um Espírito Vingador, por que as ultimas pessoas a morarem naquela casa haviam sido assassinadas brutalmente. Espíritos Vingadores são nada menos do que fantasmas que se negaram a ir pro além, ou seja, permanecem ainda no ‘’ primeiro plano ‘’ com o objetivo de se vingar de quem o matou. Mas este deve estar com sérios problemas por que não foi o pobre homem que o matou.

O corpo do falecido não tinha sido cremado, para mandar este Espírito descansar, eu deveria ir ao cemitério desenterrar o corpo e colocar fogo nele, trabalho fácil.

Dirigi até uma cafeteria, ela estava quase vazia se não fosse por um par de velhinhos e uma moça que estava sentada de costas a mim. Sentei numa mesa vazia, logo na entrada da cafeteria, a garçonete veio até a mim e perguntou:

– Então, o que vai querer? – Ela batia a caneta num pequeno caderninho.

– Acho que vou querer... – Dei uma olhada rápida no cardápio.

– TORTA AZUL? Sério? – Dei meio sorriso. – É vou querer a TORTA AZUL.

A garçonete me olhou como se eu fosse idiota mental, deu as costas e saiu. Enquanto esperava, algo me chamou a atenção, a moça que ocupava a mesa vazia era muito familiar, mesmo de costas não era difícil de identificar. A moça se levantou então pude ver seu rosto, era a medica legista/boa atiradora. Ela me olhou sua expressão era clara, ela não sabia se parava ou se passava reto. Ela decidiu parar.

– Mas que surpresa inesperada. – Ela disse pouco entusiasmada, e acabou sentando-se na cadeira ao lado.

– O que você está fazendo aqui em Vancouver. Doutora? – Perguntei no mesmo entusiasmo.

– Trabalho, sabe alguém tem de viver no mundo real. – Ela deu um sorriso debochado.

– Claro que sim, bom seus mortos estão esperando, pra você dar uma olhadinha neles. Então...

– Você está me mandando ir embora? Poderia ser mais sutil, mas eu já estou de saída mesmo.

Ela estava com aquela trança desarrumada, parecia que nunca penteava o cabelo. Vestia uma jaqueta de couro e calças desfiadas, usava um coturno preto e uma bolsa grande.

– Eu...Pensei que já estava indo, só isso graçinha. Falei despreocupado, mesmo com aquela cara de cachorro bravo me fitando.

Ela se levantou e saiu da cafeteria. Foi uma boa hora para doutora dar o fora, minha torta azul já estava chegando.

Terminei de comer, deixei o dinheiro em cima da mesa, e sai, quando cheguei ao meu carro os quatro pneus estavam furados. Eu tive um acesso de raiva, quis chutar e socar tudo que aparecesse na minha frente.

‘’ Aquela filha da mãe. ‘’ Pensei comigo, não sei por que ser tão cruel a ponto de machucar minha ‘’baby’’. Tive de chamar o guincho para levar o carro no mecânico mais próximo. Enquanto isso peguei um taxi e fui para o motel de estrada, precisava ir ao cemitério dar um jeito no falecido.

* * *

Quando cheguei ao motel e fui entrar no meu quarto, percebi que a porta ao lado estava entreaberta, uma figura conhecida falava ao telefone. Aproximei-me mais um pouco para poder ouvir.

‘’ Então o que tenho de fazer, preciso usar sal, é isso? ‘’ Ela falou.

Não podia ser, subiu-me uma raiva inevitável. A medica legista/intrometida, não poderia estar se metendo com essas coisas de caçar, afinal quem gosta desta vida? Entrei no quarto sem rodeios.

– O que você pensa que está fazendo? – Perguntei a ela, gritando.

Ela olhou-me espantada, deixando o celular cair no chão, seus olhos cinza estavam arregalados.

– O que você está fazendo aqui? Eu não te devo satisfações. – Ela agachou-se e pegou o celular, guardou-o no bolso e sentou-se na beirada da cama.

– Você sabe, eu tinha certeza de que você estava aprontando, sua idiota, o que deu na sua cabeça, isso é perigoso, você não entende?

– Você não sabe de nada, por que ainda não deu o fora daqui? Eu faço o que quiser da minha vida. – Ela estava com um olhar mortífero.

– Eu não vou te deixar se meter com isso, você vai pegar suas coisas e vai pra casa, agora.

– Eu não entendo, por que faz isso então, caça, se parece tão ruim assim?

– Eu não comecei por que quis, eu fui arrastado pra isso, se eu tivesse outra opção eu não estaria aqui agora.

– Por que você está se importando com isso? Eu não sou nada sua. – Ela olhava diretamente para mim, com os olhos vermelhos, de raiva, claro.

– Eu não me importo com você, mas eu te trouxe para isso, e agora você vai me escutar, vai ir pra sua casa, e ir cuidar dos seus mortos, entendeu?

Ela se levantou da cama, ficou com o rosto na altura do meu, com o cenho franzido e punhos cerrados e disse em alto e bom som:

– Não, não e não. Eu estou cansada dessa vida de trabalho e blá, blá e responsabilidade, eu quero poder viajar por ai, e fazer isso ajudar pessoas, caçar coisas. E eu não preciso da sua autorização.

– Idiota você é uma idiota garota. – Agarrei o braço dela e a empurrei.

Ela caiu sentada na cama, não protestou apenas se calou e ficou observando a minha expressão de fúria diante de sua errada escolha. Apesar de não me importar com essa garota, eu não poderia abandoná-la, seria suicídio, no primeiro caso ela já se daria mal, eu tinha de ajudá-la, já que a infeliz salvou minha vida.

– Tudo bem, se você quer mesmo isso, então você vai ser minha parceira, eu te mostro tudo o que tem de saber e depois a gente nunca mais se vê, é o que eu tenho a oferecer a menos que você queira morrer.

Ela fitou-me por alguns minutos, se levantou e estendeu a mão e disse apenas:

– Feito.

Apertei a mão dela, isso era um acordo falho, eu logo faria mudar de idéia, e voltar para sua cidade sua vida.

– Sairemos daqui a duas horas, preciso passar no cemitério, pegue todas suas coisas e me espere no estacionamento.

– Okay.

*                              *                              *

Depois de terminar de cavar todos os túmulos da família assinada, para ter certeza de quem matou o homem, quebrei as madeiras do caixão, peguei álcool e joguei em cima de cada um, e coloquei fogo nos ossos e restos que haviam ali.

– Isso é realmente necessário? – A garota olhava-me com nojo estava todo sujo de terra.

– Sim, você tem que queimar os ossos, para eles irem embora, sal e ferro puro repele fantasmas e espíritos .

– Estranho muito estranho.

– Fique quieta, e pegue logo a pá, antes que nos vejam queimando ossos, seriamos presos.

Ajuntamos tudo, e deixamos o fogo apagar sozinho, já era noite. Meu carro já estava com os pneus cheios, peguei as coisas e coloquei no porta-malas.

Eu entrei no carro, a garota entrou depois, ela estava com um olhar critico.

– Carro legal, – Senti uma leve ironia na voz dela.

– Claro que é. Liguei o rádio, estava tocando Wanted Dead or Alive do Bon Jovi.

A garota sem hesitar levou o dedo para mudar de música.

– Desculpa docinho, meu carro, minhas músicas.

Ela me olhou como se fosse me dar uma facada, mais aquilo já não me incomodava tanto assim.


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Notas finais do capítulo

E então Annie caçadora??

Espero que tenham gostado ( FUTUROS LEITORES)
Mandem comentários.

Okay ??



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