A Estrela Do Anoitecer escrita por soulofojesed


Capítulo 2
Chuva de Remorso




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/416621/chapter/2

Eu e Connor, moramos na Copperfield Street, ele é meu vizinho dês de os meus sete anos, quando ele se mudou para Londres.

Eu o larguei na porta da sua casa e abri a garagem da minha, entrei e tirei os jeans azuis, a camiseta vermelha e os coloquei para lavar, coloquei meu meu all star vermelho e o casaco de lã preto para secar. Vesti um pijama cor- de- rosa, me deitei na minha cama e liguei a televisão.

Pouco tempo depois, meus pais chegaram em casa. Minha irmã, Kayla, veio para o meu quarto com seu urso albino de pelúcia que ela chama de Sr. Quikins.

– Ally, a mamãe perguntou se você quer comer pizza. – Ela é muito parecida comigo quando eu tinha a sua idade, cabelos castanhos compridos e lisos, vestida com um casaco de lã lilás, sua cor favorita, calça de abrigo cinza e botas da mesma cor que o casaco, uma das nossas únicas diferenças, são os olhos, os dela são cor de mel, igual aos da nossa mãe.

– Não Kay, obrigada – Respondi.

– Okay – Respondeu ela, cantarolando, e saiu do quarto.

– Kayla! A porta! – Gritei.

– Ta, ta, calma! – Ela fechou a porta, saindo novamente do quarto.

Desliguei a televisão e fui ver meus pais. Minha mãe é uma mulher alta, bonita e conservada para seus 39 anos. Seus cabelos encaracolados pretos não dão resquícios de nenhum fio branco. Já meu pai, que tem 42 anos, aparenta ter 47, ele é mais alto que minha mãe, e seu cabelo é grisalho e liso.

– Oi pai, oi mãe!

– Oi filha. – Responderam em uníssono.

– Sério que você me fez voltar ao seu quarto e fechar a porta, pra depois você sair? – Perguntou Kayla, indignada.

– Tanto faz. Suas pernas não caíram de qualquer forma.

Ela subiu emburrada e bateu a porta branca de seus pequeno quarto lilás.

– Suzanna, onde estão as compras? – Perguntou meu pai.

– No carro. – Respondeu minha mãe. – Quando o Drake virá? – Perguntou ela.

Drake é meu irmão por parte de pai.

– Sábado. – Disse ele, saindo porta a fora, desligando o alarme do carro.

– O que iremos jantar? – Pergunto.

– Pizza, a Kayla não te disse?

– Sério? Não tem outra coisa?

– Quer ligar para o restaurante japonês e pedir alguma coisa? O número está na geladeira.

Peguei o telefone sem fio e fui para a frente da geladeira, enquanto meu pai fechava a porta da cozinha com o pé, largando as compras em cima da mesa. Fiz meu pedido e desliguei o telefone, largando – o no balcão.

Quarenta minutos depois, o cheiro da pizza fazia meu estômago roncar, quando a campainha tocou, peguei o dinheiro e corri para a porta.

– Aqui está seu pedido, moça. – O entregador estendeu a mão e eu pude sentir o lamén quente, ainda dentro da caixinha de papel, aquecer minha mão gelada, paguei a comida e subi para o meu quarto.

Tirei os hashis do plastiquinho que os embalava, e devorei o lamén enquanto assistia animes pelo meu computador.

– Você acha que é japonesa, não é? – Rose entrou quarto a dentro sem bater na porta.

– Cadê a educação? Já ouviu falar em bater na porta? Quem te deixou entrar? – Disparei.

– Calma, por partes. Qual era a primeira pergunta mesmo? – Ela jogou os cabelos ruivos para trás, e os prendeu em um coque.

– Esquece, vai ficar para dormir?

– Não, só vim pedir o caderno de matemática emprestado.

– Por que não copiou na sala?

– Porque minha caneta rosa falhou. – Ela respondeu. – E, falando em rosa, belo pijama de patinhos.

– Pega o caderno na minha mochila. – Respondi, ignorando a zoação com o meu pijama. – Quer lamén?

– Não sei usar os palitinhos. – Ela disse, revirando minha mochila.

– Hashis. – Corrigi.

– Tanto faz. – Disse ela com o caderno já na mão. – Noite japonesa?

– Talvez.

– Então amanhã eu levo biscoito da sorte.

– Biscoitos da sorte são chineses.

– Qual a diferença?

– Toda.

– Então, amanhã você terá uma manhã chinesa. – Ela disse, se dirigindo a porta. – Tchau. – Disse ela, já fechando.

– Mata ashita aimashôo.

– Oque?

– Até amanhã, em japonês.

– Até. – Ela bufou antes de bater a porta e sair.

Quando acabei meu lamén, eu me levantei da cama, desci as escadas, coloquei os hashis na pia e a caixinha de papelão no lixo da cozinha.

– Boa noite! – Falei para a minha família que ainda devorava a enorme pizza que meus pais tinham feito.

– Boa noite, Allyssah. – Disse meu pai.

– Durma bem. – Dessa vez, foi minha mãe.

E minha irmã veio e me abraçou.

– Durma com os anjos.

– Você também, pequena. – Beijei o topo de sua cabeça.

Subi para o meu quarto, desligando o computador, me aconchegando nas cobertas quentes, e com o barulho da chuva, dormi.

Aqueles olhos, eles se aproximaram de mim no escuro, eu só podia ver aqueles olhos, tão familiares e desconhecidos, ao mesmo tempo...

Acordei com as batidas na porta.

– Entra. – Falei.

– Ally, posso dormir com você? – Kayla. – Estou com medo dos trovões.

– Claro. – Respondi, levantando as cobertas e batendo na cama, ao meu lado.

– Obrigada. – Respondeu ela, levantando o Sr. Quikins para perto de seu peito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Estrela Do Anoitecer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.