A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 5
Mínimas Recordações.


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores auii está outro capítuulo fresquiinho, iria postar outro ontem mas não deu...enfiim esperoo que gostem.
Beijos Xx
Mrs. Pevensie



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Capítulo V- Mínimas Recordações.

O amor é um desejo e como tal uma falta somada à necessidade de completar-se. Um sentimento tão nobre, que mesmo que algo o impeça de ser recordado, ele continuará lutando para que o mesmo nunca se acabe.” -Mrs. Pevensie

A passagem da noite foi tranquila em Cair Paravel, “as crianças” estavam tentando se acostumar com a possibilidade dada por Pedro. Eles pensavam... e se tudo aquilo tivesse mesmo acontecido? Por que eles não recordavam? Muitas vezes à noite antes de se deitarem pensavam sobre o assunto ficando cada vez mais confusos.

Na manhã seguinte todos se levantavam normalmente , colocaram suas vestes e desceram para o banquete que estava a sua espera. Aos poucos eles desciam as escadas.

Bom dia.- Mag dizia junto a Dani chegando a mesa onde os irmão e Caspian já estavam sentados.

–Bom dia.- responderam todos em uníssimo educadamente. As duas assim se sentaram. Em alguns minutos iniciais o silencio reinava em meio aos presentes, mas os olhares não paravam de ser lançados a todos os lados. Maggie e Pedro trocavam olhares cúmplices a todo o momento sendo percebidos pelos os demais. Por algum motivo que não entendia Danielle evitava os olhares do garoto que sentava a sua frente, Edmundo fazia o mesmo, ele se “incomodava” ao olhar nos olhos daquele ser, cujo já olhou tantas vezes próximos ao seu. Seu olhar o intimidava, mas de uma forma boa ,aquilo era meio estranho pra ele.

–Como foi a noite de vocês ? – Caspian perguntava a todos dando o estopim da “primeira” conversa entre eles.

–Foi muito boa, a propósito ...as camas daqui são maravilhosas.- Danielle disse sem a menor cerimonia fazendo risinhos emanarem de todo exceto de Edmundo, que estava irritado com o jeito com o qual ela falava.

–De onde vocês duas são?- Lúcia perguntava com um sorriso doce nos lábios.

–Somos de Londres.- Maggie respondia fingindo como se fosse a primeira vez que respondera aquilo. Seu olhar foi exatamente ao encontro com o de Pedro que lhe dava um sorriso de gratidão por ser compreensiva com a falta e memoria dos outros.

–Somos de lá também.- Susana falava de jeito amistoso para a garota a sua frente. Mag lançava um sorriso de confirmação para a mesma.

–Vai ficar calado Ed?- Mag ouviu a mesma pergunta se repetir por Lúcia ao irmão birrento que bebia seu café calado e distraído com a tal bebida.

–E o que devo dizer? Estão ótimos sem mim. Aliás , nunca os vi fingir tão bem que não estão confusos como eu.

–Ed...- Pedro começava a lançar um olhar de repreensão ao irmão mas logo foi interrompido pelo mesmo.

–Não Pedro, eu não entendo.... Como podem conversar com elas...- indicava Danielle e Maggie.- e não acharem estranho a presença delas aqui.- Susana abriu a boca para dizer algo mas antes que pronunciasse o Pevensie de olhos negros dizia...- E não me venham com essa história de “ acho que viemos do céu!” Isso não há lógica.- Edmundo terminava de dizer e todos o olhavam calados. Edmundo voltava a ser Edmundo... ele como sempre era o do contra, aquele cujo não se acostumava e não queria se acostumar com tal ideia. Ed estava revoltado como o de sempre. Assim saiu do local deixando todos tensos.

–Não quero ser rude, mas Edmundo tem razão.- Susana falou assim que o irmão saiu.- Não podemos fingir que essa situação é normal. -Temos que encontrar o por que de tudo isso. Se é que aconteceu mesmo.- na ultima frase sua voz ficou baixa, mais uma vez ela duvidava , era difícil acreditar naquilo.

–Susana, o Edmundo é um tolo. Olha eu sei que parece difícil, mas é o que aconteceu.- Pedro falava defendendo a sua teoria.

–Susana, o que eu e o Pedro dizemos é verdadeiro. Nós nunca iriamos inventar algo assim.- Mag o apoiava.

–Olha...- Dani interrompia ganhando a atenção de todos.- Eu sei que isso parece loucura, mas isso pode ser real. Eu confio na Mag e sei que ela jamais poderia mentir sobre isso.- ganhou um sorriso de conforto da amiga naquele instante.

–Talvez...tenha mesmo acontecido.- Lúcia expressava com um meio sorriso.- Aslam falou que saberemos das coisas na hora certa, isso pode ser uma prova de que pode ter acontecido. -juntava as peças, ganhando um pouco de confiança sobre o assunto.

–Aliás ,não é a primeira vez que coisas estranhas acontecem.- Caspian afirmava, assim como ele, Lúcia e Dani queriam acreditar naquilo.

–Eu estou com o Ed. Não consigo.- Susana ainda discordava.- Com licença. Eu vou procura-lo.- levantou-se e saiu porta a fora a procura de Edmundo.

–Desculpem.- Caspian se desculpava pela “ignorância” de Susie.- Eu vou falar com ela.- Caspian levantava-se quando foi interrompido pela jovem rainha que ainda se encontrava ali.

