A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 8
"Um amor para recordar.”


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, promessa cumpriida ,maiis um capítulo pra vcs ! Bom, esse capítuloo naõ saiu bem detalhadoo, mas o próooxiimo prometoo que será e tirará algumas duviidas de vcs.... é pq fiiz ele rapidinhoo, to estudandoo paara um teste de metemátiica. Enfiim, esperoo que gostem, e as pórxiimas memórias a serem rescordadas podem ser a Do caspian ou da Susie.... (spoilers) sorry kkkkk...
Devoo avisarr que os p´rooxiimos ós serão postadooos semana que vem, na terça, pois voi viajaaar e naõ tem como levr o pc :p .... mas esperoo que fiiquem ansiosos pelo próxiimo, pois assim da mais vontade de ler e se deliciar com a históriiis ! Um beijão pra todos voce se esperoo que gostem !
Xx



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Capítulo VIII- “Um amor para recordar.”

“Essa inocência é brilhante, Espero que ela dure, Este momento é perfeito, Por favor, não vá embora, Preciso de você agora, E vou me prender a isso, Não deixe passar em branco...”

–Desculpe ...- Miles se afastava de Lúcia que o beijava momentos antes.- Desculpe, mas... não posso... serei preso por isso.- ele se afastava mais um pouco ficando colado na parede de frente a Lúcia que lhe fitava.

–Não você não será preso.- Ela se levantava dando um passo à frente.- Miles você não se lembra? Eu recordei!

–De que exatamente?- o ruivo perguntou e nesse momento mais um passo foi dado por Lúcia.

–Do que vivemos, de todos os nossos momentos...

–Que momentos ? Eu não me lembro nada disso. Só conheço os reis há apenas três dias.- ele olhava o chão coberto por feno.- Me desculpe, mas não vivemos nada de importante.

Aquelas palavras partiram o coração de Lúcia em mil pedaços ,um frio alastrador corria por todo o seu corpo, seus pés sentiram-se sem chão. Ela havia lembrado, havia o beijado ,achava que todo o amor dos dois floresceria novamente, achou que como nos contos de fada um beijo resolveria tudo, mas pelo contrário. Miles a olhava de um jeito confuso e assustado, sentia-se feliz por tê-la beijado, sentia-se envergonhado por achar que Lúcia pudesse estar caçoando dele, sentia-se confuso por Lúcia ter se “apaixonado” tão depressa assim. Seus olhos azuis vasculhavam o rosto de Lúcia que estava avermelhado, ela sentia-se constrangida, pensava que Miles achava que ela era uma louca, ou até mesmo uma oferecida, por um momento ela arrependeu-se de ter dado aquele beijo no ruivo, não por não ter gostado, mas sim por fazer tudo tão rapidamente e deixa-lo sem ação, um nó na garganta se formou naquele momento ao encará-lo e perceber que ele o olhava assustado, ela prendia o choro, ela não podia chorar, não podia –pensava- ela estava se contendo a cada minuto que passava a não deixar nenhuma lágrima sequer escapar. O medo de falar e quebrar o silencio que se instalava no local era tenebroso.

–Tente se lembrar...por favor- Lúcia pronunciou-se quebrando o silencio, a sua ultima palavra saiu num sussurro, mas que foi capaz de ser escutada por Miles.

–Desculpe.- foi tudo o que disse enquanto negava com a cabeça desanimado por ter magoado Lúcia que saia dali rapidamente.- Rainha Lúcia!- berrou tão baixo que a mesma não escutou.- Rainha Lúcia.- repetiu mais uma vez, agora sua voz saia baixa, Miles não queria ter feito aquilo, mas ele sabia que seria errado se aproveitar do possível devaneio de Lúcia. Ele tinha uma atração por ela, uma forte impressão que a conhecia, mas achava que seria loucura acreditar que o que ela disse seria possível. Com raiva de si mesmo chutou um feno que estava ao chão , levando inúmeras palhinhas por todo o ar.

Lúcia adentrava o castelo enxugando lágrimas incontroláveis que saiam de seus olhos claros. Por um momento, a caminho do castelo levou em conta a possibilidade de estar louca, mas a lembranças, a sua memória era mais forte, o sentimento em seu peito era mais forte, incontrolável ,quase impossível de mantê-lo somente dentro de si. Ela o amava e sabia disso , e era quase insuportável a dor dele ter pedido desculpas mil vezes por não se lembrar, era difícil falar a verdade e ser desacreditada, sim Lúcia sabia como Maggie e Pedro se sentiam.

–Lúcia... achei outra foto...- Pedro descia as escadas enquanto mostrava um livro mais fino em mãos, quando percebeu que Lúcia chorava tratou de acelerar seus passos que viraram saltos.- O que aconteceu?- perguntava enquanto segurava o rosto da irmã com as duas mãos.

–Eu lembrei Pedro, eu lembrei de tudo.- respondia em meio a lágrimas afundando-se nos ombros do irmão.

–Mas... você devia estar feliz.- Pedro falava sem entender a afastando um pouco, olhando para a mesma.

