A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 3
Feiticeira Verde.


Notas iniciais do capítulo

Bom desculpem a demora , mas aquiii está mais um capítulo.... Esperoo que gostem! Bejimm Xx



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/416335/chapter/3

" A quem tem o coração morto, os olhos nunca choram."

Reino Profundo ou submundo é a primeira camada do mundo subterrâneo abaixo de Nárnia, onde vive a Feiticeira Verde. Um lugar repugnante onde nem a pior das criaturas quisesse estar. Sim, é ela a pessoa que Danielle por culpa de Jadis está em dívida. Ela soube das guerras enfrentadas em Nárnia , da luta de Jadis e filha pelo poder pois ela foi a força cuja dava a Danielle todos os poderes das forças ocultas que a própria governava. Desde os gafanhotos e lagartas até o vírus da lepra espalhado por toda a Nárnia. A Feiticeira Verde era a pessoa contrária a Aslam, aquela que as traiu muito tempo atrás , muitas vidas corrompidas em Nárnia iam parar no submundo como castigo e não retornavam mais. Todos os servos, criados, escravos...chame como quiser, enfim os capachos de Jadis se encontravam lá, na escravidão ,na escuridão.

O contrato que a feiticeira branca fez foi, que se ela perdesse a guerra e não libertasse o submundo a vida de Danielle lhe pertenceria. E é isso meus caros, a divida é com A Herdeira da Feiticeira Branca.

-Adiante sua lesma!- ela dizia a um criado que trazia um vaso de vidro cheio de coisas negras que se mexiam dentro do mesmo.

-Mas senhora, eu estou andando o mais rápido que posso.- o servo dizia referindo-se as suas pernas acorrentadas.

-Agora!- ela berrava fazendo o servo chegar imediatamente junto de si.- Saia daqui. -ordenou e assim foi feito.- Vamos ver o que estes anjinhos fedelhos estão aprontando.- ela pensou alto jogando as tais coisas negras dentro de um grande caldeirão vazio, que no mesmo momento começou a fumaçar e gritos emanarem pelo lugar. Eram vozes de uma fonte irreconhecível, alguns criados se apavoraram naquele momento. A feiticeira ainda olhava para dentro do recipiente quando imagens já podiam se formar diante de seus olhos. Um garoto de pele clara ,sobrancelhas arqueadas, com cabelos e olhos aparecia.

-Eu não compreendo ...como ? por que?- Edmundo falava confuso enquanto caminhava com os irmãos por uma ferrovia , estavam indo a espera de um trem. Iriam para a casa do professor Kirke.- Não é fácil ter um boboca como o Eustáquio com o meu nome.

-Eu disse que viemos do céu.- Pedro respondia encarando o irmão ainda tentando convence-lo.

-Pedro, sério, isto não é hora para ser infantil, temos que nos concentrar e achar o por que de tudo isso.- Susana falava madura parando em frente do local onde pegariam o trem.

-Eu sei Susie , mas precisam acreditar em mim.

-Assim fica meio difícil.- Lúcia respondia virando a cabeça de lado como se ela se desculpa-se por não conseguir acreditar.

-Quem são majestade?- uma voz rouca perguntava à Feiticeira Verde enquanto ela assistia a cena dos Pevensie.

-Não lhe interessa!- gritou tão alto que o escravo correu apavorado com medo de ser castigado.- Não me interrompa mais!- gritou mais uma vez e voltou a concentrar-se na novelinha Pevensie. A essa altura já haviam pegado o trem, estavam todos sentados num vagão onde estavam somente eles e uma senhora muito estranha que os observava num ultimo assento.

-Eu já estou ficando com medo.- Ed sussurrava indicando com a cabeça a mulher que os observava sem ao menos piscar os olhos.- Sério eu vou correr.

-Eu estou com o Edmundo pessoal.- Lúcia concordava com o irmão afastando-se para mais perto de Susie que sentava ao seu lado.

Terminando a fala de Lúcia a senhora levantou-se e começou a andar com dificuldade em direção aos irmãos ,já que o trem balançava muito.

-Susana ela está vindo.- Edmundo dizia entredentes enquanto Pedro e Susana olhavam em direção a senhora que por sinal já estava muito perto. -O que eu faço? Grito, corro ou...

-Edmundo!- Pedro lhe deu um beliscão o fazendo soltar um leve gemido e fazer um cara feia para o mesmo. Claro ele era o Edmundo.

-Boa tarde meus jovens ...- a senhora falava sentando-se ao lado de Lúcia que soltou um leve suspiro.- Estão sozinhos?

-Não estamos...- Ed começou a falar recebendo uma cara feia dos irmãos parando de falar imediatamente. É ele estava com muito medo. Cadê o Rei de Nárnia?

