A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 28
Águas Turbulentas.


Notas iniciais do capítulo

Bom, promessa é divida :) Mais um pra vcs!!
Mrs Pevensie Xx



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Capítulo XXVIII- Águas Turbulentas.

“Cada passo que eu estou dando ,cada movimento que eu faço, parece perdido, está sem direção, minha fé está abalada. Mas eu, eu tenho que continuar tentando, tenho que manter minha cabeça erguida...”

Os reis e rainhas terão momentos difíceis, mas nada estará perdido, quando menos esperarem virá um guerreiro celeste para lutar contra o mal. Esse será o seu anjo da guarda, com olhos azuis como o mar, cabelos como o fogo do sol , e pele pálida como a neve. Mas acima de tudo terás um coração nobre.

–-- -Profecia Narniana.

Estavam todos deslumbrados com aquela silhueta erguida atrás de Miles que ainda flutuava naquela sala. Estavam sorridentes mas ao mesmo tempo nervosos, não sabiam o que estava acontecendo. As palavras ditas por Mag ainda rodopiavam em suas cabeças tentando assimilar tudo aquilo. Tudo o que haviam compreendido era que Miles era um anjo.

Mas dentre todos Edmundo era o mais deslumbrado, pois não imaginava que Miles pudesse ser alguém tão importante. Foi então que se lembrara que na tarde em que juntamente com Caspian e Pedro procuravam sabedoria sobre a feiticeira verde, eles leram algo num dos pergaminhos emaranhadas nas estantes da biblioteca de Cair Paravel. Eles leram a profecia, mas não deram importância, Miles era um anjo e era isso o que importava.

O impressionismo de todos ainda contagiava aquela cabine quando um forte tombo atingiu a arca fazendo todos irem ao chão, até mesmo Miles que minutos antes voltara ao chão amadeirado dali .Aos poucos levantaram-se quando escutaram...

O silencio.

Aquilo era um grande alarme apesar de não fazer sentido algum para quem escutasse, mas para quem presenciava aquilo era um sinal. Durantes dias e noites até aquele exato momento caia uma tempestade pavorosa onde raios, relâmpagos e trovões cortavam o céu nebuloso e cinzento.

–Majestades!- um fauno adentrou a sala sem a menor cerimonia.- Desculpem-me pela falta de educação mas... vocês precisam ver isso!- exclamou fazendo suas devidas desculpas com um sorriso de orelha a orelha.

Em poucos instantes estavam todos no convés da arca enquanto as águas se acalmavam aos poucos , o céu a medida dos segundos ficavam mais claro revelando uma aurora primordial, amanhecia.

As nuvens afastavam-se aos poucos dando lugar a um céu levemente azulado com algumas manchas cinzentas ainda existentes. Um sorriso instantâneo brotou nos lábios dos reis quando avistavam tal cena sobre suas cabeças.

–Miles suas ...- Dani murmurou surpresa pois as asas de Miles não estavam mais ali. O ruivo apenas sorriu tímido quando percebeu que os olhares antes no céu agra estavam nele.

–Você sabia? Quero dizer...você disse que o nosso anjo é você.- Pedro dizia cauteloso olhando sonhador para o ruivo.

–Não...eu não sabia... é só que... que quando a Mag começou a falar aquela coisas algo dentro de mim mudou, algo pulsou mais forte....- ergueu sua mão direita.- aqui.- completou pondo a mão em seu lado esquerdo, presumindo no coração. Ele sorria, mas sorria mais com os olhos do que com os próprios lábios.

–Você ...assim com eu...faz parte de uma profecia Miles.- Mag esclareceu fazendo os olhos azuis de Miles brilharem.

–Isso é magnifico.- Edmundo se pronunciou sorrindo de leve, ele tinha a esperança ardendo em chamas em seus olhos, que o olhasse via isso, seu olhar tinha o mesmo lampejo dourado de quando tivera na ultima guerra contra Jades. -é um sinal, um sinal de que Aslam está conosco.- completou enquanto abraçava Dani ao seu lado fortemente.

–Tenho certeza disso.- Caspian falou sorrindo enquanto todos abraçavam-se percebendo em seguida que Narnianos festejavam o bom tempo com aplausos fervorosos. A fé de todos se acendiam novamente.

***

Durante todo o dia os Narnianos faziam suas refeições e voltavam novamente para seus aposentos, já que mesmo que o tempo estivesse bom não poderiam ficar perambulando por aí, não podiam baixar a guarda, até mesmo por que uma pomba foi lançada ao ar e logo retornou, era sinal de que ainda não havia terra firme por perto.

