A Descida Dos Pevensie escrita por Stark


Capítulo 27
“I’m Your Angel .”


Notas iniciais do capítulo

Hey Narnianos, primeiramente devo pedir desculpas pela demora do capítulo, eu estava sem internet e bom meu priminho nasceu e passei uma semana lá pra ajudar minha tia e talz...bom mas vou recompensar vcs ...postarei dois capitulos de uma só vez. Bom esperoo que gostem e nos vemos nos reviews. ♥
Mrs Pevensie Xx



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Capítulo XXVII- “I’m Your Angel .”

“Agora você está ali bem na minha frente, eu resisti, está ficando mais difícil de respirar, de repente todas essas luzes estão me cegando, eu nunca percebi o quão brilhante que seria... Não me deixe ir...Porque eu estou cansado de sentir sozinho.”

Stefan andava sorridente pelo chão viscoso e mal cheiroso de seu “lar”. Enquanto a feiticeira mantinha os olhos vidrados de sua espécie de bola de cristal. Ela vigiava mais uma vez os reis de Nárnia.

–Estão aflitos.- a voz daquela tenebrosa mulher ecoava risonha enquanto assistia sua telenovela Pevensie.

–Alguma morte?- o príncipe questionou sentando-se numa grande poltrona negra feita de galhos de arvores secas, bem ao lado do mandante ,ou melhor, da mandante daquela trama escarnia.

–Tirando Arquelândia e todas as terras vizinhas ...não.- a feiticeira respondeu tediosa.- Mas me diga... você não citou surpresas nas águas de nosso diluvio? -questionou arqueando uma de suas sobrancelhas. E de forma diabólica formou um sorriso torto que incrivelmente arrepiou o herdeiro de Caspian até a espinha.]

Por mais que estivesse agindo de forma extremamente ruim, Stefan agia desta forma por má indução e por mais que fosse nomeado de “O Príncipe Da Escuridão” ainda arrepiava-se ou sentia-se desconfortável, com a presença oculta que sua “mestre” trazia.

–Bom...o que eu tinha em mente já foi feito.- ele respondeu recompondo-se e trazendo um brilho verde novamente ao olhar.- Não se preocupe, não irei falhar.

–Espero.- ela verbalizou-se encarando –o nos olhos agora negros novamente.- Você sabe que eu não gosto de perdedores.- completou elevando a voz pegando uma bebida fumegante trazida por um servo.

–Não a deixarei ir ao exilio de novo. Não se preocupe, você não irá cair novamente...afinal...estamos em terra firme.- sorriu.- pelo menos aqui embaixo.

***

Estavam à uma semana no meio daquela total inundação, neste momento era noite enquanto o vento chicoteava forte lá fora juntamente com as águas que pareciam a cada instante mais grosseiras. Os relâmpagos e trovões também faziam parte daquele cenário tenebroso e ao mesmo tempo triste.

Muitos Narnianos ao verem os dias e as noites passando-se e não havendo mudança alguma começavam perder as esperanças. Faziam a organização das refeições com a ajuda de Maggie e Danielle que ficaram com essa parte do trabalho. Pedro e Miles ficaram com a alimentação dos animais e a ordem da locomoção das pessoas, enquanto Edmundo e Caspian davam as ordens na navegação já que tiveram experiências extraordinárias no Peregrino da Alvorava. Bom, aquilo não era um navio e sim uma arca, eles sabiam disso, mas havia alguma semelhança pois se encontravam praticamente em alto mar.

A maioria do povo já adormecia o que era uma coisa muito difícil de se fazer , já que acontecia um temporal lá fora. Os que restavam dispersos se posicionavam em guarda por conta de vir algum problema, normalmente centauros. Os reis estavam também dispersos, não conseguiam dormir. Enquanto a arca flutuava nervosamente sobre a água os seis reis narnianos se encontravam numa sala reservada para os mesmos. O corpo de Susana se encontrava lá , num canto onde nem o balanço do grande barco o tirava do seu lugar.

–Queria que Lúcia estivesse aqui.- a voz de Miles sussurrou mas mesmo assim tornando-se alta por conta do silencio instalado em todo local, exceto pelos trovões que se repetiam em tempestade.

–Mas ela está...ela não se foi.- Caspian o olhou forçando um sorriso.

–Aqui conosco, nesta exata sala, neste exato momento.- Miles se corrigiu sério baixando a cabeça ,pondo o peso dos dois braços em ambas pernas.- Susana está de qualquer forma aqui.- ele completou e por um momento seus olhos encontraram o do rei que viera de Telmar. Seus olhos azuis expressavam dor, tristeza, desesperança, amor –de uma forma depressiva- e amargura. Aquele olhos, esses olhos azuis de Miles, da forma que penetraram Caspian foi de forma intensa fazendo o mesmo de alguma forma sentir tudo o que o ruivo sentia.

–Mas pelo menos Lúcia não corre risco de vida, ela não se esvai pelos poucos...a cada dia.- nem mesmo Caspian soube de onde viera força para responder aquilo. Com isso Edmundo fechou os olhos com força deixando um lágrima amarga rolar por sua face gélida.

Por um longo tempo o silencio foi pleno.