–Não quando quem eu amo não acredita em mim.- ela dizia em meio a soluços, as lágrimas ainda secavam ao seu rosto.- O Miles não acreditou em mim, ficou e olhando como se eu fosse uma louca.- Lúcia sentava no ultimo degrau da escada sendo seguida por Pedro que lhe olhava compreendendo o que sentia.- Seria tão mais fácil se todos lembrássemos.- ela dizia em voz baixa enquanto fungava, seu choro felizmente sessou.

–Lú, tenha paciência. Olha se me permite dizer, acho que você foi muito rápida nas suas atitudes, toda essa correria o assustou.

–Talvez você tenha razão.- ela tentava sorrir.

–Ele vai lembrar, tenha fé.- Pedro verbalizou tranquilizando-a.

–Então... o que você iria me mostrar mesmo?- Lúcia tentava esquecer aquele acontecimento desagradável mudando de assunto.

–Ah sim, venha comigo que lhe contarei tudo.- Pedro apenas sorriu e subiu as escadas juntamente a Lúcia , ela pretendia lhe mostrar outra foto que ele achara do ser que viram anteriormente.

–Vasculhou a biblioteca?

–Digamos que sim. Uma tarde inteira lá dentro.

–Com companhia é claro.- com a afirmação de Lúcia Pedro apenas sorriu e seguiu com Lúcia para a biblioteca. Sim, Pedro havia passado toda a tarde na “sala de livros”, tarde que fora de fortes emoções para Lúcia, grandes dúvidas em Edmundo, e solidão em ambas as partes de Susana e Caspian.

Mesmo estando em Telmar, a “negócios”, o pensamento do Navegador estava em Nárnia, em Cair Paravel , na mais velha dos Pevensie, em Susana. Ele sentia-se desconfortável em estar tão distante da amada, mas sabia que para continuarem juntos ,precisariam esclarecer o que não estava dando certo. Susana também, trancada em seu quarto durante todo o dia só pensava nos dois, no porque de as coisas estão tão estranhas. Um dos fatos mais importantes para levar a esse desentendimento era Caspian acreditar nas “loucuras” de Pedro e Mag, o que Susana achava um ultraje contra as leis mentais.

O pior de tudo era que os dois não sabiam o que fazer, ele estaria de volta a Nárnia em dois dias e precisavam se entender, se não, aquele romance estaria por água a baixo.

A noite já havia chegado, o por do sol já havia acontecido, pena que nenhum dos casais estavam a aprecia-lo. O jantar já estava a mesa, assim como Danielle, Mag ,Pedro, Lúcia ,Edmundo e Susana, até o momento nenhum sinal do leão. Empregados os serviam a todo momento, a maioria conversava animadamente exceto Susana que ainda sentia falta do ser cujo estava em Telmar.

–Susie você está bem?- Pedro perguntava preocupado.

–Não vê que ela está com saudades do príncipe dela ...-Ed provocava meio risonho.

–Edmundo!- Lúcia chamava a sua atenção.

–Pois é Lúcia, parece que alguém aqui precisa crescer.- Danielle se intrometia na conversa ganhando uma sobrancelha arqueada do garoto de olhos Negros.

–Dá pra não se intrometer onde não é chamada?- o mesmo revidou.

–Quando você parar de agir como uma criança e não incomodar todos, talvez eu pare.- Dani o encarava enquanto o respondia. A essa altura ambos estavam irritados com a presença do outro.

–Ok ,ok , está na hora dos dois pararem com isso.- Mag tentava impedir que uma guerra civil se formasse naquele lugar.

–Susie está tudo bem?- Pedro perguntava mais uma vez.

–Você não devia estar preocupado comigo, tem outras “coisas” para dar atenção.- ela referia-se a Mag de forma irônica.- Aliás, todos vocês acreditam nessa baboseira que ela tanto diz.

–Olha Susana, me desculpe mas não vou admitir que fale mal de mi como se eu não estivesse aqui.- Mag defendia-se.

–Uuuuuh, ela se rebelou.- Edmundo provocava jogando o garfo em cima de seu prato com descaso.- Olha aqui, se vocês acreditam nessa besteira que vocês dizem tudo bem, e Susana, se você não acredita tudo bem também...

–Como é Edmundo?- Pedro perguntava confuso pela atitude de acalmar os ânimos de Edmundo.

–Eu quero dizer, que uma briga agora não irá adiantar nada. Isso já está me deixando irritado.

–Mas Ed, eu sou testemunha, eu me lembrei.

–De que?

–Tudo o que o Pedro e a Mag diz é verdade, eu me lembrei... do Miles.

–Do Miles?!- Edmundo dava uma risada absurdamente alta, ele achava que Lúcia estava brincando.

–Sim.- Lúcia se contia para se a mais educada possível com o irmão.

–Lúcia ,você está fora de si.- Susana se pronunciava a encarando.