Miles ,Caspian e, Mag e Pedro encontravam-se conversando com o povo os tranquilizando ou até mesmo alimentando e dando o suporte necessários aos animais que ali embarcavam. Especialmente à Lúcia, que por mais que doesse falar tinha se tornado uma espécie de fera, um animal.

O suco das ervas que mantinham Susana viva -uma nova forma de deixa-la viva por mais algum tempo- eram colocadas em seus lábios descendo goela abaixo com o proposito de mantê-la ali no dia seguinte.

Apenas, Edmundo e Danielle encontravam-se no convés sobre o sol do entardecer. Ambos apoiavam-se da bordas da arca para apreciar de alguma forma aquela espécie de mar que havia tomado vida por conta daquele diluvio.

–Onde acha que Aslam está?- Dani questionou tendo em segundos o olhar negro de Ed sobre si.

–Pra falar a verdade....eu não faço a mínima ideia.- suspirou.- Mas sabe quando por mais que não veja a pessoa ainda sustenta a fé que ela possa aparecer? É nesse estado que eu me encontro.- completou só que dessa vez fitando o por do sol no horizonte. Se aquilo não fosse um segundo diluvio poderiam dizer que a vista era bonita.

–Você tem fé em Aslam.- Dani disse em afirmação admiradora tendo um brilho de afeta brincando em seus olhos também negros como o do garoto ao seu lado.

–Eu tenho.... e tenho fé que possa sair dessa, que sua alma possa ser salva.- Edmundo a respondeu a puxando de repente colocando seus corpos tão próximos que deixara Dani sem ar.- Não importa o que aconteça. Daremos um jeito de vencer essa batalha.- ele falou de forma tão pura que Dani sentiu-se segura como nunca.

Suas respirações já se misturavam , seus olhos se encaravam de forma felina, como faziam a um bom tempo atrás, quando ainda não haviam preocupações. Sem esperar muito seus lábios se tocaram. Sentiram-se vivos como sempre que isso acontecia, sentiam o amor que fora capaz de derrotar a feiticeira branca e que lutaria até o fim para derrotar a feiticeira verde.

–Ed! Dani!- Caspian exclamava tentando conter o horror em seu rosto.

– O que houve?- Dani questionou preocupada enquanto separava-se de Edmundo indo em direção a Caspian.

–Mag tivera outra premunição.- esclareceu enquanto Edmundo vinha ao seu encontro parando do lado de sua amada.

–E o que ela viu?- o garoto de olhos e cabelos negros questionou curioso e com leve espanto. Não poderia vir coisa boa, e bom...ele não estava errado.

–Não é a Feiticeira Verde que fez isso. Foi meu filho, meu filho com Katherine.- Caspian respondia tendo um nó se formando em sua garganta. Seus olhos queimavam pelas lagrimas que queriam jorrar.

–Vai ficar tudo bem Caspian.- Maggie que nesse momento juntava-se aos outros junto com Miles falava enquanto afagava o ombro do mesma que ela respondeu. Assim um vento cortante passou por eles, fazendo os cabelos curtos e os mais longos chicotearem.

Um frio na espinha de todos os presentes foi percorrido e então ouviram um som que fez todos gemerem exceto Miles que ficara intacto prestando atenção ao seu redor, e logo....seus olhos azuis tempestuosos miraram no mar.

–Majestades! Algo está balançando a arca, os animais estão eufóricos!- um centauro saiu para o convés quando mais uma vez um som foi ouvido. Os reis então deram-se conta que a arca balançava lentamente. Suas respirações ficavam aceleradas conforme as batidas dos corações. Foi quando tudo parou.

O vento soprou uivante e fez as asas de Miles desabrocharem mais uma vez, esplendidas, como todos lembravam. O centauro deu um passo pra trás acompanhado de outros Narnianos que já estavam no convés. O vento soprou mais um vez brutal fazendo o tempo nublar novamente e encobrir todo o céu azul e o por do sol. Uma pena de Miles caiu. Tudo parou novamente.

Em poucos instantes ela tremeluziu no chão, emanando uma luz intensa da cor dos olhos do ruivo que obrigou a todos a esconderem sua orbes por conta de tamanha claridade. Aos poucos a luz cessou, dando vista para uma espada de luz azul ,como a que Edmundo usara uma vez, a muito tempo atrás.

– Uma espada como a do Justo ele segurará e o monstro ceifará. – Pedro repetiu fazendo todos tremerem.

–Mas...aonde está o Monstro?- um centauro questionou e no mesmo momento foi abocanhado por dentes enormes vindo do céu.

Quando seguiram seu olhar para o mesmo lugar, lá estava ele...Um monstro marinho de quarenta metros de altura saia das águas novamente turbulentas.


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