-Estamos mas estão nos esperando na próxima parada.- Susana tentava convence-la não demonstrando medo. A mesma olhava para o outro vagão que estava repleto de pessoas. Eu corro, grito... ela pensava , até que a mulher chamou sua atenção.

-Onde vão parar?- perguntou acariciando os cabelos de Lúcia que apertava os olhos se encolhendo disfarçadamente.

-Na próxima casa.- Pedro interrompia o diálogo.- Nossos pais moram lá... quero dizer, moramos lá.- mentiu.

-Então acho que devo ser breve.- sua voz idosa ecoava enquanto revirava a bolsa que trazia no braço esquerdo. Naquele momento todos se olharam. Tome você irá precisar disso.- entregou algo na mão de Pedro. Ela lhe entregava um relógio de bolso cravejado de diamantes que brilhavam de uma forma esplendida, todos o irmãos ficaram fascinados com tal objeto que esqueceram de tudo ao seu redor.

-Eu...- Pedro virou-se para agradecer pelo tal presente mas ela já não estava mais.- Onde ela foi?- Pedro perguntou, uma pergunta que ficou sem resposta pois ninguém sabia responder, todos se perguntavam onde ela havia ido, e quem era aquela mulher. De repente o trem parou os fazendo parar em frente a casa do professor Kirke, enfim desceram imediatamente. E ali imagem se desfez.

A Feiticeira levantou-se e saiu do local com um sorriso nos lábios. Aquele sorriso representava o inicio de grandes problemas.

Na casa do Professor Kirke...

Eles entravam cuidadosos ,não queriam fazer nenhum barulho que chamasse a atenção de quem estivesse lá dentro. Susana liderava a fila que se formavam enquanto adentravam o local.

-Que bom que chegaram !- o Professor descia as escadas eufórico ao ver as crianças.

-Ele lembra de nós .-Susie sussurrava enquanto sorria assim como os outros, era possível ver um conforto em sua voz.

-Esses imprestáveis chegaram? Aleluia!- a Sr. Marta descia as escadas com um tom de fúria na voz.- Kirke ,você me disse que eles chagariam a uma hora seu motorista infame.- continuava já chagando ao térreo. Ali as crianças perceberam que o Professor usava um uniforme de motorista e a Sr. Marta uma roupa luxuosa, e que a casa estava diferente, coberta por cortinas cor vinho com coisas douradas por todos os lados. Aquele local também estava de pernas pro ar. Eles só não entendiam uma coisa... como é que ela estava a espera deles?

-Vocês devem começar a faxina imediatamente!- a voz dela era aguda enquanto se afastava do local. Sim, o que ela disse respondeu a pergunta que eles se faziam. Estavam totalmente perdidos não sabiam o que fariam.

-Vão, vão, se não querem que ela demita vocês.- o professor nos dirigia a cozinha ,os deixando lá em seguida indo atrás de sua patroa.

-Primeiro é nossa própria mãe, agora até o professor?- Susana dizia nervosa assim como os seus irmãos, principalmente Ed ,aquele cuja tinha o gênio mais forte.

-Vocês não querem acreditar em mim...- tentava o loirinho mais um vez.

-Você quer que acreditemos que fomos ao céu, que vimos Moisés, e ouvimos histórias contadas por anjos!- Edmundo exclamava irônico com um tom de que achava tudo aquilo um absurdo.

-Essa é a única explicação tá bom?-Pedro chegava mais perto do irmão, controlando para não explodir ali mesmo.

-Não é não.- Ed retrucava o desafiando percebendo a tentativa de autocontrole de Pedro.

-Parem! Querem que nos expulsem do único lugar que temos agora?- Lúcia intrometia-se fazendo que todos a olhassem. Ela saia pela porta dos fundos se surpreendendo com o que via . Edmundo ,Pedro e Susana estavam em completo silencio. Eles sabiam que Lúcia tinha razão. Susie olhava para o bolso de Pedro onde estava o relógio o qual saia um tic-tac absurdamente alto para um relógio daquele tamanho. Pedro naquele momento já havia ganhado também a atenção de Edmundo que se aproximava com cuidado fitando o objeto com um sobrancelha arqueada. Até que...

-Venham ver isso!- Lúcia entrava eufórica com um sorriso enorme nos lábios. Assim foi seguida pelos irmãos que quando viram o que a irmã via também sorriram aliviadamente.

-Finalmente estamos em casa.- a voz de Edmundo falhou um pouco ao conter um sorriso que escapou de si ao que estava diante de seus olhos. Nárnia havia ido até eles. Naquele momento a porta se fechou com uma rajada de vento misteriosa deixando a cozinha da casa do professor Kirke totalmente vazia.

-Onde eles estão?- o Professor se perguntava chegando ao local e não encontrando aquela crianças maravilhosas. Os Pevensie haviam voltado pra casa, e ali enfrentariam muitas aventuras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!