–Ela não vai querer ouvir você. Pode deixar que eu vou conversar com ela.- Lúcia levantava-se enquanto Caspian sentava-se novamente , e assim ficaram somente os quatro na mesa.

–Desculpe Pedro, mas aquele seu irmão é um mal humorado.- Dani dizia arqueando uma das sobrancelhas enquanto colocava um pedaço de torta na boca.

–Você ainda não viu nada, quero dizer... viu, mas...- Pedro se embaralhou tanto que os outros sorriram , a parte ,essa situação podia ter seu lado cômico.-Ah vocês entenderam.- o loirinho completou dando uma piscadela para Mag que nem preciso dizer que se encantou.

Edmundo andava pelas ruas de Nárnia furioso, muitos falavam com ele, mas não lhes dava atenção, estava ocupado demais nos seus pensamentos, aquilo o perturbava. Edmundo estava sentindo-se imprestável, para ele ninguém lhe dava ouvidos, estava cansado de todos só ouvirem Pedro, sim , a birra de Ed também voltou, como suas lembranças se foram, a sua mudança também.

–Ed! Ed! Espera!- podia-se ouvir Susana chamando-o atrás de si.

–O que há? Veio me crucificar?- virou-se impaciente ,estreitando os olhos por causa do sol que batia em seu rosto.

–Não, eu vim dizer que estou do seu lado.

–Você o que? – respondia surpreso.

–É isso mesmo, eu não consigo acreditar assim como você em tudo o que está acontecendo.- Susana explicava mais detalhadamente o seu ponto de vista.- Aonde vai?- perguntou curiosa ao irmão que estava sem fala.

–Sabe que eu também não sei.- ele riu e Susie também.- Quem sabe... andar a cavalo?- indicava os dois cavalos que eram trazidos por um garoto ruivo de lindos olhos azuis que vinha em sua direção.

–Fechado.- Susana respondeu seguindo com Ed ao encontro do tal garoto, que sorria ao ver os dois reis.

–Olá.- Ed acariciava a cabeça de um dos animais que estavam a sua frente, mas ele falava com o outro ser humano.

–Olá...Majestades.- o garoto se curvava com elegância.

Naquele momento Edmundo olhou para o rosto do rapaz, algo nele lhe era familiar. Os olhos de Edmundo percorreram por toda face cheia de sardas que o garoto tinha, algo martelava na sua mente que já o vira em algum lugar.

–Desculpe...mas já nos conhecemos?- Edmundo perguntava enquanto estreitava os olhos, o garoto ruivo ainda sorria como um bobo.- Miles ?- Ed perguntou e assim o garoto acenou positivamente com cabeça. Edmundo estava surpreso por saber o nome daquele humilde camponês. Susana o olhava com desconfiança.

–Desculpe Rei Edmundo, mas... de onde me conheces? Minha fama és tão grande assim?- Miles perguntava inocentemente a Ed que ouvia malmente o que ele falara.- Majestade?

–Desculpe, foi engano.- Ed fingiu desinteresse pegou um dos cavalos ,o montou e saiu cavalgando. Ele se perguntava de onde vinha aquela lembrança? Por que por um segundo sua memória trouxe Miles sentado ao seu lado conversando? Aquilo o deixou mais perturbado.

Susana o olhava até sumir de seu campo de visão, ela não entendeu a mudança repentina de comportamento de Ed.

–Desculpe.- falava sem jeito a Miles que pediu licença e logo saiu dali indo a caminho dos estábulos ainda com um dos cavalos em mãos. Susana estava confusa, estava flutuando com a atitude de Ed, então decidiu voltar ao castelo, ficar plantada ali não era bom.

Miles seguia tranquilo e ainda impressionado por Edmundo saber seu nome, distraído era a palavra certa para como Miles estava naquele instante.

–Com licença.- uma voz doce e familiar soava através do seus ouvidos. Lúcia dirigia-se a ele com um sorriso encantador nos lábios. Lúcia não era mais aquela menininha, ela havia se tornado uma linda jovem, ela estava agora tão bonita quanto Susana.

–Olá.- os olhos azuis de Miles estavam vibrantes, não havia como não se perder neles, os de Lúcia o examinavam nos mínimos detalhes.

–Você viu o Edmundo? Ou a Susana?- a jovem rainha voltava-se a concentrar-se na sua procura.

–O Rei Edmundo saiu cavalgando , e a Rainha Susana está logo ali.- indicava Susana que conversava com um fauno arqueiro. Os olhos de Miles não saiam de Lúcia, e nem os dela saiam dele, algo tentava despertar neles, algo os deixaram com uma leve impressão de que já se conheciam.

–Obrigada.- ela saiu meio nervosa, deixando Miles que prendia o folego para trás. Algo em Lúcia, Edmundo e Miles, estava lutando para que se recordassem, esse ‘algo” tem apenas um único nome. Ele se chama Amor, que está marcado como tatuagem, impregnado nas mais profundas alas do coração de todos eles. Essas Mínimas Recordações são o estopim para a recuperação da memória. Um hora ou outra irão se recordar, e quando recordarem um bomba relógio estará prestes a explodir.

Algo com a Feiticeira Verde? Sim. Para derrotarem essa inimiga ,precisarão recordar quem realmente são. E um objeto vai decidir o rumo dessa linda história. O tempo está passando, é melhor se apressarem.

Tic-Tac...


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