–Vocês já sentiram que esqueceram de algo que está na ponta da língua?- Lúcia perguntava a todos levantando-se educadamente da mesa.- Alguns de vocês já tiveram a impressão de já ter visto algum de nós aqui presentes , outra vez na vida de vocês?- a jovem Pevensie andava ao redor da grande mesa, mexendo no íntimo de cada um. Edmundo e Danielle ,sabiam , tanto ele como ela, tinham uma forte impressão que já se viram outras vezes, e essa sensação aumentava quando estavam próximos. Algo dentro deles era aceso. –Susana, já se perguntou o por que dessa sua desavença com Caspian? – perguntou a Irmã que nada respondeu.

A essa altura Pedro e Mag sorriam de canto, pela iniciativa que Lúcia tomou, a ousadia que ela passava era contagiante.

–Edmundo, não sente nada por ela?- Lúcia perguntava indicando a garota loira que ficou surpresa com a tal pergunta.

–Danielle , não sente nada por ele?- indicava o irmão de cabelos negros que nesse momento lançou um olhar a Danielle que já o observava.- Vocês não veem? Está dentro de nós, está impregnado em nossos corações... eu percebi isso hoje, lembrem de quem vocês são. Quem são verdadeiramente.- a jovem disse e todos ficaram pensativos.

Edmundo logo levantou-se e subiu as escadas, algo o incomodou, aquilo deu a certeza a Lúcia que algumas das hipóteses dadas por ela já foi sentida por ele. Logo Susana também se levantou indo em direção a cozinha , ela não suportava naquele momento uma boa parte de razão no que falava vindo da sua Irmã mais nova.

–Eu tentei.- Lúcia disse sentindo-se fracassada em não conseguir fazer nenhum dos três, Miles, Ed ou Susie lembrar de quem eram.

–Fique tranquila, eles irão lembrar.- Mag sorria docemente para Lúcia que lhe retribuiu o sorriso. Dani observava tudo em silencio. Tudo o que Lúcia dissera era real.

–Tudo é uma questão de tempo.- A voz do leão emanava pela sala ganhando a atenção de todos.

–Aslam. -todos disseram em uníssimo surpresos. O leão apenas sorriu.

–Onde estava?- Lúcia perguntava.

–Ao Norte, ao Sul, em todo o lugar. –respondeu metaforicamente.- Bom, vejo que recordou-se de sua vida antes da subida.- continuava ganhando um aceno positivo de Lúcia com a cabeça.- Não se preocupe, a memória não morreu, está apenas adormecida. Lembrem-se as coisas não acontecem duas vezes da mesma forma.- disse já dando as costas.

–Aslam.- Lúcia o chamou mais uma vez, mas foi inútil, Aslam já havia subido, ela queria falar sobre Miles, ela gostava de conversar com Aslam, ele sempre lhe dava os melhores conselhos, ela o confiava a sua vida.

Deitado sobre os fenos do estábulo, Miles observava o teto, e lembrava do que acontecera naquela tarde, a vontade que tinha era dizer que se lembrava de tudo ,mas mentir estava contra todos os seus princípios. Ele sentira algo por Lúcia, mas não achou que fosse nada demais.

Mesmo se os céus ficarem violentos você sempre terá a mim. E não vou deixar que nada aconteça com você.

Miles levantou-se imediatamente ao ouvir sua própria voz ecoando pelos seus ouvidos sem ao menos abria a boca. Ele olhava ao seu redor procurando alguém. Mas não havia ninguém. Uma imagem dele e de Lúcia naquele local numa tarde, equalizou-se na sua mente , palavras era ditas, beijos eram dados, Miles havia lembrado ,ele sentia-se confuso e feliz por lembrar. Todos os acontecimentos voltaram à tona na sua memoria. Naquele momento ele precisava ver Lúcia, a primeira coisa que fez foi correr até o castelo.

–Ei, ei ,ei, você não pode entrar.- um fauno barrava a entrada do plebeu a aquelas hora da noite.

–Por favor, eu preciso falar com a rainha Lúcia.- tentava mais uma vez mas foi barrado outra vez.- Lúcia ! Lúcia!- Miles começava a berrar a fim de que a mesma ouvisse e viesse ao seu encontro.

–Cale-se você não irá entrar!- o fauno mais uma vez insistiu.

–Lúcia, não estão chamando você?- Dani perguntava percebendo gritos à entrada do castelo.

–É o Miles!- ela imediatamente reconheceu a sua voz e levantou-se indo vê-lo.- Deixe-o entrar.- ordenou e assim os guardas fizeram.- O que faz aqui?

–Em lugares que ninguém encontrará ,todos os seus sentimentos foram guardados profundamente, foi então que eu percebi, que sempre esteve em seus olhos, O momento que eu vi você chorar.- com as palavras de Miles os olhos de Lúcia encheram-se de lágrimas, mas lágrimas de uma alegria imensa.

–Eu te amo.- Lúcia sussurrou enquanto o abraçava.

–Eu também te amo.- Miles respondeu também num sussurro. E mais uma vez os seus lábios se tocaram, só que desta vez era um beijo de reencontro ,um beijo que lhe deu a certeza de que aquele amor precisava ser recordado.

Mag ,Pedro e Danielle assistiam tudo em silencio, mas sorrisos estavam estancados em todos os lábios. Finalmente Miles lembrou do amor que necessitava se recordar.


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