–Acho que é o fim.- Dani sussurrou e no mesmo instante um trovão estralou de modo que fez seus ouvidos zunirem por alguns segundos. Depois que o efeito daquele trovão passou em ambas as audições , diante de um clarão dos muitos relâmpagos que assombravam o lugar sobre seu rosto Edmundo suspirou e pronunciou:

–Não , não pode ser.- ele olhava ao vazio , sua tentativa frustrada de fazer ainda terem esperanças saiu como mais em tom de desespero.

–Acho que Aslam , nem mesmo Aslam pode nos ajudar Ed.- Pedro murmurou cerrando os pulsos, não por ódio, mas para conter a vontade de cair aos prantos.

Mag apenas fitou o rosto de todos em silencio , logo depois espiando por uma pequenina janela de bordo redonda o tempo lá fora , por um momento pensou ter visto alguma coisa se movendo em meio as aguas mas logo esqueceu, tendo-se mais preocupada com os reis que se punham em silencio novamente.

–Acho que Zeus e Poseidon estão em guerra.- Maggie comentou sobre o tempo tentando faze-los rir. Tentativa falha.- Quero que olhem pra mim agora.- completou tendo sua voz suave e ao mesmo tempo autoritária.

Todos o fizeram.

–Sei que o Miles já fez , a Dani também...inclusive o Ed...-pausou por um momento encarando firmemente todos aqueles cinco rostos sobre si.- Acho que é a minha hora.- suspirou.- Estamos passando por momentos mais que difíceis , vivemos em um inferno marinho, perdemos nossos companheiros de Arquelândia e terras vizinhas...mas não podemos nos abater, não podemos deixar que essa filhote de cruz credo que é a feiticeira vencer esta guerra.

–Ela já venceu.- Miles comentou desanimado enxugando com o dorso da mão direita seus olhos azuis que agora tinham pálpebras avermelhadas.

–Não, não venceu.- a voz da guerreira agora tinha- mesmo que no fundo do fundo- um brilho de confiança. Mas mais uma vez ninguém disse sequer uma palavra, estavam pensativos. Pensativos a respeito de que se deviam ou não ter fé, ainda esperar em meio aquele mar que havia se formado o grande leão, a qual sua juba fez morrer o inverno, qual sua juba é a mais majestosa, a qual é a sua salvação.

–Uma vez um grande homem me disse: Tenham fé. Por mais que Aslam não esteja aqui, vamos esperar nele , afinal ele nunca nos abandona, tenho certeza que ele juntara-se a nós quando menos esperarmos.- Miles levantou sua cabeça e uma sorriso torto apareceu no canto dos lábios. Sua voz quebrou o silencio dos pensamentos. Ele dirigia-se a Caspian que acariciava o rosto gélido de Susana, mas no mesmo instante que aquela frase fora pronunciada virou-se lentamente vendo naqueles olhos azuis a esperança voltando aos poucos. Não entendeu por que se sentiu tão triste e tão bem ao olhar pra Miles, era algo inexplicável, Miles emanava uma aura azul como seus olhos, uma aura que somente Caspian podia ver naquele momento. Ele não tinha noção do por que.

Mas antes que o rei de olhos perplexos para o ruivo que não entendia nada se pronunciar , Mag emanou uma luz mais forte e verde como seus olhos, só que essa todo podiam ver. Todos se puseram de pé, esquecendo por completo a tempestade que caia lá fora. A guerreira levantou-se e fitou a todos com os olhos ardendo em esmeralda a com uma luz verde, a mesma luz verde que emanou de si quando foi ordenado que a arca fosse feita. Mas ali não era ninguém a usando como da primeira vez , era ela mesma. Estava tendo mais uma premunição.

Então seus lábios se abriram :

Não é preciso mais adormecer para sonhar com um anjo descendo do céu, temos todos que perceber que ele é mais que um amigo fiel. É aquele que traz a alegria de Deus e entrega direto aos nossos corações, e conosco ele irá rir ou chorar, lado a lado vamos caminhar. Uma espada como a do Justo ele segurará e o monstro ela ceifará. Quando de ajuda cada um de nós precisar, ele dará a vida para nos resgatar, ele é um presente de nosso Deus...

De hoje em diante o seu anjo sou eu.- Miles a interrompeu e nesse momento todos podiam vê-lo com os olhos azuis tempestuosos, seus cabelos balançavam com uma ventania misteriosa, seus pés não tocavam mais o chão, seu semblante era serio, mas dócil ao mesmo tempo. Ele tinha uma graça perfeita. E aquela aura azul minutos vista somente por Caspian já era visível por todos.

–Oh Meu Deus.- Dani verbalizou pondo a mão na boca tapando o sorriso incontrolável que consumia aos poucos a mesma. Foi então que perceberam juntamente de onde vinha aquela rajada de vento , as penas enfileiradas suavemente, lustrosas e iridescentes, batendo suavemente sem esforço, brilhando sobre os clarões dos relâmpagos. Elas pareciam um redemoinho de milhões de cores, fazendo de um momento passageiro a cabeça de todos doer.

Miles tinha asas.


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Notas finais do capítulo

Ainda tem um proximo haha Xx



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